Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Semiologia do sistema geniturinário P R O F . ª V A N E S S A L O W E Introdução • Órgãos urinários: • Rins • Ureteres • Vesícula urinária • Uretra Introdução ao sistema urinário • Os rins produzem a urina, que por meio dos ureteres chega até a bexiga, onde é temporariamente armazenada • Durante o esvaziamento vesical a urina passa pela uretra chegando até o meio externo • Produção → os rins filtram o plasma estranho grande quantidade de um líquido chamado ultrafiltrado, que é processado para a reabsorção de substâncias úteis, concentra substâncias rejeitadas e eliminam • A maior parte da água do ultrafiltrado é a reabsorvida →manter os parâmetros volume plasmático em parâmetros fisiológicos Introdução ao sistema urinário • Em cães grandes os rins são perfundidos com 1.000 a 2.000 litros/dia • Sistema essencial para manter a homeostase de água, eletrólitos e dezenas de substâncias derivadas do metabolismo e do catabolismo • Possui funções endócrinas como metabolismo de cálcio e fósforo, produção de hemácias e controle da pressão arterial Rins • É o órgão que repousa sobre os músculos sublombares um de cada lado da coluna vertebral • Tem localização retroperitoneal com a superfície dorsal em contato com os músculos sub lombares • Frequentemente circundados por gordura e sua superfície ventral coberta por peritônio transparente • Cada rim apresenta um polo cranial e um caudal, um bordo medial e um lateral, uma superfície dorsal e uma ventral ➢ Importância → descrever a posição das alterações renais localizadas e orientar procedimentos cirúrgicos Rins • É revestido por uma cápsula fibrosa→ restringe a habilidade de expansão do tecido renal → o aumento de volume ocorre em certas doenças renais e tem de causar com pressão dos tecidos, estreitamento das passagens internas e dor • A cápsula é de posa reveste parcialmente o rim → a visualização do bardo renal em radiografias é facilitada pela presença de tecidos adiposos → podem variar em espessura de acordo com a espécie e estado nutricional do paciente Rins • Cães e gatos • Os rins possuem formato típico de feijão • A fixação dos rins a parede do corpo é mais frouxa no gato → assim os rins são bastante móveis, portanto fáceis de palpar Ureteres • Transporta urina dos rins para a bexiga/vesícula urinária • Esses penetram nos rins através do hilo onde se conectam a pelve renal • Assim como os rins os diretórios são estruturas retroperitoneais • Se projetam em direção da bexiga, adentram a bexiga percorrendo um trajeto entre a camada muscular da parede vesical e finalmente abrem-se para o lúmen • A inserção do ureter entre a musculatura vesical previne o refluxo da urina para os ureteres quando a pressão intravesical aumenta • A musculatura uretral apresenta contrações em forma de movimentos peristálticos que ajudam a levar a urina para a bexiga • Estrutura de acesso difícil → pode ser sede de anomalias congênitas ou processo obstrutivos adquiridos que resultam em danos renais graves Bexiga • Compõe o trato urinário inferior • Avise culinária é um órgão cavitário musculomembranoso que serve como reservatório temporário da urina produzida pelos rins • Pode ser dividida em colo que se conecta com a uretra, corpo e vértice cranial • Arca triangular compreendida entre dois meatos ureterais e o início da uretra é denominado trígono → local de incidência de neoplasias (maior contato com substâncias cancerígenas • O músculo da parede vesical é formada por 3 camadas de músculo liso que age como detrusor → esprema e esvazia a bexiga Bexiga • A mucosa da bexiga é constituída por um epitélio de transição • Cães e gatos: • O tamanho e a posição da bexiga variam de acordo com a quantidade de urina nela contida • A bexiga vazia é pequena e tem um formato globular • A bexiga distendida apresenta um formato de pera com contorno regular • Em cães de aproximadamente 12 kg pode conter de 100 a 120 ml de urina (sem estar muito distendida) Bexiga • No cão a bexiga tem localização quase inteiramente pélvica quando vazia, distendendo se para o abdômen com o preenchimento • No gato estende-se amplamente para a cavidade abdominal mesmo quando está vazia • A superfície ventral da bexiga é separada da parede abdominal apenas por peritônio visceral e parietal e pelo aumento maior → fato que favorece o exame vesical e principalmente a cistocentese em pequenos animais Uretra • A uretra do macho leva urina, sêmen e secreções seminais para o orifício uretral externa na extremidade do pênis • No macho a uretra é dividida em parte pélvica, peniana ou esponjosa • Aurélio feminina origina-se na bexiga e segue em sentido caudodorsal, adentro ao trato genital caudal a junção vaginovestibular • A musculatura da uretra feminina é formada por 3 camadas de músculo liso • A uretra envolvida em quase toda a sua extensão por musculatura estriada → a contração dessa musculatura além de diminuir o lúmen vaginal pressiona ao retra contra a vagina causando o fechamento uretral Uretra • Cães e gatos: • A primeira parte da uretra pélvica no gato é a porção pré-prostática • No cão o início da uretra está inteiramente circundado pela próstata • Em ambas as espécies a uretra pélvica continua após a próstata • Em um cão adulto com aproximadamente 12 kg a uretra tem 25 cm de comprimento em média → pode se estender durante a micção ou ejaculação, mas a expansão é limitada na porção cavernosa da uretra, onde passa pelo sulco ventral do osso peniano → característica que predispõe obstruções uretrais Uretra • A uretra da cadela tem cerca de zero 5 cm de diâmetro por 6 a 10 cm de comprimento, a mucosa permite expansão considerável quando pressão • Nas cadelas pode ser visto o tubérculo uretral → uma elevação que demarca o orifício uretral externo → localizado o crânio aumente ao clítoris • A sondagem da uretra é fácil em machos é fácil e consideravelmente difícil em gatos, devido ao reduzido diâmetro uretral ao tamanho, formato e posicionamento do pênis Controle da micção • A micção compreende um processo fisiológico de armazenamento e eliminação da urina • A bexiga urinária e a uretra em ação conjunta propicia o acúmulo da urina que vai sendo formada por meio do relaxamento da urina e contração do esfíncter uretral evitando a passagem o fluxo de urina para o meio externo • Quando a bexiga está suficientemente cheia a contração vesical e a facilitação do fluxo da urina dada pelo relaxamento uretral propiciam o esvaziamento da bexiga Controle da micção • É uma função reflexa que envolve ação integrada de vias que vão desde o segmento sacral da medula até o córtex cerebral • A musculatura lisa da bexiga urinária (músculo detrusor) e a musculatura estriada do esfíncter uretral externo recebem inervação simpática e somática para o controle neural da micção • Atingidos os limiares de volume e pressão da bexiga urinária → impulsos motores eferentes dão início à fase de eliminação de urina ou esvaziamento vesical Controle da micção • As vias sensoriais que seguem da bexiga para o cérebro também chegam ao córtex cerebral → onde é integrado o controle voluntário da micção • Através dessa via de controle do reflexo do músculo detrusor o paciente pode iniciar voluntariamente a micção →marcação de território, ou inibi-la • O controle voluntário da micção pode ser perdido nos casos de lesões do córtex cerebral Exame do paciente • Resenha | Identificação • Características do animal → grande relevância na definição do tipo de abordagem semiológica e na interpretação dos resultados dos exames para fins diagnósticos e prognósticos • Espécie • Raça • Sexo • Idade • Procedência Exame do paciente • Sistema urinário pode ser acometido por uma grande variedade de afecções → pielonefrite, urolitíase, cistite, etc) → podem ocorrer em animais de todas as espécies macho fêmea jovensadultos → contudo existem algumas afecções que irão ocorrer em espécie específicas como obstrução uretral em felinos macho, displasia renal em lhasa apso e shih tzu • Muitos problemas são manifestados nos primeiros dias de vidas, outros na vida adulta Anamnese • Primeiro aspecto a ser considerado é que existe algumas doenças que acometem os órgãos urinários que podem resultar em comprometimento sistêmico → diabetes mellitus, erliquiose, toxemia, miopatia de esforço, etc • Por outro lado outras afecções localizadas podem ocasionar uma doença renal secundária suficientemente grave para causar a morte do paciente → piometra • Anamnese deve envolver todos os itens de caráter geral que compreendem a → tipo, frequência e duração do problema • Informações como: apetite, vômito, tipo de alimento consumido, fezes e defecação, comportamento, déficit neuromotor, funções e transtornos reprodutivos, doenças e tratamento anteriores, vacinação, vermifugação, tratamento em andamento ou efetuados no últimos dias, possíveis cirurgias, acidentes, esforços físicos, entre outras Exame físico geral • Avaliação geral: • Peso corporal • Temperatura • Frequência de pulso e respiratória • Coloração de mucosas • Grau de hidratação • Boca → úlceras, alterações da língua, inserção dos dentes, aumento do maxilar, hálito urêmico, etc Exame físico geral • Avaliação dos rins: • Ambos são palpáveis? • Tamanho, simetria e posição • Forma, contorno e consistência • Dor? Exame físico geral • Avaliação da Bexiga: • Posição • Tamanho, formato e consistência • Cálculos ou massas palpáveis • Espessura da parede • Dor? • Avaliação da próstata: • Dor? • Posição, simetria, tamanho, consistência Exame físico geral • Avaliação de uretras: • Tamanho, formato e consistência • Anormalidades • Patência • Micção: • Frequência • Disúria • Retenção • incontinência Exame físico geral • A palpação destaca se no exame físico de rotina! • Palpação dos órgãos urinários seja externa → pequenos animais • A pressão necessária para a palpação de cada órgão deve ser aplicada de maneira gradativa até que atinja o grau mínimo necessário • O término da pressão também deve ser feito de maneira gradativa esses cuidados evitar um desconforto desnecessário ao paciente e impediram que um grau normal de sensibilidade venha a ser interpretada de forma incorreta Exame físico geral • O aumento da sensibilidade ou dor quando existir será manifestado por: • Gemidos • Reação de defesa • Gritos • Ausência de sensibilidade dolorosa ou mesmo de alterações anatômicas detectáveis a palpação dos órgãos urinários não descarta a possibilidade de doença →muitas afecções, várias de caráter grave, não cursam com alterações perceptíveis à palpação Exame dos rins • Deve ser realizado o exame físico de ambos os órgãos sempre que possível e do seu produto mais acessível: URINA • O rim possui uma capacidade de reserva funcional → consegue manter a produção da urina e suas demais funções enquanto sofre algum tipo de doença • Avaliar possibilidades: • De existência de alguma doença renal em curso sem comprometimento importante da função • De haver déficit da função renal, se for o caso, elucidar a causa Exames complementares • Urinálise → destaque, necessária em 100% dos casos • Razão proteína:creatinina • Provas de função renal --> dosagens das concentrações de creatinina, ureia, proteína, potássio, fósforo • Exames radiográficos • Ultrassonografia • Uretrocistoscopia • Biopsia Exame dos rins • Em casos de déficit funcional com comprometimento da função → redução grave da filtração glomerular → o paciente apresentará aumento das concentrações dos produtos finais do metabolismo: creatinina e ureia • As causas desse achado laboratorial chamado azotemia, podem ser: • Pré-renais • Renais • Pós-renais • Se a causa não for estabelecida e o problema persistir o paciente apresentará um conjunto de sinais clínicos e laboratoriais: Síndrome urêmica ou uremia • Síndrome nefrótica → os rins perdem a capacidade de conservar proteínas → caracteriza hipoproteinemia/hipoalbuminemia, edema e ascite Exame dos rins • Causas pré-renais: • Desidratação • Insuficiência cardíaca • Hipoadrenocorticismos • Causas renais: • Doença renal instalada com comprometimento de função • Causas pós-renais: • Obstrução uretral (parcial ou total) • Ruptura de bexiga • Deslocamento de bexiga (hérnia perineal) Conceito de síndrome urêmica • Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam as manifestações sistêmicas resultantes de mau funcionamento dos rins • Na síndrome urêmica existem comprometimento gastrointestinais, neuromusculares, cardiopulmonares, endócrinos, hematológicos e oftálmicos • Azotemia também é um dos achados da banda laboratoriais da síndrome urêmica • Azotemia → elevação dos níveis de ureia e creatinina, decorrente da diminuição da taxa de filtração glomerular e consequentemente redução da excreção desses compostos na urina Exames de bexiga e da uretra • A palpação externa da bexiga → paciente em posição quadrupeal/estação ou decúbito lateral • Palpar o abdômen como um todo → local de acesso para bexiga → porção mãos caudal do abdômen, à frente do púbis, comumente entre as virilhas • Pode ser palpada com um mão em forma de pinça, delicadamente • Se estiver repleta será mais fácil palpar • Grandes distensões de bexiga, causadas por retenção de urina será percebida durante a inspeção direta do abdômen Avaliação da micção • Normalmente informações imprecisas • Decorrem de falta de clareza • O ideal é que seja avaliado pela clínico • Considerar a postura normal de micção de cada espécie • As fêmeas caninas flexionam os membros pélvicos de modo que o períneo fique paralelo ao solo (quase tocando) • Os cães machos levantam um dos membros pélvicos e direcionam o jato para um objeto selecionado Avaliação da micção • Quando filhotes, antes da maturidade sexual, os machos adotam a mesma postura de micção das fêmeas • Os cães adultos, principalmente os machos, podem urinar em pequenas quantidades, muitas vezes seguidas para marcar território • Em felinos a postura adotada, tanto em fêmeas quanto em machos é a mesma → fazem uma pequena cova, onde depositam a urina, cobrindo-a após a micção • Machos e fêmeas sexualmente maduros/ativos podem ter hábitos de eliminar urina sob forma de spray → primeiro, o gato cheira o alvo, então, vira-se e costas e emite o jato → o alvo é sempre uma superfície vertical de 20 cm de solo Frequência da micção • Para manter o equilíbrio de água o volume da urina produzido em 24 horas deve ser proporcional ao volume de água ingerido • Quando ocorre aumento da perda de água por via extra renais respiração transpiração defecação lactação pode haver diminuição do volume da urina produzida →mecanismo compensatório da ingestão de água = polidipsia • Cada espécie e idade tem a sua própria frequência de micção, recém-nascidos sempre urinam muito mais que os adultos • Diversas situações fisiológicas e patológicas podem implicar no número de vezes que o paciente urina Frequência de micção • Variações: • Polacúria / Polaquiuria→ aumento do número de micções com redução da urina • Oligúria → redução da quantidade de urina • Iscúria→ retenção de urina • Disúria → dor, queimação, ardência, desconforto • Incontinência urinária Alterações de micção • Disúria: • Caracteriza-se por sinais de desconforto ou de dor durante a micção, pode haver dificuldade na eliminação da urina • De acordo com a causa intensidade do problema a manifestação da disúria pode variar quanto ao tipo e quanto a sua intensidade → disúria, estranguria (emissão lenta e dolorosa) ou tenesmo vesical (não promove o esvaziamento da bexiga por completo, ou tem a sensação que não) • Possíveis causas: enfermidades dolorosas da bexiga da uretra da vagina ou do prepúcio,enfermidade dolorosa de outro órgão comprimindo a estrutura durante a micção, peritonite aguda, tumores, obstruções vesicais Alterações da micção • Micção dolorosa: durante os esforços da micção o paciente apresenta gemidos, inquietação, movimentos de um lado para o outro, olhares dirigidos para o ventre, agitação da cauda e sapateado • Estrangúria: caracterizada por esforços prolongados com intervenção energética da prensa abdominal sem eliminação de urina ou que acabam por produzir eliminação de poucas gotas ou jatos finos de urina e são acompanhados de manifestação de dor • Tenesmo vesical: é um esforço constante prolongado e doloroso da emissão da urina em casos extremos o paciente pode conservar constantemente a postura de micção. A vontade de urinar é constante mesmo que a bexiga contenha o volume de urina pequeno ou esteja vazio Alterações de micção • Polaquiuria: micção anormalmente frequente, o paciente muitas vezes por dia • Possíveis causas: aumento da produção de urina, o volume de cada micção será normal • Inflamação de bexiga, uretra, vagina ou prepúcio • Excitação reflexa da bexiga → meningite, raiva e neurites • Oligosúria: micção rara em razão da diminuição da produção de urina • Possíveis causas: • Doença renal • Desidratação, privação de água ou transtornos da sede Alterações de micção • Iscúria: retenção de urina → falta persistente de eliminação apropriada de urina apesar de encontrar-se cheia e pode haver tentativas e esforço para urinar • Completa • Incompleta → eliminação de gotas de urina • Paradoxal → pode haver eliminação de urina se for exercida pressão externa sobre a bexiga • Possíveis causas: • Obstruções uretral → cálculos, tumores, inflamações graves, estenoses, tampões uretrais • Paresia do detrusor • Dissinergia reflexa Alterações de micção • Incontinência urinária: • Reflete perda total ou parcial da capacidade de conter a urina que é então eliminada sem a postura normal da micção • A urina pode sair em gotas em jogos breves ou escorrer constantemente • Alguns pacientes apresentam incontinência urinária mas também tem micções normais ao longo do dia • Possíveis causas: • Comprometimento nervoso • Distúrbios hormonais em cadelas castradas • inflamação crônica grave da bexiga • Noctúria (urina eliminada quando o paciente dorme) em razão da poliúria ou da infecção vesical • Ureter ectópico • Micção imprópria causada por submissão (comum em cães) Volume de urina • Análise do volume da urina requer um acompanhamento por 24 horas com mensuração de todos os volumes eliminados • Normalmente requer internação → tapete higiênico, sonda uretral, fralda, etc • Variações: • Poliúria → muita urina • Oligúria → pouca ou pouquíssima urina • Anúria→ nenhuma urina • Quantidade padrão de urina produzida em 24 horas: (em média) • Cães pequenos e gatos → 40 – 200ml • Cães grandes → 0,5 – 2L Variações do volume da urina • Poliúria: • Aumento do volume de urina produzida em 24 horas • O paciente apresentará aumento da frequência de micção e o volume de cada micção será normal ou acima do normal • A urina terá coloração bem clara mas a densidade varia de acordo com a causa da poliúria • Lembrar que o paciente que apresenta poliúria apresentará polidipsia compensatória Variações do volume da urina • Possíveis causas: poliúria • Insuficiência renal crônica • Pielonefrite • Diabetes • Piometra • Insuficiência hepática • Uso de diuréticos • Resposta fisiológica a Índia estão excessiva de água Variações no volume da urina • Oligúria: • Diminuição do volume de urina produzido em 24 horas • A densidade e a coloração da urina variam de acordo com a causa • Possíveis causas: • Doença renal grave • Desidratação → densidade alta coloração mais intensa • Distúrbios nervosos com o transtorno da sede → densidade alta e coloração mais intensa • Resposta fisiológica a privação da água → densidade alta e a coloração mais intensa • Febre Variações do volume da urina • Anúria: • Ausência de produção de urina ou produção de volume desprezível • Possíveis causas: • Doença renal aguda grave • Fase terminal de insuficiência renal crônica • Desidratação grave • Hipovolemia aguda • Hipotensão arterial sistêmica grave Alterações macroscópicas da urina • Algumas alterações na composição da urina podem ser verificadas pelos proprietários/tutores • Levar em consideração as informações que forem vistas durante ou imediatamente após a micção • Alterações mais descritas inclui: urina anormalmente escura e odor fétido • Há relatos também de: presença de sangue, cálculos pequenos, muco, catarro ou pus • Diferenciar pus na urina de cristais eliminados em abundância • Diferenciar odor fétido de odor característico da espécie Alterações macroscópicas da urina • Amostra da urina deve ser coletada adequadamente enviada para o exame laboratorial → amostra não contaminada por material do trato genital → secreções vaginais, uterinas, prostáticas e prepuciais • Métodos de coletas: micção espontânea, sondagem e cistocentese • A presença de sangue na urina merece investigação especial → para essa inspeção considerar três momento distintos: • Fase inicial de eliminação ou primeiro jato da urina • Fase intermediária ou jato médio • Fase de conclusão ou jato final • Entre as micções é a fase de repouso ou de intervalo Alterações macroscópicas da urina • Hematúria • Condição em que a urina contém sangue ou hemácias • Hematúria macroscópica → presença de sangue na urina em quantidades suficientes para ser vista a olho nu • Hematúria microscópica → presença de células sanguíneas na urina visível apenas a microscopia Alterações macroscópicas da urina • Hemoglobinúria: • Presença de hemoglobina na urina em decorrência de hemólise intravascular → babesiose, leptospirose, anemia hemolítica do recém-nascido, envenenamentos, acidentes ofídicos, queimaduras extensas, entre outras • A urina apresenta-se avermelhada ou acastanhada • Mioglobinúria: • Presença de mioglobina na urina em decorrência de lesão muscular extensa → miopatia de esforço • A urina tem coloração castanho-avermelhada Coleta de urina para exame laboratorial • Micção espontânea→ recomenda-se o aproveitamento do jato médio a final • Sondagem / cateterismo vesical→ também deve ser desprezado o volume inicial (maior abundância de material que tenha sido aprisionado nas ondas durante a passagem pela uretra) e avaliar jato médio a final • Cistocentese→ pode ser aproveitado todo o volume coletado • Amostra da urina deve ser acondicionada em recipiente estéril, livres de resíduos químicos e fechada/tampada • O ideal é que não demore mais que 2 horas entre a coleta e a realização dos exames → refrigerar Considerações finais • Os distúrbios da micção são altamente relevantes para o diagnóstico • Anormalidades da micção decorrem de problemas na bexiga na uretra ou em ambos → salvos os raros casos de transtorno do sistema nervoso que determinam a alteração da micção • As doenças renais não se manifestam por distúrbios de micção → exceto pela possibilidade de alteração do volume da urina produzida e consequentemente da frequência de eliminação da urina • As doenças renais são detectadas principalmente por meio das suas manifestações sistêmicas observadas no exame geral associados ao achados da urinálise, provas de função e ultrassonografia Considerações finais • Se ao examinar o paciente forem detectados sinais indicativos de doença do trato urinário ou se for necessário diagnóstico diferencial a urinálise (exame físico, químico e sedimentoscópico) é imprescindível → diagnóstico precoce de doença renal também, através da densidade • O aumento da creatinina e da ureia ocorre quando há perda de 75% dos néfrons • As hematúrias podem ocorrer por lesão mecânica (trauma acidental ou por urólitos), inflamação ou neoplasias de qualquerórgão do sistema urinário genital Considerações finais • Gotejamento de sangue ou de secreção sanguinolenta pela vulva ou óstio prepucial, fora dos movimentos de micção são indicativos de transtorno dos órgão genitais → doença prostática do cão • Nas fêmeas também podem ser consideradas manifestações fisiológicas do cio, parto e puerpério Finalizamos!
Compartilhar