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AVALIAÇÃO GLOBAL DO IDOSO Aula 7 – Internato APS – Profº Paulo Apratto 25/05/22 Envelhecimento populacional Desafio da saúde pública mundialmente Brasil possui 190.755.799 habitantes 15 milhões são pessoas idosas = 8,6% da população Estimativa que em 2050= 29,7% Crescimento absoluto de 19,7% da população idosa nos próximos 40 anos Depressão é comum nos idosos, com apresentações atípicas Avaliação global do idoso A avaliação da pessoa idosa tem por objetivo a avaliação global com ênfase na funcionalidade A presença de declínio funcional pode sugerir a presença de doença ou alterações ainda não diagnosticadas Objetivo: quantificar as capacidades e os problemas de saúde, psicossociais e funcionais do idoso, estabelecendo um planejamento terapêutico a longo prazo e o gerenciamento dos recursos necessários Esse processo está acontecendo mais rápido do que ocorreu na Europa, no início do processo de transição demográfica Em 2000, a população com mais de 60 anos de idade era 8,6% da população total, percentual esse que saltou para 10,8% em 2010 Os idosos acima de 80 anos formam o grupo etário que mais cresceu nos últimos anos, representado 14,3% dos idosos brasileiros e 1,5% da população brasileira total em 2010 A população considerada “mais idosa” é a que mais cresce no grupo de idosos, alterando a composição etária dentro do próprio grupo Processo de envelhecimento – realidade brasileira Apresenta potencialidade para fragilidade biológica, física e social Está mais vulnerável a riscos e desfecho clínico e funcional como: DCNT, quedas e violência Necessidade de cuidados específicos, nos diferentes níveis de atenção: primário, secundário, terciário e quaternário De acordo com o estatuto do idoso Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003: “idoso é aquele indivíduo com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos Envelhecimento saudável (senescência) versus envelhecimento patológico (senilidade) Envelhecimento rápido e contínuo Baixo nível socioeconômico, regional e educacional Alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) Alto custo no tratamento de pessoas idosas na hospitalização Carência de profissionais de saúde qualificados para prestar cuidado à pessoa idosa FUNCIONALIDADE Capacidade do indivíduo manter sua autonomia e independência para execução das atividades de vida diária (AVDs) AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA – AGA População mais vulnerável Apresentação atípica de doenças Suscetibilidade a iatrogênicas Risco de hospitalização e institucionalização A queixa principal nem sempre está relacionada à condição patológica Guiar a seleção de intervenções Identificar idosos em risco de agravos Prever desfechos Monitorar mudanças clínico funcionais Na avaliação da pessoa idosa, os profissionais de saúde devem estar atentos para os sinais de alerta, muitas vezes não relatados, e avaliar aspectos como: Reabilitação Fragilidade (In)dependência Autonomia e/ou perda da autonomia Maus-tratos Suporte social e familiar Possível encontrar no exame físico Audição Paciente fala alto: aproxima-se no profissional para escutar Pede para repetir a pergunta Respostas sem sentido com a pergunta Isolamento social ou depressão Relato de atropelamento Paladar Falta de apetite Relato de que os alimentos não têm sabor Uso excessivo de sal e açúcar Não identifica sabres dos alimentos Perda de peso, falta de prazer na alimentação Envelhecimento fisiológico As válvulas cardíacas mais espessas e rígidas em consequência da esclerose e fibrose Os vasos sanguíneos mais espessos e rígidos resultando no aumento da pressão arterial (aumento da pressão sistólica isolada) Diminuição da frequência cardíaca máxima e da capacidade aeróbica Respostas mais lentas ao estresse Diminuição do consumo máximo de oxigênio Alterações eletrocardiográficas Exame cardiovascular Alteração de pulso – insuficiência ventricular esquerda Bradicardia (menos de 60 bpm), hipotermia, hipotireoidismo, intoxicação medicamentosa Taquicardia (superior 100 bm), febre, hipertireoidismo, anemia, choque, cardiopatias, ansiedade, exercícios Pressão arterial 140x90 mmHg acima acompanhados de evidência de lesão Extremidades (sinais de insuficiência venosa) Falar com o idoso voltado para ele Usar expressões corporais ou objetos para auxiliar a comunicação Orientar quanto ao uso de temperos naturais, com ervas aromáticas Apresentar os alimentos servidos na refeição e a importância dos mesmos Elaborar pratos atrativos (visualmente) Retorno venoso: edema, espessamento, ulceração e pigmentação da pele indicam obstrução venosa profunda Reprodutivo Orientar quando a consulta de rotina na ginecologia Estimular o uso de lubrificantes vaginas Risco de doenças sexuais e HIV Estimular a vida sexual ativa com segurança Relato de menopausa e andropausa Ressecamento vaginal Baixa libido/ coito doloroso Fragilidade Menor capacidade de proteção Alteração da termo regulação (menor número de glândulas sudoríparas) Ressecamento tissular (diminuição das glândulas sebáceas) Diminuição da sensibilidade e elasticidade Incontinência urinária Perda involuntária de urina (associado a fragilidade dos músculos pélvicos) Baixa capacidade ara retenção da urina Perda de urina devido esforço físico (contração diminuída) Retenção urinária (pode estar relacionado o estado neurológico ou cognitivo após cirurgias, doenças crônicas (diabéticos devido a bexiga neuroplástica), por hipertrofia de próstata Incontinência fecal Formação de massa fecal principalmente no idoso acamado Pode estar associada a parasitose ou infecção Diminuição da massa óssea Enfraquecimento dos ossos, deixando-os mais expostos a fraturas Diminuição da absorção de cálcio e fosfato (ossos porosos) “osteoporose” Fatores psicossociais: solidão, depressão, restrição financeira, abandono familiar, violência (doméstica e social), falta de persectiva ESCALAS DE AVALIÇÃO FÍSICA Escala de Katz Avaliação das atividades básicas da vida diária. Atividade independente? Marcar Sim ou Não 1 ponto para cada resposta sim Independência: 6 pontos Déficit moderado: 4 pontos Déficit severo: 2 pontos ESCALAS DE AVALIÇÃO SAÚDE MENTAL/ COGNITIVA Escala de depressão geriátrica (versão 15) Questionário com perguntas a respeito de como a pessoa idosa tem se sentido durante a última semana (respostas sim ou não) Não tem objetivo de diagnosticar depressão, mas sim fazer um teste rápido ara identificar o risco do idoso desenvolver a doença.
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