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13/04/2022 1 ADAPTAÇÃO PEDIÁTRICA • Impacto nega,vo da perda audi,va na aquisição de linguagem oral; • Período cri,co de aquisição de linguagem; • TANU; • Intervenção o mais precoce possível; qETAPAS: • Avaliação; • Seleção do AASI; • Verificação; • Validação; • Seguimento. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes qAVALIAÇÃO • Avaliações eletrofisiológicas e comportamentais; • À medida que a criança cresce novas avaliações são realizadas ( mais informações audiológicas) – respostas mais precisas; • Perdas leves a profundas; • Evitar a privação audiHva; qSELEÇÃO • Baseado na informação audiológica existente, nas especificações técnicas, nas caracterísHcas Osicas e eletroacúsHcas do AASI; Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 2 • O modelo do aparelho: geralmente u1lizamos os retroauriculares. Diversas opções de ganho, facilidade de de acoplamento para acessórios e conec1vidade, mais resistentes. • Troca de moldes bem adaptados – acrílico ou silicone. • Troca de moldes conforme o crescimento da criança. Bebês a cada 2 ou 3 meses; crs menores que 5 anos a cada 6 meses; crs maiores anualmente. Até os 7 anos de idade ocorre o maior crescimento do pavilhão audi1vo. • O posicionamento na orelha deve estar correto, por isso o aparelho deve ter o gancho pediátrico. • O aparelho deve ter uma trava de segurança no compar1mento de pilha. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes • Deve ser compa,vel com sistema FM, hoje recurso indispensável para as crianças em fase escolar. • Aparelhos com resistência a umidade e a água. • U@lizar métodos prescri@vos para a população pediátrica. qVERIFICAÇÃO • Processo con,nuo e dinâmico. • Ferramenta para possíveis modificações e ajustes. • Avaliação eletroacús@ca (medidas com microfone sonda) e medidas psicoacús@cas (campo livre). Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 3 qVALIDAÇÃO • Avaliar se o sinal de fala é audível claro e confortável, resistência a ruídos como por exemplo em situações reais nas escolas; • Quanto menor a idade da criança maior a dificuldade de respostas fidedignas. • Necessário observações constante da família, cuidadores, professores, terapeuta; • QuesIonários específicos. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes qACOMPANHAMENTO • Avaliação audiológica; • Avaliação dos moldes; • Verificação eletroacús@ca; • Ajustes; • Verificação do tempo de uso qTERAPIA • Terapia fonoaudiológica. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 4 ZUMBIDO • Zumbido é sintoma e não doença. • Tinnitus ou acúfeno. • Uma ilusão audi8va, uma sensação sonora não relacionada com uma fonte externa de es8mulação. • Presença de um ou mais sons nas orelhas ou na cabeça e ausência de es@mulo sonoro correspondente. • Em cerca de 80% dos casos, o zumbido é de grau leve e intermitente, não trazendo maiores consequências à vida do indivíduo e nem mesmo levando-o a procurar auxílio médico. Entretanto, quando se manifesta de maneira importante, pode prejudicar a qualidade de vida. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO • Compromete a qualidade de vida: irritabilidade, dificuldade de concentração, insônia, depressão, dificuldades na percepção da fala, etc. • Acomete milhões de indivíduos por todo o mundo. Até 40% dos americanos apresentam zumbido em algum momento de suas vidas. • É considerado o terceiro pior problema que pode acometer o ser humano, atrás apenas da dor e tontura intensas e intratáveis. • É uma percepção audiHva “fantasma”, percebida exclusivamente pelo paciente. Essa caracterísHca subjeHva limita as condições de invesHgação de sua fisiopatologia. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 5 ZUMBIDO - CAUSAS – Alterações da via audi0va (perda audi0va – principalmente PNS em altas frequências, excesso de ruído, medicações tóxicas, envelhecimento natural); – Alterações no metabolismo (jejum, doces, cafeína, glúten, lactose, gorduras e deficiência de vitaminas); – Alterações hormonais (hipo0reoidismo, menopausa, andropausa); – Alterações cardiovasculares; – Causas farmacológicas: aspirina, an0-inflamatórios, aminoglicosídeos e alguns an0depressivos. – Doenças neurológicas; – Distúrbios psiquiátricos ou psicológicos; – Alterações odontológicas: alterações na ar0culação têmporo-mandibular (ATM); – Alterações musculares da região de cabeça e pescoço; Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 6 EFEITOS DO ZUMBIDO Como é subjetivo, o zumbido afeta as pessoas de diferentes maneiras. Para alguns, é um aborrecimento pequeno, que pode ser tratado com facilidade. Para outros, pode resultar em problemas mais graves como: •Interrupção do sono a longo prazo; •Alterações na capacidade cognitiva; •Incapacidade de se concentrar ( por exemplo, execução de tarefas ou leitura); •Estresse no relacionamento; •Ansiedade e depressão; •Desafios no emprego. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO – AVALIAÇÃO Acúfenometria Ques0onários Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 7 ZUMBIDO NEURO-FISIOLOGIA • Modelo psicoacús9co: prevaleceu durante anos. O zumbido 9nha origem na cóclea e era conduzido passivamente pelas vias audi9vas, alcançando o córtex audi9vo com as mesmas caracterís9cas de frequência e intensidade em relação à sua fonte geradora. • Neurociência: Modelo Neurofisiológico- resultado da integração dinâmica entre os centros audi9vos e não- audi9vos do SNC, incluindo o sistema límbico o sistema nervoso autônomo. • Acredita-se que o incômodo gerado pelo zumbido não apresenta relação com suas caracterís9cas de frequência, intensidade ou localização. • Associação do zumbido com algo nega9vo – “perigo”. • Habilidade de habituação - redução ou eliminação de respostas a esXmulos repe9dos. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO • Contribuição muito importante para a compreensão dos mecanismos fisiopatológicos do zumbido surgiu com a publicação do modelo neurofisiológico de Pawel Jastreboff (1990). • Envolve a parDcipação das vias audiDvas e não audiDvas na percepção do zumbido. • O zumbido clinicamente importante é o resultado da interação dinâmica de alguns centros do sistema nervoso central, incluindo vias audiDvas e não audiDvas Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 8 ZUMBIDO • Quanto mais o paciente teme o zumbido e mais se preocupa, mais evidente o mesmo se torna. • Habituar o indivíduo a este som a ponto de ignorá-lo totalmente. • Aconselhamento: redução do stress, de substancias es@mulantes do SNC (cafeína, álcool, tabaco, etc.), evitar exposição à ruídos. Modelo neurofisiológico de Jastreboff Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO Apesar de muitos casos estarem relacionados a alguma causa inicialmente coclear, esta causa não é de fundamental importância na determinação da gravidade do zumbido, agindo apenas como ga;lho de uma avalanche de processos dentro do sistema nervoso. A cóclea representa o ga;lho do processo (através de várias possibilidades, provocando uma a;vidade neuronal anormal que será realçada pelas vias audi;vas e finalmente percebida como zumbido Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 9 ZUMBIDO Três etapas: geração, detecção e percepção. A geração frequentemente ocorre nas vias periféricas (mas também pode ocorrer nas vias centrais) e, na maioria dos casos, está associada a doenças da cóclea e do nervo coclear. A detecção ocorre nos centros subcorBcais e baseia-se num padrão de reconhecimento específico. A percepção ocorre no córtex audiBvo com significaBva parBcipação do sistema límbico, do córtex pré-frontal e de outras áreas corBcais. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes O cérebro tem um alto grau de neuroplas3cidade e esse processo é con5nuo ao longo da vida do indivíduo. o cérebro não processa diferentes tarefas conscientes ao mesmo tempo parte das informações sensoriais recebidas é sele3vamente descartada Para que um som seja percebido, seusignificado também é levado em consideração, e não apenas a sua intensidade. Sem que tenhamos consciência, essas informações são avaliadas nas áreas subcor3cais do sistema nervoso e, se forem valorizadas como suficientemente importantes, a3ngirão o córtex para serem percebidas conscientemente. Se essas mesmas informações forem classificadas como não importantes, são imediatamente descartadas sem que tomemos conhecimento delas. Exemplo: conversa em restaurante. Alguém chama seu nome. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 10 ZUMBIDO • O significado que o som adquire é um fator preponderante na determinação da reação do indivíduo. Não apenas suas caracterís;cas psicoacús;cas. • Em neurofisiologia, o fenômeno do desaparecimento da reação a um determinado sinal é conhecido como habituação. • O processo de habituação a um determinado som só pode ser alcançado quando o mesmo não provoca nenhuma reação emocional, ou seja, quando esse som é neutro ao indivíduo. • Cerca de 80% dos pacientes, o som do zumbido é neutro e, portanto, pode ser habituado de maneira espontânea e natural. Percepção esporádica mesmo sendo gerado constantemente. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO • Percepção do zumbido for relacionada a algo desagradável ou perigoso, impedem que o processo da habituação ocorra, fazendo com que o indivíduo passe a perceber seu zumbido con=nuamente e, portanto, a "sofrer" com ele. • À medida que isso ocorre, nosso cérebro se concentra cada vez mais na a=vidade neuronal relacionada ao zumbido, transformando essa situação em um círculo vicioso. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 11 ZUMBIDO • USO DE SONS NO TRATAMENTO DO ZUMBIDO • Sons da natureza; • Mascaradores de cabeceira; • Gerador de som; • Gerador de som e prótese audiAva. • Terapia de mascaramento do zumbido • Terapia de habituação do zumbido (TRT- Tinnitus Retraining Therapy) Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO TERAPIA DE MASCARAMENTO DO ZUMBIDO • Obje4vo é encobrir o zumbido totalmente. • Alguns pacientes observam a diminuição da percepção do zumbido por dias ou minutos. TERAPIA DE HABITUAÇÃO DO ZUMBIDO A Tinnitus Retraining Therapy (TRT) é o método de tratamento baseado no modelo neurofisiológico de Jastreboff que visa eliminar a percepção do zumbido. O tratamento é embasado na plas4cidade do sistema nervoso central e apresenta dois princípios básicos: aconselhamento terapêu4co e enriquecimento sonoro. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 12 ZUMBIDO - TRT • Se nosso cérebro tem a capacidade de descartar e ignorar sinais pouco importantes, é possível eliminar a percepção do zumbido da consciência, desde que o som do zumbido deixe de significar algum perigo para o paciente. • Se o indivíduo não percebe o sinal do zumbido e consequentemente não se incomoda, mesmo que essa a?vidade neuronal con?nue presente nas vias audi?vas. • Esse método de tratamento que é baseado no modelo neurofisiológico chama- se habituação ou retreinamento do zumbido (TRT). • O tratamento não dirige à origem do zumbido. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO - TRT • Obje%vo principal é enfraquecer as alças de a%vação do sistema límbico e do sistema nervoso autônomo. • O processo completo da habituação ocorre em duas fases principais: a orientação (aconselhamento terapêu%co) e o enriquecimento sonoro. 1. fase de habituação da reação: o zumbido ainda é percebido, porém não mais provoca reações nega%vas como antes e pode ser ignorado por alguns momentos. Essa etapa é fundamental para o sucesso do tratamento e, para alcançá-la, é necessário remover os temores do paciente em relação ao seu sintoma (aconselhamento terapêu%co). 2. fase de habituação da percepção: é o obje%vo final do tratamento, quando o zumbido deixa de ser percebido, a não ser que o paciente preste atenção nele. Para isso, é necessário associar o aconselhamento terapêu%co ao enriquecimento sonoro. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 13 ZUMBIDO - TRT • Indicação: casos idiopá/cos (após exaus/va inves/gação diagnós/ca). • Aconselhamento terapêu/co: eliminação das associações nega/vas. Explicação simples, em linguagem leiga, do modelo neurofisiológico e dos mecanismos do zumbido, mostrando-lhe que suas preocupações são desnecessárias por estarem baseadas em informações errôneas, além de serem as principais causas de impedimento da habituação como um processo natural. • Perseverança é a palavra-chave, sen/r-se apoiado e incen/vado a prosseguir, reconhecendo cada passo dado em direção ao seu obje/vo final. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes ZUMBIDO - TRT • Enriquecimento sonoro: 1) evitar ambientes silenciosos; 2) uso de som neutro, estável e de baixa intensidade (mais baixa do que a percepção do próprio zumbido). 3) três formas recomendadas para o enriquecimento sonoro: . Uso de sons ambientais . Uso de sons ambientais e AASI convencional. É a maneira indicada para pacientes com perda audiJva clinicamente importante. . Uso de geradores de som de banda larga. Mesmo que o zumbido seja unilateral, os geradores devem ser adaptados bilateralmente para esJmular as vias audiJvas em conjunto. A intensidade do som deve ser sempre menor do que a do zumbido, evitando-se ao máximo mascará-lo. Molde também deve ser sempre bem aberto para permiJr a entrada dos sons ambientais. Processo completo demora 12 a 18 meses. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 14 Uma criança se machucando e sendo ajudada por seu zelador. Imediatamente após a lesão, a criança é informada de que 'não dói' e o local dolorido é beijado ou esfregado. Isso é o que o TRT também faz: quando a criança é informada de que não dói, o cuidador da criança reclassifica a percepção sensorial da dor na categoria de esDmulos neutros, da mesma forma que o profissional de saúde faz ao aconselhar no TRT. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes Tinnitus Retraining Therapy: A Different View on Tinnitus. ORL [Internet]. 2006;68(1):23–30. Available from: h_ps://www.karger.com/DOI/10.1159/ 000090487 ZUMBIDO - TMS • Pulsos magné,cos sobre o crânio, gera-se uma corrente elétrica que pode diminuir a a,vidade das células nervosas excitadas e desacelerar a parte audi,va, reduzindo o zumbido. • Um dos mecanismo da melhora do zumbido pode estar relacionado com a redução do fluxo sanguíneo no lobo temporal esquerdo após o período de Es,mulação Magné,ca Transcraniana. Indolor Efeitos colaterais??? Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes 13/04/2022 15 ZUMBIDO – TERAPIA NOTCH • Ao contrário da tradicional terapia do som, programa o aparelho audi5vo para produzir um “entalhe” no mesmo tom do zumbido. • Zumbido tonal, está presente em apenas uma faixa de frequência, na terapia NOTCH é possível desligar, no aparelho, a frequência correspondente ao zumbido. Com isto, o cérebro não recebe mais o som externo na mesma frequência e é es5mulado a não perceber o zumbido. • Esse tratamento é feito da seguinte forma: em nível central, aquela região no cérebro que não está recebendo informação começa a dar esLmulos para que as regiões vizinhas consigam suprir a falta de informação naquela outra região. • Resultados a par5r de três semanas. Profa. Ma. Fernanda Santos Fernandes
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