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TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS A Abordagem Humanística ocorre com o aparecimento da Teoria das Relações Humanas, nos Estados Unidos a partir da década de 1930. Ela surgiu graças ao desenvolvimento das Ciências Sociais, notadamente a Psicologia. Esta passou por duas etapas em seu desenvolvimento: a) A análise do trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho: analisava as características humanas que cada tarefa exige do executante e as características por meio de testes psicológicos. Os temas predominantes são a seleção de pessoal, orientação profissional, treinamentos e métodos de aprendizagem e estudo dos acidentes e da fadiga. b) A adaptação do trabalho ao trabalhador: Nesta etapa, a Psicologia está voltada para os aspectos individuais e sociais do trabalho, que predominam sobre aspectos produtivos. Os temas predominantes são o estudo da personalidade do trabalhador e do gerente, a motivação e os incentivos do trabalho, a liderança, as comunicações e as relações interpessoais e sociais dentro da organização. TEORIAS TRANSITIVAS Já em meio à Teoria Clássica e antecipando-se à Teoria das Relações Humanas, surgiram autores que – apesar de defenderem os princípios clássicos – iniciaram um trabalho pioneiro de revisão, de crítica e de reformulação das bases da Teoria Administrativa. Alguns autores podem ser colocados nessa zona de transição entre classicismo e humanismo na Administração, tais como: 1. Hugo Munsterberg (1863-1916). Foi o introdutor da psicologia aplicada nas organizações e do uso de testes de seleção de pessoal; 2. Ordway Tead (1860-1933). Foi o pioneiro a tratar da liderança democrática na administração; 3. Mary Parker Follett (1868-1933). Introduziu a corrente psicológica na Administração. É a situação concreta que deve determinar o que é certo e o que é errado. 4. Chester Barnard (1886-1961). Introduziu a teoria da cooperação na organização. Como as pessoas têm limitações pessoais (biológicas, físicas e psicológicas) elas precisam superá-las por meio do trabalho conjunto.] TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS – Humanizando as Empresas A Teoria das Relações Humanas, surgiu nos Estados Unidos, como conseqüência das conclusões da Experiência de Hawthorne, desenvolvida por Mayo e colaboradores. Foi um movimento de reação e oposição à Teoria Clássica da Administração. AS ORIGENS DA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS A Teoria das Relações Humanas tem suas origens nos seguintes fatos: 1. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração – libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões de vida do povo Americano. 2. O desenvolvimento das ciências humanas – principalmente a psicologia, bem como sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações á organização industrial. As ciências humanas vieram demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria Clássica. 3. As idéias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de Kurt Lewin - foram fundamentais para o humanismo na Administração. 4. As conclusões da Experiência de Hawthorne – realizada entre 1927 e 1932, sob a coordenação de Elton Mayo, que puseram em xeque os principais postulados da Teoria Clássica da Administração. A EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE Em 1924, a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos fez uma pesquisa para verificar a correlação entre produtividade e iluminação do local do trabalho, dentro dos pressupostos da Administração Científica. Pouco antes, Mayo conduzira uma pesquisa em uma indústria têxtil com elevadíssima rotatividade de pessoal ao redor de 250% ao ano e que havia tentado inutilmente vários incentivos salariais. Mayo introduziu um intervalo de descanso, delegou aos operários a decisão sobre horários de produção e contratou uma enfermeira. Em pouco tempo, emergiu um espírito de grupo, a produção aumentou e a rotatividade do pessoal diminuiu. Em 1927, o Conselho Nacional de Pesquisas iniciou uma experiência na fábrica de Hawthorne em Chicago para avaliar a correlação entre iluminação e eficiência dos operários, medida por meio da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo, e estendeu-se à fadiga, aos acidentes no trabalho, á rotatividade do pessoal e ao efeito das condições de trabalho sobre produtividade do pessoal. Os pesquisadores verificaram que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica. Tentaram eliminar ou neutralizar o fator psicológico o que fez a experiência se prolongar até 1932. A PRIMEIRA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE Foram escolhidos dois grupos de operários que faziam o mesmo trabalho e em condições idênticas: um grupo de observação trabalhava sob intensidade de luz variável, enquanto o grupo de controle tinha intensidade constante. Comprovou-se a preponderância do fator psicológico sobre o fator fisiológico. A SEGUNDA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE A segunda fase iniciou em 1927, foi criado um grupo de observação: cinco moças montavam os relés, enquanto uma sexta operária fornecia as peças para abastecer o trabalho. A pesquisa com o grupo experimental foi dividida em 12 períodos, a experiência trouxe as seguintes conclusões: TERCEIRA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE Os pesquisadores se afastaram do objetivo inicial de verificar as condições físicas de trabalho e passam a se fixar nos estudos das relações humanas no trabalho. Em 1931 adotou-se a técnica da entrevista não-diretiva, que permitia que o funcionário falasse livremente, sem que o entrevistador desviasse o assunto ou tentasse impor um roteiro prévio. QUARTA FASE DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE Foi escolhido um grupo experimental para trabalhar em uma sala especial. O sistema do pagamento era baseado na produção do grupo, com isso observou a organização informal dos operários. Essa quarta fase permitiu o estudo das relações entre a organização informal dos empregados e a formal da fábrica CONCLUSÕES DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE Suas conclusões são as seguintes: a) O nível de produção é resultante da integração social; b) Comportamento social dos empregados; c) Recompensas e sanções sociais; d) Grupos Informais; e) Relações humanas; f) Importância do conteúdo do cargo; g)Ênfase nos aspectos emocionais
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