Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA XXX VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE TERESINA-PI ANTONIO JOSÉ DA SILVA, brasileiro, motorista, portador da cédula de identidade RG n.º..., CPF..., residente e domiciliado na..., com endereço eletrônico..., vem respeitosamente à presença de Vossa excelência, através de seu procurador judicial ao final assinado, propor a presente RECLAMAÇÃO TRABALHISTA com fulcro no artigo 651, § 1º da CLT combinado com artigo 319 do CPC, em face de Empresa de Beleza de Transportes LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n.º..., com sede no endereço... e, de AVON Cosméticos Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n.º..., com sede no endereço... pelas razões de fato e direito que passa a expor: 1 - DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E/OU SUBSIDIÁRIA O Reclamante fora admitido pela Reclamada 1 em 02.01.2000 para exercer a função de motorista, no transporte de mercadorias exclusivas da Reclamada 2, admissão esta, que perdurou até 29.02.2014, quando, por imposição desta última Reclamada, sob pena de desligamento do Reclamante, seu vínculo passou a ser terceirizado, por meio de contrato de prestação de serviços (em anexo) e assistido pela Reclamada 1. A realização do serviço sempre se deu com auxílio de um ajudante, empregado da Reclamada 1, ambos utilizando fardamento e identificação funcional (em anexo), fornecidos por esta. É inequívoco o cabimento e dever por parte da Reclamada 2, a proteção e acompanhamento da prestação dos serviços, com fins de verificar a existência ou não de lesividade ao Reclamante para participar da terceirização. Tal dever afigura-se inerente a essa modalidade de contratação, ficando a empresa de terceirização, neste aspecto, sujeita ao exame da Tomadora com a qual guarda uma vinculação jurídica contratual. Destarte, diante a responsabilidade da Reclamada 2 pelo inadimplemento das obrigações trabalhistas por parte da empresa empregadora uma vez que a mesma também se beneficiou diretamente dos serviços prestados de todo o período pelo empregado, arcar com os prejuízos suportados pelo Reclamante, com a observância disso não se dar de forma alternativa, uma vez tanto uma quanto a outra devem responder diretamente pelas verbas devidas. Nesse contexto, põe-se em relevo a Responsabilidade Subsidiária estabelecida na Súmula 331, inciso IV, do TST, in verbis: “O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial”. 2 - DOS FATOS O Reclamante, proprietário de um caminhão marca Iveco, exerceu no período de 02.01.2000 a 11.12.2020, a função de motorista na Empresa Beleza de Transportes Ltda , cujo ramo de atividade é o transporte de mercadorias exclusivas da AVON Cosméticos Ltda. Sua contratação fora realizada, inicialmente, pelo registro em sua CTPS e, em 29.02.2014, por imposição da Empresa Contratante, sob pena de desligamento do Sr. Antônio, fora conduzida através de contratos de prestação de serviços (em anexo), onde, de forma inesperada e durante uma fiscalização da Delegacia Regional do Trabalho, em 11.12.2020 fora interrompida a prestação dos serviços, sem qualquer pagamento ou justificativa. Os serviços realizados pelo Reclamante consistiam em transportar e entregar os produtos da Marca AVON na cidade de Teresina, bem como em várias cidades do interior dos Estados do Piauí, do Maranhão e de Pernambuco, conforme a escala de viagens e os roteiros determinados pela Empresa Beleza de Transportes Ltda , conforme a “campanha”lançada pela AVON, devendo sempre apresentar-se às 7:00hs para realizar o carregamento do transporte (caixas) e prosseguir com a entrega mediante a escala informada, com auxílio de um ajudante, empregado da Empresa, ambos utilizando fardamento e identificação funcional (em anexo), fornecidos pela Empresa Beleza de Transportes Ltda . O Sr. Antônio tinha um intervalo intrajornada de uma hora e caso as entregas fossem em Teresina deveria prestar contas das entregas realizadas às 18hs. 3 - DA ADMISSÃO E DEMISSÃO: O Reclamante foi admitido pela Reclamada em 02 de janeiro de 2000 para desempenhar as funções de motorista e entregador de caminhão. Entretanto, a Reclamada apenas efetuou o registro em CTPS quatorze anos após a admissão, em data de 29 de fevereiro de 2014 (doc.__), descumprindo o previsto no art. 29 da CLT. Foi demitido sem justa causa em 11 de dezembro de 2020 sem receber as verbas trabalhistas devidas. Assim, deve ser reconhecido o vínculo empregatício havido entre o Reclamante e as Reclamadas no período de 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020, com a retificação da CTPS do Reclamante. 4 - DA JORNADA DE TRABALHO: O Reclamante laborava como motorista e carregador de caminhão. Sua atividade consistia fazer entregas de mercadorias em Teresina e em cidades do interior dos estados do Piauí, do Maranhão e de Pernambuco, conforme a escala de viagens e o roteiro determinados Pela a Empresa Beleza de Transporte LTDA. O Reclamante normalmente deveria apresentar-se às 7:00 horas, para realizar o carregamento do transporte (caixas) e prosseguir com a entrega mediante a escala informada, com o auxílio de um ajudante, empregado da empresa, ambos utilizando o fardamento e identificação funcional, (em anexo), fornecidos pela Empresa. O Sr. Antônio tinha um intervalo de intrajornada de uma hora e caso as entregas fossem em Teresina deveria prestar contas das entregas realizadas às 18:00 horas. 5 - DO INTERVALO INTER-JORNADAS: Como demonstrado anteriormente o Reclamante tinha jornada de trabalho muito acima do limite constitucional de 44 horas semanais, tendo laborado 50 horas semanais e até 11 horas por dia. Desta forma o intervalo de 11 horas entre duas jornadas de trabalho previsto no art. 66 da CLT deixou de ser respeitado, impondo-se à Reclamada a sanção estabelecida no art. 75 da CLT, devendo o valor da multa ser arbitrado segundo os critérios da Delegacia do Trabalho, conforme art. 75, parágrafo único e art. 626 da CLT. 6 - DAS HORAS EXTRAS: O Reclamante foi contratado para laborar 44 horas semanais na função de motorista de caminhão, entretanto, habitualmente ultrapassava o limite da jornada de trabalho prevista na Carta Magna de 1988 Como já demonstrado no item n.º 2 desta inicial, a jornada de trabalho do Reclamante era de 50 horas semanais, resultando em 6 horas extras semanais, extrapolando absurdamente a jornada constitucional de 44 horas semanais. Desta forma, são devidas ao Reclamante 24 horas extras mensais, e ao longo de dez anos de trabalho, sendo um total de 240 horas extras a serem recebidas pelo mesmo. Conveniente salientar que no caso ora analisado deve ser utilizada a Convenção Coletiva da Categoria dos Motoristas, mesmo tendo a Reclamada atividade distinta, ou seja, o comércio de produtos de beleza, visto que o Reclamante desempenhava função de motorista. Neste sentido: MOTORISTA de CAMINHÃO - Exercício da profissão independentemente da ATIVIDADE PREPONDERANTE da EMPRESA - ENQUADRAMENTO na respectiva CATEGORIA DIFERENCIADA - ART. 511/CLT, § 3º Relator: Ione Ramos Tribunal: TRT/12a. Reg. Motorista. Categoria diferenciada. Independentemente da atividade principal da empresa, restando incontroverso nos autos que o empregado exercia a função de motorista de caminhão, nos termos do que preceitua o artigo 511, § 3º, da CLT, aplicam-se a este os instrumentos coletivos de trabalho da respectiva categoria diferenciada. (TRT/12a. Reg. - RO-V- 009521/93 - JCJ de Curitibanos - Ac. 3a. T. -004827/95 - unân. - Rel: Juíza Ione Ramos - Recte: Serpinus Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. - Recdo: Pedro Freschi Matos - Advs: Edezio Henrique Waltrick Caon e outros; Ivan Ribeiro dos Santos - Fonte; DJSC,14.07.95, pág. 51). Antes que se questione a jornada feita pelo Reclamante, bem como seja levantado o fato de ser motorista e viajante, situação esta que impediria o controle de sua jornada pela Reclamada traz-se a esta exordial o entendimento jurisprudencial pacífico de que a própria distância entre a cidade de origem e o destino do empregado são suficientes para demonstrar o tempo despendido para tal percurso. A Jurisprudência vem reiterando o entendimento de que o motorista que realiza viagens para o empregador, ainda que não sujeito a controle de horário, tem direito a perceber as horas extras de sua jornada quando a distância a ser percorrida é incompatível com o tempo da jornada legal, exigindo do empregado labor extraordinário. MOTORISTA - SERVIÇO EXTERNO - Dificuldade de FISCALIZAÇÃO - Possível mensuração do tempo gasto para realização do trabalho - JORNADA DE TRABALHO normal ultrapassada - PROVA TESTEMUNHAL - HORA EXTRA devida Relator: Luiz Eduardo Gunther Tribunal: TRT/9a. Reg. Motorista - Mensuração possível do trabalho realizado - Direito a horas extras - Sentença reformada nos termos do acórdão de lavra do eminente magistrado Indalécio Gomes Neto. "Em princípio, o motorista que realizava serviços externos não se submete à regra geral relativa a duração do trabalho, notadamente pelas dificuldades de fiscalização. Todavia, se o serviço é externo, mas o empregado está de algum modo subordinado a horários ou as tarefas que lhe são atribuídas, sendo mensuráveis, leva a conclusão que não poderiam ser realizadas senão ultrapassadas a jornada normal e se o próprio Manual de procedimento prevê o horário que o motorista pode trafegar e a prova testemunhal respalda o deferimento de horas extras, mantém-se a sentença de primeiro grau que as acolheu." (RO-3979/91 - Ac. 3º T 3726/92 - Relator Designado Indalécio Gomes Neto - DJPR 15/05/92). (TRT/9a. Reg. - RO- 06999/95 - 4a. JCJ de Maringá - Ac. 2a. T. -07447/96 - maioria - Rel: Juiz Luiz Eduardo Gunther - Recte: Natanael Carlos de Aguiar - Recdo: Transportadora Matsuda Ltda. - Advs: Walter Aparecido Costa e Leonora Vieira de Mello Ramalho - Fonte: DJPR, 12.04.96, pág. 307). Os controles de jornada eram feitos pelo próprio Reclamante, que modestamente anotava seus horários de chegada e partida de ..... (doc. ...). Através de tais controle é possível verificar que o Reclamante laborava em média .... horas por dia. Se o Reclamante saía de ........., percorria os ....... km até .........., e ainda mais ......... km em estrada de terra e retornava em menos de ..... horas, torna-se evidente que laborou em horas suplementares, inclusive com o fim de evitar a deterioração da carga. A situação do Reclamante é de tal maneira corriqueira entre os motoristas de caminhão que a Jurisprudência vem assegurado a esta categoria o direito à hora extra, principalmente ante, muitas vezes, a dificuldade de provar-se o trabalho extraordinário. MOTORISTA - HORA EXTRA prevista em INSTRUMENTO COLETIVO - VALIDADE - JORNADA DE TRABALHO Relator: Umberto Grillo Tribunal: TRT/12a. Reg. É eficaz a cláusula instituída em convenção coletiva de trabalho que assegura aos empregados motoristas quando em viagens prolongadas a percepção de horas extras, independentemente de sua comprovação. (TRT/12a. Reg. - Rec. Ordinário- Voluntário n. 0192/93 - 1a. JCJ de São José - Ac. 1630/94 - unân. - 2a. T. - Rel: Juiz Umberto Grillo - Recte: Expresso Mercúrio S.A. - Advs: Carlos Emílio Jung e outros - Recdo: Gustavo da Silveira - Advs: Sidney Guido Carlin Júnior e outros - Fonte: DJSC, 07.04.94, pág. 64). Assim, o entendimento que deve prevalecer é que a jornada legal do Reclamante era de 08 horas diárias, ou 44 horas semanais, sendo as horas excedentes computadas como horas extras. Neste sentido: JORNADA DE TRABALHO - Trabalho externo - HORA EXTRA - MOTORISTA Relator: José Waster Chaves Tribunal: TRT/3a. Reg. - Se o trabalho externo de motorista é desenvolvido através de roteiros prefixados e viagens de duração determinada, acha-se o empregado enquadrado na jornada legal de 8 horas diárias, sendo extras as horas que a excederem. (TRT- Rec. Ordinário n. 1240/88 - Ac. da 2a. Turma - p. em 06.04.89 - Rel: Juiz José Waster - Recte: Expresso Barreto Ltda - Recdo: Moacir de Souza França.) Conforme estipulado na Convenção Coletiva da Categoria, na cláusula ...., são devidas ao Reclamante ........ horas extras, sendo ..... horas extras com acréscimo de 65%, .... com acréscimo de 85% e ...... com acréscimo de 100%. 7 - DA REMUNERAÇÃO: Ao ser contratado a Reclamada ofereceu ao Reclamante salário mensal de R$ 1.500 (um mil e quinhentos reais); entretanto, quanto efetuou o registro em CTPS anotou a mesma remuneração de R$ 1.500 (um mil e quinhentos reais), não pagando a diferença conforme previsto na Convenção Coletiva da Categoria (doc. ....). Em ..... de ..... a Convenção Coletiva da Categoria estipulou o valor do piso salarial na ordem de 1.950 (um mil novecentos e cinquenta reais). A Reclamada, utilizando-se de meios maliciosos, efetuou apenas o valor combinado no quando o contratou. Assim, o Reclamante recebeu no período de 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020 a remuneração mensal de R$ 1.500(um mil e quinhentos reais), registrados em CTPS. Na verdade o salário-base do Reclamante no período de 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020 que deveria ter sido pago é a quantia de R$ 1.950 (um mil novecentos e cinquenta reais), valor este que deve ser acrescido das horas extras para obter-se a remuneração total do Reclamante. A Reclamada ainda não considerou as horas extras feitas pelo Reclamante durante todo o contrato de trabalho e nunca pagas. Constatamos, então, que é devida ao Reclamante a diferença salarial sobre o valor pago efetivamente e o que deveria ter sido pago, tudo conforme cálculo anexo. 6 - DA INTEGRAÇÃO DAS HORAS EXTRAS: Diante da habitualidade com que o Reclamante laborava em horas extras, com natureza salarial, tais horas extras geram reflexos sobre as férias, 1/3 de abono de férias, 13º salário, aviso prévio, FGTS, multa de 40 % sobre o FGTS e dsr, que não foram pagos pela Reclamada e são devidos. 8 - DO AVISO PRÉVIO E 1/12 DE SUA PROJEÇÃO: O Reclamante foi demitido sem justa causa e não recebeu as verbas trabalhistas devidas, inclusive o aviso prévio. Deve o tempo de aviso prévio ser integrado ao contrato de trabalho para que gere efeitos nas demais verbas trabalhistas. 9 - DAS FÉRIAS E 1/3 CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS: Em..... de ...... de ..... a a Reclamada concedeu ao Reclamante férias relativas ao período de ......... de ........ a ....... de ........ (doc. ....). Não considerou o período em que o Reclamante laborou sem registro em CTPS, ou seja, o mês de ........... de ...... Também não considerou as horas extras mensais que o Reclamante fazia, e que geraram reflexos nesta verba, bem como no 1/3 constitucional de férias. Assim, o período aquisitivo de férias é de 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020 Quando demitiu injustamente o Reclamante em 29 de fevereiro de 2014 a Reclamada não fez o pagamento das verbas rescisórias, incluindo as férias proporcionais de ........ de ......... até ......... de ........, na razão de .../12, mais .../3 constitucional, e ainda ..../12 referentes à projeção do aviso prévio, verbas estas que devem ser pagas imediatamente. 10 - DO 13º SALÁRIO: Conforme observa-se através dos comprovantes de pagamento de salário a Reclamada pagou o 13º salário de ........ sem considerar o mês de ........ laborado nem as horas extras. Portanto, o 13º salário de ....... deveria ter sido pago na razão de .../12. No período de 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020 temos o 13º salário devido na razão de ..../12. É devido ainda .../12 referente à projeção do aviso prévio, valores estes que devem ser pagos imediatamente. 11 - DO FGTS E MULTADE 40%: A Reclamada, durante todo o contrato de trabalho, recolheu o FGTS apenas sobre a remuneração registrada em CTPS, conforme observa-se nos comprovantes de pagamento de salário. Não considerou as horas extras, que diante da habitualidade com que eram prestadas geraram reflexos sobre esta verba. O Reclamante não pôde sacar a verba depositada em virtude da não liberação das guias pela Reclamada, tão pouco recebeu a multa de 40% sobre o FGTS por ter sido demitido injustamente, pois a Reclamada nem mesmo efetuou o pagamento das verbas rescisórias, sendo esta verba devida. 12 - DO SEGURO DESEMPREGO: O seguro desemprego é direito garantido ao trabalhador pela Constituição Federal. Inobservando a disposição legal, a Reclamada não liberou as guias do seguro desemprego quando demitiu injustamente o Reclamante, devendo regularizar a situação do Reclamante perante o programa de seguro desemprego com a liberação das guias, sob pena de arcar com o pagamento das parcelas devidas. Havendo recusa por parte da Reclamada em proceder a liberação das guias, que seja condenada a indenizar o Reclamado no respectivo valor. 13 - DA MULTA DO ART. 477 DA CLT: A Reclamada não obedeceu ao prazo legal para o pagamento das verbas rescisórias, ensejando assim o pagamento da multa no valor de um salário do reclamante, nos termos do art. 477, § 8º c/c § 6º, "b" da CLT. 14 - DA MULTA DA CLÁUSULA .... DA CONVENÇÃO COLETIVA: Em razão da não observância da cláusula ... da Convenção Coletiva da Categoria dos Motoristas a Reclamada deve ser penalizada com a multa estipulada na cláusula ... da Convenção, que prevê pagamento de multa de ...% sobre o piso salarial do prejudicado. A multa deve ser paga tendo como base para o cálculo o piso salarial de R$ 1.950(um mil novecentos e cinquenta) assegurado na cláusula ..... da Convenção, por ser o Reclamante motorista de caminhão. 15 - Do Pedido: Ante todo o exposto o Reclamante requer: a) seja reconhecido o vínculo empregatício havido entre o Reclamante e a Reclamada no período não registrado em carteira, ou seja 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020, b) seja reconhecido o período de 02 de janeiro de 2000 a 11 de dezembro de 2020 , como período total do contrato de trabalho, com retificação da anotação feita em CTPS; c) seja reconhecida a jornada de 55 horas semanais; d) seja reconhecida a remuneração de R$ 1.950(um mil novecentos e ciquenta reais) como salário-base nos meses de 02/01/2000 a 11/12/2020; e) seja reconhecida a média de horas extras mensais, ou seja, de 6horas extras semanais a no total de 24 horas extras mensais, no total de 5.760 horas extras durante o referido período; f) seja a Reclamada condenada a pagar ...... horas extras, sendo .... com acréscimo de 65%, ..... com acréscimo de 85% e ....... com acréscimo de 100%; g) seja a Reclamada condenada a pagar a diferença das férias e 1/3 constitucional dos períodos de ....... de ......... a .......... de ......... e .......... de ....... a ...... de ......., esta última na razão de ..../12; h) seja a Reclamada condenada a pagar a diferença do 13º salário dos períodos de ......../...... a ....../....; ........./.......... a .........../........; e ............/....... a ........./........; i) seja a Reclamada condenada a pagar a diferença do FGTS, no período de ......./........ a ...../...... e no período de ......../....... a ........./.......; j) seja a Reclamada condenada ao pagamento da multa de 40% sobre a diferença do FGTS; k) seja a Reclamada condenada a liberar as guias do programa do seguro desemprego ou indenizar o Reclamante no respectivo valor; l) seja a Reclamada condenada ao pagamento do aviso prévio; m) seja a Reclamada condenada a pagar 1/12 de férias mais 1/3 constitucional e 13º salário, referente à projeção do aviso prévio; n) seja a Reclamada condenada a pagar a multa de 25 % sobre o piso salarial da categoria do Reclamante prevista na cláusula .... da Convenção Coletiva; o) seja a Reclamada condenada ao pagamento da multa prevista no art. 477, § 6º, b por não ter pago as verbas devidas no prazo legal; p) seja informado à Delegacia do Trabalho a infração cometida pela Reclamada nos moldes do art. 75, parágrafo único da CLT, para que comine multa; q) que os valores já pagos pela Reclamada sejam descontados do montante devido; r) arbitramento de honorários advocatícios em conformidade com o art. 133 da Constituição Federal e Estatuto da Ordem dos Advogados; r) aplicação do art. 467 da CLT em caso de não pagamento das verbas incontroversas em primeira audiência; t) juros e correção monetária sobre todas as verbas pleiteadas, desde a rescisão, nos termos da lei 7.738/89. Ante o exposto, requer seja a Reclamada notificada no endereço inicialmente declinado para que compareça à audiência de conciliação, instrução e julgamento a ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão e revelia. Requer seja concedido ao Reclamante o benefício da Justiça Gratuita, nos termos da lei 1.060/50, por estar o Reclamante desempregado e sem condições financeiras de arcar com o ônus processual. Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial o depoimento pessoal do representante legal da Reclamada, juntada de novos documentos e oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas. Pede-se a condenação da Reclamada em todo o pedido, julgando-o integralmente procedente. Dá à presente demanda o valor de R$ ............... correspondente ao quantum devido até ....../....., conforme planilha de cálculo em anexo. N. Termos, P. Deferimento. Teresina, 10 de março de 2020 ................... Advogado
Compartilhar