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TUMORES MALIGNOS DA CABEÇA E PESCOÇO anatomia, clínica e tratamento

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NEOPLASIAS MALIGNAS DE CABEÇA E PESCOÇO 
 Anatomia da cavidade oral 
-> mucosa bucal, rebordo alveolar superior e inferior (alojamento das raízes dos dentes), trígono retromolar (espaço atrás do último 
molar), assoalho da boca, palato duro e dois terços anteriores da língua. 
 
Teto: Palato duro e palato mole 
Assoalho: Músculos genio-hióideos e diafragma muscular (músculos milo-hióideos); 
Paredes laterais: mucosa jugal (bochecha) 
Limite posterior: úvula e palato mole -> istmo das fauces (istmo da orofaringe) 
- contém as tonsilas palatinas entre os arcos palatoglossos e palatofaríngeos, marcando a transição para a orofaringe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* anteriormente a cavidade oral se abre através da fissura oral 
* posteriormente a cavidade oral se comunica com orofaringe por uma passagem 
estreita chamada de istmo da orofaringe 
- o istmo da orofaringe é delimitado anteriormente pelos arcos palatoglossos 
 e posteriormente pelos arcos palatofaríngeos 
- o espaço entre esses arcos é chamado de fossa tonsilar, e contém as tonsilas palatinas 
!! não faz parte da cavidade bucal: base da língua, amigdalas, parede posterior da orofaringe 
 
Anatomia da faringe 
 * comunica-se com o esôfago (sistema digestório) e a laringe (sistema 
respiratório) 
- esta dupla função da faringe só possível graças a presença da epiglote. 
-> situada na parte superior da laringe, normalmente permanece 
aberta, permitindo a comunicação aérea entre a laringe e o exterior, 
mas fecha-se durante a deglutição, bloqueando a entrada da laringe e 
fazendo com que o bolo alimentar se dirija obrigatoriamente para o 
esôfago 
 
* a faringe ocupa o espaço da base do crânio, desce anterior aos corpos 
das vértebras cervicais até nível de C5/C6 e é posterior à cavidade 
nasal, cavidade oral e laringe. 
 
 
Músculos 
* Constritores da faringe: 
- músculos constritor superior da faringe 
- músculo constritor médio da faringe 
- músculo constritor inferior da faringe 
 
* Músculos longitudinais: 
- palatofaríngeo 
- salpingofaríngeo 
- estilofaríngeo 
 
Artérias 
- artéria tireóidea inferior 
- artéria tireóidea superior 
- artéria faríngea ascendente 
- artéria maxilar 
 
Nervos 
 Nervo vago (NC X) 
ramo faríngeo: formando parte do plexo faríngeo e dando ramos para a 
inervação muscular dos músculos constritores superior e médio da faringe, o 
músculo levantador do véu palatino, o músculo salpingofaríngeo, o músculo 
palatoglosso, o músculo palatofaríngeo e o músculo estilofaríngeo 
ramo laríngeo superior: possui curso pós-ganglionar e é responsável pela 
inervação dos músculos constritores inferiores da faringe, bem como a inervação 
motora do músculo cricotireóideo, através de um ramo interno (fibras sensitivas 
e parassimpáticas) e um ramo externo (fibras motoras para o músculo 
cricotireóideo). 
ramo laríngeo recorrente: o nervo laríngeo recorrente se origina do nervo vago 
e cursa por baixo do arco aórtico, e segue a traqueia para inervar a laringe. 
 
Nervo trigêmeo (NC V) 
ramo maxilar (V2) 
- suas ramificações são responsáveis por inervar a pele da face, da bochecha e do 
lábio superior, parte da mucosa nasal, a mucosa do palato, todos os dentes do 
arco superior e a região gengival da maxila. 
 
 
nervo vago (X) – ramo faríngeo 
único músculo faríngeo inervado pelo glossofaríngeo (IX) 
nervo vago (X) – ramo faríngeo 
nervo vago (X) – ramo laríngeo superior 
ramo do tronco tireocervical 
ramo da carótida externa 
Nervo glossofaríngeo (NC IX) 
* plexo faríngeo inerva o terço posterior da cavidade oral, e consiste dos seguintes ramos: 
faríngeo, tonsilar e lingual. 
 
 
Nasofaringe 
* vai da coana nasal até a úvula 
- nervo trigêmeo (maxilar V2) 
 
Orofaringe 
* vai do palato mole até a borda 
superior da epiglote 
* ela inclui a base da língua, o 
palato mole, as amígdalas e a parte lateral e posterior da garganta (parede 
posterior da faringe). 
- nervo glossofaríngeo 
 
Laringofaringe 
* vai do bordo superior da epiglote até o bordo inferior da cartilagem 
cricoide 
- nervo vago 
 
CÂNCER DE BOCA 
* 5º câncer mais frequente em homens 
- raro em mulheres 
 
* maioria (90%) é do tipo histológico carcinoma epidermóide (CEC) {espinocelular} 
- menos frequentes: originados de glândulas salivares menores, melanomas de mucosa e linfomas 
 
* quanto mais posterior for a localização do tumor mais agressivo é seu comportamento 
- os tumores da orofaringe são ainda mais agressivos 
Ex: um paciente com tumor na base da língua (orofaringe) tem prognóstico muito pior do que outro paciente com tumor na ponta 
da língua 
 
* para o CA de boca o tratamento é basicamente cirúrgico 
 
Fatores de risco 
* tabagismo 
* etilismo 
-> o tabagismo e o etilismo têm efeito sinérgico na carcinogênese do CEC aumentando em até 30-40 vezes a chance de 
desenvolvimento de lesões malignas 
* HPV 
- ainda está sendo estudado a associação de alguns subtipos de HPV com o CA de boca 
- com o CA de orofaringe essa associação está bem estabelecida (subtipo 16), sendo considerado um fator de risco e tem como 
tendência um melhor prognóstico 
- pode ultrapassar o cigarro e o álcool como principal fator de risco de CA de boca nas próximas décadas 
* trauma crônico 
- próteses dentárias 
 
*má higiene oral 
* indivíduos imunossuprimidos 
* a má alimentação e a privação social 
- estão ligadas a um terço de todos os casos de câncer 
 
Quando suspeitas de CA de boca? 
- paciente refere uma ferida/afta que não sara 
- uma úlcera ou mancha branca ou vermelha em qualquer parte da boca que não cicatriza em 3 semanas 
- um caroço ou inchaço em qualquer parte da boca, mandíbula ou pescoço que persiste por mais de 3 semanas 
- dificuldade em engolir, mastigar ou mover a mandíbula ou a língua 
- dormência da língua ou outra área da boca 
- sensação de que algo está preso na garganta 
- dor de garganta crônica ou rouquidão que persiste por mais de 6 semanas 
- perda inexplicável dos dentes 
- dor inexplicável em um lado do pescoço que dura por mais de 4 semanas 
 
Sintomas 
* Trismo: paciente com dificuldade de realizar a protusão da língua 
- língua congelada 
- língua dura 
 
* Mal hálito 
* Odinofagia: dor ao engolir 
* Disfagia: dificuldade de engolir 
* Dor e amortecimento da língua 
* Otalgia 
* Sialorreia 
- sentimento de “bala na boca” 
* Perda de dentes 
-> quando o trismo é observado indica que o tumor já atingiu a musculatura 
* Leucoplasia 
- “placas brancas de risco questionável que excluíram (outras) doenças ou distúrbios conhecidos que não apresentam risco 
aumentado de câncer” que afetam a mucosa oral (língua e bochecha) 
- como a leucoplasia é um termo descritivo e não um diagnóstico microscópico do tecido; 
- diferencia da candidíase pois não é retirada com a raspagem 
 
-> uma biópsia é obrigatória para estabelecer o diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Etritroleucoplasia 
- é um termo clínico que se refere a uma mancha vermelha da mucosa oral ou uma lesão vermelha que não pode ser caracterizada 
clínica ou patologicamente como qualquer outra lesão ou doença definível. 
-> fator de risco alto para CA de boca 
- a lesão eritroplásica é ainda mais preocupante para o clínico do que uma lesão leucoplásica branca, pois há estudos que mostram 
uma taxa de quase 90% de CEC/displasia de alto grau quando o diagnóstico tecidual é estabelecido. 
 
 
 
 
* Ulcerações traumáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Líquen plano oral 
- o líquen plano oral é uma condição crônica da mucosa imunomediada que afeta até 2% da população, com leve predileção pelo 
sexo feminino. 
- pode ser acompanhado de envolvimento cutâneo ou de outro local da mucosa. 
- a aparência clínica pode variar de acordo com o subtipo clínico: formas reticulares (mais comuns), erosivas e semelhantes a placas. 
- vários subtipos podem ser observados em um único paciente. 
-> existe risco de malignização 
 
 
Apresentação Clínica do CEC 
 
Em caso de suspeita de CA de boca, o que fazer? 
1º: examina a bocado paciente 
- realizando palpação de toda a mucosa oral 
 
2º: biopsia 
 
3º: solicitar exame de imagem 
-> USG ou tomografia de cabeça e pescoço 
!! não se pede nunca o RX da face ou boca 
- RX não consegue visualizar a língua 
*Hiperqueratose na mucosa 
Língua geográfica 
 
 Estadiamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linfonodos submentoniano 
* localizado no trígono mentual 
* drenam: 
- pele do mento 
- gengiva 
- lábio inferior 
- parte anterior do assoalho da boca 
- dentes incisivos inferiores 
- ápice da língua 
- região sublingual 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Linfonodos cervicais superficiais 
* localizados acima do músculo esternocleidomastóide, 
adjacentes à veia jugular externa 
-> linfonodos jugulares superficiais superiores 
- compartimento parotídeo e jugular superior 
 
 
 
 
Linfonodos submandibulares 
* localizado no trígono submandibular 
* drenam: 
- parte lateral do mento 
- lábio superior 
- bochechas 
- parte anterior da cavidade nasal e do palato 
- corpo da língua 
- glândulas salivares, submandibulares e 
sublingual 
 
Linfonodos cervicais profundos 
* localizados abaixo ao músculo esternocleidomastóide 
-> linfonodos jugulares profundos superiores 
- palato mole 
- amigdala palatina 
- porção oral posterior da língua 
- base da língua e laringe supraglótica 
 
-> linfonodos cervicais profundos médios 
- supraglote 
- seio piriforme 
- área cricoide posterior 
 
Diagnóstico 
* a suspeita diagnóstica é puramente clínica (exame físico é essencial -> é para colocar a mão na boca do paciente!) 
* confirma-se o diagnóstico com a identificação do tipo histológico e a localização da lesão 
-> biopsia e exames de imagem 
 
Tratamento 
* o tratamento de CA de boca é eminentemente cirúrgico 
- resseção do tumor com margens de pelo menos 1cm 
- a localização e o tamanho da lesão definem a conduta operatória 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* geralmente realiza-se o esvaziamento cervical eletivo dos linfonodos de nível I, II e III em lesões com mais de 15-20% de chance de 
gerar metástase ocultas 
ex: tumores iniciais de língua ou assoalho bucal 
 
-> pacientes com CA de boca e lindonodomegalia devem ter retirados linfonodos do nível I ao nível V ipsilateral 
 
ex: paciente com tumor inicial de língua margem direita 
- retira linfonodos submentoniano, submandibulares, jugulo-carotídeos médios e inferiores 
 
* a radioterapia e a quimioterapia podem ser utilizadas como opções adjuvantes em casos que o paciente deseja não realizar 
operação cirúrgica ou em casos de tumores muito grandes como estratégia pré-operatória 
 
Possíveis consequências/sequelas do tratamento: 
* perda de mobilidade do ombro 
- lesão do nervo acessório XI 
* xerostomia grave 
* hipoacusia (radiação) 
* anosmia (perda de olfato e sensibilidade gustativa) 
 
CÂNCER DE OROFARINGE 
 
Orofaringe: base de língua, palato mole, área tonsilar (fossa amigdaliana, pilares anterior e posterior e amígdala) e parede faríngea 
posterior. Limita-se, superiormente pelo palato duro, inferiormente pelo osso hioide, anteriormente pelo “v” lingual, posteriormente 
pela parede faríngea posterior e lateralmente palas amigdalas palatinas e pilares amigdalianos posteriores. 
 
* é diferente do CA de boca 
- na orofaringe a drenagem linfática é maior -> maior chance de metástase 
 
Fatores de risco 
- mesmo que o CA de boca (tabagismo, etilismo), mas com grande associação de HPV (p16 e p18) 
-> 25-60% dos CA de orofaringe estão associados com HPV 
* CA com associação por infecção pelo HPV apresentam melhor prognóstico do que aqueles por tabagismo e etilismo 
- apesar de apresentar metástase cervical rápida, CA por HPV apresentam melhor resposta ao tratamento cirúrgico, radioterápico 
ou quimioterapia. 
 
Quadro Clínico e Diagnóstico 
Sintomas 
- odinofagia 
- sensação de corpo estranho na faringe 
- otalgia 
- disfagia (principalmente em lesões de base de língua) 
- trismo (lesões da loja tonsilar) 
- perda de peso 
 
!! é possível paciente apresentar uma lindonodomegalia sem nenhum outro 
sintoma 
-> SEMPRE realizar a palpação de linfonodos cervicais 
Metástases: linfonodos jugulocarotídeos altos (nível II) ipsilaterais a lesão 
 
Exame físico 
- oroscopia 
- palpação do pescoço 
- laringoscopia indireta 
 
Exames de imagem 
- TC com contraste 
 
Tratamento 
* pode ser tanto cirúrgico, quanto por radioterapia e por quimioterapia 
- depende do caso 
 
CÂNCER DE LARINGE 
Anatomia da laringe 
* a laringe é formada por cartilagens, ligamentos e músculos 
* está situada abaixo da hipofaringe (laringofaringe) 
 
Três pares de cartilagem: aritenoide, corniculada e cuneiforme 
Três cartilagens únicas: cricoide, tireóide e epiglote 
!! a cartilagem cricóide é a única que realiza a circunferência completa da traquéia 
 
-> epiglote 
* cartilagem localizada na base da língua 
- normalmente permanece aberta, permitindo a comunicação aérea entre a laringe e o exterior, mas 
fecha a glote durante a deglutição, bloqueando a entrada da laringe e fazendo com que o bolo alimentar 
se dirija obrigatoriamente para o esôfago 
* Na base da língua, anterior à epiglote, encontra-se uma bolsa de cartilagem, ou depressão entre a base da língua e a face ligual da 
epiglote, conhecida como valécula 
- inervada pelo nervo laríngeo superior (ramo do nervo vago – NCX) 
- local onde é colocado a haste do laringoscópio 
 
* a laringe fica fixada no osso hioide 
- nível osso hioide fica entre C3-C4 
 
* a margem superior da laringe situa-se no nível C5 
* a margem inferior da laringe (limite com a traqueia) situa-se na altura 
de C6-C7 
 
Limite superior: margem superior da epiglote 
Limite inferior: cartilagem cricoide (C6-C7) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* a laringe é o órgão da voz 
- comunica a faringe com a traqueia 
* a laringe é larga nas partes craniais (espaço supraglótico) e distais (espaço infraglote) e 
estreita no andar glótico (espaço transglótico) 
-> espaço pré-glótico ou paraglótico 
- localizado ao redor da epiglote formando uma 
faixa em formato de ferradura que contém 
tecido adiposo 
* possui papel na disseminação do CA, já que 
tumores supraglótico frequentemente o invadem 
 
 
 
 
 
 
 
 
Irrigação 
- artérias laríngeas superiores 
- artérias laríngeas inferiores 
 
cartilagem aritenóidea e corniculada 
cartilagem aritenóidea situada sob a cartilagem 
cricoide e a cartilagem corniculada situada no 
ápice da aritenoide 
cartilagem epiglótica 
ligada ao osso hioide e a 
cartilagem tireóidea 
Inervação 
* nervo laríngeo superior: divide-se, dorsalmente ao osso hioide, em dois ramos: o ramo 
interno ou superior propriamente dito e o ramo externo ou inferior. 
- ramo interno do laríngeo superior: principal nervo sensitivo da laringe 
- ramo externo do laríngeo superior: ramo motor que caminha pela parte caudal da cartilagem 
tireóidea, emite filetes para o músculo CT e perfura o ligamento cricotireóideo, ramificando-
se pela mucosa da porção subglótica da laringe e pela mucosa do ventrículo. 
 
 * nervos laríngeo recorrente: desprende-se do nervo vago na parte superior do tórax. 
- a direita, contorna a artéria inominada e, à esquerda, o cajado da aorta, tendo um trajeto 
retrógrado, daí a denominação de recorrente. 
- segue de cada lado, até chegar à laringe, o sulco traqueoesofágíco. 
- emite ramos para esôfago e traqueia, anastomosa-se com o laríngeo superior 
e entra na laringe 
- todos os seus ramos são motores, com exceção daquele que se anastomosa 
com o nervo laríngeo superior. e inferiores 
 
-> o vago vai continuar seu trajeto até chegar no intestino grosso, porém, no 
lado esquerdo, ao passar pela aorta, emite um ramo que abraça o arco da aorta 
e volta para a laringe. Esse ramo é chamado de nervo laríngeo recorrente, ou 
nervo laríngeo inferior. Do lado direito ele abraça o tronco braquiocefálico e 
volta para a laringe. 
 
CA DE LARINGE 
* a laringoscopia e fibroscopia é fundamental parao diagnóstico e avaliação de 
suspeitas de CA de laringe 
- mostra lesão vegetante, infiltrativa ou ulcerativa na laringe 
- a fibroscopia é melhor para avaliar lesões infraglóticas (abaixo das cordas 
vocais) 
* 90% dos CA de laringe são carcinomas epidermóide (CEC) {espinocelular} 
 
Fatores de risco: 
- tabagismo 
- etilismo 
- tabagismo e etilismo associados 
- sexo masculino 
- >60 anos 
 
Quadro Clínico 
- rouquidão por mais de 14 dias 
- disfagia 
- odinofagia 
- tosse persistente 
- dispneia 
- mal hálito 
- otalgia (associada a odinofagia) 
!! estridor laríngeo 
 
-> depende do local acometido (supraglote, glote ou infraglote) 
* 2/3 dos tumores encontram-se na glote (espaço transglótico) 
- disfonia (sinal precoce) 
- são tumores com melhor prognóstico, pois nessa região não há drenagem linfática 
-> mais difíceis de metastizar 
 
* 1/3 dos tumores encontram-se na supraglote (acima das cordas vocais) 
- o principal sintoma é a dor (odinofagia, disfagia e dispneia) 
- paciente fala e respira normal 
-> a região supraglótica é um local de drenagem linfática rica (mais fácil de metastizar) 
 
* CA de laringe na região infraglóticas (abaixo das cordas vocais) são muito raros 
- precisam crescer muito para causar algum sintoma (sintomas tardios) 
Exames de imagem 
Tomografia 
 
O que fazer frente a um paciente com suspeita de CA de laringe? 
1°: exame físico (tocar na boca do paciente!!) e laringoscopia/fibrolaringoscopia 
2°: TC 
3°: biopsia 
 
Tratamento 
Tumores glóticos precoce: radioterapia 
Tumores avançados: laringectomia total -> traqueostomia definitiva + quimioterapia pós-operatória 
 
 CÂNCER DE TIREÓIDE 
Anatomia da tireoide 
* glândula endócrina localizada na região do pescoço, anterior e 
inferior a laringe 
* produz e secreta hormônios tireoidianos (T3, T4) 
Limite superior: cartilagem cricoide 
Limite inferior: incisura supraesternal 
-> nível entre a C5 e T1 
 
Irrigação 
- artéria tireóidea superior (ramo da a. carótida externa) 
- artéria tireóidea inferior (ramo da a. subclávia) 
 
-> a artéria tireóidea superior se divide dentro da glândula em um 
ramo anterior, que segue sobre o istmo, e um ramo posterior, que 
desce posteriormente ao lóbulo. Ambos esses ramos se 
anastomosam com o ramo ascendente da artéria tireóidea inferior. 
-> a artéria tireóidea inferior se divide fora da fáscia pré-traqueal 
em 4-5 ramos que perfuram a fáscia e alcançam o polo inferior do 
glândula para irrigá-la. 
 
 
 
-> a artéria tireóidea superior relaciona-se com o ramo esquerdo do nervo laríngeo superior 
-> a artéria tireóidea inferior pode estar relacionada com o nervo laríngeo recorrente 
 
* o dano a um desses nervos durante a cirurgia pode levar a complicações graves, como rouquidão e afonia (dano nervo laríngeo 
recorrente), prejuízo na emissão de sons de alta frequência e manutenção do timbre vocal e insuficiência glótica (danos ao nervo 
laríngeo superior ramo externo). 
 
 
 
 
 
CA TIREÓIDE 
* o câncer de tireoide é a neoplasia endócrina mais comum e o câncer que mais cresce nos Estados Unidos. 
* é mais comum em mulheres, com uma proporção de 3:1 entre mulheres e homens 
- é o quinto câncer mais comum em mulheres. 
 
* apesar de a incidência de CA de tireoide vir aumentando a taxa de mortalidade se manteve inalterada 
- 50% das mulheres irão apresentar algum nódulo tireoidiano até os 40 anos 
- o câncer de tireoide tem uma sobrevida estimada em 5 anos de 98,1% em geral: 99,9% para doença localizada e 55,5% para doença 
distante 
 
-> existem dois tipos histológicos principais de tumores malignos da tireoide 
- carcinoma papilífero (90% dos casos -> excelente prognóstico) 
- carcinoma folicular 
- células de Hurthle (variante mais agressiva do câncer folicular) 
- células oxifílicas 
Fatores de risco 
- exposição à radiação ionizante (na infância ou adolescência) 
- história familiar (parente de 1°) 
- obesidade 
(o tabagismo é um fator protetor) 
* Por ser um tumor de curso indolente e de excelente sobrevida na maioria dos casos, é importante agrupar pacientes de acordo 
com a probabilidade prognóstica de uma boa ou má evolução 
Pacientes de baixo risco 
- <45 anos (fator prognóstico de maior relevância) 
- tumores pequenos, de baixo grau e sem extensão local 
- sem metástase 
- ressecção cirúrgica completa 
 
Sintomas 
* maioria é assintomática (90%) 
- dispneia 
- disfagia 
- crescimento recente da glândula 
- disfonia (evento rato e altamente suspeito de invasão local em nervo laríngeo recorrente) 
!! é incomum a queixa de dor ou sinais de compressão 
 
Quadro clínico típico: um nódulo de consistência endurecida na tireoide com crescimento lento, com paciente apresentando 
eutireoidismo. 
!! é extremamente raro um câncer em bócio difuso 
 
* é preciso pesquisar com cuidado as cadeias linfáticas cervicais – em busca de metástase 
 
Investigação 
* TSH e T4 livre (descartar hipertireoidismo) 
* US Dopple 
* PAAF 
 
!! não há recomendação de US da tireoide como exame de rotina 
- deve ser realizada apenas quando houver suspeita de nódulo à palpação da tireoide 
 
*Critérios para pedir biopsia da tireoide 
- a investigação adicional do nódulo de tireoide com PAAF deve ser realizada de acordo com o seu risco de malignidade, definido a 
partir de suas características ecográficas e não apenas o seu tamanho 
 
-> Classificação TI-RADS 
* são se biopsia nódulos <1cm 
- exceto: 
o pacientes de alto risco de malignidade (histórico familiar, radioterapia anterior na linha média ou exposição à radiação ionizante) 
o paciente com características ecográficas suspeitas e com linfonodo cervical aumentado 
-> características de malignidade: nódulo hipoecoico, com microcalcificações, margens irregulares, mais alto do que largo na visão 
transversal. 
!! nenhum achado isolado é diagnóstico de malignidade, mas sua associação aumenta a probabilidade de neoplasia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* o intervalo ideal de ecografias de acompanhamento para nódulos que não atendem critérios de tamanho para PAAF varia na 
literatura, mas é consenso que esses pacientes devem ser acompanhados através do exame físico com palpação de tireoide a cada 
consulta. 
- a periodicidade de novos exames ecográficos é definida a partir dos critérios utilizados para definição de risco de malignidade. 
 
Tratamento 
* cirúrgico (tireoidectomia) 
-> complicações da cirurgia 
* paralisia da corda vocal transitória ou permanente (lesão ao nervo laríngeo recorrente) 
* hipoparatireoidismo -> hipocalemia -> parestesia no corpo todo e câimbra 
 - o paciente torna-se muito ansioso (sensação de morte) e logo evolui para tetania 
- hematoma 
- infecção 
- fibrose 
 
* mesmo que o paciente apresente metástases no momento do diagnóstico o tratamento cirúrgico está indicado (tumores bem 
diferenciados). 
 
-> Iodo radioativo em casos selecionados e na presença de metástases (após a cirurgia) 
 
* nódulos menores que 1,5cm com confirmação citopatológica de carcinoma papilífero podem NÃO ser tratados em alguns casos. 
* quimioterapia/imunoterapia é raramente empregada

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