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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE POLO SERTÂNIA CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS JOSÉ DIEGO DE REZENDE CÍNTIA DO EGITO GOMES Processos de Transferência de Genes entre Bactérias. SERTÂNIA – PE 2022 JOSÉ DIEGO DE REZENDE CÍNTIA DO EGITO GOMES Processos de Transferência de Genes entre Bactérias. Trabalho apresentado a Tutora Ellen Karine Lopes Antunino da disciplina Microbiologia, curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, ministrado pela Universidade de Pernambuco – UPE/Polo Sertânia, em cumprimento às exigências para conclusão da disciplina. SERTÂNIA – PE 2022 Transformação Bacteriana: Frederick Griffith foi um bacteriologista que provou que as bactérias sofrem transformação Seu experimento de 1928 envolveu camundongos sendo infectados com bactérias A bactéria se transformou para criar uma cepa que poderia sobreviver ao sistema imunológico do rato A transdução foi descoberta na década de 1950 pelos microbiologistas Norman Zinder e Joshua Lederberg enquanto estudavam salmonelas. É um dos tipos mais importantes de transferência de genes, permitindo que o DNA bacteriano se mova entre as células. Os vírus que infectam bactérias, chamados bacteriófagos, tornam possível a transdução. Características gerais O grupo é composto por bactérias e cianobactérias(que fazem fotossíntese, também chamadas de cianofíceas). São organismos procariontes, ou seja, que possuem seu material genético sem nenhuma membrana protetora (carioteca). Esse material genético (DNA) é circular, associado a proteínas que são diferentes das histonas (presentes apenas no núcleo de células eucariontes) e formam uma massa relativamente compacta no citoplasma, o nucleoide (oide = que se assemelha a algo; portanto: nucleoide =similar a um núcleo, mas não é) . Além do genoma bacteriano (o DNA circular), algumas bactérias podem conter plasmídeos, pequenos segmentos de DNA obtidos no meio ou por meio de outras bactérias. Os plasmídeos replicam-se independentemente do DNA bacteriano e conferem características especiais às bactérias, como resistência a antibióticos, toxicidade, capacidade a agir em conjunto com outras bactérias, etc. As bactérias se reproduzem de forma assexuada, em um processo conhecido como divisão binária ou cissiparidade. Nesse processo, o DNA bacteriano se fixa à parede celular e é duplicado, indo cada novo material genético para a extremidade da célula. Depois, o citoplasma é estrangulado, dando origem a duas células distintas. Notem que esse mecanismo de reprodução não aumenta a variabilidade genética, como ocorre na reprodução sexuada em células eucariontes. Então, se bactérias só se dividem assexuadamente, você pode se perguntar como uma bactéria aumenta sua variabilidade genética. Além da mutação, que pode ocorrer em qualquer organismo vivo, a variabilidade genética em bactérias pode vir por meio de outros fenômenos, como a conjugação, a transdução e a transformação. Pois bem, esses três fenômenos são mecanismos de transferência horizontal de genes (movimento dos genes de um lugar para outro sem que esteja ligado à herança do material genético da célula-mãe para as filhas. Estes outros mecanismos são chamados de transferência vertical, ou seja, de uma geração para a próxima). Alguns autores podem chamar esses processos de “reprodução sexuada” das bactérias, contudo, como falado anteriormente, isso não é reprodução, mas sim um conjunto de alternativas para o aumento da variabilidade genética que independe da reprodução. Conjugação: é a transferência de material genético a partir de uma bactéria doadora para uma receptora. A bactéria doadora geralmente possui pili (que é o plural de pilus, pelos). (Às vezes são também chamados de pelos sexuais). Por meio deles a bactéria que os possui consegue se ligar e se aproximar de uma bactéria que não os possui, para fazer em seguida uma conexão momentânea entre citoplasmas. Através dessa ligação uma fita de material genético da doadora (plasmídeos) é passada à receptora. Nesses casos, é comum que a célula receptora adquira características semelhantes à da doadora, vindos desse plasmídeo, como o surgimento dos mesmos pili e algum potencial de virulência ou resistência a medicamentos. As bactérias que possuem os pili e, por consequência, o plasmídeo a ser doado, são chamadas de positivas, enquanto as que não possuem são chamados de negativas. Transdução: consiste na transferência de material genético por meio de um vírus, quando este acidentalmente sai de uma bactéria destruída e carrega parte do DNA bacteriano, em vez da informação necessária para a confecção de novas cópias virais. Isso é comum após a infecção viral, nas últimas etapas do ciclo do vírus, quando novas cópias virais são montadas dentro da célula hospedeira. Acidentalmente , alguns vírus podem englobar materiais genéticos destruídos da bactéria parasitada. Nesse caso, este vírus possuirá toda a estrutura viral para a infecção de uma nova bactéria, mas o material genético que está dentro da cápsula não é viral e por isso não usurpará a bactéria, tampouco causará sua destruição. Ao contrário, poderá trazer alguma novidade genética à bactéria que a adquire. Transformação: Assim como a reprodução bacteriana é muito rápida, a morte delas também é muitíssimo frequente, fenômeno na qual a bactéria se estoura e expõe seu material genético no ambiente. A Transformação consiste em uma bactéria obter esse material genético exposto no ambiente e internalizá-lo. Nem todas as bactérias conseguem fazer isso. Inclusive, bactérias que conseguem fazer isso podem ser bastante tóxicas. A primeira bactéria descoberta a fazer isso foi a Streptococcus pneumoniae. Bactérias que conseguem fazer isso são chamadas de competentes. Hoje em dia esse fenômeno tem sido utilizado na biologia molecular para a produção de moléculas humanas em bactérias, como insulina ou fatores de crescimento ou de coagulação sanguínea.
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