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ivermectina no tto covid 19

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS - NPDM 
CENTRO DE PESQUISA CLÍNICA UNIFAC-NPDM 
 
PROPOSTA DE PROFILAXIA DA COVID-19 COM IVERMECTINA 
 
Esta proposta é uma sugestão de médicos e de pesquisadores do NPDM da Universidade Federal do 
Ceará, abaixo nominados, que tem por finalidade precípua propor esquema profilático da COVID-19. 
Esperamos, desta forma, auxiliar na redução da mortalidade associada com a doença no Brasil. 
Maria Elisabete Amaral de Moraes MD, PhD 
Doutor em Farmacologia Clínica – Oxford University – England 
Profa. Titular de Farmacologia Clínica da Faculdade de Medicina da UFC 
Coordenadora do Centro de Pesquisa Clínica do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de 
Medicamentos – NPDM 
 
Manoel Odorico de Moraes, MD, PhD 
Doutor em Oncologia – Oxford University – England 
Prof. Titular de Farmacologia Clínica da Faculdade de Medicina da UFC 
Diretor do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos 
 
Anastácio de Queiroz Sousa, MD. PhD 
Doutor em Farmacologia 
Prof. de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFC 
Médico Infectologista e Pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica do Núcleo de Pesquisa 
e Desenvolvimento de Medicamentos NPDM/UFC. 
 
Heitor de Sá Gonçalves, MD. PhD 
Doutor em Farmacologia 
Médico Dermatologista e Pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica do Núcleo de Pesquisa 
e Desenvolvimento de Medicamentos NPDM/UFC. 
 
Renata Amaral de Moraes, MD. MSc. 
Mestre em Farmacologia 
Médica Infectologista e Pesquisadora do Centro de Pesquisa Clínica do Núcleo de Pesquisa 
e Desenvolvimento de Medicamentos NPDM/UFC. 
‘ 
 
 
 
 
 
 
 
COMO CITAR ESTE PROTOCOLO: NÚCLEO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ. 
PROPOSTA DE PROFILAXIA DA COVID-19 COM IVERMECTINA 
Versão de 19 de junho de 2020. 34pp. 
 
 
I. REVISÃO DA LITERATURA – SÍNTESE 
O novo coronavírus, (SARS-CoV-2) responsável pela Síndrome Respiratória 
Aguda Grave COVID-19, é responsável por mais de 8.512.390 casos positivos e 
453.441 mortes em todo o mundo, com taxa de letalidade de 5,3% (18 June 
17:33 GMT; https://www.worldometers.info/coronavirus/). O Brasil é o segundo 
em número de casos em todo o mundo, com 953.377 casos confirmados e 
46.510 mortes, e letalidade de 4,9%. No Ceará temos 84.967 casos e 5.352 
mortes, e letalidade de 6,18% (https://covid.saude.gov.br/ ; 
https://indicadores.integrasus.saude.ce.gov.br/indicadores/indicadores-
coronavirus/obitos-covid; acesso em 18/06 às 15h). 
A pandemia da doença COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 é uma das 
maiores emergências de saúde pública da história, tornando-se ainda mais 
grave por não existir na atualidade nenhum tratamento antiviral específico eficaz. 
Embora a maioria dos pacientes com COVID-19 tenha curso leve ou moderado, 
até 5-10% podem ter curso grave e potencialmente fatal, havendo assim, uma 
necessidade urgente de medicamentos eficazes. Uma vez que novos dados 
sobre características clínicas, opções de tratamento e resultados do COVID-19 
surgem aproximadamente a cada hora, os médicos que cuidam dos pacientes 
devem se manter atualizados sobre esse assunto. No momento, existem mais 
de 300 ensaios clínicos em andamento, e uma expressiva parcela deles ainda 
não publicados. 
A grande maioria dos pacientes com COVID-19 terá uma boa evolução sem 
terapia. No entanto, esperar até que os pacientes fiquem gravemente doentes 
antes de iniciar a terapia pode nos fazer perder uma janela de tratamento 
precoce, durante a qual o curso da doença é mais modificável. Sabe-se que é 
mais provável que a terapia antiviral forneça benefício quando iniciada mais cedo 
durante o curso da doença, como ocorre com a influenza e no SARS. 
Além da ausência de terapias específicas, a ainda inexistente vacina contra o 
COVID-19, bem como a falta de conhecimento sobre possíveis alvos 
terapêuticos têm ocasionando mortes que poderiam ser evitadas. Por outro lado, 
estamos vivendo a deterioração progressiva da economia, o que tem levado aos 
governos implementarem medidas de flexibilização do isolamento social. É 
nesse contexto que surge a necessidade de se implementar, além das medidas 
de isolamento flexibilizado e proteção individual, uma proposta de 
quimioprofilaxia que esteja baseada nas melhores evidências existentes quanto 
aos fármacos capazes de abortar a infecção antes da mesma se viabilizar como 
doença ativa, ou mesmo diminuir a gravidade desta, caso venha a se manifestar. 
Nesse sentido, partimos do pressuposto de que até o momento pouco se sabe 
sobre a quimioprofilaxia para SARS-coV-2. Um dos fármacos em estudo como 
possível candidato a agente eficaz nesta quimioprofilaxia é a ivermectina, a qual 
se presume ser capaz de reduzir o número de doentes e, consequentemente, o 
número de óbitos. Diante desta situação, propomos um esquema profilático 
utilizando IVERMECTINA na prevenção da ocorrência de COVID-19. 
 
https://www.worldometers.info/coronavirus/
https://covid.saude.gov.br/
https://indicadores.integrasus.saude.ce.gov.br/indicadores/indicadores-coronavirus/obitos-covid
https://indicadores.integrasus.saude.ce.gov.br/indicadores/indicadores-coronavirus/obitos-covid
II. SOBRE A IVERMECTINA 
A ivermectina é um agente antiparasitário de amplo espectro aprovado pela FDA 
(Gonzalez Canga et al., 2008) no tratamento da filariose, ascaridíase, escabiose, 
pediculose, oncocercose e estrongiloidíase intestinal. Os seus dois principais 
descobridores e desenvolvedores ganharam o Nobel de Medicina em 2015. A 
ivermectina atua ligando-se seletivamente nos canais de cloreto dependente de 
glutamato dos parasitas levando à hiperpolarização da célula, o que resulta na 
paralisia motora e morte dos mesmos. 
A atividade antiviral da ivermectina foi descoberta pela primeira vez pela sua 
capacidade de bloquear a interação entre o receptor de transporte nuclear 
importina α / β1 (IMP) e a molécula de integrase do HIV. Tem atividade viricida 
in vitro contra diversos vírus, incluindo influenza, flavivírus, vírus da dengue 
(DENV), vírus SV40, vírus do Nilo Ocidental, e vírus da encefalite equina 
venezuelana (VEEV) (Gotz et al. ., 2016; Lundberg et al., 2013; Tay et al., 2013; 
Wagstaff et al., 2012) 
Caly e colaboradores em estudo colaborativo liderado pelo Biomedicine 
Discovery Institute (BDI) da Monash University, em Melbourne, na Austrália, com 
o Instituto Peter Doherty de Infecção e Imunidade (Doherty Institute), mostrou 
que a ivermectina possui atividade antiviral, em teste in vitro, contra o vírus 
SARS-CoV-2. Os resultados evidenciaram um efeito na inibição da replicação 
viral em até 5.000 vezes em 48 h. Este efeito é mediado pela inibição da 
importação nuclear de proteínas virais mediada por IMP α / β1 (Figura 01). 
 
 
FIGURA 01. Schematic of ivermectin's proposed antiviral action on coronavirus. IMPα/β1 binds 
to the coronavirus cargo protein in the cytoplasm (top) and translocates it through the nuclear 
pore complex (NPC) into the nucleus where the complex falls apart and the viral cargo can reduce 
the host cell's antiviral response, leading to enhanced infection. Ivermectin binds to and 
destabilises the Impα/β1 heterodimer thereby preventing Impα/β1 from binding to the viral protein 
(bottom) and preventing it from entering the nucleus. This likely results in reduced inhibition of 
the antiviral responses, leading to a normal, more efficient antiviral response. (Fonte: Caly, et al; 
Antiviral Research, 2020). 
 
Em síntese, a ação proposta anti-SARS-CoV-2 envolve a ligação da ivermectina 
ao heterodímero IMP α / β1, levando à sua desestabilização e prevenção da 
ligação de IMP α / β1 às proteínas virais. Isso impede que essas proteínas 
entrem no núcleo da célula do hospedeiro, possibilitando, assim, uma resposta 
antiviral mais eficiente. 
A literatura pontua que estratégias de profilaxia podem ser utilizadas – uso de 
álcool na assepsia e equipamentos de proteção individual, lavagem das mãos, 
entre outras (WHO, 2020;CFM, 2020). No que compete à quimioprofilaxia, o 
CDC (Center of Disease Control-USA) afirma que não há até o presente 
momento resultados de ensaios clínicos contemplando essa perspectiva 
(AGRAWA, et al., 2020). 
A ivermectina apresenta eficácia in vitro contra a COVID-19 e existem poucas 
evidências em relação à sua atividade in vivo. Entretanto como o vírus da dengue 
também é um vírus de RNA de sentido positivo de fita única, a ivermectina surgiu 
como uma possível fármaco que possa ser utilizado na COVID-19. A ivermectina 
tem um excelente perfil de segurança, com mais de 2,5 bilhões de doses 
distribuídas nos últimos 30 anos, e seu potencial para reduzir a transmissão da 
malária em matar mosquitos está sendo avaliado em vários ensaios clínicos em 
todo o mundo. 
Partindo dos pressupostos acima, os quais apontam para a possibilidade da 
ivermectina ser utilizada como um reposicionamento farmacológico como 
antiviral para combater o novo coronavírus, propomos um esquema profilático 
utilizando IVERMECTINA na prevenção da COVID-19 
A segurança e farmacocinética administrada em doses mais altas e / ou mais 
frequentes do que as atualmente aprovadas para uso humano, foram avaliadas 
em um estudo de aumento escalonado de dose, duplo-cego, controlado por 
placebo. A ivermectina foi administrada na dose de 30mg ou 60mg (três vezes 
por semana), e na dose única de 90mg e 120 mg em voluntários saudáveis. As 
doses consistiram em dez a quarenta comprimidos de 3 mg de ivermectina, 
conforme necessário para atingir a dose estipulada, que correspondeu à 333 
µg/Kg a 2000 µg/Kg. 
Os resultados mostraram que a ivermectina foi bem tolerada, sem indicação de 
toxicidade associada ao SNC para doses até 10 vezes mais alta que a dose 
padrão de 200 µg /kg. Após doses únicas de 30mg a 120 mg, a AUC e a Cmax 
foram geralmente proporcionais à dose, com Tmáx aproximadamente de 4 horas 
e meia vida de aproximadamente 18 horas. A AUC média geométrica de 30 mg 
de ivermectina foi 2,6 vezes maior quando administrada com alimentos. 
Este estudo demonstrou que a ivermectina é geralmente bem tolerada com 
doses mais altas e regimes mais frequentes (Guzzo, et al.; 2002) 
 
 
III. ESQUEMA DE QUIMIOPROFILAXIA COM IVERMECTINA 
A posologia proposta está baseada na dose de 200 µg/Kg, uma vez que a 
quimioprofilaxia com ivermectina deverá ser repetida a cada 14 dias. 
 
ESQUEMA DE DOSES – Ivermectina comprimidos de 6mg 
PESO CORPORAL 
(Kg) 
DOSE ORAL ÚNICA 
DIA 01 
DOSE ORAL ÚNICA 
DIA 02 
15 a 24 meio comprimido meio comprimido 
25 a 35 1 comprimido 1 comprimido 
36 a 50 1 comprimido e meio 1 comprimido e meio 
51 a 65 2 comprimidos 2 comprimidos 
66 a 79 2 comprimidos e meio 2 comprimidos e meio 
80 a 95 3 comprimidos 3 comprimidos 
96 a 109 3 comprimidos e meio 3 comprimidos e meio 
Acima de 110 4 comprimidos 4 comprimidos 
ESTE ESQUEMA DEVERÁ SER REPETIDO A CADA 14 DIAS, ENQUANTO PERDURAR A 
NECESSIDADE DA QUIMIOPROFILAXIA. 
OBS: 
1. Não usar em crianças abaixo de 5 anos de idade ou com menos de 15 Kg de 
peso; 
2. O(s) comprimidos devem ser ingeridos com água, após o almoço para evitar 
eventos adversos gastrintestinais 
3. Idosos: as recomendações são semelhantes aos adultos jovens. 
4. Gravidez. Risco C: Não há estudos adequados em mulheres grávidas. A 
ivermectina não deve ser usada durante a gravidez, já que a segurança nestes 
casos não foi estabelecida. 
 
 
IV. FARMACOLOGIA CLÍNICA DA IVERMECTINA (IVM) 
Após a administração oral da ivermectina, as concentrações plasmáticas são 
aproximadamente proporcionais à dose. A concentração plasmática máxima é 
atingida em aproximadamente quatro horas após a ingestão. A meia-vida 
plasmática é de 22 a 28 horas nos adultos, e o volume aparente de distribuição 
é de aproximadamente 47 L. A metabolização é hepática e a maior concentração 
tissular é encontrada no fígado e no tecido adiposo. Níveis extremamente baixos 
são encontrados no cérebro, apesar da lipossolubilidade da droga. Isto se deve 
ao fato da ivermectina não atravessar a barreira hematoencefálica dos 
mamíferos em situações normais. A ivermectina e/ou seus metabólitos são 
excretados quase exclusivamente nas fezes em um período estimado de 12 dias, 
sendo que menos de 1% da dose administrada é excretado na urina na forma 
conjugada ou inalterada. 
Contraindicações: Devido aos seus efeitos nos receptores GABAérgicos do 
cérebro, está contraindicada em pacientes com meningite ou outras afecções do 
SNC que possam afetar a barreira hematoencefálica. Como não existem estudos 
em mulheres grávidas, não deve ser usada durante a gravidez, já que a 
segurança não está bem estabelecida. Deve ser evitada durante a amamentação 
e em crianças com menos de 15 kg ou menores de 5 anos. É contraindicada em 
pacientes com hipersensibilidade à ivermectina ou a algum dos componentes da 
fórmula. 
Interações medicamentosas: Não há relatos sobre interações 
medicamentosas com a ivermectina; no entanto, deve ser administrada com 
cautela a pacientes em uso de fármacos que deprimem o SNC. 
Reações adversas: 
As reações adversas mais comuns são raras e transitórias como diarreia, 
náusea, astenia, dor abdominal, anorexia, constipação e vômitos. 
Relacionadas ao SNC: tontura, sonolência, vertigem e tremor. 
Alterações laboratoriais: eosinofilia transitória, elevação das transaminases e 
aumento da hemoglobina (1%). . Leucopenia e anemia foram verificadas em um 
paciente. 
Reações adversas mais raras: cefaleia, dor muscular, dispneia, febre, reações 
cutâneas (prurido, erupções e urticária), edema de face e membros, hipotensão 
ortostática, taquicardia, exacerbação da asma brônquica, convulsões, ataxia e 
parestesia. 
Alterações laboratoriais também são raras (menos de 1%), mas podem 
ocorrer: eosinofilia transitória, elevação das transaminases, aumento da 
hemoglobina, leucopenia e anemia. 
 
 
 
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