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EXPRESSÃO GRAFICA - Copia - Copia

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· APRESENTAÇÃO
· MÓDULO 1
· MÓDULO 2
· MÓDULO 3
· MÓDULO 4
· CONCLUSÃO 
DESCRIÇÃO
O desenho técnico. Procedimentos básicos: retas e ângulos. Procedimentos básicos: arcos e concordâncias. Procedimentos básicos: escala.
PROPÓSITO
Compreender o conceito e a importância dos elementos do desenho técnico para o engenheiro, independentemente da sua área de atuação.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos o material para elaboração de desenho técnico: folha de papel liso (tamanho A4), lápis com grafite preto, borracha branca macia e instrumentos básicos (régua, par de esquadros, transferidor e compasso).
OBJETIVOS
Módulo 1
Descrever conceitos gerais de desenho técnico
Módulo 2
Classificar retas e ângulos
Módulo 3
Classificar arcos e concordâncias (tangência entre arcos/retas)
Módulo 4
Descrever conceitos sobre escala, seus tipos e suas aplicações
APRESENTAÇÃO
As pessoas precisam se comunicar para viver em sociedade. Para tanto, diferentes linguagens e formas de expressão se desenvolveram ao longo da história. Essa necessidade também existe para que os profissionais de determinada área desenvolvam suas atividades.
Na Engenharia e na Arquitetura, por exemplo, os profissionais se expressam graficamente, utilizando técnicas de desenho, o que possibilita projetar e construir algo. Não se trata somente de desenhar como um artista, que cria seus desenhos, permitindo que, na maioria das vezes, as pessoas interpretem livremente seus significados. Trata-se de um processo padronizado de expressão e comunicação entre esses profissionais.
Para engenheiros e arquitetos, portanto, é fundamental o domínio das normas do desenho técnico, que indicam a forma correta de representar graficamente textos e linhas, bem como indicar as dimensões do objeto. Conhecer os elementos e procedimentos básicos do desenho técnico, utilizando os instrumentos e também o computador, é essencial para que esses profissionais exerçam suas atividades.
<strong< strong="" style="box-sizing: border-box; scroll-behavior: smooth;"></strong<>
MÓDULO 1
Descrever conceitos gerais de desenho técnico
INTRODUÇÃO
Já na Pré-História, o desenho fazia parte da vida do homem das cavernas, que utilizava figuras como linguagem expressiva. As representações artísticas pré-históricas eram realizadas em paredes, tetos e outras superfícies rochosas (arte rupestre). Já os egípcios, ornamentavam os túmulos dos grandes faraós com desenhos e pinturas.
Figura 1 – Artes rupestre (primeira) e egípcia (segunda).
Desenhos artísticos continuam a ser elaborados até hoje, expressando a subjetividade e a sensibilidade do artista, sem o compromisso de representar fielmente a forma e as dimensões do que está sendo desenhado. Muitas vezes, o desenho artístico é completamente diferente da realidade, podendo apresentar, inclusive, diferentes interpretações e significados.
Na Figura 2, por exemplo, é possível identificar do que se tratam as imagens, mas não é possível saber detalhes, como as dimensões das janelas e portas, e os materiais utilizados na construção das casas.
Figura 2 – Exemplo típico de um desenho artístico (ilustração de uma cidade).
O desenho artístico, portanto, não tem como finalidade projetar ou construir algo, e sim ser uma ferramenta de linguagem visual que apresente as características de um objeto da forma que o artista deseja. Cada observador pode tirar suas conclusões a respeito dos detalhes não informados. É isso que torna o desenho artístico inviável de ser utilizado para projetar e construir.
Devemos lembrar que a engenharia exige exatidão de dados, de modo que não basta ilustrar: é preciso representar o que se pretende, de forma precisa, sem a possibilidade de interpretação distinta de pessoa para pessoa. Deve-se usar uma linguagem que represente, de forma rigorosa, a forma e as dimensões do objeto representado.
A expressão gráfica é uma linguagem utilizada em vários campos da engenharia para descrever a posição, a forma e as dimensões de um objeto em processo de criação e construção.
O desenho técnico é uma ferramenta de expressão gráfica. É tão importante quanto a escrita como meio de comunicação, e é uma ferramenta essencial para todas as pessoas, especialmente as responsáveis por projetar e construir, como engenheiros e arquitetos.
É utilizado para facilitar a descrição e a representação de um objeto com todas as suas características geométricas e dimensionais, por meio de uma linguagem visual que transmite, com exatidão, as características do que pretende representar, sem causar dúvidas a quem o vê.
Atenção
Como todo processo padronizado, o desenho técnico tem normas técnicas que indicam a forma correta de representar graficamente textos e linhas, bem como de indicar as dimensões do objeto.
Portanto, o desenho técnico será uma ferramenta de linguagem para diversas profissões: engenheiros, arquitetos, designers. É essencial que esses profissionais compreendam as informações contidas nesse tipo de desenho, visto que a representação gráfica técnica é elaborada seguindo normas e padrões pré-estabelecidos.
Nas Engenharias, por exemplo, o desenho técnico tem importância inquestionável:
Clique nas informações a seguir.
Na engenharia de produção
Engenheiros de produção precisam compreender projetos que apresentem a disposição de equipamentos que fazem parte da linha de produção de uma empresa.
Na Engenharia Elétrica
Engenheiros elétricos podem trabalhar no projeto e na instalação de cabeamentos elétricos em uma edificação.
Na Engenharia Civil
Engenheiros civis podem projetar as estruturas de concreto ou de aço de uma construção.
Na engenharia Mecânica
Engenheiros mecânicos podem trabalhar no projeto e na fabricação de peças de um motor.
MÉTODOS PARA ELABORAÇÃO DE DESENHO TÉCNICO
Observe, na Figura 3 a seguir, que as linhas contínuas representam as arestas visíveis do objeto, os detalhes e as reentrâncias. As cotas (medidas) permitem conhecer suas dimensões. Com a prática e o desenvolvimento de raciocínio espacial, as vistas são suficientes para a compreensão da volumetria do objeto.
Figura 3 – Exemplo típico de um desenho técnico.
Existem três métodos para elaboração de um desenho técnico:
Clique nas barras para ver as informações.
O DESENHO À MÃO LIVRE (TAMBÉM CHAMADO DE ESBOÇO)
O esboço, à mão livre, é feito sem a utilização de instrumentos, utilizando, em geral, lápis ou lapiseira e papel. Segundo French e Vierck (2006), em sua publicação Desenho técnico e tecnologia gráfica, o esboço “é um excelente método durante o processo de aprendizagem devido à sua rapidez porque, neste estágio, o estudo [...] é mais importante do que a exatidão do traçado”.
Nos dias de hoje, é possível elaborar esboços em dispositivos móveis, como celulares e tablets, utilizando aplicativos para elaboração de desenhos à mão livre. A tecnologia não deve ser uma desculpa para negligenciar esse conhecimento, já que não precisamos de papel e lápis para fazer um esboço.
O DESENHO QUE UTILIZA INSTRUMENTOS
O desenho com instrumentos é um método padronizado, e os instrumentos conferem precisão e padronização às linhas e curvas. Uma pessoa sem habilidade de fazer um desenho artístico à mão livre pode elaborar um desenho técnico de qualidade, por meio da prática na utilização dos instrumentos de desenho.
Até meados dos anos 1980, a realidade do desenho técnico no Brasil era a do desenho feito à mão, utilizando instrumentos de desenho, em prancheta. Os desenhos eram elaborados por desenhistas, em papel vegetal ou papel manteiga, usando tinta nanquim ou grafite, utilizando instrumentos de desenho, como lápis, lapiseiras, canetas, réguas, esquadros e compassos.
O DESENHO QUE UTILIZA O COMPUTADOR
O computador como instrumento, inserido pela evolução da informática, permitiu o aprimoramento da representação gráfica, na elaboração de desenhos técnicos. Foi nesse momento que as pranchetas foram substituídas pelos sistemas CAD (Computer Aided Design, que significa Desenho Assistido por Computador). Surge, nesse momento, a computação gráfica.
Em um primeiro momento, a computaçãográfica permitiu que a representação bidimensional (2D) dos objetos fosse feita substituindo somente o desenho em papel pelo desenho feito no sistema CAD, usando o computador. A etapa seguinte foi a evolução dos sistemas, permitindo a modelagem tridimensional (3D). A partir do modelo 3D, as representações bidimensionais são automaticamente obtidas, representando economia de horas de trabalho.
Apesar da evolução dos computadores e dos sistemas de computação gráfica, a operação dos sistemas e a entrada de dados necessários para representar graficamente um objeto é de um profissional responsável por esse trabalho. Esse profissional não utiliza esquadros e lapiseiras, mas precisa compreender de que maneira um objeto deve ser representado para que suas características dimensionais e sua volumetria sejam adequadamente compreendidas para sua fabricação ou construção. Portanto, ele deve ter suas habilidades de raciocínio espacial desenvolvidas, ou seja, deve ser capaz de pensar e raciocinar com a forma de um objeto e sua disposição no espaço.
Evolução do desenho técnico: do esboço à computação gráfica
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
Aplicação do desenho técnico em nosso cotidiano
Se você comprar uma estante de madeira para sua casa, receberá com as peças e os componentes de sua estante, um manual de instruções para montagem do móvel. Esse manual, quase sempre, apresenta esquemas que ilustram como fazer a montagem do móvel.
No esquema da Figura 4, as peças que compõem o móvel são representadas graficamente (desenho técnico), indicando como fazer a ligação adequada entre elas. Se as instruções fossem dadas em forma de um texto, mesmo que bem escrito, muito provavelmente você sentiria dificuldade para compreender como montar a estante.
Figura 4 – Esquema de montagem de um móvel.
Vamos exercitar os conceitos aprendidos através do mão na massa.
MÃO NA MASSA
Parte superior do formulário
1. Sobre o desenho técnico, são verdadeiras as sentenças a seguir, com exceção de:
É uma ferramenta de expressão gráfica tão importante quanto a escrita como meio de comunicação.
Possui normas técnicas que indicam a forma correta de representar graficamente textos e linhas, bem como de indicar as dimensões do objeto.
É uma ferramenta dispensável para os responsáveis por projetar e construir, como engenheiros e arquitetos.
É utilizado para facilitar a descrição e a representação de um objeto por meio de uma linguagem visual, que transmite, com exatidão, as características do que pretende representar.
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa "C" está correta.
Trata-se de uma ferramenta indispensável (essencial) para os profissionais responsáveis por projetar e construir, como engenheiros e arquitetos.
Parte superior do formulário
2. A evolução da informática permitiu o aprimoramento da representação gráfica, utilizando o computador como instrumento na elaboração de desenhos técnicos. Nesse momento, as pranchetas foram substituídas por:
Instrumentos de desenho à mão livre.
Sistemas CAD (Computer Aided Design).
Desenho técnico instrumental.
Sistemas SAD (Sistemas de Apoio à Decisão).
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa "B" está correta.
Instrumentos de desenho não são utilizados para desenhos à mão livre (letra A). Não são necessários instrumentos de desenho associados ao computador (letra C). SAD está fora do contexto de desenho técnico.
Parte superior do formulário
3. Existem três métodos para elaboração de um desenho técnico:
O desenho à mão livre (esboço), o desenho instrumental e o desenho utilizando o computador.
O desenho artístico, o desenho instrumental e o esboço.
O desenho à mão livre (esboço), o desenho artístico e o desenho utilizando o computador.
O desenho instrumental, a computação gráfica e o desenho utilizando o computador.
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa "A" está correta.
Desenho artístico não é considerado desenho técnico (letras B e C). A computação gráfica e o desenho utilizando o computador são a mesma coisa (letra D).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Parte superior do formulário
1. Analise as sentenças, a seguir, referentes à utilização do computador como instrumento na elaboração de desenhos técnicos:
I. As pranchetas foram substituídas pelos sistemas CAD (Computer Aided Design, que significa Desenho Assistido por Computador), fazendo surgir a chamada computação gráfica;
II. Em um primeiro momento, a computação gráfica permitiu que a representação bidimensional (2D) dos objetos fosse feita substituindo somente o desenho em papel pelo desenho feito no sistema CAD, usando o computador;
III. O profissional que opera os sistemas de computação gráfica não necessita de habilidades de raciocínio espacial desenvolvidas, ou seja, não deve ser capaz de pensar e raciocinar com forma de um objeto e sua disposição no espaço;
IV. Na segunda etapa da computação gráfica, houve a evolução dos sistemas, permitindo a modelagem tridimensional (3D). A partir do modelo 3D, as representações bidimensionais são automaticamente obtidas, representando economia de horas de trabalho.
A alternativa que apresenta a(s) sentença(s) correta(s) é:
I, II e IV
II e III
III
II, III e IV
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
O profissional que opera os sistemas de computação gráfica necessita de habilidades de raciocínio espacial desenvolvidas, ou seja, deve ser capaz de pensar e raciocinar com forma de um objeto e sua disposição no espaço (sentença III).
Parte superior do formulário
2. Analise as sentenças, a seguir, referentes aos conceitos do desenho com instrumentos:
I. É um método sem padronização, muito embora dos instrumentos não confiram precisão ao desenho;
II. Uma pessoa sem habilidade de fazer um desenho artístico à mão livre não pode elaborar um desenho técnico de qualidade, pois não pode adquirir a prática utilizando instrumentos;
III. Até meados dos anos 1980, os desenhos eram elaborados por desenhistas em papel vegetal ou papel manteiga, usando tinta nanquim ou grafite, utilizando instrumentos de desenho, como lápis, lapiseiras, canetas, réguas, esquadros e compassos;
IV. Existem três métodos para elaboração de um desenho técnico, sendo o desenho instrumental um deles: esboço, desenho instrumental e desenho utilizando o computador.
A alternativa que apresenta a(s) sentença(s) correta(s) é:
I, II e IV
II e III
II, III e IV
III e IV
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
O desenho com instrumentos é um método padronizado, e os instrumentos conferem precisão e padronização às linhas e curvas (sentença I), e uma pessoa sem habilidade de fazer um desenho artístico à mão livre pode elaborar um desenho técnico de qualidade, por meio da prática na utilização dos instrumentos de desenho (sentença II).
Obrigado pelo feedback!
MÓDULO 2
Classificar retas e ângulos
INTRODUÇÃO
Pegue uma folha de papel em branco, um lápis e uma régua. Primeiramente, tente traçar um par de linhas retas em uma mesma direção, de modo que não se cruzem (mesmo quando prolongadas indefinidamente em ambos os sentidos), ou seja, que não possuam um ponto em comum. Em seguida, trace pares de linhas retas em direções diferentes, de forma que se cruzem, ou seja, que tenham um ponto em comum. Essas linhas que se cruzam em um ponto comum formam ângulos com medidas diferentes. Por fim, crie uma forma geométrica fechada (polígono), composta por linhas retas.
Observe o seu desenho final e note quantos elementos geométricos fazem parte dele. Se traços simples, que acabamos de descrever, apresentam diferentes elementos geométricos, imagine desenhos mais complexos que integram, por exemplo, um projeto de engenharia.
PONTO, LINHA E PLANO
Antes de começarmos a definir retas e ângulos, suas características e propriedades, faz-se necessário apresentar os elementos fundamentais da geometria: o ponto, a linha e o plano.
Clique nas informações a seguir.
Ponto
Linha
Plano
O plano é a superfície geradapor pelo menos três pontos não colineares (ou seja, não alinhados). Deve ser identificado usando uma letra do nosso alfabeto grego.
Figura 5 – Ponto, linha e plano.
Elementos básicos do desenho técnico
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
RETA OU LINHA RETA
Uma reta é, geometricamente, a menor distância entre dois pontos. Deve ser identificada com uma letra minúscula do nosso alfabeto. Quanto à direção, as retas podem ser verticais, horizontais ou inclinadas. Quanto à posição relativa, podem ser paralelas, perpendiculares e oblíquas. Vejamos:
Clique nas informações a seguir.
Retas paralelas
Retas paralelas são retas coplanares (pertencem ao mesmo plano) que nunca se cruzam, mesmo que se prolonguem.
Retas concorrentes
Retas concorrentes são retas que se cruzam em algum ponto.
Retas perpendiculares
Retas perpendiculares são retas concorrentes que, ao se cruzarem, formam ângulo reto (90°).
Retas oblíquas
Retas oblíquas são concorrentes, mas formam ângulo diferente de 90°.
Vejamos, a seguir, imagens que demonstram as diferentes posições relativas entre retas:
Figura 6 – Retas paralelas, perpendiculares e oblíquas.
Semirreta
A colocação de um ponto em uma reta gera duas semirretas.
Atenção
A semirreta é identificada pela letra minúscula que dá nome à reta original, com uma pequena seta orientada, apontando para o sentido infinito da reta.
As semirretas podem ser verticais, horizontais ou inclinadas, assim como as retas que as originaram.
Segmento de reta
A colocação de dois pontos em locais distintos em uma única reta define, entre os pontos, um segmento de reta. O segmento é identificado pelas letras dos seus pontos extremos, utilizando um traço acima das letras. Os segmentos de retas podem ser verticais, horizontais ou inclinados, assim como as retas que as originaram.
Figura 7 – Reta, semirreta e segmento de reta.
Os segmentos de reta possuem, como visto na Figura 7, um ponto inicial e um ponto final, ou seja, seus pontos extremos. Eles podem ser classificados como:
	Segmentos congruentes
	Se dois ou mais segmentos de reta possuem o mesmo comprimento, são denominados segmentos congruentes.
	Segmentos colineares
	Se pertencem a uma mesma reta origem, são chamados de segmentos colineares.
	Segmentos consecutivos
	Por outro lado, se possuem um ponto extremo inicial ou final em comum, são segmentos consecutivos.
	Segmentos adjacentes
	Caso sejam colineares e consecutivos, são denominados segmentos adjacentes.
Vejamos, a seguir, dois exemplos com a análise da relação entre os segmentos de reta descritas anteriormente.
Exemplo 1
Figura 8.
Analisando a figura, podemos observar que:
· Os segmentos AB¯  e  CD¯ são congruentes;
· Os segmentos AB¯, BC¯  e  CD¯ são colineares;
· Os segmentos AB¯  e  BC¯ são consecutivos, assim como os segmentos BC¯  e  CD¯;
· Como os segmentos AB¯, BC¯  e  CD¯ são colineares, AB¯,  e  BC¯ são adjacentes, assim como os segmentos BC¯,  e  CD¯.
Exemplo 2
Figura 9.
Analisando a figura, podemos observar que:
· Os segmentos FG¯  e  HJ¯ são congruentes, assim como os segmentos EF¯  e  GH¯;
· Os segmentos FG¯  e  GH¯ são colineares, assim como os segmentos HJ¯  e  JL¯;
· São consecutivos entre si os seguintes pares de segmentos: EF¯  e  FG¯, FG¯  e  GH¯, GH¯  e  HJ¯, e por fim, HJ¯  e  JL¯;
· Os segmentos FG¯  e  GH¯ são adjacentes, assim como os segmentos HJ¯  e  JL¯ pois são colineares e consecutivos.
CURVA OU LINHA CURVA
Uma linha reta é a representação geométrica da menor distância entre dois pontos.
Se, em vez de percorrer a menor distância, outro caminho for tomado, a representação geométrica desse caminho é uma linha curva.
Figura 10. Diferença entre linha reta e curva.
LINHA POLIGONAL
Uma linha poligonal é formada por um conjunto de segmentos de retas consecutivos.
Figura 11 – Linha poligonal.
ÂNGULO
Ângulo é a região delimitada por duas linhas retas que partem de um mesmo ponto ou por dois planos que partem de uma mesma linha reta.
A medida do ângulo mede a inclinação entre as retas (ou entre os planos). A Figura 12, a seguir, apresenta a formação do ângulo por retas concorrentes (à esquerda) e por planos concorrentes (à direita).
Figura 12 – Formação de um ângulo por meio de retas ou planos concorrentes.
Componentes de um ângulo
Os componentes de um ângulo são a abertura, o vértice e os lados. A abertura é a medida da inclinação entre os lados do ângulo, que podem ser definidos por semirretas ou por segmentos de reta consecutivos, sendo o vértice o ponto comum entre eles.
Podemos observar, nos exemplos a seguir, os componentes dos ângulos e a notação para representar os ângulos.
Exemplo 3
Figura 13.
Analisando a figura 13, podemos observar que:
· As semirretas r e s são os lados do ângulo
· α é a abertura do ângulo
· O é o vértice do ângulo
· Notação: rO^s ou α^
Exemplo 4
Figura 14.
Analisando a figura 14, podemos observar que:
· Os segmentos de reta AP¯  e  PB¯ são os lados do ângulo
· β é a abertura do ângulo
· P é o vértice do ângulo
· Notação: AP^B ou β^
Classificação dos ângulos quanto à sua grandeza da abertura
O Sistema Internacional de medidas utiliza a unidade Radianos (RAD) para medir os ângulos. A forma comum de medir os ângulos é utilizar a unidade Grau (º). π radianos é a medida de um ângulo de 180º. Os ângulos podem ser classificados como:
	Nulo:
	Ângulo com medida igual a 0º.
	Agudo:
	Ângulo menor do que 90º, não nulo.
	Reto:
	Ângulo com medida igual a 90º, ou seja, πππ2 radianos.
	Obtuso:
	Ângulo com medida entre 90º e 180º.
	Raso ou ângulo de meia-volta:
	Ângulo com medida igual a 180º, ou seja, πππ radianos.
	Côncavo ou reentrante:
	Ângulo com medida entre 180º e 360º.
	Pleno ou ângulo de volta inteira:
	Ângulo com medida igual a 360º.
Os principais tipos de ângulos estão apresentados na Figura 15, a seguir.
Figura 15 – Classificação dos ângulos com relação à grandeza da abertura.
Classificação dos ângulos quanto à soma da grandeza de suas aberturas
Figura 16 – Ângulos complementares, suplementares e replementares.
Se a soma de dois ângulos é igual a 90º, 180º ou 360º, classificamos os ângulos como:
· Complementares (quando a soma dos dois ângulos é igual a 90°)
· Suplementares (quando a soma dos dois ângulos é igual a 180°)
· Replementares (quando a soma dos dois ângulos é igual a 360°)
Ângulos opostos pelo vértice
São formados pelo encontro de duas retas concorrentes e são congruentes. Observando-os dois a dois, é possível concluir que: esses ângulos estão lado a lado (adjacentes) e, portanto, são suplementares, ou se opõem um ao outro (opostos pelo vértice) e, portanto, são congruentes.
Na Figura 17, os ângulos adjacentes (suplementares) são α e β, β e θ, θ e λ, α e λ; os ângulos opostos pelo vértice (congruentes) são: α e θ e β e λ.
Figura 17 – Ângulos opostos pelo vértice.
Ângulos alternos internos e alternos externos
Quando duas retas paralelas são cortadas por uma reta transversal, são formados oito ângulos que possuem propriedades e características comuns em relação às posições que ocupam.
Os ângulos alternos internos possuem posições alternadas em relação à reta transversal, estando na região interna compreendida entre as retas paralelas.
Os ângulos alternos externos, possuem posições alternadas em relação à reta transversal, estando na região externa às retas paralelas.
Observe, na Figura 18, a seguir, que os ângulos α e β estão na região interna das retas r e s. Ao mesmo tempo, esses ângulos se encontram em posições alternadas: α está à direita e β à esquerda da reta transversal. Assim, podemos dizer que α e β são alternos internos.
Figura 18 – Ângulos alternos internos.
Na figura, a seguir, veja que os ângulos α e β estão na região externa das retas r e s, e esses ângulos se encontram, ao mesmo tempo, em lados opostos da reta transversal. Assim, podemos dizer que α e β são alternos externos.
Figura 19 – Ângulos alternos externos.
Atenção
Cabe ressaltar que tanto os ângulos alternos internos como os alternos externos são congruentes.
Além disso, se observarmos cada uma das retas paralelas r e s, separadamente,em conjunto com a reta transversal t, aplicamos as mesmas propriedades dos ângulos opostos pelo vértice, conforme podemos observar a seguir:
Figura 20 – Ângulos alternos combinados com opostos pelo vértice.
Saiba mais
Vale lembrar que os triângulos possuem uma propriedade interessante. A soma de seus ângulos internos sempre medirá 180º. Essa propriedade, associada ao que vimos sobre ângulos, irá nos ajudar bastante na resolução de diversas situações.
Bissetriz de um ângulo
A bissetriz é uma semirreta interna a um ângulo, traçada a partir do seu vértice, que o divide em dois ângulos com a mesma medida, chamados de congruentes.
Na figura, a seguir, a semirreta que contém o segmento OC¯ divide o ângulo AO^B em dois ângulos congruentes: ββAO^C (β^) e o ααBO^C (α^).
Figura 21 – Bissetriz de um ângulo.
APLICAÇÕES DE ÂNGULOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Exemplo 1
Ao construirmos uma casa, devemos verificar se as paredes estão subindo no prumo (fazendo 90° com o piso) e também se o ângulo no encontro das paredes é de 90° (nesse caso, dizemos que as paredes estão em esquadro). Além disso, os vãos e as aberturas de portas e janelas devem ter cantos retos, para que as esquadrias se encaixem.
Figura 22 – Paredes em esquadro (esquerda) e no prumo (direita).
Exemplo 2
Em serviços de topografia (estudo das características de um terreno: distância, relevo, declínio), a precisão na coleta de dados é fundamental para se fazer uma construção. Se um engenheiro precisa desses dados, ele utiliza um equipamento chamado teodolito. O teodolito é um instrumento ótico capaz de realizar medidas de ângulos verticais e horizontais. É formado por um sistema de eixos, círculos graduados, luneta de visada e níveis de bolha. Com o resultado das medições e o uso das funções trigonométricas (seno, cosseno e tangente), obtém-se as medidas necessárias.
Figura 23 – O teodolito utiliza ângulos para medições.
MÃO NA MASSA
Parte superior do formulário
1. Sobre as posições relativas entre duas retas, são verdadeiras as sentenças a seguir, com exceção de:
Retas oblíquas são concorrentes, mas formam ângulo diferente de 90°.
Retas concorrentes são retas que se cruzam em algum ponto.
Retas paralelas são retas coplanares (pertencem ao mesmo plano) que nunca se cruzam, mesmo que se prolonguem.
Retas que se cruzam podem ser concorrentes, oblíquas ou paralelas.
Retas perpendiculares são retas concorrentes que, ao se cruzarem, formam ângulo reto (90°).
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa "D" está correta.
Retas concorrentes e oblíquas se cruzam, mas as retas paralelas não se cruzam.
Parte superior do formulário
2. (IF-MA – 2016 – Nível Médio) Sabendo-se que x representa um ângulo agudo, podemos afirmar que a soma do complemento de x com o seu suplemento é igual a:
270º – 2x
180º – 2x
270º – x
180º – x
90º – 2x
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa "A" está correta.
O ângulo x é agudo, ou seja, menor do que 90°. Seu complemento é dado por 90° – x e seu suplemento é dado por 180° – x. Portanto, a soma do complemento com o suplemento é dada por: 90° – x + 180° – x = 270° – 2x.
Parte superior do formulário
3. (AMAUC – 2018 – Prefeitura de Seara – SC) Determine o valor do ângulo α da figura a seguir, sendo o segmento AC bissetriz do ângulo OÂB:
60°
30°
65°
85°
35°
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa "C" está correta.
Observe o triângulo ABC, cujos ângulos são 35° (oposto pelo vértice), gama e ß(beta)/2 (o segmento AC é bissetriz do ângulo). O ângulo ß(beta) vale 60°, suplementar ao ângulo de 120°. Sabemos que a soma dos ângulos internos do triângulo é de 180°. Portanto, 35° + 30° + Ɣ (gama) = 180°. Logo, Ɣ (gama) vale 115°. Como Ɣ (gama) e α (alfa) são complementares, α (alfa) vale 65°.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. (IDECAN – 2017 – Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo – MG – Agente Comunitário de Saúde) As duas retas apresentadas a seguir são paralelas:
Sobre os ângulos x e y, assinale a alternativa correta:
y é o dobro de x.
x e y são ângulos suplementares.
x e y são ângulos complementares.
x e y juntos formam um ângulo oblíquo.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Como as retas apresentadas são paralelas, podemos afirmar que os ângulos x e y são suplementares (somam 180°), observando-se as propriedades dos ângulos alternos internos e externos, e dos opostos pelo vértice.
Parte superior do formulário
2. (Uniube – MG – ADAPTADA) Na figura a seguir, as retas r e s são paralelas, cortadas por uma transversal t. Se a medida do ângulo α é o triplo da medida do ângulo β, então a diferença α – β vale:
90º
85º
80º
75º
Parte inferior do formulário
Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
Como as retas r e s são paralelas, podemos afirmar que os ângulos α e β são suplementares (somam 180°), observando-se as propriedades dos ângulos alternos internos e externos, e dos opostos pelo vértice. Logo:
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MÓDULO 3
Classificar arcos e concordâncias (tangência entre arcos/retas)
INTRODUÇÃO
Linhas retas e ângulos nos auxiliam na elaboração de projetos de engenharia. No entanto, quase sempre, temos de utilizar linhas curvas para compor traços, contornos e estruturas.
A circunferência é uma linha curva fechada, é o lugar geométrico dos pontos em um mesmo plano que possuem a mesma distância (raio) de um ponto fixo (centro).
Podemos compor nossos projetos com circunferências inteiras, portanto, arcos de 360°, ou partes dessa circunferência, arcos com medidas menores do que 360°. Vários desses elementos podem ser utilizados de maneira integrada.
As circunferências e os arcos quando dispostos em tangência, seja entre si ou com linhas retas, possibilitam uma transição suave entre os traços. Assim, podemos passar de um elemento para o outro sem uma mudança abrupta de direção, mantendo certa continuidade, sem angulações, entre os elementos do desenho.
CIRCUNFERÊNCIA
Circunferência é uma linha curva fechada cujos pontos são equidistantes de um único ponto central, denominado centro.
A porção plana interna à circunferência é denominada círculo, e a distância do centro até qualquer ponto da circunferência é denominada raio. Assim, medimos o comprimento do arco da circunferência (C = 2 . π . r = π . d) e a área do círculo (A = π . r2).
Figura 24 – Circunferência (linha) e círculo (área).
ELEMENTOS DE UMA CIRCUNFERÊNCIA
Observe a Figura 25, a seguir. A partir dela, vamos classificar todos os elementos e as linhas com relação à posição que se encontram na circunferência.
Figura 25 – Elementos e linhas em uma circunferência.
O ponto O é o centro da circunferência.
OA¯=OB¯=OC¯ é o raio da circunferência.
BC¯ é o diâmetro da circunferência.
EF¯ é a corda da circunferência.
GH¯é a flecha da circunferência.
EF é um arco da circunferência, delimitado pelos pontos E e F.
A reta s→ corta a circunferência nos pontos E e F. Logo, s→ é uma reta secante à circunferência, o que significa que a reta intercepta a circunferência em dois pontos.
A reta t→ toca a circunferência no ponto D. Logo, t→ é uma reta tangente à circunferência, o que significa que a reta toca a circunferência em um único ponto.
CÍRCULO: SETOR CIRCULAR E COROA CIRCULAR
O setor circular é o equivalente ao arco da circunferência, mas projetado (fatia da área) no círculo. Marcados dois raios distintos em um círculo, o setor circular é a área limitada por eles. A parte restante também forma um setor circular.
Quando falamos de ângulo central, estamos nos referindo ao ângulo cujo vértice está no centro de um círculo e os lados são seus raios. Um ângulo central está ligado a um arco na circunferência ou ao setor circular correspondente no círculo.
A área do setor circular é proporcional ao seu ângulo central. Dessa forma, se dividirmos a área do círculo por 360 e multiplicarmos pela medida do ângulo central, iremos obter a área do setor circular correspondente: Asetor = (π . r2) / 360 * ângulo central.
Já a coroa circular é uma figura geométricalimitada por dois círculos concêntricos (possuem o mesmo centro) de raios diferentes. O resultado se assemelha a um anel, cuja área é dada pela diferença entre o círculo maior e o menor:
Acoroa = (π . rmaior2) – (π . rmenor2) = π . (rmaior2 – rmenor2).
Figura 26 – Setor circular (esquerda) e coroa circular (direita).
POSIÇÃO RELATIVA ENTRE CIRCUNFERÊNCIAS
Assim como uma reta pode ser tangente ou secante a uma circunferência, as circunferências podem ser tangentes ou secantes entre si.
Vejamos, nas circunferências que compõe a Figura 27 e 28 a seguir, a representação da tangência interna e externa entre circunferências, bem como a situação que ocorre entre circunferências secantes entre si.
Figura 27 – Tangência interna e externa entre circunferências.
Figura 28 – Circunferências secantes.
Atenção
Note que o ponto de tangência T deve estar sempre posicionado em uma reta que liga os centros das circunferências. Essa condição é necessária para fazer a adequada concordância entre circunferências e entre reta e circunferências, como veremos a seguir.
TANGÊNCIA E CONCORDÂNCIA
Vimos que a reta tangente toca a circunferência em um único ponto, denominado ponto de tangência. Da mesma forma, circunferências tangentes tocam uma a outra em um único ponto.
Em ambos os casos — seja a concordância entre reta e arco de circunferência, ou entre dois arcos de circunferência —, o objetivo do posicionamento relativo tangente é que a transição entre os traços dos diferentes elementos do desenho seja suave, sem inflexões (mudanças de direção) abruptas, conferindo continuidade.
Observamos que os elementos, estando em concordância (tangência), não formam quinas (angulações) na transição entres os traços.
Figura 29 – Elementos em concordância (esquerda) e sem concordância (direita).
Comentário
Com a utilização da computação gráfica, os processos de construção de tangência e concordância com circunferências e retas utilizando instrumentos de desenho se tornaram menos frequentes. Entretanto, o conhecimento das condições básicas de tangência é necessário para um desenho adequado à mão livre (esboço) ou, eventualmente, quando é necessário utilizar os instrumentos de desenho técnico.
Veremos, a seguir, os casos mais usuais de tangência e concordância presentes no desenho técnico.
Figura 30 – Exemplos de tangência e concordância entre circunferência e retas.
Uma reta e um arco de circunferência estão em concordância quando o centro do arco está perpendicular à reta no ponto de tangência. Ou seja, quando o raio faz um ângulo reto com a reta tangente a essa circunferência.
Figura 31 – Exemplos de tangência e concordância entre circunferências.
Já no caso de dois arcos de circunferência, esses elementos estarão em concordância quando seus centros estiverem alinhados com o ponto de tangência. Ou seja, os centros dos arcos e o ponto de tangência entre eles estão em uma mesma linha reta.
Elementos básicos do desenho técnico
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
APLICAÇÃO DE CONCORDÂNCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Para evitar que o tráfego de veículos afete vias de menor capacidade de escoamento, geralmente internas das cidades, executa-se a construção de um rodoanel. Também conhecido como anel rodoviário, o rodoanel é uma autoestrada construída no perímetro de grandes cidades, conectando importantes vias de circulação de veículos.
Com conhecimentos de desenho técnico, você pode integrar a equipe responsável pela elaboração do traçado das pistas. Observe, neste cruzamento, como os arcos dos retornos são desenhados em concordância com as pistas das estradas.
Figura 32 – Anel viário.
MÃO NA MASSA
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1. (2010 – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – RN) A alternativa que apresenta as condições geométricas necessárias à correta concordância entre dois arcos de circunferência é:
A condição de que os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são colineares não se aplica a algum dos sentidos dos arcos concordantes.
Os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são colineares apenas para arcos de mesmo sentido.
Os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são colineares apenas para arcos de sentidos contrários.
Os centros e o ponto de concordância entre esses arcos são colineares, tanto para arcos de mesmo sentido quanto para arcos de sentidos contrários.
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Comentário
A alternativa "D" está correta.
Não importa o sentido do arco, a concordância é dada pelo alinhamento (colineares) entre os centros e o ponto de concordância.
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2. (CAIP-IMES – 2015 – Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP – Engenheiro Civil) Em um quarteirão perto da minha casa, foi construída uma praça circular com área interna de 5024 m². Todos os dias caminho 15 vezes ao redor dela, o que equivale a: (Obs.: π = 3,14)
3,858 km
3,768 km
3,958 km
3,898 km
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Comentário
A alternativa "B" está correta.
Sabemos que πA=π·r2. Como A=5024m2, então substituindo dados, temos que:
π5024=π·r2  onde  r=50243,14=40m
Como o comprimento do arco da circunferência é dado por π2·π·r, temos que: 2 . 3,14 . 40=251,2m
Como o esportista caminha 15 vezes ao redor da praça, temos: 15 . 251,2m=3.768m=3,768km
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3. (Colégio Pedro II – Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico – 2016 – MODIFICADA) Analisando-se o estudo gráfico de um aviso de porta do tipo “não perturbe”, foram feitas as seguintes afirmações:
I- Entre o arco de circunferência de centro O1 e a retas, observa-se que eles não estão em concordância;
II- A concordância entre arcos é observada nas circunferências de centros O2 e O3;
III- A concordância entre arcos também é observada nas circunferências de centros O1 e O4;
IV- É observada a concordância entre a retas com o arco de circunferência de centros O5 e entre a reta u com o arco de circunferência de centro O6.
Ao caracterizarmos as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F), teremos a seguinte sequência:
V – F – V – V
V – V – V – F
V – V – F – V
F – V – F – F
Parte inferior do formulário
Comentário
A alternativa correta é "C".
A única sentença incorreta é a III, uma vez que, apesar de os centros O1 e O4 estarem alinhados, os arcos dessas circunferências não são tangentes entre si.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. (Site Mundo Educação – Exercícios sobre os elementos do círculo e da circunferência – ADAPTADA) Um terreno tem formato retangular, e seu dono resolveu colocar grama no setor circular, cujo raio é igual a uma das laterais do terreno, conforme mostra a imagem. Sabendo que o perímetro do terreno é de 80 metros e que o lado menor é igual a 60% do lado maior, qual é a área do terreno que receberá grama?
25 m2
15 m2
179,6 m2
176,6 m2
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
Primeiramente, será necessário descobrir as dimensões do retângulo e, depois, calcular a área do setor circular. O lado maior mede x, e o menor mede 60% de x. Fazendo os cálculos para encontrar o perímetro, temos:
O lado menor mede 60% de x, ou seja:
O lado menor é o raio do setor circular. O ângulo dessa figura também é um dos ângulos internos do retângulo: 90°. Assim, a área do setor circular de 90° é dada por:
A = 176,6 m2 de grama, aproximadamente.
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2. (Site Mundo Educação – Exercícios sobre os elementos do círculo e da circunferência – ADAPTADA) Um ciclista deu 30 voltas em uma pista com formato de circunferência. Ao olhar seus equipamentos de medida, ele percebeu que a distância percorrida nessas 30 voltas foi de 90 km. Qual a medida aproximada do raio da pista em que se encontrava? (Considere π = 3,14).
0,48 km
0,58 km
0,68 km
0,78 km
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Comentário
Parabéns! A alternativa "A" está correta.
Por meio da expressão usada para encontrar o comprimento da circunferência, é possível determinar seu raio. O comprimento dessa circunferência é:
Substituindo os valoresna expressão usada para encontrar o comprimento da circunferência, temos:
r = 0,48 km, aproximadamente.
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MÓDULO 4
Descrever conceitos sobre escala, seus tipos e suas aplicações
INTRODUÇÃO
O objetivo principal de um projeto de engenharia é a fabricação ou construção de um objeto, um produto ou uma edificação. Para construir um objeto, é necessário determinar suas características geométricas, o material com o qual será construído, os procedimentos técnicos associados à sua construção, entre outras particularidades.
Esse processo de concepção está intrinsicamente associado ao desenho técnico, pois é por meio de esboços e desses desenhos, elaborados em softwares computacionais de precisão, que desenhistas, projetistas e engenheiros definirão todas as características volumétricas necessárias à fabricação de um produto.
Imagine que você seja responsável por elaborar o desenho técnico para dois projetos: um deles de um parafuso chumbador e outro de uma planta baixa de uma edificação. Como esses produtos que serão projetados e, posteriormente, fabricados possuem características dimensionais completamente distintas, demandam desenhos técnicos com características próprias.
Se desenharmos o parafuso chumbador com o seu tamanho real, será muito difícil compreender suas características geométricas e indicar no desenho seus detalhes e cotas (dimensões). Por outro lado, se desenharmos também em tamanho real somente um único cômodo da edificação, as suas dimensões são tão grandes que não caberão em uma folha de papel, mesmo que seja uma folha A0, com 1 m² de área para desenho.
A forma de lidar com essas necessidades na elaboração do desenho técnico é empregando as escalas na representação gráfica dos objetos e utilizando as cotas para indicação das dimensões desenhadas.
ADEQUAÇÃO DOS DESENHOS UTILIZANDO ESCALA
Sabemos que os projetos são, atualmente, entregues impressos em papéis de formato padronizado e, em sua maioria, elaborados utilizando softwares de computação gráfica. É necessário, portanto, fazer com que as características do produto projetado estejam perfeitamente detalhadas no papel, após a impressão.
Atenção
O mesmo vale para os esboços e os desenhos com instrumentos: eles devem ser elaborados de forma a caberem no papel que está sendo utilizado e de maneira a permitir a perfeita compreensão do objeto representado.
Imagine, por exemplo, que você precisa representar, em uma folha de papel, as características de uma estrutura metálica de uma edificação, como a representada a seguir. Note que é impossível representar os elementos estruturais da imagem em verdadeira grandeza (dimensão real, tamanho natural).
Figura 33 – Estrutura metálica de uma edificação.
Por isso, é preciso reduzir as medidas reais dos elementos da estrutura, dividindo-as por um fator de escala apropriado, que reduz as medidas reais para medidas no papel, de forma que o desenho do projeto possa ser representado em tamanho adequado.
Se o desenho de uma edificação exige a adoção de fatores de escala que reduzem as dimensões reais do objeto representado, o contrário acontece quando você precisa representar, em uma folha de papel, as características de objetos muito pequenos, como o resistor representado a seguir.
Ao representar o resistor em verdadeira grandeza, seria difícil detalhar suas características volumétricas e, mais ainda, indicar suas medidas por meio da cotagem. Por esse motivo, é preciso ampliar as medidas reais de objetos muito pequenos, multiplicando-as por um fator de escala apropriado, que aumenta as medidas reais do objeto, transformando-as nas medidas no papel, tornando o desenho adequado para a compreensão das características do objeto.
Figura 34 – Resistores em uma placa eletrônica.
Saiba mais
Cabe ressaltar que o maior tamanho de papel padronizado pela ABNT, por meio da NBR 10068/1987 (Folha de desenho – Leiaute e dimensões), para desenhos técnicos, é o formato A0, que tem dimensões 1189 x 841 mm, que corresponde a 1 m² de área. Nenhuma edificação residencial, por menor que seja, poderia ser representada em tamanho natural em uma folha de papel A0. A NBR 8196/1999 (Desenho técnico – emprego de escalas) fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas designações em desenhos técnicos. Cabe ressaltar que, apesar de essa norma ter sido cancelada em agosto de 2016, o conceito de escala continua sendo utilizado.
TIPOS DE ESCALA
Vimos que o entendimento de escala é relativamente simples, bastando multiplicar as medidas do objeto a ser representado por um fator de escala, que pode ser menor, maior ou igual a um. Portanto, o fator de escala, ou simplesmente escala, indica a relação entre as medidas reais do objeto e a sua medida no papel.
Atenção
É importante que a escala do desenho esteja apresentada em sua legenda ou, no caso de uma única prancha com vários desenhos de escalas diferentes, devemos colocar a escala junto de cada desenho.
Ao indicar a escala de um desenho, devemos colocar a palavra ESCALA (ou, simplesmente, a abreviação ESC.) seguida da relação numérica entre as dimensões no desenho e as dimensões reais do objeto representado.
Em relação aos tipos, podemos ter escala:
Clique nas barras para ver as informações.
DE REDUÇÃO
Diminui-se o tamanho do objeto real para que possa ser representado em uma folha de papel. O fator de escala possui o numerador menor do que o denominador, ou seja, fator de escala < 1.
Exemplo: Uma escala de 1:50 (lê-se um para cinquenta), sendo o numerador igual a 1 a medida do desenho e o denominador 50 a medida real do objeto, podemos concluir que cada 1 unidade no desenho equivale a 50 unidades do objeto real, ou seja, o tamanho do desenho foi diminuído 50 vezes em relação ao objeto real, para que esse objeto seja representado na folha de papel escolhida.
NATURAL
Mantém-se o tamanho do objeto real na sua representação na folha de papel. O fator de escala é a unidade, ou seja, o objeto é desenhado exatamente do seu tamanho natural, ou seja, as dimensões do desenho são iguais às do objeto.
DE AMPLIAÇÃO
Aumenta-se o tamanho do objeto real para que possa ser representado em uma folha de papel e sua cotagem possa ser representada, lida. O fator de escala possui o numerador maior do que o denominador, ou seja, fator de escala > 1.
Exemplo: Uma escala de 5:1 (lê-se cinco para um), sendo o numerador igual a 5 a medida do desenho e o denominador 1 a medida real do objeto, podemos concluir que 5 unidades no desenho equivalem a 1 unidade do objeto real, ou seja, o tamanho do desenho foi ampliado cinco vezes do tamanho real do objeto reproduzido, para que esse objeto seja representado na folha de papel escolhida e as medidas (cotas) possam ser representadas em um tamanho inteligível.
Cabe ressaltar que, nos desenhos com escala de ampliação ou redução, as medidas lineares são afetadas pelo fator de escala, e os ângulos permanecem os mesmos. Já em um desenho com escala diferente da natural, as dimensões cotadas serão sempre as dimensões reais do objeto, e nunca as medidas correspondentes ao desenho.
Figura 35 – Representação dos diferentes tipos de escala.
Vejamos um exemplo de um quadrado de 10 unidades de lado, representado com escalas de redução e ampliação:
Figura 36 – Representação de um quadrado em escala natural e com escalas de redução e ampliação.
Aplicação de escala nos projetos de engenharia
No vídeo, a seguir, o professor dará continuidade ao assunto:
MEDIÇÃO DE DESENHOS TÉCNICOS NO PAPEL
A leitura das medidas em uma régua tradicional permite utilizar, diretamente, somente uma escala, que é a 1:100. A escala 1:100 indica que cada 1 cm desenhado no papel equivale a 100 cm medidos em um objeto real. Isso significa que 1 cm desenhado é a representação, em escala (reduzida), de uma unidade de medida de 1 m.
Atenção
Apesar de a interpretação das escalas ser de fácil entendimento, o que nos permitiria utilizar uma régua comum na medição de desenhos, é mais prático utilizar instrumentos de medida que possuem escalas de medição distintas.
Esses instrumentossão denominados de escalímetros e, pelo corpo técnico, também são chamados somente pelo nome escala. Os escalímetros possuem diferentes escalas de medida e facilitam bastante a medição dos desenhos em escalas diferentes das réguas tradicionais.
Os escalímetros, geralmente, são encontrados em 3 diferentes formatos – sendo o nº 1 o mais utilizado –, cada um contendo escalas diferentes, que são utilizadas para diferentes aplicações:
· Nº 1: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125
· Nº 2: possui as escalas 1:100, 1:200, 1:250, 1:300, 1:400, 1:500
· Nº 3: possui as escalas 1:20, 1:25, 1:33, 1:50, 1:75, 1:100
Nas faces do escalímetro, são apresentadas diferentes graduações de escalas. A imagem abaixo, por exemplo, indica uma graduação para a escala 1:20. Nessa escala, cada unidade desenhada corresponde a 20 unidades reais. Por exemplo, 1 m de medida real é representado com 50 mm em desenho.
Figura 37 – Escalímetro.
ESCALAS RECOMENDADAS
A recomendação prática é adotar escalas múltiplas de 2, 5 e 10, mas é notável que as diferentes demandas do projeto vão nortear a escolha da escala mais adequada.
Escalas de redução
No campo da arquitetura e da engenharia civil, por exemplo, as escalas de redução são largamente utilizadas face a necessidade de se representar os desenhos que fazem parte do projeto arquitetônico dentro dos limites dos formatos padronizados de papel.
Escalas de Ampliação
No caso de projetos de equipamentos eletrônicos e de pequenos mecanismos complexos e de dimensões reduzidas, as escalas mais adequadas são as de ampliação.
O quadro, a seguir, apresenta as escalas de ampliação e de redução mais utilizadas. Vale ressaltar que, com a evolução da computação gráfica, a facilidade de adoção de escalas diferenciadas deixa as escalas citadas no próximo quadro como uma recomendação, e não como uma obrigatoriedade.
	Quadro - Escalas de ampliação e de redução mais usuais
	Categoria
	Esaclas
	
Escalas de redução
	1:2 - 1:2,5 - 1:5 - 1:7,5 - 1:10
	
	1:20 - 1:25 - 1:50 - 1:75
	
	1:100 - 1:125 - 1:200 - 1:250
	
	1:500 - 1:750 - 1:1000 - 1:2000
	
Escalas de apliação
	2:1 - 5:1 - 10:1
	
	20:1 - 25:1 - 50:1
Saiba mais
Nos desenhos desenvolvidos utilizando softwares computacionais, como o AutoCAD, o desenho é feito no espaço de modelagem em verdadeira grandeza, e escalas adequadas de plotagem do desenho são utilizadas para que o desenho impresso tenha a escala adotada pelo projetista.
ESCALA GRÁFICA E TALÃO DE ESCALA
A escala gráfica é uma forma de indicar a escala de um desenho técnico. Consiste de um segmento de reta graduado para representar graficamente a relação entre o desenho e as medidas reais. É comum sua utilização em desenhos topográficos e mapas.
A vantagem da utilização de tais escalas é que, se o desenho for ampliado ou reduzido por processos de cópia fotográfica ou digital, será sempre possível obter as medidas verdadeiras do desenho.
O talão da escala são os segmentos que sinalizam a proporção entre as medidas reais e as desenhadas. Na escala gráfica, o talão à esquerda da origem da escala é subdividido de acordo com a necessidade de precisão do desenho.
Na figura, a seguir, a escala gráfica referente à escala 1:100 é apresentada. Cada unidade de desenho equivale a 100 unidades reais, o que significa que cada trecho da escala gráfica desenhado com 1 cm representa 1 m do objeto real representado.
Figura 38 – Componentes da escala gráfica.
A seguir, vamos analisar algumas escalas gráficas e a forma com a qual devemos desenhá-la. Apresentamos, primeiramente, a escala gráfica para a escala 1:250. Cada unidade de medida desenhada corresponde a 250 unidades reais. Isso significa que cada 1 cm desenhado equivale a 250 cm reais, ou seja, 2,5 m. Para representar o talão à esquerda da escala, vamos subdividi-lo em 10 partes. No exemplo, o talão à esquerda foi dividido em 10 partes de 1 m cada. Se 1 cm tem 2,5 m, cada 1 m real equivale a 0,4 cm desenhados na escala gráfica. Sendo assim, 10 m equivalem a 4 cm.
Figura 39 – Escala gráfica 1:250.
Agora, vamos estudar a escala gráfica para a escala 1:100000. Cada unidade de medida desenhada corresponde a 100000 unidades reais. Isso significa que cada 1 cm desenhado equivale a 100000 cm reais, ou seja, 1000 m (1 km). Para representar o talão à esquerda da escala, vamos subdividi-lo em partes. No exemplo, o talão à esquerda foi dividido em 4 partes de 500 m cada. Se 1 cm tem 1000 m, cada 500 m reais equivalem a 0,5 cm desenhados na escala gráfica. Sendo assim, 2000 m equivalem a 2 cm.
Figura 40 – Escala gráfica 1:250.
APLICAÇÃO DE ESCALA DE REDUÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
No processo de solicitação do alvará da prefeitura para construção de um imóvel, é necessário anexar a planta baixa, que é um desenho técnico elaborado em escala (tamanho reduzido).
Imagine que você faça esse corte horizontal à altura de 1,5 m do piso e retire a cobertura do imóvel, visualizando a estrutura de cima, em uma vista aérea. Dessa forma, você observará, em detalhes, a disposição dos cômodos, as dimensões das paredes (comprimento e espessura), os vãos das portas e janelas, entre outras coisas.
Figura 41 – Planta baixa de uma construção.
MÃO NA MASSA
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1. Sobre a utilização de escala no desenho técnico, são verdadeiras as sentenças a seguir, com exceção de:
É importante que a escala do desenho esteja apresentada em sua legenda ou, no caso de uma única prancha com vários desenhos de escalas diferentes, devemos colocar a escala junto de cada desenho.
Ao indicar a escala de um desenho, devemos colocar a palavra ESCALA (ou, simplesmente, a abreviação ESC.) seguida da relação numérica entre as dimensões no desenho e as dimensões reais do objeto representado
Vimos que o entendimento de escala é relativamente simples, bastando multiplicar as medidas do objeto a ser representado por um fator de escala, que é sempre maior do que um.
Fator de escala ou, simplesmente escala, indica a relação entre as medidas reais do objeto e a sua medida no papel.
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Comentário
A alternativa "C" está correta.
O fator de escala pode ser menor, maior ou igual a um.
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2. O desenho técnico projetivo terá sempre uma relação entre as medidas do desenho no papel e as medidas do objeto real, conhecida como escala do desenho. Sobre a escala do desenho técnico, é correto afirmar:
1:1 é chamada escala de ampliação.
Quando a medida do desenho é igual a 40 cm e a medida real é igual a 10 cm, a escala adotada é 1:4.
Quando uma rua de 12 metros de largura é desenhada com 6 milímetros de largura, a escala de desenho adotada é 1:2000.
10:1 e 2:1 são escalas de redução.
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Comentário
A alternativa "C" está correta.
1:1 é chamada escala natural (letra A); quando a medida do desenho é 4 vezes maior do que o objeto real, a escala é de ampliação, ou seja, 4:1 (letra B); 10:1 e 2:1 são escalas de ampliação, pois o fator de escala é maior do que 1; uma rua de 12 m de largura em escala de 1:2000 será desenhada no tamanho 1200cm * 1/2000 = 0,6 cm, ou seja, 6 mm.
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3. Um engenheiro civil foi contratado para construir uma mansão em um terreno. A construção terá as seguintes medidas externas (perímetro, área total construída): 30,5 m X 19 m. Ele deverá elaborar uma planta baixa padrão para a construção dessa casa, que será desenhada duas vezes (uma vez em cada folha) em papel A3 (420 x 297 mm) e A0 (1189 x 841 mm). Portanto, para que a planta seja desenhada no maior tamanho possível (aproveitando todo o espaço de uma folha em branco, se necessário), as escalas utilizadas deverão ser, respectivamente, de:
1:75 e 1:25
1:100 e 1:25
1:75 e 1:50
1:125 e 1:50
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Comentário
A alternativa "C" está correta.
Convertendo as medidas para centímetros e multiplicando por todos os fatores de escala citados nas alternativas de resposta, temos a seguinte tabela:
Analisando as medidas dos desenhos no papel (em cm) em cada escala da tabela, concluímos que o desenhoem escala 1:75 cabe no papel A3 e o em escala 1:50 no papel A0.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. (EDUC-PI (2016) – SEDUC-PI – Cadista) A planta baixa de uma edificação retangular que tem medidas totais de 10,00 m e 14,80 m está desenhada na escala 1/50. Em centímetros, essas medidas equivalem, respectivamente, a:
0,200 e 0,296
5,00 e 7,40
20,00 e 29,60
50,00 e 74,00
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Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.
Se transformarmos as medidas da edificação para centímetros e multiplicarmos pelo fator de escala 1/50, obteremos as medidas do desenho.
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2. (2009 – CEHAP – Governo do Estado da Paraíba) No que se refere ao emprego de escalas em desenho técnico, assinale a opção correta:
Deve-se usar uma única escala por folha de desenho. Quando for necessário usar mais de uma escala nos desenhos, as diferentes escalas devem ser distribuídas em folhas distintas.
A escala a ser escolhida pode variar de acordo com o tamanho da folha de apresentação e independe da complexidade do objeto e da finalidade de representação.
A palavra ESCALA deve ser indicada sem abreviação e deve ser acompanhada dos termos NATURAL, AMPLIAÇÃO e(ou) REDUÇÃO, todos em letras maiúsculas.
A escala e o tamanho do objeto são parâmetros para a escolha do formato da folha em que será executado o desenho.
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Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
Podem ser feitos desenhos em diferentes escalas em uma mesma folha (letra A), basta indicar em cada desenho com a palavra ESCALA ou abreviatura ESC., seguida da relação do desenho para o objeto (por exemplo, 1:50) (letras C). A escala depende da complexidade do objeto e da finalidade da representação (letra B).
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CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que o desenho técnico é de fundamental importância na formação de alguns profissionais. Engenheiros, arquitetos e designers são bons exemplos dos que necessitam conhecer e explorar os conceitos e procedimentos básicos apresentados. Retas, ângulos, arcos e desenhos em escala estão presentes não somente, mas principalmente, nos projetos desses profissionais, como também no cotidiano de todos nós.
Mesmo não conhecendo em detalhes as propriedades e os cálculos envolvidos nos elementos do desenho técnico, aplicamos intuitivamente muitos conceitos: deslocamo-nos em linha reta entre dois pontos, pois sabemos ser a menor distância; buscamos caminhos menos íngremes, pois, quanto maior o ângulo, maior será esforço; elaboramos desenhos em proporções diferentes do tamanho real do objeto, para que possamos representá-los com medidas proporcionais em folhas de papel. Essas e tantas outras situações que fazem parte do nosso cotidiano, especialmente nas atividades laborais dos profissionais citados, reforçam a importância do desenho técnico.
PODCAST
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 10068: Folhas de desenho – Leiaute e dimensões – Padronização. Rio de Janeiro, 1987.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 13142: Desenho técnico – dobramento de cópia. Rio de Janeiro, 1999.
CASTANHEIRA, Nelson Pereira; LEITE, Álvaro Emílio. Geometria plana e trigonometria. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2014. (livro consta da biblioteca virtual da Estácio)
ESTEPHANIO, Carlos Alberto do Amaral. Desenho técnico – uma linguagem básica. 4. ed. Rio de Janeiro: Carlos Estephanio, 1996.
FRENCH, Thomas E., VIERCK, Charles J. Desenho técnico e tecnologia gráfica. 7. ed. Rio de Janeiro: Globo, 2006.
MICELI, Maria Teresa; FERREIRA, Patrícia. Desenho técnico básico. 4. ed. Rio de Janeiro: Imperial Novo Milênio, 2010.
SILVA, Arlindo; RIBEIRO, Carlos Tavares; DIAS, João; SOUSA, Luis. Desenho técnico moderno. 4. ed. Rio de Janeiro: LCT, 2006.
ZATTAR; Isabel C. Introdução ao desenho técnico. 1. ed. Curitiba: InterSaberes, 2016. (livro consta da biblioteca virtual da Estácio)
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia:
· Páginas 10 a 17 da Unidade II do livro Desenho técnico básico, das autoras Maria Teresa Miceli e Patrícia Ferreira.
· Capítulo 7 do livro Desenho técnico moderno, de Arlindo Silva e outros autores.
· Capítulos 3 e 8 do livro Geometria plana e trigonometria, de Nelson Pereira Castanheira e Álvaro Emílio Leite, e veja um pouco mais sobre ângulos e circunferências.
· Páginas 49 a 59 do livro Introdução ao desenho técnico, de Isabel Cristina Zattar, e veja mais informações sobre os elementos fundamentais do desenho.
· Capítulo 5 do livro Desenho técnico, de César Muniz e Anderson Manzolli.
· Capítulo 6 do livro Curso de desenho técnico e AutoCAD dos autores Antônio Clelio Ribeiro, Mauro Pedro Peres e Nacir Izidoro, entre outros.

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