Buscar

TGP II_AULA 1_COMPETÊNCIA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
TGP
COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA
Recomenda-se aos alunos a atenta 
leitura dos artigos 86/90 do CPC.
Recomenda-se, também, a atenta 
leitura dos demais dispositivos legais 
mencionados no material.
RELEMBRANDO
JURISDIÇÃO:
Autores como Humberto T. Júnior, Alexandre F. 
Câmara e Luiz Rodrigues Wambier lecionam 
que a jurisdição é uma função do Estado, 
consistente na aplicação da lei ao caso concreto 
que lhe é levado para processamento e 
julgamento.
Como sabemos, o Estado não exerce essa função 
de ofício, devendo ser provocado através do 
exercício do direito de ação.
CONCEITO DE COMPETÊNCIA
Na famosa expressão de Liebman citada por 
diversos e renomados autores brasileiros, a 
competência é a medida da jurisdição, pois a 
CF/88 e as Leis distribuem o exercício da 
função jurisdicional do Estado aos diversos 
órgãos componentes do Poder Judiciário. Ex. 
Art. 105, inciso I, alínea “b”, CF/88; Art. 100, 
inciso II, CPC; Art. 8º, Inciso I, “a”, RI TJDFT.
Assim, podemos definir a competência como o 
conjunto de atividades jurisdicionais 
atribuídos a um órgão do Poder Judiciário 
pela CF e pelas Leis.
2
MAS COMO SABER QUAL É O 
ÓRGÃO JURISDICIONAL 
COMPETENTE AO MEU CASO?
Na busca da fixação da competência no caso 
concreto, o operador do direito deve atentar 
para as diversas normas nos mais variados 
diplomas legais a respeito da competência da 
Justiça, do Foro e do Juízo.
Para que essa tarefa seja facilitada, Daniel 
Amorim Assumpção Neves traz 7 etapas a 
serem seguidas para essa descoberta:
1. Verificação da competência da Justiça 
Brasileira (art. 88 e 89 do CPC);
2. Verificação da competência dos Tribunais 
Superiores (STF – art. 102, I, CF; STJ – art. 
105, I, CF) ou de órgãos jurisdicionais 
atípicos (Ex.: Senado – art. 52, I, II, CF; 
Câmara Dep. – art. 51,I, CF);
3. Verificação da competência da Justiça 
Especial (Trabalhista – art. 114, CF; Eleitoral 
– CE; Militar – art. 124, CF);
4. Verificação da Competência da Justiça 
Comum Federal (TRF - art. 108, CF; Primeiro 
Grau - art. 109, CF);
IMPORTANTE!
chegado nesse momento e verificado que não há
competência da Justiça Comum Federal para 
o julgamento do caso, haverá competência da 
Justiça Comum Estadual/Distrital, pois esta 
é fixada por exclusão das demais. Por isso se 
dizer que a Justiça Comum 
Estadual/Distrital tem competência 
residual.
“Inexistindo interesse de qualquer das pessoas 
elencadas no rol taxativo do inciso I do art. 
109, I da CF/88, resta a competência residual 
da Justiça Estadual” (TRF4 – Ag. 10189/PR)
3
5. Verificação da competência originária do 
Tribunal respectivo (TRF ou TJ) ou do 
primeiro grau de jurisdição;
6. Verificação da competência do foro (se for 
primeiro grau). Foro corresponde a uma 
unidade territorial de exercício da jurisdição. 
Na Justiça Estadual é denominado Comarca; 
Na Justiça Distrital Circunscrição; e na Justiça 
Federal Seção Judiciária;
7. Verificação da competência do juízo (se 
necessário). As leis de organização judiciária 
muitas vezes criam várias especializadas. Ex.: 
art. 27 da Lei 11.697/2008 (LOJDFT)
COMPETÊNCIA INTERNACIONAL
Como se viu, em um primeiro momento é preciso 
saber se o Poder Judiciário brasileiro é
competente para conhecer e julgar a demanda, 
o que se faz pela análise do art. 88 
(competência internacional concorrente) e 89 
(competência exclusiva) do CPC.
�A Competência Intern. Concorrente ocorre 
quando tanto o Judiciário brasileiro quanto o 
estrangeiro puderem conhecer do processo, 
ainda que simultaneamente (art. 90, CPC).
�A Competência Intern. Exclusiva ocorre 
quando só o Judiciário brasileiro puder conhecer 
da demanda.
COMPETÊNCIA 
INTERNACIONAL
PERGUNTA PERTINENTE!
O que acontece quando há decisões proferidas 
pelo Judiciário Brasileiro e pelo Judiciário 
Estrangeiro sobre o mesmo caso?
Importante lembrar que as sentenças estrangeiras 
somente produzem seus efeitos no Brasil após 
serem homologadas pelo STJ (art. 105, I, “i”, 
CF). Enfrentando a questão, esse Tribunal 
decidiu que prevalecerá a sentença que 
transitar em julgado primeiro, em observância 
ao instituto da coisa julgada.
4
COMPETÊNCIA 
INTERNACIONAL
NOSSO TEMA NOS TRIBUNAIS
(...) em casos tais, o ajuizamento de demanda no 
Brasil não constitui, por si só, empecilho à
homologação de sentença estrangeira, sendo 
que a eventual concorrência entre sentença 
proferida pelo Judiciário brasileiro e decisão 
do STJ homologando sentença estrangeira, 
sobre a mesma questão, se resolve pela 
prevalência da que transitar em julgado em 
primeiro lugar. (STJ - SEC 201101254649, 
27/09/2012).
COMPETÊNCIA 
INTERNACIONAL
IMPORTANTE!
Eventual sentença estrangeira que tenha por 
objeto um dos temas elencados no art. 89 do 
CPC, não poderá produzir qualquer efeito no 
Brasil e, dessa forma, não poderá ser 
homologada junto ao STJ.
Assim, caso seja ajuizado no STJ um processo de 
homologação de sentença estrangeira que trate 
de imóvel situado no Brasil, esse deverá ser 
extinto, nos termos do art. 267, VI do CPC, ante 
a notória impossibilidade jurídica do pedido.
FIM

Outros materiais