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Dermatoses Eritemoescamosas

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Dermatoses eritematoescamosas 
Psoríase 
Definição 
 Doença imunoinflamatória, cutaneoarticular, 
crônica e recorrente que se caracteriza por 
hiperplasia epidérmica, ciclo evolutivo acelerado dos 
queratinócitos e ativação imune inapropriada. 
Epidemiologia 
 Acomete ambos os sexos. 
 Pode ocorrer em qualquer faixa etária. 
 Rara em negros e japoneses e quase inexistente 
entre indígenas. 
Etiologia 
 Pacientes que iniciam antes dos 40 anos tem 
predisposição familiar. 
 Multifatorial. 
 Herança poligênica e requer fatores ambientais para 
sua expressão. 
Patogenia 
 É mediada pelo linfócito T, sendo o TNF-alfa uma 
das principais citoquinas implicadas na patogênese da 
doença. 
 Na epiderme, o ciclo celular dos queratinócitos está 
bastante encurtado - na psoríase é de 5 dias, na pele 
normal é de 13 dias. 
 Na placa psoriásica, há células T (CD4) ativadas 
secretando linfocinas, células apresentadoras de 
antígenos ativadas como células de Langerhans, 
macrófagos e outras células dendríticas, 
polimorfonucleares aumentados e queratinócitos 
hiperproliferados. 
Histopatologia 
 Paraceratose – aparecimento de núcleo nas células 
da camada córnea. 
 Ausência da camada granulosa. 
 Acantose - espessamento da camada espinhosa. 
 Atrofia das aéreas suprapapilares. 
 Papilomatose – projeção das papilas dérmicas sobre 
a epiderme. 
 Infiltrado inflamatório misto na derme papilar. 
Fatores desencadeantes 
 Trauma e microtraumatismos cutâneos (Koebner) 
e/ou articulares. 
 Clima. 
 Infecções (HIV, dengue, estreptococcias e outros). 
 Distúrbios endócrinos e metabólicos. 
 Estresse emocional. 
 Fumo e álcool. 
 Medicamentos (lítio, antimaláricos, AINES, 
betabloqueadores seletivos ou não, IECA e análogos 
dos receptores tipo II da angiotensina). 
Manifestações clínicas 
 As lesões típicas são eritematoescamosas, em 
placas, de limites bem precisos e, por vezes, 
circundadas por halo periférico claro (halo de 
Woronoff); as escamas são, em geral, argênticas. 
 Simétricas. 
 Podem ter casos de lesão única e isolada. 
 O tamanho varia de alguns milímetros (psoríase 
gutata) a grandes placas. 
 Morfologia é variada: numular, girata, anular, 
arredondadas, policíclicas e outras. 
 Locais mais frequentes: face extensora dos 
membros (cotovelos e joelhos), tronco, região sacra e 
couro cabeludo; áreas de flexão (psoríase invertida). 
 Lesões de mucosas são raras, mas podem ocorrer 
queilite, glossite, língua fissurada e língua geográfica, 
blefarite, conjuntivite e ceratite. 
 
 
 
 Acometimento das unhas: 
● Depressões cupuliformes ou puntiformes (pitting 
ungueal) ou unha em dedal, leuconiquia (manchas 
brancas na lâmina ungueal) ou "esfarelamento" da 
unha; 
● Unhas estão comprometidas em 35 a 50% dos 
pacientes com psoríase e em até 83% daqueles com 
doença articular. 
 
● Onicólise - quando o acometimento é do leito 
ungueal. Raramente, é a única manifestação da 
doença. 
 
 Prurido: 
● Presente em 80% dos pacientes, relação com o 
processo inflamatório; 
● Sensação de queimação e até de "dor" na pele. 
Tipos de manifestações 
Vulgar ou em placas 
 É a apresentação típica. 
 Forma mais comum e uma das mais benignas. 
 Curso crônico e flutuante. 
 
Gutata ou eruptiva 
 Início abrupto. 
 Lesões pequenas e arredondadas, 
predominantemente no tronco. 
 Ocorre frequentemente 2 a 3 semanas após 
estreptococcia do trato respiratório superior, em 
adultos jovens e crianças. 
 O uso de antibióticos não muda a evolução do 
quadro. 
 33% dos pacientes evoluem para psoríase em placa 
em 10 anos. 
 
Pustulosa 
 Caracteriza-se por pústulas estéreis. 
 Apresentação generalizada (Doença de von 
Zumbusch). 
 Eventualmente com morfologia anular, que tem 
início súbito, febre, comprometimento geral e 
leucocitose que pode evoluir para êxito letal; e 
apresentações localizadas (palmoplantar, 
acrodermatite contínua de Hallopeau). 
 Principal fator desencadeante: suspensão abrupta 
de corticosteroides sistêmicos. 
 
 Impetigo herpetiforme: variante de psoríase 
pustulosa generalizada que ocorre durante a gravidez, 
com febre e comprometimento geral intenso e 
hipocalcemia, podendo provocar abortamento. 
Eritrodérmica 
 Quando mais de 80% do tegumento está 
comprometido. 
 Eritema e descamação por quase todo o corpo. 
 Geralmente secundária e costuma decorrer de 
tratamentos intempestivos ou pela retirada do 
corticoide (rebote), alguns casos podem ser primários. 
 
Ungueal 
 Caracterizada pela localização exclusiva da psoríase, 
seu valor semiológico é grande, considerando sua 
associação (80 a 90%) à artrite psoriásica. 
Linear ou zosteriforme 
 São tipos de difícil 
diferenciação com os nevos 
epidérmicos zosteriformes, em 
especial com o tipo inflamatório 
(NEVIL). 
Invertida 
 É quando as lesões se situam 
nas áreas de flexura. 
 Ocorre com frequência em HIV-infectados e 
melanodérmico. 
 
Mínima 
 Restringe-se a pequenas lesões persistentes ou 
intermitentes, em geral eritematoescamosas. 
 Às vezes com vesículas e/ou pústulas. 
 Se localizam preferencialmente em um ou vários 
dígitos. 
Ceratodérmica 
 Palmas e plantas espessadas e descamativas podem 
ser a única manifestação da doença ou fazer parte do 
quadro. 
 
Artropática 
 Artrite crônica inflamatória soronegativa. 
 Afeta igualmente ambos os sexos, e compromete de 
5 a 40% dos pacientes com psoríase. 
 Maior frequência: tipo ungueal, em placas, 
eritrodérmico e pustuloso. 
 Atualmente, são incluídas como manifestações da 
forma artropática a entesite e a dactilite. 
 Dedos em salsicha: 
resultado da inflamação 
intensa das estruturas 
periarticulares como 
tendões e ligamentos, 
afetando suas bainhas 
nos locais de inserção. 
Diagnóstico 
 Clínico: 
● Curetagem metódica de Brocq; 
● Sinal de Auspitz. 
 Laboratório: 
● Inespecífico; 
● Eventuais aumentos de ácido úrico nas 
apresentações extensas e ativas; 
● Ct2-globulina e PCR elevadas nas formas 
artropáticas; 
● Leucocitose ocorre nas apresentações pustulosas 
extensas e agudas; 
● Hipocalemia (impetigo herpetiforme). 
* Na dúvida – biopsia 
Tratamento 
 Deve ser feito de acordo com o tipo de Psoríase. 
 Tratamento deve ser individualizado para cada 
paciente. 
 Não existe tratamento definitivo, objetivo – 
controle. 
 Em geral, a terapia mais usada envolve: 
● Corticosteroides; 
● Fototerapia; 
● Derivados de vitamina A; 
● AINES; 
● Imunossupressores; 
● Terapia sistêmica - tratamento biológico (casos 
graves e sem resposta ao tratamento inicial). 
 Para a psoríase leve, opta-se pelos tratamentos 
tópicos, podendo ser usados emolientes com ou sem 
ácido salicílico. 
 Casos moderados a graves são geralmente usados 
medicamentos que agem de forma sistêmica. 
 Para psoríase do couro cabeludo é recomendado o 
uso de xampus à base de coaltar e, eventualmente, 
soluções com ácido salicílico, corticosteroides isolados 
ou associados. 
 
 
Parapsoríases 
 Definição: 
● Trata-se de um grupo heterogêneo, não raro de 
doenças diferentes, que apresentam certos aspectos 
em comum; 
● São doenças de etiologia desconhecida, 
essencialmente crônicas, assintomáticas e com 
resposta variável ao tratamento. 
 Clínica: as lesões são eritematoescamosas, de 
tamanho variável. 
 Tratamento (fototerapia): 
● Método PUVA; 
● Método UVB de banda estreita (narrowband-UVB). 
Em pequenas placas 
 Dermatite crônica superficial. 
 As lesões são placas eritematoescamosas pequenas, 
com bordas nítidas, menores que 5 cm de diâmetro, 
de coloração eritemato-azulada, sem atrofia clara, no 
entanto, deixando a pele com aspecto de 
pergaminho. 
 As vezes são amareladas e têm aspecto digitiforme 
(dermatitis digitata). 
 Localizam-se de preferência no tronco, tendem a 
poupar a cintura pélvica. 
 Início geralmente insidioso, persiste durante anos e 
raramente evolui para linfoma.Em grandes placas 
 Caracteriza-se por erupção crônica constituída de 
uma ou várias lesões eritematoescamosas de bordas 
pouco nítidas, >5 cm de diâmetro, de tonalidade 
vermelhoacastanhada. 
 Localizadas principalmente nas partes proximais das 
extremidades, nádegas e tronco. 
 Podem apresentar atrofia e adquirir o aspecto 
poiquilodérmico (poiquilodermia atrófica vascular). 
 A evolução para linfoma é muito alta. 
 
 
Dermatite seborreica 
Conceito 
 Dermatite crônica de caráter constitucional, 
associando elementos fisiopatológicos de 
hiperproliferação epidérmica a eventual participação 
do Malassezia spp. 
Etiologia 
 Desconhecida (alteração sebácea, hereditariedade e 
imunológica). 
 Fatores desencadeantes – tensão emocional e 
doenças neurológicas. 
 Agentes microbianos – M. furfur, C. albicans, P. 
ovale; bactérias. 
 Multiplicação celular acelerada com núcleo da 
camada córnea. 
Epidemiologia 
 5% da população geral. 
 Altíssima incidência nos portadores de infecção pelo 
HIV. 
Clínica 
 Lesões maculopapulosas, eritematosas ou 
amareladas, sem brilho com aspecto gorduroso. 
 Áreas mais acometidas: couro cabeludo, face, 
regiões pré-esternal, interescapular, flexuras axilares 
e anogenitais. 
 Pitiríase capitis - caspa. 
 Pseudotínea amiantácea - apresentação muito 
gordurosa e espessa das escamas que aderem ao 
pelo. 
 
Lactente 
 Entre 1º-2º semana de vida, desaparecendo em 
semanas ou meses. 
 Compromete: área das fraldas, face, couro 
cabeludo. 
 Lesões eritemato descamativas não pruriginosas. 
Diagnóstico 
 Clínico. 
Tratamento 
 Doença crônica, sem cura. 
 Apenas controle do processo. 
 Couro cabeludo: xampus com antifúngicos. 
 Creme que associa cetoconazol à betametasona a 
0,05% por poucos dias, seguido de cetoconazol ou 
outro azol em creme. 
 ATB em infecções secundárias. 
 
Pitiríase rósea de Gibert 
Definição 
 Dermatose inflamatória exantemática, autolimitada, 
associada possivelmente a uma reativação endógena 
dos herpes-vírus (HHV)-6 e -7. 
Epidemiologia 
 É mais comum entre pessoas jovens, do sexo 
feminino. 
 A doença ocorre com mais frequência em certas 
épocas do ano, como na primavera ou no outono. 
Etiopatogenia 
 Participação dos HHV-6 e -7. 
Clínica 
 Inicia-se por uma lesão chamada placa mensageira 
(lesão-mãe ou medalhão). 
 Caracterizada por uma lesão eritematoescamosa 
ovalada ou arredondada, de crescimento centrífugo, 
alcançando, em média, 2 a 8 cm de diâmetro. 
 Localizada em membros ou tronco. 
 Raramente em face. 
 Depois de 1 a 2 semanas, surge uma erupção 
generalizada de lesões ovalares. 
 
Diagnóstico 
 Clinico. 
Tratamento 
 Para casos mais intensos: corticoide em creme de 
média-baixa potência. 
 Casos muito extensos e eruptivos: 
● Prednisona – 20 mg/dia VO, por poucos dias. 
● Aciclovir em altas doses (800 mg/5 vezes/dia), logo 
nos primeiros dias, devido à fase replicativa do vírus. 
 
Pitiríase liquenoide (parapsoríase em 
gotas) 
 Definição: 
● Entidade pouco frequente, apresenta lesões 
polimórficas que variam em gravidade e curso clínico; 
● Há duas apresentações: aguda e crônica, que 
representam extremos do mesmo espectro. 
 Etiologia: 
● Podem ocorrer alterações vasculares ou liquenoides 
na interface dermoepidérmica, sem espongiose; 
● Associação a agentes infecciosos (HIV, vírus da 
varicela-zoster, Epstein-Barr, citomegalovírus, 
parvovírus B19, adenovírus, Staphylococcus, 
Streptococcus, Mycoplasma e Toxoplasma). 
 Diagnóstico: clínica + histopatologia. 
 Tratamento: 
● Varia de acordo com o quadro clínico do paciente; 
● ATB orais (eritromicina ou tetraciclina); 
● Fototerapia (UVB e PUVA); 
● Corticosteroide tópico e sistêmico. 
Doença de Mucha Habermann 
 Pityriasis lichenoides et varioliformis acuta (PLEVA). 
 Ocorre na infância e em ambos os sexos. 
 Caracteriza-se por surtos agudos ou subagudos de 
múltiplas e pequenas pápulas eritematosas, que 
podem evoluir com vesiculação e necrose 
hemorrágica central discreta. 
 Centro violáceo. 
 Polimórficas. 
 Deixam cicatrizes varioliformes hipo/ 
hiperpigmentadas. 
 Acomete tronco, áreas flexoras e membros 
proximais. 
 Pode haver comprometimento mucoso. 
 Costumam ser assintomáticas e alguns pacientes 
apresentam sintomas sistêmicos como febre e 
adinamia. 
 
Doença de Mucha Habermann ulcerativa 
febril 
 Apresentação rara e agressiva. 
 Lesões cutâneas necróticas generalizadas. 
 Comprometimento do estado geral (febre, mialgia, 
sintomas neurológicos) e alterações laboratoriais 
(leucocitose). 
 Mais comum em homens na segunda ou terceira 
década de vida. 
 O curso clínico pode ser fatal em 25% dos casos. 
Pitiríase liquenoide crônica 
 Acomete crianças com prevalência do sexo 
masculino. 
 A erupção é de caráter crônico e as lesões não 
evoluem com necrose. 
 Caracteriza-se por pápulas liquenoides eritematosas 
e/ou acastanhadas, recobertas por escama central, 
que se destacam em 3 a 4 semanas, deixando máculas 
hipo ou hiperpigmentadas. 
 
 As lesões já podem se iniciar como máculas 
hipopigmentadas. 
 Alguns casos evoluem para linfoma. 
 
Pitiríase rubra pilar 
 Dermatose inflamatória crônica, rara. 
Etiologia 
 Desconhecida (deficiência de vitamina A, genética). 
 Predomina em ambos os sexos e em qualquer idade. 
 Possui várias formas: clássica, atípica, circunscrita da 
infância, do HIV. 
Clínica 
 Erupção cefalocaudal de pápulas ceratósicas 
foliculares que podem evoluir para eritrodermia. 
 Pápulas foliculares com espiculas córneas. 
 Ceratodermia palmoplantar. 
 Eritema vermelho alaranjado. 
 Acometimento das unhas – espessamento. 
 É comum a ocorrência de ilhas de pele sã no interior 
das lesões eritematoescamosas. 
 Couro cabeludo está sempre comprometido. 
 Pode existir ectrópio e lesões na mucosa. 
 Sem acometimento sistêmico. 
 
Diagnóstico 
 Clínico + histopatologia. 
Tratamento 
 Isotretinoína – dose de 1 a 1,5 mg/Kg por mais de 3 
meses. 
 Metotrexato associado na fase eritrodermica. 
 Medidas de suporte. 
 Hidratação. 
 Emolientes, queratolíticos tópicos, retinoides 
sistêmicos. 
 
Ictioses 
 Definição: 
● Anormalidades na queratinização; 
● Aspecto clinico de descamação das lesões, 
semelhante à pele de peixe; 
● Caracterizados por acúmulo excessivo de escamas 
cutâneas, variando desde brando assintomáticos até 
potencialmente letais; 
● Podem ser herdadas ou adquiridas. 
 Patogenia: determinados genes que codificam a 
queratina podem não ser expressos ou levar a 
formação da queratina anormal. 
Ictiose vulgar 
 É a mais comum. 
 Não tem predominância entre raça e sexo. 
 Genodermatose autossômica dominante não 
congênita. 
 A maioria se manifesta no 1º ano de vida. 
 Clínica: 
● Nos casos leves: ressecamento da pele com 
descamação fina (xerodermia); 
● Nos casos mais graves: as escamas são evidentes, 
losângicas, grandes, translúcidas, cujas margens se 
voltam para cima; sensação de aspereza, com 
predomínio nas faces extensoras dos membros. 
Podem ocorrer ceratose folicular, hiperlinearidade e 
ceratodermia palmoplantares discretas. 
 
 Histopatologia: 
● Hiperceratose e a camada granulosa está diminuída 
ou ausente; 
● Formação anormal do estrato córneo; 
● Deficiência de profilagrina (responsável pela 
organização dos filamentos de queratina). 
 Diagnostico: clínico + histopatologia. 
 Tratamento: 
● Emolientes com ureia; 
● Cremes hidratantes com carbamida, propilenoglicol 
a 40% em água e tópico com ácido salicílico. 
Ictiose recessiva ligada ao C ou 
nigricans 
 Ictiose do varão. 
 Exclusiva do sexo masculino. 
 Genodermatose recessiva ligada ao cromossomo X. 
 
 Clínica: 
● Descamação fina após o nascimento; 
● Retorna aos 3 a 4 meses de idade; 
● Semelhante a ictiose vulgar, distinguindo-se pelo 
comprometimento das flexuras; 
● Escamas relativamentegrandes e de cor escura; 
● Comumente afeta pescoço e pavilhões auriculares. 
 Etiopatogenia: deficiência da atividade da enzima 
esteroide-sulfatase e, consequentemente, acúmulo 
de sulfato de colesterol nas células epidérmicas 
(impede a proteólise dos desmossomos no estrato 
córneo). 
Ictiose arlequina 
 Genodermatose autossômica recessiva. 
 Congênita. 
 É a mais letal. 
 Clínica: 
● Intensa ceratose – “couraça” com profundas 
fendas; 
● Distorce as características corporais e restringe os 
movimentos; 
● Complicações: insuficiência respiratória e 
dificuldade de sucção; 
● Há ectrópio e eclabio (eversão dos lábios; “boca de 
peixe”); 
● Olhos substituídos por massas avermelhadas; 
● Orelhas rudimentares aderidas; 
● Pode evoluir com hipoglicemia, desidratação, 
hipernatremia, instabilidade da temperatura corporal 
e sepse; 
● A sobrevivência é de horas ou dias. 
 
 Tratamento: 
● Incubadora umidificada; 
● Controle hidroeletrolítico, analgesia, 
monitoramento da demanda aumentada de aporte 
calórico, e da temperatura corporal; 
● Acompanhamento multidisciplinar. 
Ictiose lamelar 
 Genodermatose autossômica recessiva. 
 Congênita. 
 Clínica: 
● Atinge todo o tegumento e compromete as dobras; 
● Tem eritema e as escamas são muito espessas; 
● O fenótipo pode variar – com ou sem eritrodermia; 
● Ectrópio, deformidade das orelhas e onicogrifose 
são frequentes; 
● Descamação do couro cabeludo e alterações dos 
cabelos – finos e ralos; 
● Fissuras palmoplantares podem causar transtornos; 
● A obstrução das glândulas sudoríparas pode 
diminuir a sudorese e elevar a temperatura corporal. 
 
 Histopatologia: 
● Caracteriza-se por hiperceratose, paraceratose 
focal, hipergranulose com células pseudovacuoladas e 
atividade mitótica aumentada; 
● O tempo de trânsito epidérmico está diminuído. 
 Diagnostico: clínico + histopatologia. 
 Tratamento: hidratação. 
Ictiose adquirida 
 Carenciais: hipovitaminose A. 
 Metabólicas: hipotireoidismo. 
 Infecciosas: hanseníase, HIV. 
 Doenças como Dermatite Atópica. 
 Medicamentos: Clofazimina, alopurinol. 
 Paraneoplásicos: linfomas.

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