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ESTUDO HIV - AIDS


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UNIVERSIDADE EVANGÉLICA DE GOIÁS 
CURSO DE NUTRIÇÃO 
 
 
 
 
ANNA CLARA FENATO DE LISBÔA 
FERNANDA LÔBO MARTINS VIEIRA 
JULIA ANDRADE RORIZ DE OLIVEIRA MONTEIRO 
LUANDA ALVES SILVA 
MARIANA ISAAC 
MIKAELLEN DE SOUZA DUARTE 
MILLENA CANGUSSÚ MACEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA: ANAMNESE ALIMENTAR + HIV E 
AIDS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anápolis 
2022 
 
ANNA CLARA FENATO DE LISBÔA 
FERNANDA LÔBO MARTINS VIEIRA 
JULIA ANDRADE RORIZ DE OLIVEIRA MONTEIRO 
LUANDA ALVES SILVA 
MARIANA ISAAC 
MIKAELLEN DE SOUZA DUARTE 
MILLENA CANGUSSÚ MACEDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE PRÁTICA: ANAMNESE ALIMENTAR + HIV E 
AIDS 
 
 
 
 
Trabalho da disciplina de Patologia da 
Nutrição e Dietoterapia II, apresentado à 
Universidade Evangélica de Goiás, curso de 
Nutrição, como exercício avaliativo. 
 
Professora: Mª Giovanna Mello. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anápolis 
2022 
1. ANAMNESE ALIMENTAR 
O termo anamnese é originário do grego como anmnesis, ou seja, recordar. Para que 
haja conhecimento clínico do paciente, é necessário o uso de certas ferramentas para 
compreensão mais próxima da história clínica, história pessoal e identificação de sinais e 
sintomas acometidos. Para que seja realizado uma boa anamnese é necessário que haja 
confiança entre as partes, paciente e profissional, e para que haja sucesso nesse quesito, 
o profissional deve utilizar de métodos e falas auxiliem nessa aproximação (SAMPAIO, 
2012). 
De acordo com Sampaio (2012), o principal objetivo da anamnese alimentar ou 
anamnese nutricional é a identificação do estado nutricional do paciente, conhecimento 
de seus hábitos alimentares, costumes e cultura, além dos fatores de risco associados. 
Além do citado, os pesquisadores Vale e Logrado (2013) afirmam que as características 
de desnutrição são difíceis para identificação em seus estágios iniciais e que pacientes 
desnutridos tem maiores riscos de complicações relacionadas com o tratamento da doença 
base, portanto, são utilizadas certas ferramentas para identificação do estado e risco 
nutricional dos pacientes de forma rápida, não invasiva e criteriosa. 
 
1.1 FERRAMENTAS DE AVLIAÇÃO DA INGESTÃO 
A principal ferramenta de avaliação de ingestão alimentar em pacientes internados 
é o índice de resto-ingestão (IR), o qual estabelece a relação percentual entre o peso da 
refeição rejeitada (PR) e o peso da refeição distribuída (PRD), representada pela fórmula: 
IR = PR x 100/PRD (GANDRA, 1983). Um nível acima de 20% pode ser decorrente da 
inadequação do planejamento e na execução do cardápio, além de poder indicar falha no 
porcionamento, preparações incompatíveis com o padrão e hábito dos pacientes e má 
apresentação das preparações (SOUSA et al., 2011). 
Nesse sentido, para a avaliação do estado nutricional de um indivíduo é importante 
aplicar certos métodos para identificação de ingestão dos alimentos em detrimento de 
suas necessidades nutricionais. Dentro da avaliação do consumo alimentar, na prática 
clínica, apresentam-se o recordatório 24 horas (R24h), o diário alimentar (DA) para 
diagnóstico da ingestão atual, o questionário de frequência alimentar (QFA) e a história 
alimentar (HA) para diagnóstico da ingestão habitual (FISBERG et al., 2009). 
O R24h consiste em definir e quantificar todos os alimentos e bebidas ingeridas 
no período anterior à entrevista, que podem ser as 24 horas precedentes ou, mais 
comumente, o dia anterior. No diário alimentar, o paciente ou pessoa responsável anota, 
em formulários especialmente desenhados, todos os alimentos e bebidas consumidos ao 
longo de um ou mais dias, devendo anotar também os alimentos consumidos fora do lar. 
Normalmente, o método pode ser aplicado durante três, cinco ou sete dias. O QFA é 
composto por uma lista de alimentos pré-definida e uma seção com a frequência de 
consumo (número de vezes que o indivíduo consome um determinado alimento por dia, 
semana, mês ou ano). A história alimentar consiste em uma extensa entrevista com o 
propósito de gerar informações sobre os hábitos alimentares atuais e passados (FISBERG 
et al., 2009). 
 
Tabela 1. Vantagens, desvantagens e aplicabilidade dos métodos de inquérito alimentar segundo 
objetivos da avaliação do consumo alimentar na prática clínica. 
MÉTODO VANTAGENS DESVANTAGENS APLICABILIDADE 
Recordatório 
24h 
Rápida aplicação; 
Não altera a ingestão 
alimentar; 
Pode ser utilizado em 
qualquer faixa etária e em 
analfabetos; 
Baixo custo. 
Depende da memória do 
entrevistado; 
Depende da capacidade de o 
entrevistador estabelecer uma 
boa 
comunicação e evitar a indução 
de respostas; 
Um único recordatório não 
estima a dieta habitual; 
A ingestão relatada pode ser 
atípica. 
 
Avaliação 
quantitativa da 
ingestão de 
nutrientes. 
Diário 
Alimentar 
Os alimentos são anotados 
no momento do consumo; 
Não depende da memória; 
Menor erro quando há 
orientação detalhada para o 
registro; 
Mede o consumo atual; 
Identifica tipos de alimentos 
e preparações consumidos e 
horários das refeições. 
Consumo pode ser alterado, 
pois o indivíduo sabe que está 
sendo 
avaliado; 
Requer que o indivíduo saiba 
ler e escrever; 
Há dificuldade para estimar as 
porções; 
Exige alto nível de motivação e 
colaboração; 
Menor adesão de pessoas do 
sexo masculino; 
As sobras são computadas 
como alimento ingerido; 
Requer tempo; 
O indivíduo deve conhecer 
medidas caseiras. 
Avaliação 
quantitativa da 
ingestão de 
nutrientes. 
Fonte: Adaptado Fisberg et. al., 2009. 
 
Tabela 1.1 Vantagens, desvantagens e aplicabilidade dos métodos de inquérito alimentar 
segundo objetivos da avaliação do consumo alimentar na prática clínica. 
MÉTODO VANTAGENS DESVANTAGENS APLICABILIDADE 
Questionário 
de Frequência 
Alimentar 
Estima a ingestão habitual do 
indivíduo; 
Não altera o padrão de consumo; 
Baixo custo; 
Classifica os indivíduos em 
categorias de consumo; 
Elimina as variações de consumo 
do dia a dia; 
A digitação e a análise do 
inquérito são relativamente 
simples, comparadas a outros 
métodos. 
Depende da memória dos 
hábitos alimentares passados e 
de 
habilidades cognitivas para 
estimar o consumo médio em 
longo 
período de tempo pregresso; 
Desenho do instrumento 
requer esforço e tempo; 
Dificuldades para a aplicação 
conforme o número e a 
complexidade 
da lista de alimentos; 
Quantificação pouco exata; 
Não estima o consumo 
absoluto, visto que nem todos 
os alimentos 
consumidos pelo indivíduo 
podem constar na lista. 
 
Avaliação do 
consumo de 
alimentos ou grupos 
alimentares. 
História 
Alimentar 
Elimina as variações de consumo 
do dia a dia; 
Leva em consideração a variação 
sazonal; 
Fornece a descrição da ingestão 
habitual em relação aos 
aspectos qualitativos e 
quantitativos. 
Requer entrevistadores 
treinados; 
Depende da memória do 
entrevistado; 
Tempo de administração 
longo. 
Avaliação do padrão 
alimentar. 
Fonte: Adaptado Fisberg et. al., 2009. 
 
1.1 FERRAMENTAS DE TRIAGEM NUTRICIONAL 
Os métodos de triagem nutricional têm objetivo de detectar a presença de 
desnutrição e risco do desenvolvimento de desnutrição em ambiente hospitalar. Por ser 
um processo rápido e simples, todos os pacientes devem ser triados durante as primeiras 
72 horas de internação, a depender a instituição, a fim de se obter um curso de ação, que 
também poderá levar à avaliação nutricional (CGMAC/DAET/SAS/MS, 2016). 
Dessa forma, as ferramentas de triagem nutricional validadas internacionalmente 
são: Nutritional Risk Screening (NRS), Malnutrition Screening Tool (MST), Mini 
Nutrition Assessment Short Form (MNA-SF), Malnutrition Universal Screening Tool 
(MUST) e Short Nutritional Assessment Questionnaire (SNAQ) (WESCHENFELDER 
et. al., 2020). 
Além disso, Vale e Logrado (2012) explicam que essas ferramentassão métodos 
integrados, ou seja, um conjunto de indicadores utilizados para classificar o estado 
nutricional ou para avaliar o risco nutricional, associado à predição de complicações e 
mortalidade. Para maior compreensão destes estudos as mesmas serão descritas de forma 
sintética. 
Ademais, a escolha dos instrumentos de triagem e de avaliação nutricional 
utilizados por cada instituição deve ser definida de acordo com a população (crianças, 
adultos ou idosos), devendo ocorrer adequado treinamento ao profissional que irá aplicá-
los (ASBRAN, 2014). 
 
Tabela 2. Parâmetros clínicos, variáveis e aplicabilidade dos métodos de triagem nutricional na 
prática hospitalar. 
MÉTODO PARAMÊTROS CLÍNICOS VARIÁVEIS APLICABILIDADE 
Nutritional 
Risk 
Screening 
(NRS) 
Consiste em 
uma triagem inicial composta por quatro 
questões 
referentes ao IMC, perda ponderal 
indesejada no 
último trimestre, redução da ingestão 
alimentar na 
última semana e presença de doença grave e 
uma 
triagem final que classifica as respostas da 
triagem 
inicial, considerando o percentual de peso 
perdido e o tempo, IMC, aceitação da dieta 
e grau da 
severidade da doença. 
 
Fácil, barato, considera o 
fator de estresse da 
doença e não exclui 
grupos específicos, 
porém idades acima de 
70 anos são um fator de 
risco. 
Todas as faixas 
etárias de 
hospitalizados. 
Malnutrition 
Screening 
Tool (MST) 
Seus critérios são: ser aplicável em 
população 
adulta heterogênea; utilizar dados 
rotineiramente 
disponíveis; ser conveniente para o uso, 
devendo 
ser simples, rápida e facilmente completada 
por 
equipe não profissional, tais como 
pacientes, 
amigos ou familiares. É não invasiva, 
barata, válida e reproduzível. A MST não 
considera dados antropométricos e 
laboratoriais. 
 
É barata, válida, não 
invasiva e reproduzível. 
Adultos de setores 
variados, como 
idosos, 
cirúrgicos, 
ortopédicos, em 
cuidados intensivos, 
podendo ser adaptada 
até mesmo para 
gestantes 
e lactantes. 
Fonte: Adaptado Weschenfelder, 2020; Raslan et. al, 2008; Vale & Logrado, 2013. 
Tabela 2.1 Parâmetros clínicos, variáveis e aplicabilidade dos métodos de triagem nutricional na 
prática hospitalar. 
MÉTODO PARAMÊTROS CLÍNICOS VARIÁVEIS APLICABILIDADE 
Mini 
Nutrition 
Assessment 
Short Form 
(MNA-SF) 
A aplicação da MNA 
original tem média complexidade e lentidão que 
impedem seu uso como uma ferramenta breve 
de rastreamento. Muitas questões necessitam 
treinamento do aplicador (como antropometria) 
ou implicam em julgamentos subjetivos. A MNA - SF 
almeja preservar a sensibilidade, a 
especificidade e o diagnóstico confiável da MNA 
original, enquanto minimiza tempo e treinamento 
necessários para a aplicação. 
 
Método 
barato e de fácil 
aplicabilidade, 
identifica pessoas 
em risco e 
fornece 
informações 
necessárias para 
um plano de 
intervenção, além 
de não necessitar 
de exames 
laboratoriais. 
Principalmente 
idosos. 
Malnutritio
n Universal 
Screening 
Tool 
(MUST) 
Consiste em: 1) IMC > 20 kg/m², 
pontuação igual a zero, 18.5-20 kg/m², pontuação igual a 
um, abaixo de 18.5 kg/m², pontuação 
igual a dois; 2) perda ponderal menor que 5% , 
pontuação igual a zero, 5 a 10%, pontuação igual 
a um, maior que 10%, pontuação igual a dois; 3) 
doença aguda ou jejum superior a cinco dias, se ausente, 
pontuação igual a zero; se presente, pontuação igual a 
dois. Um escore maior que dois 
pontos classifica o paciente como em alto risco de 
desnutrição; escore igual a um ponto como médio 
risco de desnutrição, escore igual a zero como baixo 
risco de desnutrição. 
 
Fácil, barato e 
simples. 
Adultos e idosos de 
diversos setores, tais 
como 
cirurgia, ortopedia, 
cuidados intensivos, 
sendo 
possível a adaptação 
para gestantes e 
lactantes. 
Short 
Nutritional 
Assessment 
Questionnai
re (SNAQ) 
É composto por quatro questões e para cada 
resposta é atribuído um escore: 1) perda de peso 
intencional; mais de 6 kg nos últimos seis meses, 
equivale a três pontos ou mais de 3 kg no último 
mês, equivale a dois pontos; 2) redução do apetite 
no último mês, equivale a um ponto, 3) uso de 
suplementação via oral ou sonda enteral no último mês, 
equivale a um ponto. Os pacientes com 
escore menor que dois pontos são classificados 
como bem nutridos, escore igual a dois pontos são 
classificados como moderadamente desnutridos e 
pacientes com escore maior ou igual a três pontos 
são classificados como gravemente desnutridos. 
 
Necessita 
profissionais 
capacitados. 
Adultos e idosos 
hospitalizados, de 
várias especialidades 
médicas, como 
gastroenterologia, 
dermatologia, 
nefrologia, cirurgia 
geral e oncológica. 
Fonte: Adaptado Weschenfelder, 2020; Raslan et. al, 2008; Vale & Logrado, 2013. 
 
1.4 FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
A avaliação nutricional busca promover o cuidado nutricional por meio da 
verificação detalhada de variáveis metabólicas, nutricionais e funcionais. Normalmente, 
é realizada por nutricionista após a triagem, identificando os pacientes que irão se 
beneficiar da intervenção dietética precoce (WESCHENFELDER et. al., 2020). 
Em vista disso, a Avaliação Subjetiva Global (ASG) é método clínico que avalia 
o estado nutricional baseado na história e exame físico do paciente. É composta por 
anamnese, que engloba aspectos da história nutricional como perda de peso recente, 
alteração na ingestão alimentar, sintomas gastrointestinais e exame físico simplificado 
para aspectos nutricionais. É técnica eficiente, rápida, prática, de baixo custo, não 
invasiva e que não demanda o uso de aparelhos, além de ter sensibilidade e especificidade. 
No final os pacientes podem ser classificados como A: bem nutrido; B: suspeito de ser 
desnutrido ou moderadamente desnutrido; C: desnutrido grave (CGMAC/DAET/SAS/MS, 
2016; VALE & LOGRADO, 2012). 
Para mais, a avaliação antropométrica é um método de avaliação nutricional que 
pode ser considerado em instituições hospitalares, a depender do paciente. Esse método 
considera o Peso Atual (PA), Peso Habitual (PH) e o Peso Ideal (PI). Em adultos utiliza-
se Peso/Altura/Índice de massa corporal (IMC)/ Dobra Cutânea Tricipital (DCT)/ 
Circunferência do Braço (CB) e Circunferência Muscular do Braço (CMB), e em idosos 
o IMC segundo classificação Opas, Circunferência Panturrilha (CP), Circunferência do 
Braço (CB) + Dobra Cutânea Tricipital (DCT) + Circunferência Muscular do Braço 
(CMB) utilizando referência NHANES III. Nesse sentido, outros métodos de avaliação 
são os exames laboratoriais e o exame físico (BRASPEN, 2011). 
 
1.5 FLUXOGRAMA DE QUANDO A INGESTÃO SE TORNA INEFICIENTE 
PROMOVENDO RISCO NUTRICIONAL 
Figura 1. Algoritmos de indicação da terapia nutricional 
 
Fonte: CGMAC/DAET/SAS/MS, 2016. 
2. PACIENTE TN 
 
A portaria nº 272/MS/SNVS, de 08 de abril de 1998, define terapia nutricional 
(TN) como um conjunto de procedimentos terapêuticos para manutenção ou recuperação 
do estado nutricional do paciente, por meio de nutrição parenteral e/ou enteral. 
 
2.1 TIPO/VIA DE TN 
2.1.1 NUTRIÇÃO ENTERAL 
A Resolução RCD n. 63, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(Anvisa/MS), de 6 de julho de 2000, define NE como: 
“Alimentos para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na 
forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, 
especialmente formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, 
industrializada ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente para substituir ou 
completar a alimentação oral de pacientes desnutridos ou não, conforme suas 
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, 
visando à síntese ou à manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas.” 
 
Segundo a Cuppari (2019), a alimentação por via enteral é um método de prover 
nutrientes no trato gastrointestinal através de um tubo. Asprincipais indicações para uso, 
de acordo com Calixto-Lima e Gonzalez (2017): 
• Ingestão alimentar via oral menor que 60% das necessidades nutricionais, sem 
expectativa de melhora; 
• Deglutição comprometida de causa muscular ou neurológica (disfagia); 
• Alteração do nível de consciência, impossibilitando alimentação via oral; 
• Pancreatite; 
• Queimaduras; 
• Fistula digestiva 
• Desnutrição. 
Contraindicações, conforme Cuppari (2019): 
• Pancreatite grave; 
• Disfunção do TGI; 
• Fístula do TGI de alto débito; 
• Vômitos e diarreia graves; 
• Obstrução mecânica do TGI; 
• Íleo paralítico; 
• Hemorragia no TGI grave. 
A terapia nutricional deve ser instituída nas primeiras 24-48 horas, especialmente 
em pacientes com diagnóstico de desnutrição e/ ou catabolismo intenso decorrente do 
quadro patológico, e quando não houver previsão de ingestão adequada em 3 a 5 dias 
(SBNPE, 2011). 
Ao determinamos a via de acesso, devemos levar em consideração a condição 
clínica do paciente, a previsão do tempo de uso da terapia e a avaliação dos riscos e 
complicações (SBNPE, 2011). Elas podem estar dispostas no estômago, duodeno ou 
jejuno. Para pacientes que necessitam de nutrição enteral por curto período, inferior a 6 
semanas, a sonda naso ou oroenterais (nasogástrica e nasoentérica) é a mais utilizada, 
graças a seu baixo custo e fácil colocação. A gastrostomia e a jejunostomia, por sua vez, 
são utilizadas, em geral, quando a duração da terapia nutricional for superior a 4 semanas 
(CUPPARI, 2019). Ademais, de acordo com a Sociedade Brasileira de Nutrição 
Parenteral e Enteral (2011), as gastrostomias são recomendadas quando não há risco de 
aspiração e a indicação de TNE excede 3 a 4 semanas e as jejunostomias quando houver 
risco de aspiração e a TNE for superior 3 a 4 semanas. 
 
2.1.2 NUTRIÇÃO PARENTERAL 
De acordo com Cuppari (2019), a nutrição parenteral como uma solução estéril de 
nutrientes (aminoácidos, carboidratos, lipídios, sais minerais e vitaminas) infundida via 
endovenosa, por meio de um acesso venoso periférico ou central, indicada, na maioria 
das vezes, na impossibilidade de utilização do trato gastrintestinal (TGI). 
Para a escolha da via de acesso deve-se levar em consideração fatores como a 
duração da terapia e a condição clínica do paciente, além disso, a osmolaridade da fórmula 
de nutrição parenteral deve ser compatível com o tipo de acesso venoso (SBNPE, 2011). 
Conforme a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (2011) existem 
as seguintes vias de acesso: 
• Periférica: refere-se à localização da ponta do cateter em uma veia superficial de 
grosso calibre, geralmente, as veias das extremidades superiores, na mão ou 
antebraço. É indicada para TNP de curto prazo, não devendo ultrapassar 15 dias. 
• Central: refere-se à localização da ponta do cateter em uma veia de alto fluxo 
sanguíneo interligada à veia cava superior ou ao átrio direito, chegando diretamente 
no coração. É indicada para TNP de longa permanência (mais do que 15 dias). 
As indicações mais frequentes para uso de nutrição parenteral, conforme Calixto-
Lima e Gonzalez (2017): 
• Síndrome do intestino curto; 
• Complicações cirúrgicas pós-operatórias (fístulas enterocutâneas, íleo prolongado); 
• Distúrbios gastrointestinais; 
• Obstruções mecânicas do TGI; 
• Pancreatite aguda, quando não for possível nutrição enteral. 
As principais contraindicações, conforme Calixto-Lima e Gonzalez (2017): 
• Instabilidade hemodinâmica; 
• Distúrbios metabólicos; 
• Edema agudo de pulmão; 
• Anúria sem diálise; 
• Infarto agudo do miocárdio. 
A evolução da oferta planejada deve ser atingida nas primeiras 72 horas, após 
início. Para evitar complicações metabólicas e favorecer a tolerância, sugere-se utilizar 
como rotina calcular o total necessário e planejar a sua administração de forma 
progressiva, iniciando com um terço do planejado nas primeiras 24 horas, evoluir para 
dois terços no segundo dia e oferta total no terceiro dia. A interrupção abrupta da TNP 
não deve ser realizada, pois oferece riscos de hipoglicemia grave e descompensação 
metabólica, devendo realizar o desmame de forma progressiva (CUPPARI, 2019). 
Em pacientes que estão em terapia nutricional parenteral, deve-se ter cuidado com 
a síndrome da realimentação. Diante disso, Cuppari (2019) define síndrome da 
realimentação como um conjunto de sinais e sintomas que ocorre após abrupta provisão 
de alimentos, por via enteral, oral ou parenteral, para pacientes que passaram por um 
período de inanição, pois o organismo adapta-se a usar menos o metabolismo dos 
carboidratos e mais o de gorduras. Algumas medidas importantes para a prevenção e o 
tratamento da síndrome da realimentação: reconhecimento precoce de pacientes em risco 
iminente; a dosagem plasmática diária e sistemática de fósforo, potássio e magnésio; a 
correção das alterações eletrolíticas antes do início da terapia nutricional; iniciar com 
cerca de 20 a 30% das necessidades energéticas e realizar aumento progressivo da oferta 
de energia e administração rotineira de vitaminas (CUPPARI, 2019). 
 
 
 
 
 
Figura 2. Organograma para escolha da TN. 
 
Fonte: Adaptado Calixto-Lima e Gonzalez, 2017. 
 
2.2 CARACTERÍSTICAS DAS FÓRMULAS 
Em conformidade com Moraes e seus colaboradores (2014), as fórmulas e os 
suplementos utilizados na nutrição enteral podem ser classificados em Artesanais ou 
caseiras, quando são preparadas a partir de alimentos in natura e/ou suplementos 
industrializados, suas desvantagens são a não garantia de valor nutricional, excessivo 
manuseio e maior risco de infecção; Industrializadas são quimicamente determinadas, 
possibilitam uma maior segurança microbiológica; Os modulares são módulos de 
nutrientes (carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas, minerais, aminoácidos e fibras), 
podem ser usados como suplementos ou combinados corretamente para fornecer uma 
dieta completa, podendo compor elementos para a produção artesanal de fórmula enteral 
(como exemplos: WheyProtein, albumina, glutamina); As monoméricas ou elementares 
são aquelas em que os nutrientes aparecem em sua forma mais simples e hidrolisada, tem 
osmolaridade elevada; Oligoméricas são aquelas em que os nutrientes aparecem na forma 
mais simples e hidrolisada, tem à osmolaridade elevada; As poliméricas são constituídas 
por nutrientes inteiros ou parcialmente hidrolisados, tem peso molecular elevado e um 
trabalho digestivo maior, em sua maioria são isosmolares ou hiposmolares; 
Hiperproteicas são aquelas com quantidade relativamente maior de proteínas, igual ou 
superior a 18 a 20% da oferta calórica total por litro de solução; As especializadas são 
específicas para determinado quadro clínico, por exemplo, pacientes diabéticos vão 
receber fórmulas com fonte de carboidratos de menor índice glicêmico. 
Segundo Cuppari (2019), a escolha de uma fórmula enteral adequada requer uma 
avaliação da habilidade digestiva e absortiva do paciente e também um conhecimento das 
fontes de substratos e sua forma de apresentação. As fórmulas possuem características 
físicas como a osmolalidade, combinação com a função do tamanho e da quantidade das 
partículas iônicas e moleculares (proteína, carboidratos, eletrólitos, minerais) em uma 
capacidade definida. Alguns fatores podem interferir na osmolalidade (abrangendo o 
aumento da hidrólise do nutriente e em posterior a unidade do tamanho), como os 
minerais/eletrólitos: em decorrência de suas propriedades de desagregação e do pequeno 
tamanho; proteínas: devido aos seus componentes mais hidrolisados, como aminoácidos, 
terem maior efeito osmótico do que as moléculas com peso molecular maior, como as 
proteínas inteiras; carboidratos: possuem componentes mais hidrolisados, como glicose e 
têm maior efeito osmótico que moléculas com peso molecular maior, como o amido. 
Fórmulas com uma maior quantidade de nutrientes hidrolisadospossuem maior 
osmolalidade consequentemente (CUPPARI, 2019). 
A respeito das fórmulas poliméricas, grande parte dos pacientes se beneficiam 
com esse modelo de fórmula, elas possuem categorias como as do tipo padrão que tem 
em sua composição proteínas (10 a 15%), carboidratos (50 a 60%), lipídios (25 a 30%), 
do tipo isotônica (300 mOsm/kg de água), podendo ser isenta de lactose e 
nutricionalmente completa; as hiperproteicas com proteína (> 15%), isotônica, isenta de 
lactose e nutricionalmente completa; as suplementadas com fibras com um conteúdo de 
fibra (5 a 14 g/L de fórmula Isotônica), isenta de lactose e nutricionalmente completa; 
proteína parcialmente hidrolisada possui conteúdo médio de lipídios (3 a 40%, média 
osmolalidade- 250 a 650 mOsm/kg de água), isenta de lactose e nutricionalmente 
completa. As fórmulas parcialmente hidrolisadas são indicadas para pacientes com 
capacidade absortiva e digestiva parcial, já as fórmulas especializadas são designadas 
para disfunções orgânicas específicas e para condições de estresse metabólico. Os 
módulos são indicados para suplementar fórmulas e individualizar esse processo de 
formulação (CUPPARI, 2019). 
De acordo com Murakami e Santos (2015), as vias de acesso aplicadas para a 
administração da alimentação parenteral são a periférica, na qual só podem ser oferecidas 
soluções hipo-osmolares, hipoconcentradas e as gorduras, para não ter risco de flebite e 
a via central, em que se tem infusão de soluções hipertônicas de glicose e proteínas, 
vitaminas, entre outros. 
 
2.3 MÓDULOS ADICIONADOS 
Baseado na RDC n. 21/15, capítulo III (seção III), o módulo para nutrição enteral 
pode ser constituído somente por um dos seguintes grupos de nutrientes: Carboidratos; 
lipídios; proteínas (pode ser constituído por proteínas intactas, proteínas hidrolisadas ou 
aminoácidos isolados ou associados); fibras alimentares; micronutrientes, como 
vitaminas e minerais (pode ser constituído por vitaminas ou minerais, isolados ou 
associados). 
A classe proteica é concedida ao perfil dos aminoácidos, quando se tem um perfil 
de no mínimo 40% dos essenciais é recomendado para os casos de anabolismo. A fonte 
principal de proteína engloba a soja e a caseína. Já sobre os carboidratos, eles possuem 
uma diferença primária em seus componentes e está relacionada com sua forma e 
concentração, sua forma prevalente é o hidrolisado de amido de milho ou a maltodextrina. 
Em relação aos lipídios, sua gordura amplia a palatabilidade e o sabor da dieta, já os óleos 
vegetais envolvem uma variedade de ácidos graxos essenciais, essa ingestão de ácidos 
graxos essenciais (principalmente o ácido linoleico) deve ser de 3 a 4% do total da 
necessidade energética, já as fontes lipídicas encontradas nas fórmulas incluem vários 
óleos vegetais. São vistas como fibras alimentares todos os polissacarídeos vegetais da 
dieta, adicionada a lignina, estes não são hidrolisados pelas enzimas do trato digestório 
humano, o conteúdo de fibras nas fórmulas é em torno de 5 a 14 g/L, a recomendação 
diária de ingestão de fibra é de 20 a 25 g/dia e sua forma prevalente usada nas fórmulas é 
o polissacarídeo da soja (CUPPARI, 2019). 
As fórmulas comercialmente inteiras são reguladas em vitaminas e minerais, 
quando o volume certo da fórmula é utilizado para satisfazer as necessidades energéticas 
e dos macronutrientes. Algumas fórmulas especializadas para certos tipos de doenças são 
nutricionalmente incompletas com relação ao conjunto das vitaminas e dos minerais, os 
suplementos vitamínicos e minerais podem ser importantes para pacientes que utilizam 
formulações nutricionalmente incompletas ou fórmulas diluídas por períodos 
prolongados. A quantidade de água está relacionada em mL de água por 1.000 mL de 
fórmula ou mL de água/L de fórmula, grande parte das fórmulas enterais contém de 690 
a 860 mL de água por 1.000 mL da fórmula enteral (CUPPARI, 2019). 
A respeito dos módulos das proteínas, alguns motivos podem ser associados como 
a configuração de uma digestibilidade diversificada, sua forma de pó. Com relação ao dos 
carboidratos, são facilmente dissolvidos em diferentes fórmulas, de fácil digestão, sua 
apresentação é na forma de pó. Já no caso dos lipídios, possuem elevada densidade 
calórica, é relativamente insolúvel, tem digestibilidade diversificada, sua apresentação é 
na forma líquida. As fibras tem sua apresentação na forma de pó (CUPPARI, 2019). 
 
2.4 CÁLCULO DA VELOCIDADE/TEMPO DE INFUSÃO 
Segundo Cuppari (2019), a técnica de administração das fórmulas pode ser 
contínua ou intermitente, em bolo ou gravitacional. A administração em bolo ocorre com 
uma injeção com seringa de 100 a 350 mL de dieta no estômago, a cada 2 a 6 horas, 
adiantada e seguida por irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável. Já a 
administração intermitente utiliza a força da gravidade, volume de 50 a 500 mL de dieta 
administrada por gotejamento, a cada 3 a 6 horas, precedida e seguida por irrigação da 
sonda enteral com 20 a 30 mL de água potável. A administração contínua usa a bomba 
de infusão, 25 a 150 mL/h, por 24 horas, administrada no estômago, no jejuno e no 
duodeno, interrompida a cada 6 a 8 horas para irrigação da sonda enteral com 20 a 30 mL 
de água potável. 
A agilidade e a intensidade da infusão passam a ter relevância secundária em 
decorrência dos mecanismos fisiológicos de adequação do estômago, a partir da 
extremidade distal da sonda nasoenteral se localizar na câmara gástrica, a dose. Na 
administração intermitente de nutrientes o órgão deve iniciar com 100 mL e o volume é 
elevado a cada 24 ou 48 horas até as necessidades totais de nutrientes serem completadas. 
Caso necessário, maiores volumes podem ser induzidos (até 500 mL) a cada 3 a 4 horas. 
Os resíduos gástricos são analisados antes de cada refeição e esta é suspensa se os resíduos 
forem maiores que 150 mL. A administração contínua é estabelecida com volume de 25 
a 30 mL/h/dia, e o aumento deve ser gradativo até atingir a velocidade máxima de 100 a 
150 mL/h, de acordo com Cuppari (2019). 
Em relação a nutrição parenteral, é recomendado o máximo de 7 g/kg/dia de 
carboidratos para diminuir complicações metabólicas, como a hiperglicemia, as 
anormalidades no metabolismo hepático e o aumento do trabalho ventilatório. A ingestão 
de 0,85 a 1,1 g/kg/dia permite atingir o balanço nitrogenado positivo para a grande parte 
dos indivíduos saudáveis. A recomendação de lipídios da dieta não deve exceder 2,5 
g/kg/dia, para diminuir o risco de complicações metabólicas. Em pacientes graves, a 
recomendação máxima de lipídios via venosa é de 1 g/kg/dia (CUPPARI, 2019). 
Segundo Murakami (2015), as soluções do tipo base são hipertônicas, constituídas 
por 500 mL de solução de glicose a 50% – aproximadamente 1.000 kcal – adicionada 500 
mL de solução de aminoácido a 10%, tornando-se 200 kcal. As soluções de gorduras são 
providas sob forma de emulsão 10%, no volume de 500 mL e com aproximadamente 450 
kcal. Uma das vantagens da emulsão é o seu alto aporte energético em volumes 
diminuídos, além de ofertar os ácidos graxos essenciais. 
A respeito dos carboidratos, eles são ofertados na forma de dextrose, em 
concentração de 50% (50 g em 100 mL; 3,4 kcal/g), devendo fornecer 60 a 70% das 
calorias não proteicas ou 50 a 60% das calorias totais. A taxa de infusão de glicose (TIG) 
deve ficar abaixo de 3 a 4 mg/kg/min, e os níveis de glicemia devem ser conservados 
abaixo de 180 mg/dL. Os lipídios podem ser aplicados na forma de triglicerídeos de 
cadeia longa (TCL), de cadeia média (TCM), ou como uma mistura de ambos 
(TCL/TCM), geralmente em concentrações de 10 a 20% (10 a 20 g em 100 mL; 10 
kcal/g), devendo fornecer 30 a 40% das calorias não proteicas ou 15 a 40% das calorias 
totais. A dose limite de lipídios não deve elevar 1 a 1,5 g/kg/dia. O nível de triglicerídeos 
séricos deve ser monitorado, e a carga delipídios, ajustada, para que o nível se mantenha 
abaixo de 300 a 400 mg/dL. A administração de propofol fornece 1 kcal/mL, devendo 
entrar no cálculo da oferta calórica e no perigo de hipertrigliceridemia. Os aminoácidos 
são dirigidos em concentração de 10% (10 g em 100 mL; 4 kcal/g) devendo ser fornecidas 
doses de 1,2 a 1,5 g/kg/dia (15 a 20% das calorias totais). No caso de pacientes com 
obesidade e em pacientes em terapia substituída, doses mais elevadas com limite de 2,0 a 
2,5 g/kg/dia podem ser administradas. A necessidade diária de água é de cerca de 30-35 
mL/kg/dia, podendo ser aplicadas plenamente pela nutrição parenteral ou em outras 
infusões e diluições de medicamentos, infusões contínuas e líquidos intravenosos para 
hidratação. Os pacientes em nutrição parenteral devem acolher as necessidades básicas 
diárias de eletrólitos, com a atenção de evitar divergências e os riscos de precipitação e 
instabilização da solução de NP. Exigências específicas para pacientes em caso críticos 
não são bem determinados. Deste modo, preparações padrão de vitaminas e de elementos 
traço são frequentemente utilizadas (MORAES et al., 2014). 
De acordo com a Associação Americana de Nutrição Enteral e Parenteral (Aspen), 
a estimativa de calorias a se ofertar é de 20 a 35 kcal/kg de peso/dia, que é um valor de 
referência aos diferentes graus de estresse de acordo com a condição clínica do paciente. 
Sobre os carboidratos, a administração deve ser de até 7 g/kg/dia, e lipídios de até no 
máximo 2,5 g/kg/dia. Para os pacientes com quadros críticos, é indicado o uso de até 1 
g/kg/dia de lipídios. Para a prevenir a deficiência de ácidos graxos essenciais, é 
recomendado o uso entre 1 a 2% do valor calórico total (VCT) de ácido graxo ômega-6 
(ácido linoléico) e 0,5% do VCT de ácido graxo ômega-3 (ácido alfa-linolênico). No caso 
de pacientes estáveis, é recomendado 0,8 g/kg/dia de proteína e, para deficiências 
metabólicas, esse valor se eleva até 2 g/kg/dia de proteína (ASPEN, 2002). 
 
2.5 DIETOTERAPIA INFANTIL 
Indicativos para uso de nutrição enteral em pacientes pediátricos, de acordo com 
Axelrod e seus colaboradores (2006): 
• Baixo peso ao nascer (< 2.500g), mesmo na ausência de distúrbios gastrointestinais, 
pulmonares ou cardíacos 
• Prematuridade 
• Peso ao nascer menor que dois desvios padrão abaixo da média (aproximadamente 
percentil 3) para a idade gestacional nas curvas de peso fetal 
• Perda aguda de 10% ou mais do peso 
• Dificuldade ou incapacidade para ingerir ou tolerar a alimentação oral 
• Registro de consumo inadequado ou intolerância aos nutrientes 
• Inadequado ganho de peso ou uma diminuição significativa no percentual de 
crescimento normal 
• Paralisia cerebral e outras doenças neurológicas 
• Crianças que apresentam necessidades metabólicas alteradas 
• Erros inatos do metabolismo 
Geralmente as contraindicações para NE em pediatria são relativas ou 
temporárias, destacando-se íleo paralítico intestinal, obstrução intestinal ou colônica, 
vômitos incoercíveis, fístulas enterocutâneas de alto débito, sangramento intestinal, 
choque hipovolêmico ou séptico, inflamação intestinal ou isquemia intestinal. 
(VASCONCELOS et al., 2011). 
A American Society for Parenteral and Enteral Nutrition (ASPEN) para terapia 
nutricional cita, com grau de recomendação C, que, para crianças alimentadas com 
nutrição enteral, não há dados suficientes para fazer recomendações com relação ao local 
de alimentação enteral (gástrico ou pós-pilórico), e salienta que as alimentações pós-
pilóricas ou transpilóricas podem melhorar o consumo calórico quando comparadas às 
alimentações gástricas e que a alimentação pós-pilórica deve ser considerada em crianças 
em alto risco de aspiração (ASPEN, 2009). 
As dietas para terapia nutricional enteral em pediatria podem ser classificadas em 
três grupos (GRANT, 1999; KALNINS, 1997): 
1. Pacientes sem problemas absortivos, que poderão receber fórmulas poliméricas 
(nutrientes íntegros, necessitando de trabalho digestivo); 
2. Pacientes com problemas absortivos, nas quais os nutrientes serão fornecidos com 
menor complexidade (fórmulas semielementares e elementares); 
3. Pacientes que necessitam de dieta especializada (nefropatias, hepatopatias, 
intolerância à lactose, regurgitação, erros inatos do metabolismo e outras). 
Dentro destas classificações, as dietas podem ser: 
• Dietas poliméricas: são compostas de proteínas, lipídios e carboidratos complexos 
que exigem trabalho digestivo. Podem ser artesanais ou industrializadas (GRANT, 
1999; KALNINS, 1997). 
• Dietas semi-elementares: são fórmulas em que a fonte proteica é resultante da 
hidrólise de proteínas mais complexas, acrescida de carboidratos e lipídios, todos de 
fácil digestibilidade, estando indicado para crianças com distúrbios absortivos, como 
síndrome do intestino curto, diarreia persistente ou crônica (WAITZBERG, 2017). 
• Dietas elementares: são formulações cuja fonte proteica são aminoácidos livres. Essas 
dietas são consideradas elementares somente no que se refere à fonte proteica, já que 
os lipídios e os carboidratos, apesar de serem de fácil digestibilidade, não são 
completamente elementares (WAITZBERG, 2017). 
• Dietas especializadas: desenhadas para disfunções orgânicas específicas, estresse 
metabólico (CUPPARI, 2014). 
• Módulos de nutrientes: são composições de nutrientes isolados para serem 
adicionados a outras dietas, transformando-as conforme as necessidades do paciente 
(WAITZBERG, 2017). Consistem nos preparados industrializados específicos de 
cada macronutriente: lipídios, carboidratos e proteínas. São indicados para 
suplementar fórmulas e individualizar a formulação (CUPPARI, 2014). 
Quando o paciente é neonato, a NE deve ser iniciada no primeiro dia de vida, 
objetivando atingir as recomendações energéticas estimadas por volta da segunda ou 
terceira semana. Nos prematuros, o leite materno ordenhado acrescido de suplemento é a 
melhor opção, mas quando não for possível, a fórmula láctea especial para prematuros 
deve ser utilizada. Recomenda‐se não aumentar a oferta de volume além de 20 mL/kg/dia, 
visto que, a maior parte dos prematuros tem ganho ponderal aceitável. Ademais, crianças 
que têm aumento de perdas hídricas (febre, diarreia, taquipneia, sudorese) e não podem 
expressar a sensação de sede estão em risco de desidratação hipertônica, devendo, por 
essa razão, receber água livre adicional, principalmente, crianças neuropatas (Sociedade 
Brasileira de Pediatria, 2017). 
Em relação as necessidades nutricionais em pacientes pediátricos em NE, as 
necessidades diárias de água são de 100 ml/kg/peso em recém-nascidos na primeira 
semana de vida, 140 a 160 ml/kg/peso até três meses e 120 ml/kg/peso até os dois anos. 
A partir desta idade administram-se volumes entre 80 e 100 ml/kg/peso/dia 
(WAITZBERG, 2017). Ademais, a ASPEN (2009) enfatiza que a oferta de proteína 
dietética suficiente para otimizar a síntese proteica facilita a cura de feridas, a resposta 
inflamatória e preserva a massa proteica do músculo esquelético, sendo considerada a 
intervenção alimentar mais importante em crianças criticamente doentes. As necessidades 
estimadas de proteína para crianças com lesões de diversas faixas etárias são: 0-2 anos: 
2-3 g/kg/dia; 2-13 anos: 1,5-2 g/kg/dia e 13-18 anos: 1,5 g/ kg/dia (ASPEN, 2009). 
Além disso, em relação aos carboidratos, a glicose é a energia primária usada pelo 
cérebro, eritrócito e medula, sendo útil no reparo de tecidos lesionados. Tanto a 
hiperglicemia quanto a hipoglicemia não são desejáveis em crianças criticamente 
enfermas e têm sido associadas a resultados negativos em estudos retrospectivos, estando 
a variabilidade de glicose também associada à maior permanência hospitalar (ASPEN, 
2009). Já os lipídios, estas crianças apresentam taxa maior de oxidação de lipídios, 
sugerindo que os ácidos graxos são, de fato,a principal fonte de energia em crianças 
metabolicamente estressadas (ASPEN, 2009). 
Pacientes sem perspectiva de receber NE efetiva em 5 a 7 dias são candidatos à 
nutrição parenteral. Nos desnutridos graves e neonatos prematuros que não têm 
perspectiva de ser alimentados em curto prazo pela via digestiva, recomenda‐se iniciar a 
NP em até́ 48 horas, indicada principalmente nos pacientes desnutridos crônicos, naqueles 
em risco de desnutrição por doença aguda ou pós-operatório complicado, na síndrome de 
má́ absorção intestinal e nos neonatos prematuros (FUSCH, 2009). 
Além disso, na NP as necessidades hídricas basais diárias são de 100 mL/100 kcal 
metabolizadas, contudo, a oferta hídrica pode variar conforme a situação clínica. A 
avaliação diária do peso, do estado de hidratação, da densidade urinária, do volume de 
diurese e do balanço hídrico fornece boa estimativa do estado de hidratação. Deve-se 
ofertar maior volume hídrico se há́ febre, aumento de temperatura ambiente, 
hipermetabolismo e perda de líquidos por diarreia ou sucos do tubo digestivo (Sociedade 
Brasileira de Pediatria, 2017). 
 
3. DEFINIÇÃO, FISIOPATOLOGIA E PRINCIPAIS TRATAMENTOS 
 
3.1 DEFINIÇÃO, FISIOPATOLOGIA E PRINCIPAIS TRATAMENTOS DO 
HIV/AIDS 
HIV é denominado como um vírus que tem o potencial de enfraquecer o sistema 
imunológico, sabe-se que, em português, a nomenclatura é conhecida como vírus da 
imunodeficiência humana. As células mais atacadas são os linfócitos T CD4+, que são 
parte do sistema imunológico do indivíduo, sendo assim, o vírus do HIV tem o poder de 
infiltrar nessas células, modificar seu DNA e, assim, possibilitar com que suas cópias 
sejam realizadas. Com esse processo, o vírus sai da célula e inicia a infecção ao corpo 
humano (REIS et al., 2017). 
Diante do exposto, para que esse vírus consiga adentrar nas células T CD4+, o 
processo se inicia com a alta taxa de comunicação com as glicoproteínas (gp120) do HIV 
e a parte externa da célula do sistema imunológico. Com isso, a gp120 consegue diminuir 
a função das células T CD4+, ocasionando uma apoptose (morte celular). Nota-se ainda 
que o HIV pode ser classificado em dois, sendo o primeiro deles o mais acometido e que 
gera maiores complicação, e o segundo é conhecido como desencadeador de doenças 
oportunistas por depletar o sistema imune (SANTOS, 2021). 
Em um primeiro momento de contato com o vírus, identifica-se a infecção aguda, 
onde irá ocorrer uma alta taxa replicação do retrovírus nos tecidos e nas células do sistema 
imune. Portanto, durante esse tempo nota-se que os valores das células linfóides se 
apresentarão baixas, enquanto a carga viral será alta, por conta disso, é necessário que 
haja um cuidado maior do indivíduo portador do vírus para que não transmita para outras 
pessoas, pois, nesse período, ele é um importante transmissor (SANTOS, 2021). 
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS ou SIDA) é uma patologia 
decorrente da infecção pelo vírus HIV, portanto, é decorrente do HIV e não ao contrário. 
É considerada uma patologia crônica e letal, que pode ser transmitida pelo contato com o 
sangue do indivíduo contaminado, sendo assim, é uma doença considerada como agravo 
de saúde pública, principalmente pelo fato de alterar o sistema imunológico e afetar o 
estado nutricional dos indivíduos. Como já se sabe, para que o estado nutricional esteja 
adequado, o estado imunológico deve se apresentar adequado também, pois, com o 
sistema imune sofrendo mudanças, tem-se também o acometimento de novas patologias 
oportunistas (PINTO et al., 2016). 
Para o tratamento da infecção pelo vírus são utilizados os medicamentos 
antirretrovirais (ARV), sendo eles empregues com um coquetel para que possibilite uma 
melhora da qualidade de vida do indivíduo ao retardar a ação do HIV no sistema 
imunológico. É importante que seu uso seja realizado de forma correta, tendo em vista 
que a infecção pode evoluir para uma doença, denominada AIDS (Síndrome da 
Imunodeficiência Adquirida) (SABIN & LUNDGREN, 2013). 
O uso da terapia com medicamentos antirretrovirais (TARV) auxilia no manejo 
do HIV/AIDS, reduzindo os índices de morbidade de mortalidade, porém, como são 
medicamentos fortes, produzem efeitos colaterais indesejáveis, ocasionando em uma não 
adesão ao tratamento medicamentoso. Dentre esses efeitos podemos citar náuses, 
vômitos, dor abdominal, por intolerância gástrica; astenia, cefaléia, insônia e anemia. Um 
dos principais relatos de patologias recorrentes ao uso desses medicamentos é a anemia, 
principalmente pela infecção ao vírus ocasionar mudanças hematológicas, gerando, por 
exemplo, deficiências nutricionais (OLIVEIRA et al., 2011). 
Apresentando a AIDS como uma patologia multifatorial, a anemia se enquadra 
em uma das causas/sintomas decorrentes, podendo se caracterizar por deficiência de ferro 
(anemia ferropriva), anemia megaloblástica (deficiência ou alteração da vitamina B12 
e/ou do ácido fólico) e anemia decorrente de doenças crônicas (OLIVEIRA et al., 2011). 
O risco nutricional acometido aos portadores de AIDS provoca a eliminação da 
função monocelular, o que pode ocasionar infecções oportunistas e, assim sendo, sem o 
tratamento adequado nutricional e medicamentoso pode ocorrer o desencadeamento da 
mortalidade nesses pacientes. Porém, nota-se que a nutrição possibilita a melhora da 
qualidade de vida dos pacientes portadores de HIV/AIDS e retarda o acometimento de 
complicações, sendo assim, essencial para o tratamento da patologia (PINTO et al., 2016). 
O diagnóstico para identificação do vírus se dá por meio de testes de detecção de 
anticorpos, detecção de antígenos, cultura viral, amplificação do genoma do vírus e testes 
rápidos (TR) (MS, 2016). Nota-se a importância de se realizar também testes de 
resistência aos medicamentos antirretrovirais (ARV), pois eles compõem a terapia 
medicamentosa da patologia, além disso, mulheres que desejam engravidar devem 
realizar os testes para detecção do vírus para que, caso positivado, inicie o tratamento 
afim de não prejudicar o bebê. 
Fato importante e curioso é que o Brasil foi o país em desenvolvimento pioneiro 
na distribuição de medicamentos gratuitos para o tratamento da AIDS. Esses 
medicamentos são os antirretrovirais (ARV), muito conhecidos nos dias atuais e 
distribuídos para os brasileiros a partir do sistema único de saúde (SUS). Pressupõe-se 
que cerca de 600 mil brasileiros estejam infectados pelo vírus HIV, e mais de ¼ deles 
utilizem os ARV fornecidos pelo SUS (LAGO & COSTA, 2010). 
 
3.2 ESTÁGIOS DE INFECÇÃO PELO VÍRUS HIV 
De acordo com Brasil (2013) a infecção pelo HIV pode ser dividida em quatro 
estágios distintos, sendo eles iniciados pelos assintomáticos até a evolução para a 
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS): 
Estágio 1: Síndrome da soroconversão aguda, sinais e sintomas: 
• No primeiro mês de exposição ao HIV apresenta sintomas de: febre e linfadenopatia; 
faringite; exatema maculopapular; úlceras orogenitais ou meningoencefalite. 
• Linfadenopatia generalizada persistente. 
• Assintomático, ou seja, sem sintomas relatados que possam estar relacionados a 
HIV/AIDS 
• Capacidade funcional 1 (completamente ativo ou assintomático). 
 
Estágio 2: período assintomático de latência clínica, sinais e sintomas: 
• Perda de peso inferior a 10% do peso corporal 
• Herpes-zóster 
• Manifestações mucocutâneas menores 
• Infecções recorrentes do trato respiratório superior 
• Capacidade funcional 2 (sintomático, mas quase completamente ativo). 
 
Estágio 3: Durante um período sintomático de desregulação imune e deficiência 
imunológica mais leve antes do desenvolvimento da síndrome de imunodeficiência 
adquirida (AIDS), sinais/sintomas: 
• Perda de peso de mais de 10% do peso corporal 
• Diarreia crônica por mais de 1 mês 
• Febre prolongada por mais de 1 mês 
• Cândida oral, candidíase vaginal crônica 
• Leucoplasiapilosa oral 
• Infecções bacterianas graves 
• Tuberculose pulmonar (TB) 
• Capacidade funcional 3 (no leito menos que 50% do último mês). 
 
Estágio 4: Com imunodeficiência grave e AIDS, sinais e sintomas: 
• Tuberculose extrapulmonar 
• Pneumonia por Pneumocystis jirovecii 
• Meningite criptocócica 
• Úlcera causada pelo vírus do herpes simples por mais de 1 mês 
• Candidíase esofagiana ou pulmonar 
• Toxoplasmose 
• Criptosporidiose 
• Isosporíase 
• Citomegalovírus 
• Síndrome de emaciação por infecção pelo HIV 
• Encefalopatia pelo HIV 
• Sarcoma de Kaposi 
• Leucoencefalopatia multifocal progressiva 
• Micose disseminada 
• Micobacteriose atípica 
• Bacteremia não tifoide por salmonela 
• Linfoma 
• Pneumonia recorrente 
• Carcinoma cervical invasivo 
• Capacidade funcional 4 (confinado ao leito mais de 50% do tempo). 
 
4. MEDICAMENTOS E INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
 
Os antirretrovirais são medicamentos indispensáveis no tratamento de uma pessoa 
portadora de HIV. Este tratamento é recomendado para todas as pessoas que possuem 
HIV que sejam sintomáticos, independentemente da contagem de linfócitos T-CD4+, e 
para aqueles assintomáticos com contagem de linfócitos T-CD4+ abaixo de 200/mm3 
(Brasil, 2006). 
Com o avanço da terapia antirretroviral, houve uma melhora significativa no 
estado nutricional dos pacientes com HIV/Aids. Além disso, observa-se que aqueles com 
bom estado nutricional, possuem melhor resposta ao tratamento. Todavia, tanto os 
antirretrovirais quanto os fármacos empregados para tratamentos de infecções e 
comorbidades podem interagir com os nutrientes. Os nutrientes podem afetar a absorção, 
o metabolismo, a distribuição e a excreção dos fármacos, ademais, podem interferir na 
biodisponibilidade dos medicamentos por meio da modificação da acidez gástrica, do 
aumento ou da diminuição da velocidade do trato intestinal ou por interferir nas enzimas 
de metabolização no fígado (CUPPARI, 2014). 
Os principais objetivos do tratamento com antirretrovirais são, de acordo com 
Brasil (2006): 
• reduzir a morbidade associada ao HIV; 
• melhorar a qualidade de vida; 
• preservar o sistema imune do paciente; 
• reduzir a quantidade de vírus no organismo do paciente (redução da carga viral); 
• ajudar a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. 
Segundo Kirchner e seus colaboradores (2022), os fitoterápicos também possui 
evidências de interações com medicamentos de terapia antirretroviral, como por exemplo: 
• Hortelã pimenta (Mentha x Piperita L.): Atua por inibição de enzimas citocromo 
P450, podendo aumentar a concentração plasmática do fármaco e seus efeitos 
adversos; 
• Unha de gato (Uncaria tomentosa): Atua na inibição de proteína aumentando 
biodisponibilidade e toxicidade. 
 
Tabela 3. Uso dos antirretrovirais e interação medicamentosa. 
MEDICAMENTO OBSERVAÇÃO DE USO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FONTE 
Abacavir (ABC) 
Utilizar com ou sem 
alimento (com alimento 
pode diminuir irritação GI). 
Álcool (etanol): pode reduzir a 
eliminação do ABC e aumentar risco de 
efeitos adversos 
Anti-inflamatórios não hormonais: 
pode ocorrer aumento da concentração 
plasmática dos anti-inflamatórios 
BRASIL, 
2010 
Atazanavir (ATV) Utilizar com alimento 
 
Esomeprazol, omeprazol, lansoprazol, 
pantoprazol e outros: não associar em 
nenhuma circunstância, pois reduz 
absorção do ATV. 
Não co-administrar com erva de São João 
(Hypericum), cápsula de alho, Ginseng, 
Ginkgo-biloba, Equinácea. 
BRASIL, 
2010 
Fonte: Autoras. 
 
Tabela 3.1. Uso dos antirretrovirais e interação medicamentosa. 
MEDICAMENTO OBSERVAÇÃO DE USO INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FONTE 
Didanosina (DDI) 
 
Utilizar 30min antes ou 2h 
após refeição. 
Mastigar o comprimido 
completamente ou diluir na 
água. 
Não usar antiácidos de Al ou 
Mg. 
Evitar a ingestão de álcool (aumenta a 
incidência de pancreatite). 
Alimento diminui absorção do fármaco. 
BRASIL, 
2006 
Efavirenz (EFZ) 
Utilizar com ou sem 
alimento. 
Evitar alimento gorduroso 
(Cuppari, 2014) 
 
Não co-administrar com erva de São João 
(Hypericum), cápsula de alho, Ginseng, 
Ginkgo-biloba, Equinácea. 
Alimento gorduroso aumenta absorção do 
fármaco. 
BRASIL, 
2006 
Estavudina (D4T) 
 
Utilizar com ou sem 
alimento. 
Evitar a ingestão de álcool. 
BRASIL, 
2006 
Lamivudina 
(3TC) 
 
Utilizar com ou sem 
alimento. 
Evitar a ingestão de álcool. 
BRASIL, 
2006 
Lopinavir (LPV) Utilizar com alimento. 
 
Utilização com alimento melhora 
absorção do fármaco. 
BRASIL, 
2006 
Nevirapina (NVP) 
Utilizar com ou sem 
alimento 
 
Não co-administrar com erva de São João 
(Hypericum), cápsula de alho, Ginseng, 
Ginkgo-biloba, Equinácea. 
BRASIL, 
2006 
Ritonavir (RTV) Utilizar com alimento. 
O consumo de álcool é contra-indicado. 
Não co-administrar com erva de São João 
(Hypericum), cápsula de alho, Ginseng, 
Ginkgo - biloba, Equinácea. 
BRASIL, 
2006 
Tenofovir (TDF) 
 
Utilizar com alimento 
gorduroso (Cuppari, 2014). 
Evitar a ingestão de álcool 
BRASIL, 
2006 
Zidovudina (AZT) 
Utilizar com ou sem 
alimento, evitando os muito 
gordurosos. 
 
Dieta rica em gordura diminui a absorção 
do fármaco. 
Com seu uso, pode ser necessário a 
suplementação de Zinco. 
BRASIL, 
2006 
Fonte: Autoras. 
 
5. EXAMES BIOQUÍMICOS IMPORTANTES 
 
Os exames bioquímicos são parâmetros de avaliação do estado nutricional, 
corroborando para o diagnóstico de doenças com sintomatologia clara ou não. Quando se 
trata da doença da infecção por HIV ou pela AIDS/SIDA, doença propriamente dita já 
manifestada, existem alguns exames principais para diagnóstico e manejo da patologia. 
De acordo com Williamson e Snyder (2015) tendo como valores de referência 12 
a 16 g/dL, para mulheres, e 13,5 a 18,0 g/dL, para homens, a hemoglobina - Hb é a 
proteína respiratória dos eritrócitos, onde está contido o ferro que permite o transporte de 
oxigênio pelo sistema circulatório (SILVEIRA, 2015). Essa proteína encontra-se reduzida 
em todas as anemias (WILLIAMSON & SNYDER, 2015). 
Quando os valores do hematócrito se apresenta abaixo dos valores de referência 
ou muito próximos é importante que haja a observação de outros sintomas. Além dos 
déficits nutricionais, o hematócrito pode estar reduzido quando com hemorragia, 
hemólise, aberrações genéticas, doença renal ou naqueles que estejam tomando 
determinados fármacos capaz de diminuir os valores do exame, como os antivirais 
utilizados para o tratamento do HIV e AIDS (MAHAN & ESCOTT-STUMP, 2018). 
A ureia é um exame importante para avaliação excretora do rim e função 
metabólica do fígado, sendo aumentada em doença renal crônica, excesso de hidratação 
ou alto catabolismo das proteínas, e sendo diminuída na insuficiência hepática, gestantes 
e equilíbrio inverso de nitrogênio (MAHAN & ESCOTT-STUMP, 2018). 
A creatinina é sintetizada pelo fígado, captada pelo músculo para armazenamento 
de energia na forma de fosfato de creatina e degradada em creatinina para posterior 
secreção pelos rins (WILLIAMSON & SNYDER, 2015). A creatinina avalia o estado 
funcional dos rins, sendo suas taxas diminuídas em pacientes com risco nutricional e 
aumentadas em pacientes que passaram por traumas/cirurgias ou que apresentam doença 
renal crônica (MAHAN & ESCOTT- STUMP, 2018). 
Os valores de albumina indicam a gravidade da doença, estresse inflamatório, e é 
utilizado como um indicativo de mortalidade. Aumentado quando apresenta desidratação, 
diminuído em doença hepática ou inflamatória aguda. Os valores de proteínas totais 
indicam a relação entre albumina e globulina no sangue, sendo não confiável para 
determinação de estado nutricional (MAHAN & ESCOTT-STUMP, 2018). 
O exame de glicose é utilizado para rastrear diabetes e para monitorar pacientes 
com diabetes. Segundo Mahan & Escott-Stump (2018) os indivíduos que experimentam 
estresse grave porlesões ou cirurgia têm hiperglicemia relacionada com a liberação de 
catecolaminas. Ainda de acordo com Mahan & Escott-Stump (2018), os valores de 
colesterol total diminuídos indicam desnutrição, doenças hepáticas, hipertireoidismo e má 
absorção de nutrientes. Já quando citamos o exame de triglicérides, seus valores podem 
indicar intolerância à glicose se elevados. 
 
Tabela 4. Determinação dos exames bioquímicos para avaliação de HIV e AIDS. 
EXAMES IMPORTÂNCIA NA PATOLOGIA 
VALORES DE 
REFERÊNCIA 
FONTE 
HEMOGLOBINA 
E 
HEMATÓCRITO 
Normalmente se apresentam diminuídos por 
conta do efeito de processo viral, decorrente 
da terapia com antivirais específicos e do 
estado de anemia presente no paciente. 
 
12,0 a 16,0 g/dL 
(Mulheres) 
13,5 a 18,0 g/dL 
(Homens) 
 
Adaptado de 
BRASIL, 2006. 
TRIGLICÉRIDES 
Normalmente se apresentam diminuídos por 
conta do efeito de processo viral, decorrente 
da terapia com antivirais específicos. 
< 150 mg/dL 
(normal) 
150 a 199 mg/dL 
(limítrofe) 
200 a 499 mg/dL 
(alto) 
>/= 500 mg/dL 
(muito alto) 
Adaptado de 
NCEP, 2001; 
BRASIL, 2006. 
COLESTEROL 
TOTAL 
 
Normalmente se apresenta elevado pela má 
alimentação do paciente, porém, pode ser 
pelos efeitos colaterais dos medicamentos. 
É importante que seja realizado intervenção 
nutricional e/ou medicamentosa, pois, com 
os valores alterados há propensão a 
desenvolvimento de doenças 
cardiovasculares. 
 
< 200 (desejável) 
200 a 239 
(limítrofe) 
≥ 240 (alto) 
Adaptado de 
NCEP, 2001; 
BRASIL, 2006. 
COLESTEROL 
HDL 
Normalmente se apresenta elevado pelo 
hábito alimentar do paciente, porém, pode 
advir de efeitos colaterais dos remédios. 
É importante que seja realizado intervenção 
nutricional e/ou medicamentosa, pois, com 
os valores alterados há propensão a 
desenvolvimento de DCV. 
 
< 40 mg/dL 
(alto risco) 
≥ 60 mg/dL 
(baixo risco) 
Adaptado de 
NCEP, 2001; 
BRASIL, 2006. 
COLESTEROL 
LDL 
Normalmente se apresenta elevado pelo 
hábito alimentar do paciente, porém, pode 
aumentar por efeitos colaterais dos 
remédios. É importante que seja realizado 
intervenção nutricional e/ou 
medicamentosa, pois, com os valores 
alterados há propensão a desenvolvimento 
de DCV. 
< 100 mg/dL 
(ótimo) 
100 a 129 mg/dL 
(bom) 
130 a 159 mg/dL 
(limítrofe) 
160 a 189 mg/dL 
(alto) 
≥ 190 
(muito alto) 
Adaptado de 
NCEP, 2001; 
BRASIL, 2006. 
Fonte: Autora. 
Tabela 4.1. Determinação dos exames bioquímicos para avaliação de HIV e AIDS. 
EXAMES IMPORTÂNCIA NA PATOLOGIA 
VALORES DE 
REFERÊNCIA 
FONTE 
PROTEÍNAS 
TOTAIS 
É importante para a avaliação do estado 
proteico visceral. Quando diminuídos 
apresenta indicação de má nutrição e/ou 
presença de infecções. 
Por possuir meia vida de 12 horas, o 
exame de proteínas totais avalia registro 
importante para avaliação do estado 
nutricional. 
 
6,5 a 8,0 g% 
(normal) 
 6,0 a 6,5 g% 
(leve) 
 5,3 a 6,0 g% 
(moderado) 
 < 5,3 g% 
(grave) 
Adaptado de 
ANTUNES, 1994; 
BRASIL, 2006. 
ALBUMINA 
É importante para a avaliação do estado 
proteico visceral. Quando diminuídos 
apresenta indicação de má nutrição e/ou 
presença de infecções. 
Fatores como o estresse, cirurgias e 
aumento do líquido celular podem 
aumentar seus valores. 
Por possuir meia vida de 20 dias não é 
considerado um bom marcador de 
desnutrição, sendo necessário a 
avaliação juntamente de outros 
parâmetros. 
>3,5 mg/dL 
(normal) 
3,0 a 3,5 mg/dL 
(leve) 
2,1 a 3,0 mg/dL 
(moderado) 
< 2,1 mg/dL 
(grave) 
Adaptado de 
ANTUNES, 1994; 
BRASIL, 2006. 
PRÉ-ALBUMINA 
É importante para a avaliação do estado 
proteico visceral. Quando diminuídos 
apresenta indicação de má nutrição e/ou 
presença de infecções. 
Se apresenta como bom parâmetro de 
avaliação de estado hipermetabólico, 
sendo depletada precocemente nessa 
situação. 
15,7 - 29,6 
mg/dL 
(normal) 
10 a 15 mg/dL 
(leve) 
5 a 10 mg/dL 
(moderado) 
< 5 mg/dL 
(grave) 
 
Adaptado de 
ANTUNES, 1994; 
BRASIL, 2006. 
TRANSFERRINA 
É importante para a avaliação do estado 
proteico visceral. Quando diminuídos 
apresenta indicação de má nutrição e/ou 
presença de infecções. 
É considerado um ótimo parâmetro para 
avaliação do estado nutricional. Quando 
baixo, pode apresentar desnutrição. 
250 a 300 mg/dL 
(normal) 
180 a 200 mg/dL 
(leve) 
100 a 150 mg/dL 
(moderado) 
< 100 mg/dL 
(grave) 
Adaptado de 
ANTUNES, 1994; 
BRASIL, 2006. 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 4.2. Determinação dos exames bioquímicos para avaliação de HIV e AIDS. 
EXAMES 
IMPORTÂNCIA NA 
PATOLOGIA 
VALORES DE 
REFERÊNCIA 
FONTE 
GLICEMIA E 
INSULINA 
Pacientes com HIV/AIDS podem 
apresentar valores altos nesses 
exames (hiperglicemia), pois têm a 
tendência de acometimento de 
diversos fatores metabólicos, como 
intolerância a glicose, aumento da 
resistência periférica à insulina e 
diabetes mellitus. 
Os pacientes que estão sendo 
tratados para pneumonia, 
decorrente da HIV/AIDS, podem 
apresentar hipoglicemia. 
 
70 a 110 mg/dL 
 (normal) 
 110 a 125 mg/dL 
 (limítrofe) 
 > 125 mg/dL 
(alto) 
Adaptado de BRASIL, 
2006. 
UREIA E 
CREATININA 
Pacientes com HIV/AIDS tem a 
propensão a apresentar problemas 
renais e/ou hepáticos. Eles podem 
ser adquiridos após a infecção pelo 
HIV; nefrite ou hepatite; drogas 
nefrotóxicas ou hepatotóxicas; e 
insuficiência renal e/ou hepática 
previamente existentes. 
 
Ureia nitrogenada no 
sangue 
8 a 25 mg/dL (normal) 
 
Creatinina 
0,6 a 1,2 mg/dL (normal) 
 
Adaptado de ANTUNES, 
1994; BRASIL, 2006. 
CONTAGEM 
DE CÉLULAS 
CD4 
As células CD4+ são importantes 
indicativos da função do sistema 
imune e dos efeitos que o vírus do 
HIV tem causado no paciente. 
Normalmente é realizado o exame 
de 3 a 4 meses para manejo da 
patologia. 
 
< 350 células/mm³, sem 
sintomas 
(recomendado o 
tratamento) 
350 a 500 células/mm³, 
sem sintomas 
(recomendado o 
tratamento) 
> 500 células/mm³, sem 
sintomas 
(tratamento optativo) 
Qualquer valor, 
sintomática 
(iniciar o tratamento) 
Gestante e nefropata com 
qualquer valor 
(iniciar tratamento) 
MAHAN & ESCOTT-
STUMP, 2018. 
Fonte: Autora. 
 
 
 
 
 
 
5.1 DIAGNÓSTICO DA INFECÇÃO PELO HIV 
 
Tabela 5. Exames para diagnóstico de HIV/AIDS 
EXAMES IMPORTÂNCIA EXEMPLOS 
DETECÇÃO DE 
ANTICORPOS 
Conhecido como exame de primeira geração. 
Com seu formato indireto, esse exame consegue detectar 
anticorpos por um conjugado de anticorpo anti-IgG 
humana. 
Em sua fase sólida, os antígenos presentes advêm de um 
lisado viral de HIV. 
Atualmente não são utilizados por serem menos sensíveis 
e pouco específicos. 
Janela de soroconversão: 6 a 8 semanas. 
 
ELISA; Western-blot; 
Imunofluorecência 
indireta; 
Radioimunoprecipitação. 
DETECÇÃO DE 
ANTÍGENOS 
 
Conhecido como exame de segunda geração. 
Com seu formato indireto, faz o uso de antígenos 
recombinantes ou peptídeos sintéticos derivados de 
proteínas do HIV. Mais sensíveis e específicos, por conta 
da elevada concentração de proteínas importantes. 
Janela de soroconversão: 28 a 30 dias. 
 
Pesquisa de Antígeno p24 
CULTURA VIRAL 
Conhecido como exame de terceira geração. 
Com seu formato imonumétrico, faz o uso antígenos 
recombinantes ou peptídeos sintéticos em sua fase sólida 
e na forma de conjugado. Esse exame contempla a 
detecção simultânea de anticorpos anti-HIV IgM e IgG. 
É um ensaio mais sensível e específico. 
Janela de soroconversão: 22 a 25 dias. 
 
Cultura de células 
mononucleares de sangue 
periférico para isolamento 
do HIV; Cultura 
quantitativa de células; 
Cultura quantitativa de 
plasma. 
AMPLIFICAÇÃO DO 
GENOMA DO VÍRUS 
Conhecido como exame de quarta geração. 
Com seu formato imonumétrico, pode detectar tanto o 
antígeno p24, quanto os anticorpos específicos anti-HIV. 
Considerado mais específicoe sensível. 
Janela de soroconversão: 15 dias. 
 
Reação de polimerase em 
cadeia (PCR) quantitativa; 
Amplificação de DNA em 
cadeia ramificada 
(branched-chain DNA ou 
bDNA); Amplificação 
seqüencial de ácidos 
nucleicos (nucleic acid 
sequence-based 
amplification ou NASBA) 
TESTES RÁPIDOS 
(TR) 
São imunoensaios (IE) realizados em cerca de 30 
minutos, podendo ser aplicados em ambientes não 
laboratoriais. 
Detectam anticorpos anti-HIV. 
 
Dispositivos/tiras de 
imunocromatografia; 
Imunocromatografia de 
dupla migração (DPP); 
dispositivos de 
imunoconcentração; e fase 
sólida. 
Fonte: MS, 2016. 
6. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
Tabela 6. Recomendações nutricionais para indivíduos com HIV/AIDS 
NUTRIENTES 
Estágio A 
Assintomático/ 
peso estável 
 
Estágio B 
Sintomático / 
complicações 
do HIV, 
necessidade 
de 
ganho de 
peso 
Estágio C 
Infecções 
oportunistas 
e/ou 
AIDS 
(CD4<200) 
 
Estágio C 
com desnutrição 
grave 
 
 
Obesidade 
Energia 
(kcal/kg) 
30 - 35 kcal/kg 
PA 
 
35 - 40 
kcal/kg PA 
40 - 50 kcal/kg 
PA 
 
Iniciar com 20 
kcal/kg 
PA, aumentar 
gradualmente 
evitando 
síndrome de 
realimentação 
20 - 25 kcal/kg 
PAj 
 
Proteínas 
(g/kg) 
 
 
 
1,1 - 1,5g/kg 
PA 
 
 
15 - 2,0g/kg 
PA 
 
2,0-2,5g/kg PA 
 
Aumentar 
gradualmente 
 
 
 
Utilizar PA para 
cálculo das 
recomendações 
 
Lipídeos 
(% VCT) 
20 - 35% VCT 
 
CHO 
(% VCT) 
45 - 65% VCT 
 
Fibras 25 - 30g/dia 
Hidratação 
30 - 35 ml de água/ kg de peso corpóreo (aumentar a quantidade se, diarreia, vômito, febre 
ou sudorese) 
Vitaminas A, E, B6, 
B12 e zinco 
Não devem ser inferiores a 100% dos valores de ingestão dietética de referência (DRI – 
dietary reference intakes) + um suplemento básico de complexo B. 
Arginina 
(imunomodulador) 
É um aminoácido essencial em estado hipermetabólico 
Glutamina 
(imunomodulador) 
Possui efeitos benéficos em relação ao ganho de peso, massa magra, melhora da diarréia, 
SD4 e carga viral. Dose: 3 a 30 g/dia 
Fonte: Adaptado de Cuppari, 2014. 
 
 
 
 
 
 
Tabela 7. Recomendações nutricionais na gestação HIV/AIDS 
 
HIV 
ASSINTOMÁTICOS 
HIV FASE AGUDA FONTE 
Energia 
GET para mulher adulta 
+ 10% do VET (Energia 
adicional HIV) + Energia 
adicional gestação 
Fase inicial: GET para mulher 
adulta + 20% do VET (Energia 
adicional HIV) + Energia 
adicional gestação Fase avançada: 
GET para mulher adulta + 30% do 
VET (Energia adicional HIV) + 
Energia adicional gestação 
BRASIL, 2010 
Proteínas 
60g/dia (semelhante às recomendações para gestantes não 
infectadas pelo HIV) 
BRASIL, 2010 
Lipídeos Normolipídica BRASIL, 2010 
Carboidratos Normoglicídica BRASIL, 2010 
Ferro e ácido 
fólico 
Incentivar o uso de fontes de ferro heme, ferro não heme e 
vitamina C. Realizar suplementação de 300 mg de sulfato 
ferroso após a 20ª semana. 
Suplementação de ácido fólico – 400 µg/dia 
BRASIL, 2010 
Cálcio Fazer o uso de 3 porções diárias de leite e derivados BRASIL, 2010 
Vitamina A 
Não exceder a recomendação das DRIs. Suplementação pós-
parto de 200.000 UI 
BRASIL, 2010 
Fonte: Autoras. 
 
7. CARDÁPIO PROPOSTO 
 
Tabela 8. Cardápio proposto para pacientes com HIV/AIDS em casa. 
REFEIÇÃO ALIMENTOS 
DESJEJUM 
 
Pão de forma com queijo branco e patê de 
atum 
Vitamina de abacate com sementes de 
abóbora ou girassol 
 
COLAÇÃO 
Mamão 
Pasta de amendoim 
 
ALMOÇO 
Frango ao molho branco com açafrão 
Abóbora refogada com azeite de oliva 
Arroz branco 
Feijão 
Mexerica 
 
LANCHE 
Pão de batata com requeijão 
Suco de laranja com acerola 
 
JANTAR 
Peixe grelhado 
Couve refogada com limão 
Arroz branco 
Feijão 
Goiaba 
 
CEIA 
Mingau de aveia com banana 
 
Fonte: Autora. 
 
Tabela 9. Cardápio proposto para pacientes com HIV/AIDS no hospital. 
REFEIÇÃO ALIMENTOS 
DESJEJUM 
 
Vitamina de maçã e aveia 
 
COLAÇÃO 
Biscoito integral de aveia 
Banana 
Suco de laranja 
 
ALMOÇO 
Carne de panela com cenoura 
Espinafre refogado 
Arroz branco 
Feijão 
Manga 
 
LANCHE 
Pão doce 
Iogurte sem lactose 
Mamão 
 
JANTAR 
Frango com molho de tomate 
Brócolis refogado 
Arroz branco 
Feijão 
Gelatina de morango sem açúcar 
CEIA 
 
Pão francês com mel 
Leite sem lactose gelado 
 
Fonte: Autora. 
 
A organização do cardápio do paciente deve ser individualizada e a frequência 
do aconselhamento nutricional determinada de acordo com as necessidades de cada 
paciente. As principais metas são otimizar o estado nutricional, a imunidade e o bem-
estar, manter níveis adequados de massa magra, evitar deficiências de nutrientes, 
reduzir o risco de comorbidades e maximizar a eficácia dos tratamentos médico e 
farmacológico. Portanto, a triagem deve ser realizada em todos os pacientes 
clinicamente diagnosticados com HIV para identificar aqueles com risco de 
deficiências nutricionais ou que necessitam de dietoterapia (MAHAN & ESCOTT-
STUMP, 2018). 
Para pessoas com o vírus HIV/AIDS, uma alimentação saudável e adequada às 
necessidades individuais, contribui para o aumento dos níveis dos linfócitos T CD4, 
melhorando a absorção intestinal, diminuindo os agravos provocados pela diarreia, 
perda de massa muscular, anorexia, má absorção, perda de peso, alterações da cavidade 
oral e esofágica, Síndrome da Lipodistrofia e todos os outros sintomas que podem ser 
minimizados ou revertidos por meio de uma alimentação balanceada (BRASIL, 2006). 
A alimentação dos pacientes com HIV/AIDS deve ter um cuidado especial tendo 
em vista seu sistema imunológico depletado, por isso, é essencial que os alimentos 
consumidos tenham o mínimo de contaminação possível, diminuindo a incidência de 
doenças oportunistas. Em relação a isso, a segurança dos alimentos deve ser considerada 
para auxiliar na manipulação dos alimentos consumidos, principalmente se tratando de 
hortaliças cruas, o que não é recomendado para pacientes imunossuprimidos por facilitar 
o risco de contaminações e doenças transmitidas por alimentos (BRASIL, 2006). 
Algumas práticas podem ser realizadas afim de proporcionar uma melhora do 
estado de saúde do paciente, sem prejudicar seu sistema imunológico, como preferir os 
alimentos cozidos, frutas cruas ou cozidas sem casca ou suco de frutas natural, alimentos 
ricos em potássio (banana, batata, carnes brancas), leite e derivados, uso de fibras solúveis 
para auxiliar quando apresentar obstipação, uso de gorduras ou óleos para aumentar a 
palatabilidade dos alimentos, e assim, proporcionar melhor aceitação do paciente, além 
de aumentar o aporte energético necessário, maior fracionamento das refeições com 
menor diminuição de volume, auxiliando na melhor aceitação do cardápio sugerido e 
permitindo a disponibilização de maior aporte nutricional, entre outras (BRASIL, 2006). 
De forma geral, pacientes com AIDS assintomáticos devem ter uma alimentação 
saudável, consumindo frutas e verduras todos os dias, consumindo leguminosas todos os 
dias possíveis, consumindo carnes, leite e derivados regularmente e ingerir boa 
quantidade de água. Nota-se também que os óleos e gorduras devem ser consumidos, afim 
de auxiliar no aporte energético necessário e melhorar a aceitação dos alimentos, pois 
indivíduos com esse tipo de patologia apresentam frequentemente perda de apetite 
(CASTRO, 2009). 
Quando o paciente apresentar sintomas gastrointestinais, como a diarreia, é 
interessante que seja incentivado a diminuição de leite e derivados e a troca pelos seus 
substituintes sem lactose, além da retirada de fibras insolúveis, como as cascas das frutas, 
gorduras e cafeína, pois esses alimentos podem ser irritativos para o trato gastrointestinais 
e podem dificultar na melhora dos efeitos colaterais dos medicamentos ARV (BRASIL, 
2006). 
Os níveis diminuídos de antioxidantes no organismo de indivíduos portadores de 
HIV são comuns, isso porque o vírus atuante contribuipara o estresse oxidativo, 
demandando maior acervo de antioxidantes, porém, caso não haja reposição dessas 
substâncias, esse processo irá prejudicar a progressão da patologia. Nota-se também que 
os antioxidantes podem ser de origem endógena (produzidos pelo próprio organismo), 
que são os que normalmente se apresentaram diminuídos na patologia, e os de origem 
exógena (obtidos a partir da alimentação), que serão os responsáveis por suprir a carga de 
antioxidantes necessária (WILKINSON et al., 2018). 
Diante do exposto, a falta de alimentação, efeito colateral causado pelo tratamento 
da patologia, impossibilita o aporte de antioxidantes necessários, portanto, terapias 
secundárias ao uso dos antirretrovirais (ARV) são importantes para suprir as demandas 
requeridas pelo organismo do paciente. Evidencia-se que a obtenção dos antioxidantes 
exógenos pode advir de alimentos ou suplementos, sendo ambos bem descritos na 
literatura como auxiliares para o manejo da patologia conforme o estresse oxidativo. Os 
antioxidantes de destaque para a AIDS são vitamina C, vitamina E, selênio e zinco 
(WILKINSON et al., 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. REFERÊNCIAS 
 
ASBRAN - Associação Brasileira de Nutrição. Manual orientativo: sistematização do 
cuidado de nutrição. São Paulo, SP: ASBRAN, 2014. Disponível em: 
<https://www.asbran.org.br/storage/arquivos/PRONUTRI-SICNUT-VD.pdf>. Acesso 
em: 9 jul. 2022. 
 
ANTUNES, M. C.; SILVA, M. A.; LIMA, M. B. C. Determinantes do estado 
nutricional em pacientes com AIDS. JBM, 67:209-20, 1994. 
 
ASPEN - Board of Directors and the Clinical Guidelines Task Force. Guidelines for the 
use of parenteral and enteral nutrition in adult and pediatric patients. JPEN, 26, 1SA-
138SA, 2002. 
 
AXELROD, D.; KAZMERSKI, K.; IYER, K. Pediatric enteral nutrition. JPEN J 
Parenter Enteral Nutr. 2006;30(1 Suppl): S21-6.doi: 
10.1177/01486071060300S1S21. PMID: 16387906. 
 
BRASIL. Adesão ao tratamento antirretroviral no Brasil: coletânea de estudos do Projeto 
ATAR: Projeto ATAR. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids 
e Hepatites Virais. Ministério Da Saúde, Brasília, 2010. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional 
de DST/AIDS. Manual clínico de alimentação e nutrição na assistência a adultos 
infectados pelo HIV. Ministério da Saúde, Brasília, 2006. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
DST, Aids e hepatites virais. Manual técnico para diagnóstico da infecção pelo HIV. 
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