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✘ P5/M3/ Problema 3 : “ Família doente, haja repelente" ✘ ✘ Tema central: Arboviroses ✘ Texto: A médica, Dra. Ana, foi até a residência de uma família. Ao chegar no domicílio, foi recebida por Dona Carminha, que falou: Eu fui atendida pela senhora na semana passada e fui diagnosticada com Dengue e já estou bem melhor. Minha �lha, Roberta, está grávida de 4 meses, ela tem tido febre diária (não aferida), dor de cabeça, dor ao movimentar os olhos e apareceram manchas na pele que coçam muito. Esses sintomas todos começaram há 4 dias, a febre já foi embora. Ao exame físico: a gestante encontrava-se em BEG, afebril (36ºC), corada, hidratada, anictérica, eupnéica, conjuntivas hiperemiadas. Pele: presença de exantema maculopapular (imagem 1) em tronco e membros superiores. PA: 100/80 mmHg. FC: 88 bpm. AR e ACV sem alterações. Abd: gravídico, com útero palpável, altura uterina 16 cm, batimentos cardiofetais: 144 bpm. Prova do laço negativa. Roberta preocupada pergunta: Dra. meu bebê pode nascer com algum problema na cabeça? A Dra. Ana informa que será necessário coletar exames especí�cos para con�rmar o caso. Enquanto aguarda os resultados, a paciente deverá permanecer de repouso (relativo), com boa hidratação oral e usando sintomáticos (que foram orientados pela médica) e ela orienta que utilize repelente. A médica pergunta quem mais na casa está doente e Dona Carminha diz que sua mãe (Ze�nha, 72 anos) está há 3 dias com febre (não aferida), dor no corpo e nas juntas, dor de cabeça e com manchas no corpo que coçam muito. Mas as dores e inchaço das juntas (imagem 2) são o que mais incomoda, ela mal consegue segurar um copo e tem formigamento nos pés. Ela acha que deve ser Dengue, embora ache os sintomas diferentes. A Dra. Ana pergunta: “-Em uma escala de zero a dez, como está sua dor?” e Dona Ze�nha informa que daria oito a sua dor nas juntas. A médica explica que a mãe de Carminha encontra-se na fase aguda da doença; deverá permanecer monitorada diariamente, pois faz parte do grupo de risco e foram colhidos os exames da fase aguda. A médica orientou que em caso de persistência da febre por mais de cinco dias, aparecimento de sinais de gravidade ou persistência dos danos articulares, a família deverá informar imediatamente a unidade básica de saúde. Suspendeu o uso de AAS, pois segundo relato, a paciente tomava para “a�nar o sangue". A Dra. Ana prescreveu analgésico compatível com a dor da paciente, hidratação oral e repouso. Quando já estava indo embora viu seu Luiz, marido de Carminha, deitado no sofá, prostrado e pergunta: O que houve com ele? Ele começou com os mesmos sintomas que eu tive, febre alta, dor de cabeça e no corpo, mas depois do terceiro dia, queixou-se de muita dor na barriga, teve vômitos e quase não está urinando. Repare, Dra Ana, ele nem consegue �car em pé, passa o dia todo deitado nesse sofá. Hoje quando foi escovar os dentes, disse que sangrou a gengiva e eu �quei apavorada. A médica examina seu Luiz e veri�ca: EGR, prostrado, desidratado 2+/4+, anictérico, acianótico, taquipnéico leve, temperatura axilar: 37,8ºC, extremidades frias e pulso rápido e fraco. AR: MV diminuído à ausculta, frêmito tóraco-vocal diminuído à palpação e submacicez à percussão em base direita, FR: 22 ipm sat o2 93%; ACV: RCR em 2T, PA: 80x40mmHg, FC:110bpm; ABD: plano, simétrico, doloroso à palpação profunda difusamente mas sem sinal de irritação peritoneal, hepatomegalia dolorosa (fígado palpável 4 cm abaixo do RCD); Prova do laço: positiva (imagem 3) Pele: petéquias e sufusões hemorrágicas difusas em tronco e MMII. A Dra. Ana informa que o seu Luiz precisará ser encaminhado imediatamente para o hospital, pois precisará fazer vários exames e �cará internado, já que apresenta sintomas e alterações no exame físico que sugerem gravidade da doença. Ela liga para o SAMU. Enquanto aguarda a transferência do paciente, a médica diz: precisaremos mobilizar a comunidade, através de palestras na sala de espera da unidade, sobre medidas de combate ao mosquito transmissor das arboviroses e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano. E �naliza dizendo que será necessário informar ao Serviço de Vigilância Epidemiológica, os casos atendidos hoje. OBJETIVOS OBJETIVO 1➛ Compreender a Dengue (de�nição, epidemiologia, classi�cação, �siopatologia, quadro clínico, sinais de alerta, diagnóstico, tratamento) OBJETIVO 2➛ Compreender a Zika (de�nição, epidemiologia, classi�cação, �siopatologia, quadro clínico, sinais de alerta, diagnóstico, tratamento) OBJETIVO 3 ➛ Compreender a Chikungunya (de�nição, epidemiologia, classi�cação, �siopatologia, quadro clínico, sinais de alerta, diagnóstico, tratamento) OBJETIVO 4➛ Discutir formas de prevenção para as arboviroses. TERMO: ● Sufusões hemorrágicas. Dengue DEFINIÇÃO ● Doença febril aguda. ● Autolimitada na forma clássica; ● FHD - Febre Hemorrágica da Dengue quando grave; ● Doença de noti�cação compulsória pela via mais rápida ao Serviço de Vigilância Epidemiológica; ○ Na dengue con�rmada, noti�car em até 24h. EPIDEMIOLOGIA/ETIOLOGIA ● Pico nos meses mais chuvosos de cada região. ● Pessoas mais velhas têm maior risco de desenvolver a forma grave. ● Pacientes com alguma doença crônica têm maior risco de gravidade e morte. ● Pernambuco (quatro primeiros meses de 2022) ⇢ aumento 45,9% nas noti�cações de casos suspeitos de pessoas com doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) em comparação com o ano de 2021. ● O estado teve um crescimento de 77,2% dos casos suspeitos de chikungunya e de 39,3% dos de dengue no período ● Semana epidemiológica 17, encerrada no dia 30 de abril, até quando foram noti�cados 27.272 casos das três doenças. No mesmo período de 2021, foram 18.690 noti�cações das três doenças. Arbovirose Noti�cações 2022 Noti�cações 2021 Comparativo Dengue 16.620 11.932 39,3% Zika 666 1.122 - 40,6% Chikungunya 9.986 5.636 77,2% Total 27.272 18.696 45,9% SES-PE ETIOPATOGENIA ETIOLOGIA ● Arbovírus do gênero Flavivírus, pertencentes à família Flaviridae. https://g1.globo.com/tudo-sobre/aedes-aegypti/ ○ Vírus de RNA envelopado. ● São conhecidos quatro sorotipos: ○ DENV-1, DENV-2 (mais virulento), DENV-3 e DENV-4. ○ Cada um apresenta diversas cepas com propriedades antigênicas distintas. ● A infecção promove imunidade permanente sorotipo-especí�ca e imunidade cruzada temporária para os outros. TRANSMISSÃO ● Picada do mosquito aedes aegypti, no ciclo homem - mosquito - homem. O Aedes é um mosquito que se alimenta de néctar e da seiva das plantas, mas quando a fêmea engravida, elas desenvolvem o hábito de hematofagia (alimentar-se de sangue), conseguindo nutrientes especí�cos para o desenvolvimento dos ovos. ○ Características que favorecem a transmissão: ■ Ciclo holometábolo (de metamorfose) - ovos muito resistentes (sobrevivem latentes por até 450 dias em desidratação). ■ Discordância gonotró�ca - hábitos diurnos, agilidade nas asas, suga menos sangue mas de muitas pessoas. ● Após um repasto do sangue infectado, o mosquito �ca apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação. ● A transmissão mecânica também é possível, quando o repasto sanguíneo é interrompido e o mosquito, imediatamente, se alimenta em um hospedeiro suscetível próximo. ● Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções, nem por fontes de água ou alimentos. ● Período de incubação: ○ Varia de 3 a 15 dias, sendo em média, de 5 a 6 dias. ● Período de transmissibilidade: ○ No homem no período de viremia (vírus no sangue) - 1 dia antes do aparecimento de febre e vai até o 6º dia da doença. ★ Não há transmissão da grávida para o feto, mas a infecção pode levar a mãe a abortar e ter um parto prematuro, a gestante �ca mais suscetível a forma grave da doença. FISIOPATOLOGIA ● Vírus entra na corrente sanguínea, deslocando-se para: ○ Monócitos; ○ Linfonodos; ○ Musculatura esquelética. ● Então eles replicam seu RNA viral, maduram em organelase são liberados para a corrente sanguínea - disseminação. ● Há estimulação de produção de citocinas pró-in�amatórias (TNF alfa, IL-6, principalmente) - início da fase sintomática da doença. ● A parede vascular é uma das estruturas mais afetadas pela in�amação - aumento da permeabilidade que pode desencadear hemorragias ou perda de plasma para o 3º espaço. ★ Febre hemorrágica da dengue (FHD) - resultado de cepas extremamente virulentas. ○ Teoria de Halstead - Se relaciona com infecções sequenciais por diferentes sorotipos no período de 3 meses a 5 anos. ■ A ideia é que na primo-infecção haverá produção de anticorpos contra aquele sorotipo. Em uma segunda infecção com outro sorotipo os anticorpos não são e�cazes e podem facilitar a entrada dos mesmos nas células, potencializando sua multiplicação e o quadro clínico. ■ Hipótese integral de multicausalidade (autores cubanos) - interação da virulência da cepa, a teoria de Halstead com os fatores de risco. - Todos os sorotipos podem levar à dengue grave na primeira infecção, mas é mais comum na segunda/terceira. QUADRO CLÍNICO ● Podem ser assintomáticos, brandos ou graves. FASE FEBRIL ● Quadro febril agudo (máximo 7 dias), geralmente alta (39-40ºC), acompanhado de 2 dos seguintes sintomas: ○ Dor retroorbitária, mialgia, prostração, cefaleia, artralgia e exantema. ● Exantema presente em 50% dos casos ○ Tipo maculopapular, atinge face, tronco e membros; ○ Com ou sem prurido; ● Anorexia, náuseas podem estar presentes; ● Diarreia não volumosa pode acontecer - lembrar do diagnóstico diferencial de gastroenterites. FASE CRÍTICA ● Início com defervescência da febre (entre 3-7º dia), acompanhada de sinais de alarme; ○ A maioria dos sinais de alarme é resultado do aumento da permeabilidade vascular e pode evoluir para choque pelo extravasamento de plasma. SINAIS DE ALARME a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; b) Vômitos persistentes; c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); d) Hipotensão postural e/ou lipotímia; e) Hepatomegalia > 2 cm abaixo do costal; f) Sangramento de mucosa; g) Letargia e/ou irritabilidade; h) Aumento progressivo do hematócrito. FASE DE RECUPERAÇÃO ● Reabsorção gradual do conteúdo extravasado com progressiva melhora clínica. ● Atenção para complicações com hiper-hidratação. ● O débito urinário se normaliza ou aumenta, pode ocorrer bradicardia e mudanças no eletrocardiograma. ● Alguns pacientes têm rash cutâneo, acompanhando ou não de prurido generalizado. ● Infecções bacterianas podem ser percebidas nesta fase ou ainda no �nal do curso clínico. ★ Gestantes - risco de aumento de sangramento de origem obstétrica, risco de aborto e baixo peso ao nascer. # Sinais de choque ➜ taquicardia, extremidades distais frias, pulso fraco e �liforme, enchimento capilar lento (> 2 segundos), PA convergente (< 30 mmHg), Oligúria, hipotensão arterial e cianose. DIAGNÓSTICO - Clínico, con�rmado com exames laboratoriais de sorologia, biologia molecular e de isolamento viral, ou con�rmado por teste raṕido. TESTES DIAGNÓSTICOS ● Sorologia: - 5 testes sorológicos: 1. Inibição da hemaglutinação (HI) 2. Fixação de complemento 3. Teste de neutralização 4. Imunoglobulina M (IgM) 5. ELISA - Técnica MAC ELISA, por PCR, isolamento viral e teste rápido. - Antígeno NS1 e PCR (até o 5º dia) e sorologia (a partir do 6º dia). ● Inespecí�cos: - Hemograma ➜ aumento do número de neutró�los no 5º dia de febre, contagem de linfócitos se eleva. - Velocidade de hemossedimentação ➜ aumentada. - Coagulograma ➜ diminuição de �brinogênio, protrombina, aumento nos tempos de protrombina e tromboplastina parcial. - Enzimas hepáticas. TRATAMENTO ❖ Medidas de suporte para controle. ➢ Repouso, ingerir líquido, não se automedicar; ➢ Sintomáticos devem ser prescritos pelo médico; ➢ Não usar medicamentos à base de AAS e anti-in�amatórios, como aspirina e AAS, pois podem aumentar o risco de hemorragias. - De acordo com o grupo - A a D, as medidas são diferentes. ZIKA DEFINIÇÃO ● Zika vírus: ○ Família Flaviridae; ○ Vírus de RNA de cadeia simples. FISIOPATOLOGIA TRANSMISSÃO - 3 formas principais: 1. Picada do mosquito Aedes aegypti; 2. Transmissão sexual; 3. Vertical - da mãe para o feto durante a gravidez; 4. Transfusão sanguínea. ❖ Entrada do vírus: ➢ Proteínas no seu envelope externo interagem com os receptores das células humanas. ➢ A partícula viral entra, libera o genoma do RNA viral, traduzida; ➢ Replicação inicial nas células dendríticas próximas ao local de inoculação, disseminando para o sangue e linfonodos. ❖ Neurotropismo: ➢ Alvo células neurais progenitoras, bem como células neuronais. ➢ Complicação com a Síndrome de Gui�ain Barré. ❖ Associação com a microcefalia (meninos < 31,9cm / meninas < 31,5cm); ➢ Mais graves nos primeiro e segundo semestres de gestação, variando desde a morte fetal a anomalias congênitas. ➢ Pele redundante na nuca, baixo peso, anasarca, artrogripose, perda auditiva, malformações oculares, microcefalia, ventriculomegalia e calci�cações multifocais, hipoplasia cerebelar e/ou pontina. ➢ A microcefalia pode cursar com diversas alterações como de�ciências intelectuais, paralisia cerebral, epilepsia, di�culdade de deglutição, anomalias dos sistemas visual e auditivo, distúrbios do comportamento (TDAH e autismo). QUADRO CLÍNICO ● 80% assintomáticos; ● Sintomas comuns: ○ Febre baixa (entre 37,8ºC e 38,5ºC), conjuntivite não purulenta, dor de cabeça, artralgia (normalmente em mãos e pés), astenia, rash maculopapular, prurido e vermelhidão nos olhos. ○ Com menos frequência - dor retro-orbitária, anorexia, vômitos, diarreia, dor abdominal e aftas. ● Os sintomas desaparecem em até 7 dias. ● Em alguns pacientes pode ocorrer hematospermia. DIAGNÓSTICO TESTES DIAGNÓSTICOS ● RT-PCR: - Não gestante: amostras < 7 dias do início dos sintomas; - Gestante e sintomática: amostras séricas e urinárias até 12 semanas do início dos sintomas. - Gestante e assintomática: amostras séricas e urinárias pareadas 3 vezes durante a gestação. - Lactentes: Amostras nos 2 primeiros dias de vida. ● Sorologia; ● Testes para outras arboviroses. TRATAMENTO ❖ Medidas de suporte : ➢ Acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para controle da febre e da dor. ➢ Anti-histamínicos para erupções pruriginosas. ➢ Desaconselhar uso de AAS ou outras drogas anti-in�amatórias. CHIKUNGUNYA DEFINIÇÃO ● CHIKV é um alfavírus transmitido pelas espécies de mosquitos Aedes. ● “Aquilo que se dobra” no idioma maconde (área fronteira de Moçambique e Tanzânia, onde foi descrito o primeiro surto). ● Doença autolimitada, podendo evoluir para uma condição crônica debilitante. . FISIOPATOLOGIA TRANSMISSÃO - Período de incubação intrínseco de 3-7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias) - no ser humano; - Período de incubação extrínseco de 10 dias - no inseto. - Período de viremia pode durar por até 10 dias, iniciando 2 dias antes da apresentação dos sintomas, podendo perdurar por mais 8 dias. ❖ Inoculação do CHIKV: ➢ A picada do inseto inocula o vírus e a saliva (com propriedades anti-hemostáticas e imunomoduladoras) que induzem a in�ltração celular precoce e o aumento da secreção de citocinas. ➢ Fase de intensa replicação em �broblastos e macrófagos da pele e disseminação para órgãos-alvo, como articulações e músculos. ➢ Há indução da resposta imune com liberação de citocinas pró-in�amatórias como interferon alfa, interleucinas, quimiocinas e fatores de crescimento. ➢ A progressão para o estágio crônico é resultado da combinação de danos diretos de células e tecidos causados pela replicação viral, e indiretamente, pela ativação da resposta imune nos tecidos-alvos. ➢ Há a hipótese da in�amação desregulada causada por infecção persistente de macrófagos teciduais, ou a presença de RNA viral dentro dessas células. ➢ As alterações histopatológicas são semelhantes às encontradas em pacientes com artrite reumatóide ou outra in�amação, incluindo hiperplasiasinovial, proliferação vascular e in�ltração de macrófagos perivasculares. QUADRO CLÍNICO FASE AGUDA ● Febre de início súbito: ○ Contínua, intermitente ou bifásica, possui curta duração, porém a queda de temperatura não é associada À piora dos sintomas como na dengue. ● Intensa poliartralgia, geralmente acompanhada de dores nas costas: ○ Poliarticular, bilateral e simétrica, mas pode haver assimetria, acomete grandes e pequenas articulações e abrange com maior frequência as regiões mais distais. ○ Pode haver edema e quando presente, é associado a tenossinovite. ● Exantema “rash cutâneo”: ○ Maculopapular ou macular, acomete cerca de metade dos doentes e surge, normalmente, no segundo ao quinto dia após o início da febre. ○ Atinge tronco e extremidades, pode atingir face. ○ Prurido presente em 25% dos pacientes e pode ser generalizado ou apenas localizado na região palmo-plantar. ● Cefaleia; ● Fadiga; ● Dor retro-ocular; ● Calafrios; ● Conjuntivite sem secreção; ● Faringite; ● Náuseas e vômitos, diarreia e dor abdominal - mais presente em crianças; ● Neurite. ★ Formas graves incluem surgimento de complicações neurológicas (meningoencefalite, edema cerebral, hemorragia intracraniana, convulsões e encefalopatias), hemorrágicas e acometimento miocárdico. FASE SUBAGUDA ● Febre desaparece, pode persistir ou agravar a artralgia. ● Alguns pacientes podem desenvolver doença vascular periférica fadiga e sintomas depressivos. Sintomas que persistem por mais de 3 meses após o início da doença - FASE CRÔNICA. - Dor articular, musculoesquelética ou neuropática. - Fatores de risco: idade > 45 anos, sexo feminino, desordem articular preexistente e maior intensidade das lesões articulares na fase aguda. Pode durar até 3 anos, com algumas literaturas citando até 6 anos. DIAGNÓSTICO TESTES DIAGNÓSTICOS ● FASE AGUDA - Leucopenia com linfopenia < 1000; - VHS e PCR aumentados; - Pode elevar enzimas hepáticas, creatinina e CPK. ● FASE CRÔNICA - Avaliar antes da introdução de metotrexato e da hidroxicloroquina. ● Sorologia, PCR, isolamento viral. TRATAMENTO ❖ FASE AGUDA ➢ Suporte sintomático, hidratação e repouso. ➢ Os opióides devem ser reservados para dores que não respondem a analgésicos comuns. ➢ Compressas frias de 4/4h por 20 minutos. ❖ FASE SUBAGUDA ➢ Movimentação e exercícios leves tendem a melhorar a rigidez articular.
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