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- Doença: Quebra da homeostase; Alteração do organismo com seu meio ambiente e a célula com seu microambiente. A doença começa na célula. CÉLULA LESADA TECIDO LESADO ORGÃO LESADO LESÃO NA FUNÇÃO - Agente etiológico: Causa da doença. - Etiopatogênia: Relação das causas com as sequências dos acontecimentos resultantes das agressões Podem ser produzidas por nosso corpo (endógeno) ou adquiridas (exógenas). Lipofucsina: Usada para dentificar células velhas ou permanentes em animais idosos. Presentes nos tecidos musculares estriado cardíaco, esquelético e sistema nervoso. Pigmentos biliares: O pigmento biliar é a bilirrubina. A Hiperbilirrubinemia: é o aumento de bilirrubina pela quebra de hemácias ou falta de excreção de bilirrubina, podendo causar lesão renal e icterícia. Existem três tipos de icterícia, sendo elas: Icterícia pré-hepática, pós-hepática e hepática. - Icterícia pré-hepática: Ocorre quando há grande quantidade de hemólise, não eliminando a bilirrubina levando ao acúmulo. - Icterícia Pós-Hepática: Defeito no transporte de bilirrubina, causando acúmulo nos ductos, e assim não atingindo o intestino. - Icterícia Hepática: Lesão nos hepatócitos, impedindo o metabolismo da bilirrubina , ocorre acumulo de bilirrubina conjugada e não conjugada. Hemossiderina: Pigmento liberado pela excessiva destruição de hemácias ou pela absorção exacerbada de ferro. Em concentrações altas produzem radicais livres de oxigênio. Melanina: Produzida pelo melanócito que possui melanossomos que coram os queratinócitos. Acantose migrans: hiperpigmentação, liquenificação causada por atrito. Antracose: Causado pelo acúmulo de poeira de carvão/carbono nos pulmões e a reação tecidual à sua presença. Encontrado em animais adultos e idosos, fumantes e pessoas que moram em cidades grandes. São alterações celulares, geralmente reversíveis, e que podem ou não evoluir para a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas ou endógenas, que reduzem ou terminam as funções celulares. Degeneração Lipídica/Esteatose: É o acúmulo excessivo de lipídios no citoplasma da célula formando vacúolos que podem ser pequenos e/ou volumosos, deslocam o núcleo para a periferia dando à célula um aspecto pálido e esponjoso. Macroscopicamente, o órgão se apresenta amarelado e gorduroso. Os órgãos acometidos são as musculaturas cardíaca e esquelética, rins e principalmente o fígado. Degeneração Hidrópica: É o acúmulo de água nas células, devido alterações na bomba de sódio e potássio, retendo sódio, e consequentemente, retendo água. Suas principais causas são hipóxia, hipertermia. (desiquilíbrio celular) No inicio o líquido se acumula no citoplasma, causando aumento de volume e aspecto de citoplasma diluído. Conforme o processo degenerativo progride, há formação de vacúolos. Degeneração Hialina e Amiloide Acúmulo de proteínas no interior de células. Quando há um acúmulo de proteína no meio extracelular a alteração é chamada de Amiloidose Apoptose: Morte celular programada pode ser induzida por lesão do material genético ou células do sistema imune Requer energia e síntese proteica para a sua execução. Podendo ser causada por vários estímulos, por exemplo: Danos nocivos atingindo o DNA ou atrofia patológica em órgãos. Necrose: É o resultado de uma lesão celular irreversível e consequente morte celular causado pela desnaturação proteica. Necrose de coagulação: Coagulação das proteínas celulares, este tipo de necrose ocorre por causa da hipóxia celular, toxinas bacterianas e agentes químicos. Apesar da necrose, a arquitetura do tecido se mantém preservada por algum tempo (dias). Necrose de Liquefação: Tecido amolecido ou liquefeito, por causa da ação de enzimas e células inflamatórias liberadas pelo tecido morto. Necrose Caseosa: Tem aspecto branco ou amarelado, pastoso e seco na macroscopia. Acontece por lesões crônicas (tuberculose). Há perda da estrutura celular. Necrose Gordurosa: Os ácidos graxos presentes no citoplasma, ao saírem das células, sofrem saponificação com sais alcalinos, formando sabão, que se apresenta na forma de depósitos esbranquiçados. Necrose Gangrenosa: Ocorre quando um tecido perde seu suprimento de sangue seguido de invasão bacteriana. Líquido acumulado fora da célula e do vaso, causado por desiquilíbrio nos fatores hidrodinâmicos. - Pressão Hidrostática: Presente em artérias com grande pressão fazendo com que ‘’extravase/empurre’’ líquido do vaso para o interstício/tecido. - Pressão Oncótica: Faz com que o líquido volte para o vaso pela grande concentração de substâncias, ‘’puxando’’. A saída excessiva de líquido leva a um infiltrado inflamatório (geralmente em inflamações, infecções e alergias) chamado de exsudato sendo rico em proteínas e de aparência turva. A pressão hidrostática do capilar pode aumentar, devido aumento da pressão caso tenham ‘’obstáculos’’ (trombose, embolia, granulomas, parasitas), gerando um infiltrado NÃO inflamatório e pobre em proteínas chamado de transudato, sendo claro e seroso. Congestão: Acúmulo de sangue arterial por obstrução do vaso, sendo local ou sistêmica, onde o sangue não consegue circular. SEMPRE VAI SER PATOLÓGICA. Hiperemia: Aumento da quantidade de fluxo sanguíneo em um vaso e com pouca saída, causado por: Exercício físico, insolação, digestão, rubor facial, queimaduras e congelamento, infecções e inflamações. Conjunto de mecanismos pelos quais se mantêm o sangue fluido dentro do vaso, sendo ela dividida em Hemostasia primária, secundária e terciária. - Primária: Tem-se adesão na parede do vaso e agregação plaquetária (tromboxano a2) com consequente formação de um tampão plaquetário inicial. - Secundário: Reações em cascata cujo resultado final é a formação de fibrina (malha de proteína) a partir do fibrinogênio que confere estabilidade ao coágulo. - Terciária: A Fibrinólise é ativada, onde a plasmina atua degradando a fibrina e desfazendo o coágulo formado. Caso isso não aconteça, ocorrerá obstrução. A trombose é a solidificação dos constituintes normais do sangue em um animal vivo, possui aspecto opaco, seco e sem brilho, estando aderidos à parede do vaso. - Pode ser causado por: Traumas, estase sanguínea, infecções virais/bacterianas na superfície vascular, parasitoses, turbulência ou turbilhonamento, hipercoagulabilidade Os trombos podem ser ser classificados em : composição, localização e infeccção (sépticos ou assépticos). Qualquer elemento estranho (êmbolo) sendo transportado na corrente sanguínea por ela até eventualmente se deter em vaso de menor calibre. Pode ser classificada em embolia gasosa, sólidas ou líquidas (gorduras) A isquemia é a diminuição do suprimento sanguíneo em algum órgão ou tecido O infarto é a necrose que se instala após interrupção do fluxo sanguíneo, sendo ele um infarto vermelho ou infarto branco. Infarto Branco/Anêmico/Isquêmico: Área de necrose de coagulação (isquêmica) ocasionada por hipóxia letal em determinado local, em território com circulação do tipo terminal, a causa sempre é arterial e afeta mais rins, baço e cérebro. Infarto Vermelho/Hemorrágico: Área de necrose edematosa e hemorrágica, ocasionada por rompimento de vaso não irrigando o resto do tecido, em território com circulação preferencialmente do tipo dupla ou colateral. É de tipo mais letal. Extravasamento sanguíneo para fora do sistema cardiovascular; Saída de sangue do interior dos vasos para o interstício, cavidades ou exterior do organismo,sendo elas Venosa, Arterial e Capilar. Severidade Depende do vaso afetado, local, volume e velocidade de perda. GRAVE: Quando afeta órgão essencial com perda rápida de grande volume de sangue, há risco de morte e/ou choque. Também pode ser moderada ou leve. Desiquilíbrio entre oferta e consumo de O2 tecidual e celular; falha de perfusão sanguínea tecidual súbita e generalizada (colapso circulatório). Hipovolêmico: Perda de volume, plasma ou líquido sanguíneo, podendo ser hemorrágico e não hemorrágico. Cardiogênico: É causado pela falha do coração durante o bombeamento sanguíneo. Podendo ser causada pelo enfraquecimento do músculo cardíaco, das válvulas e do sistema de condução elétrica. Séptico: É causado quando microrganismos laçam toxinas que provocam vasodilatação. Anafilático: É causado quando há contato de alérgenos por ingestão, inalação, absorção ou injetáveis. O paciente pode apresentar prurido, ardor na pele, edema generalizado e dificuldade para respirar. Neurogênico: É causado quando o sistema nervoso não consegue controlar o calibre dos vasos sanguíneos. Distributivo: É caracterizado pela presença de má distribuição do fluxo sanguíneo relacionado a uma inadequação entre a demanda tecidual e a oferta de oxigênio Lesão de um tecido por agentes físicos, químicos ou antígenos A Característica principal é o extravasamento de líquido do vaso para o local da inflamação, com vasodilatação, aumento do fluxo sanguíneo e aumento da permeabilidade dos capilares. A inflamação possui 5 sinais cardeais: Calor, rubor, dor, edema, perda de função Também ocorrem alterações vasculares, como: - Vasoconstrição reflexa: Dura segundos ou minutos, impede que o antígeno saia da circulação e sua propagação - Vasodilatação: Provoca aumento do fluxo sanguíneo, para remover o antígeno/agente nocivo caracterizado pela hiperemia, calor, dor, sendo induzida por histamina e óxido nítrico. Eventos celulares da inflamação: - Marginação: acúmulo de leucócitos na periferia - Rolamento: Adesão mediada pelas selectinas. - Adesão: Mediada pelas integrinas. - Transmigração: Através do endotélio ocorre nas vênulas. Esse processo é mediado principalmente por PeCAM - Migração: Migração de células mediadas por várias substâncias como C5a, leucotrienos e citocinas. Classificação da inflamação - Inflamação Serosa: Fluído diluído que ocorre sem processos infecciosos - Inflamação fibrinosa: Extravasamento de moléculas maiores, como o fibrinogênio, que passa a barreira vascular, formando a fibrina, que se deposita no espaço extracelular. - Inflamação purulenta/supurativa: Produção de grandes quantidades de pus (exsudato) constituído de neutrófilos, células necróticas e edema. A inflamação purulenta pode ser dividida em: Abscesso (Coleção focal ou multifocal de pus, encapsulada por tecido epitelial) Flegmão (Coleção de pus não encapsulada e sem limites precisos) Empiema (Acúmulo de pus em uma cavidade natural do organismo) - Ulcerativa ou Necrotizante: Defeito local, da superfície de um órgão ou tecido, produzindo pela descamação do tecido inflamatório necrótico. - Hemorrágica: Predomínio do componente hemorrágico no tecido inflamado. Causada por infecções persistentes por bactérias, exposição prolongada a substâncias irritantes. Caracterizada pela infiltração de macrófagos, plasmócitos e linfócitos, causando o reparo tecidual onde ocorre a fibrose. *Os macrófagos são as principais células da inflamação crônica, ativados pela via clássica e são importantes no reparo tecidual*. Inflamação crônica específica: Caracterizadas pelos granulomas, que são acúmulos localizados de macrófagos e macrófagos modificados, podem ainda apresentar outras células, como: linfócitos, eosinófilos e fibroblastos, além de haver necrose e do próprio agente agressor (bactérias ou fungos). Granuloma imune: São de digestão difícil que causam resposta imune celular. Granuloma tipo corpo estranho: O agente não é destruído, sendo ‘’isolado’’. Alterações relativas ao volume, à proliferação, diferenciação celulares, tamanho, número, fenótipo, atividade metabólica e função. Atrofia Diminuição do tamanho e/ou número das células após ter atingido desenvolvimento normal, devido à redução da síntese proteica e aumento da degradação das proteínas celulares. Pode ser causada por desuso, denervação, pressão, senilidade etc... Hipertrofia É o aumento no tamanho das células e aumento no tamanho do órgão. Pode ser compensatória, funcional ou fisiológica. - Compensatória: Compensa falta de órgão par (rim, membro). - Funcional: Aumento da massa muscular (animal para corrida e passeio). - Fisiológica: Útero na gestação. Hiperplasia Aumento no número de células de um órgão ou tecido. Causado por Hormônios, fatores de crescimento e aumento de seus receptores, citocinas, fatores de transcrição, ativação de células-tronco. As células lábeis (células que se regeneram com facilidade e rapidez) se tornam hiperplásicas facilmente. Metaplasia Alteração reversível na qual um tipo de células é substituído por outro tipo de célula de mesma origem. Pode ser substituição ou por adaptação de células ao estresse; Displasia Proliferação desordenada, mas não neoplásica. Há má-formação, perda de uniformidade das células individuais e da sua orientação arquitetônica. Hipoplasia Desenvolvimento incompleto do órgão, não atingindo seu tamanho normal. Aplasia A aplasia é uma disfunção das células e dos tecidos, que leva à interrupção do seu desenvolvimento. As aplasias medulares que atingem a medula óssea causam a ausência tecido hematopoiético de determinada linhagem (mielóide ou linfoide). Agenesia Ausência completa do órgão, órgão não existe. Massa anormal de tecido, cujo crescimento é excessivo, que se prolifera ativamente, composto por células derivadas de um tecido normal. Componentes: - Parênquima: Células neoplásicas em proliferação. - Estroma: Tecido conjuntivo de suporte e vasos sanguíneos - Angiogênese: Ao perceberem insuficiência nutricional, falta de oxigênio (hipóxia) e taxas elevadas de CO2 (gás carbônico) e NO2 (óxido nítrico), as células do tumor passam a produzir algumas proteínas de sinalização extracelular, como: VEGF (fator de crescimento endotelial vascular) e bFGF (fator de crescimento fibroblástico básico). Carcinogênese Causado por diversos fatores. Processos da carcinogênese: - Estágio de iniciação: Os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas. - Estágio de promoção: As células geneticamente alteradas sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. - Estágio de progressão: Se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Invasão e Metástase: É a principal característica das neoplasias malignas, a disseminação das células tumorais ocorre através dos vasos sanguíneos, linfáticos ou cavidades corporais. - Disseminação linfática: As células tumorais são transportadas pelos vasos linfáticos ocupando os linfonodos mais próximos e também os que recebem maior número de vasos linfáticos aferente - Disseminação hematogênica: As artérias são mais resistentes que as veias a invasão tumoral. Os órgãos mais acometidos por essa disseminação são o fígado e o pulmão.
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