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AV1 -PRÁTICA TRABALHISTA - CASO CONCRETO

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Universidade Estácio de Sá 
	Preenchido pelo Aluno
	Nome :
Luana Maria dos Santos
	Matrícula
201802468111
	Assinatura
Luana Santos
	Data
26/04/2021
	Preenchido pelo Professor
	Disciplina
PRÁTICA TRABALHISTA
	Curso
Direito
	Período
2021.1
	Professor(a)
Wagner D’Assumpção
	Nota
	Nota por extenso
	Visto Professor (a)
	Nota revista
	Nota por extenso
	Visto Professor (a)
	 AV1 (X) AV2 ( ) AV3 ( ) 
CASO CONCRETO:
LINDAURA SILVA E SANTOS, Auxiliar de Serviços Gerais, nascida em 08.06.1985, filha de Augusto Silva e Santos e Maria Aparecida Silva e Santos, residente no município de Nova Iguaçu, foi contratada pela FÁBRICA DE DOCES LTDA., para trabalhar na filial localizada na Barra da Tijuca-RJ, em 05 de janeiro de 2016. Cumpria jornada de trabalho de segunda-feira a sábado, das 11h às 23h, com 30 (trinta) minutos de intervalo para refeição e descanso, não tenho sido implantado nenhum regime de compensação pela empresa. Recebia somente o salário no valor de R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais), conforme contracheques. Não recebeu férias e vale-transporte durante todo o período contratual. A empregada foi dispensada imotivadamente em 03.12.2018, tendo o aviso prévio sido indenizado, conforme carta de comunicação. Nada lhe foi pago a título de verbas rescisórias. Informa que, encontra-se desempregada até o presente momento, que não houve recolhimento do FGTS e nem foi procedida à anotação da data de saída em sua CTPS. Você, na qualidade de advogado(a) de LINDAURA, RESPONDA as seguintes indagações acerca da propositura da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, observando as modificações trazidas pela Lei 13.467/2017 (Reforma Trabalhista).
1 – Informe o juízo, a vara e a cidade em que a Reclamação Trabalhista poderá ser ajuizada, bem como o rito processual adequado, indicando os dispositivos legais pertinentes. (0,25pt)
R: A Reclamação trabalhista deverá ser ajuizada na Justiça do Trabalha na vara localizada na cidade do Rio de Janeiro/RJ, nos moldes do art. 651, CLT. E por conta do valor da causa ter a probabilidade de ultrapassar 40 salários mínimos, o rito processual adotado deverá ser o ordinário. 
2 – É cabível o requerimento de tutela provisória de urgência? Fundamente. (0,5pt)
R: Sim. In casus, a empresa deixou de fazer o recolhimento do FGTS da reclamante e também deixou de entregar as guias para que a mesma pudesse se habilitar no seguro-desemprego. Vale ressaltar que a ex-funcionária encontra-se desemprega, tendo uma lesão gigantesca em seu património pois não tem condições de arcar com o sustento próprio e nem o de sua família, por conta da lesão ao seu direito cometido pelo empregador. Por isso deve requerer tutela provisória de urgência para que seja entregue o mais rápido possível os documentos necessários para saque do alvará de seu FGTS. 
3 – Informe as verbas resilitórias devidas à Reclamante, o (s) período(s) de férias que deve (m) ser quitado (s), bem como a data de saída que deve ser anotada na CTPS da Reclamante, observando a projeção do aviso prévio. (0,5 pt)
R: As verbas rescisórias devidas a reclamante são: 
-Saldo do salário; 
-1/3 salário proporcional; 
-Férias vencidas de 2017 (pagamento em dobro);
-Férias proporcionais 12/12 +1/3 (pagamento em dobro);
-Indenização de 40% do FGTS, entrega das guias e chave de conectividade para habilitação do seguro-desemprego.
-Multa do FGTS. 
Observando o art. 20 da Instrução Normativa SRT 15/2010, conta-se a partir do dia seguinte do comunicado. Então, a data que deve ser anotada observando o aviso prévio de 36 dias, por conta da dispensa imotivada é o dia 10/01/2019 e deve ser anotado na aba de anotações gerais que o aviso prévio feito no dia 03/12/2018 de forma indenizada.
Deverá o empregador fazer a entrega da guia de levantamento do FGTS e da respectiva chave de conexão, sob pena de aplicação de multa substitutiva. E dar baixa na CTPS da reclamante, tendo como data da dispensa o dia 10/01/2019, sob pena de multa diária. 
4 – Analise a jornada de trabalho desempenhada pela Reclamante, informando qual (is) direito(s) é (são) devido(s), apontando os dispositivos legais pertinentes. (0.5pt)
R: Com relação a jornada de trabalho desempenhada pela reclamante, ela faz jus ao seguintes direitos: 
-Adicional noturno, art. 73,§2° da CLT;
-Horas extra com adicional de 100% por conta dos dias laborados aos sábados; E horas extraordinárias por conta dos dias laborados durante a semana com adicional de 50%, vide art. 59,§1°, CLT e artigo 7º, XVI da CRFB.
-Intervalo intrajornada suprimido, 30 minutos não gozados para seu almoço e repouso. Vide Art. 71, §4 da CLT
5 – Indique os pedidos que deverão ser elaborados na presente Reclamação Trabalhista. (0,25pt)
TUTELA DE URGÊNCIA
Cobrar tutela de urgência com relação a entrega das guias para habilitação do seguro-desemprego, a ex-funcionária encontra-se desemprega, tendo uma lesão gigantesca em seu património pois não tem condições de arcar com o sustento próprio e nem o de sua família, por conta da lesão ao seu direito cometida pelo empregador. Multa diária em caso de descumprimento por parte do reclamado. 
VERBAS RESCISÓRIAS-
Saldo do salário; -1/3 salário proporcional; Férias vencidas de 2017 (pagamento em dobro); Férias proporcionais 12/12 +1/3; Indenização de 40% do FGTS e entrega das guias e chave de conectividade para habilitação do seguro-desemprego e multa do FGTS.
HORAS EXTRAS -
A jornada de trabalho era de 11h00 às 23h00, conforme normas estabelecidas, a jornada semanal não pode ultrapassar 44hrs totalizando 8 horas de trabalho por dia, as horas que excederem devem ser pagas como horas extras, in casus, a reclamante requer o pagamento 3 horas extras realizadas por dia totalizando 18 horas semanais, vale ressaltar que as 3 horas extraordinárias laboradas aos sábados devem ser pagas com adicional de 100% e as laboradas durante a semana com adicional de 50%, com integrações e reflexos. Nos moldes do art. 59,§1°, CLT e artigo 7º, XVI da CRFB.
INTERVALO INTRAJORNADA -
De acordo com a CLT os empregados que laboram de forma continua por mais de 6 horas tem direito a 1 hora de descanso e conforme ilustra a reclamante, ela tinha direito a apenas 30 min para almoço e repouso, requer portanto o pagamento indenizatório do período suprimido com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho, nos moldes do art. 71, §4 da CLT. 
ADICIONAL NOTURNO -
In casus, a reclamante tinha a jornada de trabalho de 11h às 23h00 de segunda sábado, conforme clara explanação do art. 73,§2° da CLT computa-se como horário noturno o trabalho executado entre as 22h00 de um dia até as 5 horas do dia seguinte, requer portanto a autora que seja pago o adicional noturno de 20% sobre a jornada laborada entre as 22h00 até as 23h00. 
 
DANOS MORAIS -
Requer a reclamante o pagamento de danos morais em virtude da conduta omissa da empresa em não efetuar o devido recolhimento de FGTS. A reclamante confiava que a empresa estava fazendo os devidos depósitos e que quando fosse necessário poderia estar utilizando esse dinheiro para o sustento de sua família. Até a presente data a autora encontra-se desempregada, desamparada financeiramente por conta dessa violação que sofreu da ausência de depósitos da verba, algo que está ultrapassando a esfera material da reclamante. 
VALE TRANSPORTE - 
A reclamada não fornecia vale transporte, com isso a autora era obrigada a custear sozinha os gastos com os transporte de ida e volta do trabalho para a sua casa. Requer a reclamante que seja feito a indenização por conta do descumprimento do empregador em custear nem que seja pela metade os gastos com os transporte. Art. 4°, §Ú da lei 7.418/85.
DAS FÉRIAS -
Das duas ferias que ela deve receber em dobro por conta do não pagamento na data correta, nos moldes do art 137, CLT. Entende-se que à luz do referido artigo e conformeSúm. 450 do TST que devem ser pagas em dobro não apenas as férias gozadas fora do prazo, mas também aquelas gozadas no prazo, mas que foram pagas fora do tempo devido, no caso em questão não foram pagas até a presente data, fazendo jus então a reclamante do pagamento em dobro das duas férias. 
DA CITAÇÃO -
Seja a reclamada notificada, sendo advertida de que com a inércia sofrerá as sanções do artigo 844 da CLT.
DOS BENEFÍCIOS DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA -
A reclamante encontra-se desempregada e não pode arcar com as custas e despesas processuais sem prejuízo do seu sustento e de sua família, assim, requer, com força no inciso LXXIV, do art. 5º da Constituição Federal, combinado com o art. 4º e parágrafos da Lei 1.060/50 e o art.1º da Lei n.º 7.115/83 e §3º do art. 790 da Consolidação das Leis do Trabalho sejam concedidos os benefícios da Justiça gratuita, sob as formas e penas da Lei.
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