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Resumo - Dertmatoses por agentes biológicos

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→ DEFINIÇÃO: alteração de pele, devido à infecção bacteriana 
que leva ao acúmulo de células de defesa com líquido proteico 
→ CONCEITO: infecções biogênicas primárias da pele, 
contagiosas, superficiais, produzidas por estafilococos e 
estreptococos -> exotoxina faz com que a infecção se instale 
- Infecção bacteriana da camada superficial da epiderme 
- Acometem preferencialmente face e membros superiores, 
embora, com disseminação por autoinoculação, possam 
comprometer qualquer região 
- Impetiginização: condição em que o impetigo complica uma 
dermatose preexistente (pediculose, escabiose, eczema, etc) -> 
geralmente de natureza estafilocócica 
→ EPIDEMIOLOGIA 
- Mais frequente em crianças 
- Mais frequente no calor 
- Alta contagiosidade -> carreadores permanentes 
- Infecção de pele integra ou infecção secundária por trauma 
→ QUADRO CLÍNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPETIGO 
NÃO 
BOLHOSO 
(Impetigo 
infeccioso 
de Tilbury 
Fox) 
- Etiologia predominante o S. aureus, sobretudo 
nos países industrializados 
- Países em desenvolvimento prevalece o S. 
pyogenes 
- Localização preferencial: em torno do nariz e 
da boca e nas extremidades 
- Pele apresenta solução de continuidade para 
instalação do processo 
- Ocorre no local de pequenos traumatismos 
como escoriações, queimaduras e picadas de 
insetos 
- Mácula eritematosa que evolui rapidamente 
para bolha e/ou vesícula efêmeras de paredes 
finas, porém a crosta resultante é espessa e de 
coloração amarelada (lembra mel – 
melicérica) 
- Pode lembrar queimadura de cigarro e não há 
tendência à circinação 
- Sintomas gerais normalmente estão ausentes e 
pode ser acompanhado de linfadenite-satélite 
 
 
 
 
 
 
 
IMPETIGOO 
BOLHOSO 
- Etiologia estafilocócica (S. 
aureus) 
- Não há necessidade de 
solução de continuidade 
cutânea para o 
aparecimento de lesões 
- Maior ocorrência em 
neonatos e em crianças 
(contato com outras 
crianças/ fômites) 
- Localização preferencial: 
face, períneo, nádegas e extremidades 
- Após estourar a bolha -> lesão exulcerada 
- Raramente progride para infecção sistêmica -> 
Glomerulonefrite estreptocócica 
- Cavidade nasal (30%), períneo (30-40%), axila, faringes e mãos 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico 
- Podem ser realizados exames bacteriológicos e cultura para 
identificação do agente 
- Diagnósticos Diferenciais: herpes simples, candidíase, 
dermatofitose, periporite e miliária 
→ TRATAMENTO 
- Antibioticoterapia deve ser iniciado imediatamente 
- Higiene local com água e sabão 
- Recomendável uso de antissépticos ou com ATB de uso local 
(mupirocina, ácido fusídico, retapulina, neomicina, etc) 
→ CONCEITO: etiologia estreptocócica ou 
estreptoestafilocócica, caracteristicamente inicia-se por pústula, 
que se aprofunda, originando uma lesão ulcerada recoberta por 
crosta espessa e muito aderida, com localização preferencial 
nas pernas, deixando, ao involuir, cicatriz 
- Forma profunda de impetigo 
- Estreptococo beta hemolítico do grupo A 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Pode ser única, mas geralmente há 
várias lesões 
- Úlcera com crosta espessa e 
aderente 
- Danos teciduais prévios e imunodepressões 
- Glomerulonefrite prévia 
- Cicatrização lenta e deixa cicatriz 
→ TRATAMENTO 
- Além dos cuidados locais (água e sabão, compressas com 
água boricada ou permanganato seguido de antibiótico 
tópico), muitas vezes utiliza-se antibiótico sistêmico contra 
estreptococos 
→ DEFINIÇÃO: doenças estafilocócicas que atingem o folículo 
pilossebáceo 
→ FOLICULITE SUPERFICIAL 
- Pequenas pústulas muito superficiais, em 
número variável, centradas por pelo, 
atingindo qualquer área do corpo 
- No início podem ser pruriginosas 
- Na criança são comuns no couro 
cabeludo, com reação ganglionar 
regional, e, no adulto, nas faces anterior e 
interna das coxas e nádegas 
→ FOLICULITES PROFUNDAS 
- Foliculite decalvante: pustúlas superficiais, mas que provocam 
a depilação definitiva de cada pelo comprometido, evolução 
crônica e estende-se centrifugamente 
 . Mais comum em homens 
 . Politriquia -> aspecto de cabelo de boneca 
 . Localizações frequentes: couro cabeludo, barba e membros 
inferiores 
- Foliculite queloidiana: localização típica na nuca, pústulas 
confluem e levam a formação de fístulas e fibrose de aspecto 
queloidiano 
 . Quadro muito crônico, rebelde e peculiar 
do homem adulto da raça negra 
- Foliculite da barba ou sicose: pústulas na 
região da barba de elevada cronicidade que 
podem apresentar-se isoladas ou confluentes, 
formando placas infiltradas 
 . Exclusiva do adulto masculino 
- Foliculite necrótica: lesões foliculares 
superficiais com necrose que deixa cicatriz varioliforme 
 . Atinge a face de adultos seborreicos 
- Foliculite perfurante: localizada no nariz, iniciando-se por 
comprometimento de uma vibrissa que acaba perfurando a 
pele e elevando-se por uma lesão cutânea inflamatória 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Inflamação folicular: infeccioso, trauma e oclusão 
- Roupas oclusivas, barbear-se com frequência, imunossupressão, 
clima quente e úmido 
- Superficiais ou profundas 
- Couro cabeludo, barba, axilas e nádegas 
- Staphylococcus aureus 
→ TRATAMENTO 
- Antibioticoterapia (cefalosporinas -> cefalexina 500 mg de 
6/6hrs durante 7 dias) 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Infecção estafilocócica necrosante do folículo piloso e 
glândula sebácea anexa 
- Nódulo eritematoso e doloroso, após 2-4 dias torna-se flutuante 
- Eliminação de tecido necrosado (carnicão) 
- Áreas pilosas sujeitas a atrito e sudorese (face, axilas e nádegas) 
- Antraz/ Carbúnculo: múltiplos pontos de drenagem de pus 
juntos (nuca, coxas, nádegas, axilas) 
- Furunculose de repetição: 3 ou mais em 3 meses 
- Fatores de risco: imunossupressão, DM, 
uso de drogas ilícitas, AIDS, neoplasias, 
IRC, hemodiálise, deficiência de ferro, 
higiene precária, hiper-hidrose, 
obesidade 
- Tempo de evolução autolimitado em 
torno de 10 a 14 dias 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico 
- Quando necessário, exame bacteriológico e antibiograma no 
caso de suspeita de MRSA comunitário 
- Diagnóstico diferencial: miíase furunculoide 
→ TRATAMENTO 
- Antibioticoterapia antiestafilococos: prevenção de uma 
furunculose 
- Descolonização é feita com sabonetes antissépticos, como 
clorexidina e uso tópico de mupirocina, no vestíbulo nasal, por 5 
dias 
- Lesões com flutuação ou muito dolorosas devem ser drenada 
- Lesões importantes de face recomenda-se o uso de antibiótico 
via parenteral 
→ CONCEITO: infecção bacteriana aguda da derme com 
importante comprometimento linfático 
→ ETIOPATOGENIA 
- Natureza predominantemente estreptocócica, sobretudo do 
grupo A 
- Início ocorre após perda da barreira cutânea 
- Traumas, dermatomicoses, sem noxa (doença de base), estase 
venosa, obesidade, DM 
- Fatores de risco: tinea pedis, insuficiência venosa, diabetes, 
tromboflebite, trauma, desnutrição, abuso de álcool ou drogas 
ilícitas e infecções respiratórias nos casos de erisipela na face 
 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Período de incubação de poucos 
dias 
- Eritema vivo e intenso 
- Edema doloroso 
- Bordas bem delimitadas que 
avançam rapidamente sobre a 
pele circunvizinha 
- Regiões acometidas: MMII, face e perianal 
- Quando o processo é intenso, surgem bolhas e necrose com 
ulceração posterior 
- Acompanhada de linfangite e linfadenopatia regional aguda + 
febre, mal-estar, calafrios e outros 
- Alta capacidade de recorrência e após cada uma delas 
permanece um linfedema que acaba levando a elefantíase 
- Processo exuberante torna a pele verrucosa e com aspecto 
musgoso 
- Apresentação bolhosa e a localização facial conferem 
gravidade ao processo 
- Complicações: nefrite e septicemia 
→ TRATAMENTO 
- Penicilina-procaína na dose de 400 a 600.000 U, IM, de 12/12 h 
- Casos mais graves: penicilina cristalina na dose de3.000.000 U, 
IV, de 4 em 4 h 
- Recorrência: penicilina benzatina, 1.200.000 U de 3 em 3 
semanas por muitos meses 
- Repouso com membros elevados, compressas frias e 
desbridamento, caso necessário 
→ CONCEITO: processo da erisipela quando atinge 
fundamentalmente a hipoderme 
- Devido à localização, as bordas da lesão são geralmente mal 
definidas e o eritema menos vivo 
- Infecção subaguda crônica profunda 
- Derme e hipoderme 
- Acomete principalmente MMII e face (crianças) 
→ ETIOPATOGENIA 
- Imunocompetentes: trauma prévio ou lesão de pele subjacente 
- Predominantemente estreptocócica 
- Pode ser por estafilococos, H. influenzae (celulite facial na 
infância), pneumococos, pseudomonas, etc 
- Celulite por anaeróbios e gram-negativos é mais comum em 
diabéticos ou imunodeprimidos 
→ QUADRO CLÍNICO 
- Evolução semelhante à da erisipela 
- Eritema menos vivo 
- Bordas mal delimitadas 
- Acompanhado de sinais flogísticos 
- Infecção grave: presença de vesículas, 
bolhas, pústulas ou tecido necrótico 
- Febre, calafrios, mal-estar e 
linfadenopatia regional podem estar associados 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico 
- Exames de imagem (USG de alta frequência), biopsia cutânea 
e cultura para identificação do agente infeccioso podem auxiliar 
no diagnóstico 
- Hemocultura geralmente é negativa, com exceção da 
infecção por H. influenzae (cursa com leucocitose importante) 
- Diagnósticos Diferenciais: tromboflebite, angiodema e herpes-
zóster (face) e eirsipeloide (mãos) 
→ TRATAMENTO 
- Repouso com elevação do membro, analgesia e 
antibioticoterapia sistêmica 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Disseminação seguindo o trajeto nervoso com o surgimento 
posterior de lesões cutâneas 
→ AGENTE ETIOLÓGICO E TRANSMISSÃO 
- HSV-1 -> adquirido desde a infância e acomete 50% das 
crianças na faixa etária de 12 anos. 
- HSV-2 -> agente etiológico de 80-90% dos casos de herpes 
genital e de 10-20% dos casos de herpes labial 
 . Infecção é, geralmente, de transmissão sexual, com grande 
incremento no início da puberdade 
- Período de incubação é, em média, de 4 a 5 dias. 
- Frequência da recorrência é variável (semanas, meses ou anos) 
- Fatores como exposição solar prolongada, febre, ansiedade, 
menstruação e trauma local desencadeiam a recidiva herpética 
- A latência viral ocorre nos gânglios paravertebrais, 
principalmente nos sacrais (HSV-2) e trigeminais (HSV-1) 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Priminfecção pode ocorrer sem sintomatologia geral ou com 
febre e prostração; sobretudo as lesões de inoculação são 
acompanhadas de adenopatia regional 
 . Pode manifestar-se com quadros benignos diversos ou 
quadros gerais graves 
- Ao involuir, a lesão não deixa cicatriz 
- Localização da priminfecção depende principalmente do tipo 
de prática sexual, e pode ser na genitália, na orofaringe ou 
anorretal 
- Formação de vesículas túrgidas e brilhantes, dispostas, em geral, 
em grupo de 5 a 10 lesões que lembram cacho de uva, em torno 
de orifícios (boca, vulva, ânus) 
- Pode estar acompanhado de manifestações prodrômicas, 
como sensação de parestesia local, seguida de discreto eritema 
- Mulher-> ocorre vulvovaginite 
importante, acompanhada de muita dor, 
podendo, inclusive, levar à paresia 
transitória da bexiga 
- Anogenital -> coito anal pode levar a 
proctite com tenesmo, dor e corrimento 
purulento 
- Orofaringe -> pode levar a ulcerações necrosantes na faringe 
posterior 
- Vesículas involuem espontaneamente em cerca de 5 dias, e a 
cura total do processo ocorre em torno de 2 semanas 
- Imunodeprimidos 
 . Ulcerações ou mesmo lesões ulcerovegetantes extensas 
persistentes, muitas vezes dolorosas 
 . Apresentação menos frequente: aparecimento de lesões 
verrucosas 
- Eritema polimorfo associado ao herpes simples caracteriza-se 
pelo quadro de distribuição acral e que poupa mucosas, sendo 
muito mais brando do que o induzido por medicamentos 
- Comum infecção subclínica 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico 
- Lesão característica do herpes: vesículas agrupadas, por vezes 
em base eritematosa, que, após poucos dias, se tornam 
necrosadas, exulceradas e crostosas, quando então ocorre 
reparação tecidual 
- Histopatologia: vesícula intraepidérmica ou ulceração, necrose 
e balonização epidérmica (queratinócitos grandes e pálidos 
com marginação da cromatina, algumas vezes com inclusões 
intranucleares acantólise ou formação de queratinócitos 
multinucleados 
- Sorologia -> útil nos casos de priminfecção 
 . Primeiros 3 a 4 dias e algumas semanas depois do início dos 
sintomas 
 . A ausência de anticorpos HSV na infecção aguda e o 
aparecimento IgM HSV-específico e/ou o aumento de 4 vezes o 
título do anticorpo IgG na convalescença é diagnóstico para 
infecção pelo HSV 
→ TRATAMENTO 
- Higiene das lesões com água e sabão e, se necessário, 
antissépticos nos surtos esporádicos 
- Aciclovir -> não é curativo, atenua os sintomas, encurta a 
duração, suprime a recorrência, reduz o risco de complicações 
e melhora a qualidade de vida 
 . 200 mg VO 5x/dia OU 400mg VO de 8/8h por 5-dias 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Doença comum na infância 
- Período de incubação é de cerca de 15 dias, e os pródromos 
incluem hiperemia da orofaringe, febre alta, astenia e tosse seca 
→ TRANSMISSÃO 
- Aerossol 
- Contato com lesões cutâneas 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesões cutâneas iniciam-se com 
máculas eritematosas, de 
distribuição craniocaudal, que, 
em um período de cerca de 8 a 12 
h, evoluem para vesículas, 
pústulas e crostas, em um processo contínuo que causa 
polimorfismo regional 
- Tendem a se localizar mais 
no eixo central do corpo e 
poupam parcialmente as 
extremidades 
- Algumas lesões evoluem 
com umbilicação central 
- Quadro costuma ser de 
evolução benigna, mas 
infecção secundária é 
comum 
- Complicações são mais frequentes nos adultos e podem incluir 
síndrome de Guillain-Barré, encefalites e pneumonias 
- Síndrome de Reye: uso de AAS para tratamento sintomático que 
leva a dano hepático e cerebral em crianças 
- VZV permanece latente nos gânglios paravertebrais por muitas 
décadas, podendo reativar-se na idade adulta -> herpes-zóster 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico -> erupção característica + história de exposição viral 
nas 2-3 semanas anteriores 
→ TRATAMENTO 
- Não é recomendado o tratamento com antivirais para crianças 
até 12 anos de idade, utilizando-se apenas sintomáticos, 
higienização das lesões e antibióticos sistêmicos em caso de 
infecção secundária 
 . Em caso de doença moderada a grave, está indicado 
aciclovir na dose de 20 mg/kg por via oral, 4 vezes/dia, não 
excedendo 3.200 mg/dia 
- Adolescentes acima de 12 anos e adultos devem ser tratados 
com aciclovir oral em altas doses, 800 mg a cada 4 h, 5 vezes/dia, 
ou valaciclovir 1.000 mg 3 vezes/dia ou fanciclovir 500 mg 3 
vezes/dia, todos por 7 dias 
- Profilaxia: vacinação 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Incidência preponderante no 
adulto depois da 5ª década, no 
entanto, não é rara em jovens 
- Doença benigna, autolimitada, 
durando cerca de 2 semanas, salvo 
em pacientes imunodeprimidos, 
em que o quadro clínico é mais 
extenso e arrastado 
- Vírus encontra-se latente nos gânglios paravertebrais e, daí, por 
invasão dos nervos correspondentes, chega à pele, onde se 
formam vesículas agrupadas e em disposição metamérica, 
podendo, entretanto, haver vesículas erráticas 
→ ETIOPATOGENIA 
- Reativação do VZV-> envolve a mudança no balanço 
intraneuronal de duas proteínas octaméricas (Oct) importantes 
na vitalidade neuronal 
- Nervos mais frequentemente acometidos são: torácico, cervical 
(C2, C3 e C4), trigêmeo e lombossacro 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Comprometimento, em geral, é de um único gânglio, e, por isso, 
a erupção é assimétrica e respeita o dimídio 
- Eritema com vesículas agrupadas e/ou bolhas confinadas ao 
trajeto nervoso acometido- Formação de crostas 
- Posteriormente, escamas aparecem durante a evolução do 
processo 
- Nos casos mais graves, as lesões podem sofrer necrose (zoster 
necrótico), cuja involução deixa cicatrizes por vezes 
queloidianas 
- Neuralgia e a hiperestesia, sendo mais intensa nos idosos, 
podendo anteceder o quadro cutâneo por dias 
- Eventualmente o quadro clínico é acompanhado de prurido 
- Considerada doença cutânea disseminada quando houver 
mais de 20 lesões fora do dermátomo acometido ou contíguos 
- Neuralgia pós-herpética (NPH) -> persistência da dor por mais 
de 1 mês após a resolução do quadro cutâneo 
 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico 
→ TRATAMENTO 
- Compressas com antissépticos para evitar infecção secundária, 
e analgésicos, se necessário, em função da intensidade da dor 
- Aciclovir via oral em altas doses -> 800 mg a cada 4 h, 5 
vezes/dia, por 7 a 10 dias 
- Neuralgia pós-herpética-> carbamazepina em doses de 100 a 
400 mg/dia, amitriptilina em doses de 12,5 a 75 mg/dia, 
benzodiazepínicos, opiáceos e, até mesmo, bloqueio ganglionar 
- Profilaxia-> vacina Zostavax 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
→ TRANSMISSÃO 
- Contato íntimo com alguém infectado ou por meio de 
queratinócitos descamados 
- Pequenas soluções de continuidade na pele são necessárias 
para a inoculação do HPV, explicando as verrugas em áreas de 
trauma e o fenômeno de Köebner 
- Autoinoculação 
- Período de incubação varia de 1 a 6 meses para verruga vulgar 
e de 1 a 20 meses para verrugas genitais 
- Quanto mais antiga a lesão genital, menos contagiosa é 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Verrugas apresentam morfologia 
variada dependente da localização 
- Lesões cutâneas 
 . Incluem as verrugas comuns ou 
vulgares, filiformes, planas, plantares 
(tipos mirmécia e mosaico), anogenital 
e papulose bowenoide 
- Lesões extracutâneas 
 . Ocorrem nas membranas mucosas e incluem verruga vulgar 
oral, condiloma acuminado oral, hiperplasia epitelial focal, 
papilomatose oral florida, papiloma nasal, papiloma conjuntival, 
papilomatose laríngea e verrugas da cérvice 
- Verruga Genital ou Condiloma 
Acuminado 
 . HPV-6 é o que mais se relaciona com 
as lesões genitais e, portanto, com a 
transmissão venérea, seguido pelo HPV-
11 
 . Lesões vegetantes, úmidas, isoladas 
ou agrupadas, com aspecto de couve-
flor (condiloma acuminado), pápulas sésseis, ceratósicas, 
verruga vulgar-símile e, às vezes, de proporções gigantescas 
(crista de galo) 
 . Localizam-se na área genital e perigenital, geralmente de 
pessoas adultas, com aspecto róseo 
 . Pápulas sésseis e ceratósicas são vistas na rafe peniana 
 . Lesões hiperplásicas podem tornar-se exofíticas e maiores, 
enquanto as pápulas sésseis tendem a se manter pequenas 
→ DIAGNÓSTICO 
- Clínico 
- Exame físico deve ser completo na busca de verrugas em outras 
regiões 
- Aplicação de ácido acético (3 a 5%) nas mucosas vaginal e 
cervical e no pênis revela lesões inaparentes por ganharem 
coloração esbranquiçada 
→ TRATAMENTO 
- Remoção das lesões condilomatosas 
- Ácido tricloroacético 
- Crioterapia 
- Eletrocoagulação 
- Podofilina 
- Retirada cirúrgica 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Mais comum na infância, porém continua com taxas mais 
baixas durante a vida adulta; a maioria dos adultos tem 
anticorpos IgG específicos contra o vírus 
→ TRANSMISSÃO 
- Gotículas das vias respiratórias, e as taxas de infecção 
secundária entre contatos domiciliares são altas 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Maioria dos casos de infecção é assintomática 
- Eritema infeccioso -> apresentação clínica mais comum 
- Síndrome purpúrico-papular em luvas e meias 
 . Manifestações iniciais são eritema e edema nas mãos e nos 
pés, com demarcação nítida nos punhos e tornozelos, dando 
aspecto de luvas e meias 
 . Podem surgir lesões eritematopapulares e purpúricas nesses 
locais, associadas a prurido e dor 
 . Sintomas sistêmicos que podem acompanhar as 
manifestações cutâneas são febre, anorexia, artralgia e cefaleia 
 . Manifestações orais incluem petéquias, enantema, edema 
dos lábios, vesicopústulas e erosões 
 . Evolução é aguda, geralmente autolimitada, com 
recuperação espontânea em 7 a 14 dias 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Também é chamado de sexta 
moléstia, pseudorrubéola ou 
febre de 3 dias 
- Causado pelo HHV-6, variante B 
- HHV-7 também é responsável 
por alguns casos, principalmente por um segundo episódio após 
infecção por HHV-6 
- Doença tem curso benigno e acomete crianças entre meses e 
3 anos de idade 
→ TRANSMISSÃO 
- Fonte de infecção mais provável é pelas secreções orais 
- Não há distribuição sazonal 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Inicia-se por febre alta (3 a 5 dias em média, mas não 
ultrapassando 9 dias), com estado geral bom, poucos sintomas 
respiratórios e ocasional adenopatia cervical 
- Fase inicial os sintomas são inespecíficos, como diarreia leve, 
pápulas eritematosas na mucosa do palato mole e úvula 
(Nagayama’s spots), tosse, linfadenopatia, edema palpebral, 
abaulamento da fontanela anterior e inflamação do tímpano 
- Febre cessa em crise surgindo, então, uma erupção de lesões 
eritematosas ou eritematopapulosas, algumas rodeadas por halo 
claro, podendo desaparecer à compressão 
- Inicia-se no tronco, no pescoço, nas extremidades proximais e, 
eventualmente, na face 
- Involução ocorre após 2 a 3 dias, sem descamação 
→ DIAGNÓSTICO 
- Durante o quadro cutâneo o exame de sangue periférico revela 
linfocitose atípica e relativa neutropenia 
→ TRATAMENTO 
- Sintomático 
- HV-6 é resistente ao aciclovir e teria sensibilidade a foscarnet, 
ganciclovir ou cidofovir, podendo ser indicada a terapia antiviral 
em casos graves como em imunodeprimidos com encefalite 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Dermatose produzida pelo maior 
vírus que se conhece e que 
pertence ao grupo Poxvirus 
- Vírus do molusco contagioso 
(MCV) apresenta quatro subtipos 
distintos, sendo o MCV1 de longe o mais prevalente e o MCV2 o 
mais frequente em adultos, e, na maioria das vezes, é transmitido 
sexualmente 
- Doença tipicamente de crianças, porém pode ser considerada 
também uma doença eventualmente transmissível por contato 
sexual 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesões constituídas por pápulas 
cônicas, com brilho, translúcidas, 
medindo, em média, 5 mm 
- Ulceração central característica 
- Localizam-se preferencialmente 
no tronco 
- Pode ocorrer em qualquer parte da pele e, excepcionalmente, 
em mucosas 
- Autoinoculável 
- Lesões persistem por meses ou anos e acabam por desaparecer 
- Corpos de Handerson-Patterson: inclusões intracitoplasmáticas, 
constituídas de formações que lembram tijolos compostos por 
agregados de vírus 
→ TRATAMENTO 
- Curetagem 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Autolimitada 
- Afeta crianças menores de 10 anos 
- Etiologia: vírus Coxsackie A16 e enterovírus 71 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Inicia-se por febre e vesículas na 
cavidade oral, sucedidas por 
lesões nas mãos e nos pés 
- Preferência é pela região 
palmoplantar 
- Vesículas são circundadas por halo eritematoso 
- Quando em grande número, podem dificultar a deglutição 
- 7 dias ocorre a resolução da doença 
→ TRATAMENTO 
- Autolimitada 
- Sintomáticos 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Atinge preferencialmente crianças e 
jovens do sexo feminino 
- Epidêmica 
- Manifestações sistêmicas discretas ou 
ausentes 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesões eritematosas ou eritematopapulosas localizadas na 
face, poupando quase sempre a região perioral e o queixo 
(aspecto de bofetada) 
- Depois de 1 a 2 dias, surge um eritema reticulado no tronco e 
nas extremidades, em geral não pruriginoso 
- Pode ocorrer enantema (erupção nas mucosas/ bochechas) 
- Involução espontânea em 1 ou 2 semanas 
→ TRATAMENTO 
- Autolimitada 
1- VERRUGA 
VULGAR 
- Pápulas ceratósicas de superfície grosseira, 
isoladas ou agrupadas nasuperfície cutânea, 
medindo alguns milímetros de diâmetro, em 
número variável, situadas em qualquer região 
do corpo 
- Localização mais comum: dorso das mãos, 
dedos e joelhos de crianças 
- Verrugas em regressão encontram-se 
dessecadas 
- Verrucose-> disseminação que ocorre por 
defeito de imunidade 
2- VERRUGA 
FILIFORME 
- Elementos filiformes muito ceratósicos, em 
geral isolados, pouco numerosos, com maior 
frequência na face de pessoas adultas 
- Verruga digitiforme: variedade da filiforme e 
constitui a reunião de várias lesões, dando o 
aspecto de dígitos 
3- VERRUGA 
PLANTAR 
- Pápulas que, devido à sua localização, 
crescem de forma endofítica 
- Assimétricas e pouco numerosas, medindo 
de alguns milímetros a alguns centímetros 
- Dolorosas e podem impedir a marcha 
normal 
- Popularmente chamadas de olho de peixe 
- Quando múltiplas e superficiais coalescem 
formando placas, constituindo a chamada 
verruga plantar tipo mosaico 
- Lesões isoladas profundas e endofíticas são 
chamadas de verruga plantar tipo mirmécia. 
4- VERRUGA 
PLANA 
- Pápulas pouco salientes de superfície plana 
e lisa, com menos de 5 mm de diâmetro, 
muito numerosas, localizadas em geral na 
face e no dorso da mão de adolescentes 
- Cor clara a castanho-escura e mostram-se 
em arranjo linear pelo fenômeno isomórfico 
- Verrugas em regressão mostram sinais 
clínicos de inflamação e tornam-se 
pruriginosas, eritematosas e edematosas 
- Ao involuírem, halos despigmentados 
podem surgir ao redor das lesões 
 
 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Etiologia está relacionada 
com o HPV, sobretudo do tipo 
16 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Múltiplas pápulas ou placas 
verrucosas, hipercrômicas ou 
eritematoacastanhadas, em média com 4 mm de diâmetro 
- Localização preferencial na genitália externa, como pênis, 
vulva, região perianal, períneo e, eventualmente, região inguinal 
de adultos jovens sexualmente ativos 
1 2 
3 
4 
- Lesões podem involuir espontaneamente, persistir 
indefinidamente ou evoluir para doença de Bowen ou 
espinalioma 
- Recorrências são frequentes 
→ DIAGNÓSTICO 
- Patologia: observam-se alterações citológicas típicas da 
doença de Bowen (carcinoma espinocelular in situ), em 
arquitetura que lembra a do condiloma acuminado 
→ PREVENÇÃO 
- Uso de preservativos 
- Doenças provocadas por fungos ou cogumelos que se 
localizam preferencialmente na epiderme e/ou em seus anexos 
- No entanto, podem invadir, eventualmente, a derme e, em 
raros casos, órgãos internos 
- Contágio inter-humano é frequente 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Ceratofitose: micoses 
essencialmente superficiais, 
cujos cogumelos localizam-se 
na queratina da epiderme e 
dos pelos, normalmente sem 
provocar fenômeno de 
hipersensibilidade 
- Epidemiologia: doença de 
distribuição universal, acomete todas as raças, sem predileção 
por sexo, com maior prevalência na idade adulta, mais 
prevalente em climas quentes e úmidos 
- Etiologia: fungos do gênero Malassezia 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Leões são inicialmente arredondadas, pois surgem a partir da 
estrutura pilossebácea (em função da lipofilia do agente) 
- Podem confluir, tornando difícil, por vezes, diferenciar a pele 
sadia da pele acometida 
- Lesões são hipocrômicas descamativas, mas podem ser 
hipercrômicas ou eritematosas 
- Alguns pacientes referem prurido, sobretudo após exposição 
solar, quando então são eritematosas 
- Localização mais frequente: áreas de maior concentração de 
glândulas sebáceas, ou seja, na metade superior do tronco e dos 
braços 
- Pode ocorrer na face, no abdome, nas nádegas e até mesmo 
nos membros inferiores 
- Sinal de Zireli ou do estiramento OU Sinal da unha ou de Besnier 
= APARECIMENTO DE ESCAMAS FURFURÁCEAS 
 
- Recidivas: ocorrem mais frequentemente em pacientes com 
peles oleosas ou que fazem uso contínuo de produtos oleosos, 
naqueles que sofrem com sudorese excessiva e nos que 
apresentam lesões predominantemente infundibulares ou 
foliculares, em que o fungo é também encontrado no interior do 
folículo, o que dificulta a ação dos antifúngicos tópicos e 
sistêmico 
→ DIAGNÓSTICO 
- Exame direto: coleta pode ser feita com fita gomada ou por 
raspagem 
 . São observadas hifas curtas, curvas e largas e elementos 
leveduriformes arredondados (blastoconídios) agrupados em 
forma de cacho de uva ou apresentando aspecto de espaguete 
com almôndegas ao microscópio óptico 
 
- Diagnóstico Diferencial: eczematide, leucodermia gutata, 
pseudocicatrizes estelares, morfeia e líquen escleroso 
→ TRATAMENTO 
- Formas localizadas: sulfeto de selênio, propilenoglicol, 
cetoconazol ou outros derivados imidazólicos por 10 a 20 dias + 
novo tratamento após 2 meses a fim de evitar recidivas 
- Casos extensos ou redicivantes: itraconazol VO 100 mg, 2 vezes 
por 5 a 7 dias OU fluconazol 300 mg por semana por 2 semanas 
- Recorrências frequentes: profilaxia por um período de 6 meses, 
iniciando-se 30 dias após finalizado o tratamento 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Epidemiologia: Hortaea werneckii, 
Phaeoanellomycis werneckii ou 
Stenella araguata 
- Etiologia: mais comum em 
crianças do sexo feminino, nas 
zonas tropicais e subtropicais 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Mancha enegrecida, de 
pequena dimensão, com 
localização geralmente palmar ou, 
mais raramente, plantar ou bordas 
dos dedos 
- Pode haver uma única lesão ou 
poucas que coalescem 
→ DIAGNÓSTICO 
- Dermatoscopia: possibilita a visualização de espículas finas, 
superficiais e pigmentadas, formando um aspecto quase 
reticulado que não segue as linhas naturais da região palmar 
- Diagnóstico diferencial: melanoma extensivo superficial, 
fitofotodermatite, melanose, eritema pigmentar fixo e púrpura do 
atleta 
→ TRATAMENTO 
- Ceratolíticos 
- Antifúngicos tópicos 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Dermatofitose: designar doenças causadas por um grupo de 
fungos que, geralmente, em vida parasitária, vivem à custa da 
queratina da pele, dos pelos e das unhas 
- Etiologia: fungos dos gêneros Trichophyton, Microsporum e 
Epidermophyton 
- Digerem a queratina, invadindo a pele, os cabelos e as unhas 
- Geralmente, possuem um período de incubação curto (1 a 3 
semanas) e acometem mais meninos que meninas 
→ TINEA CORPORIS 
- Manifestações clínicas: lesões 
eritematoescamosas, circinadas, 
isoladas ou confluentes, uma ou várias 
com crescimento centrífugo, de modo 
que a parte externa é mais ativa, prurido 
está sempre presente e as localizações 
mais comuns são braços, face e pescoço 
→ TINEA CAPITIS 
- Comum na infância, acomete o 
couro cabeludo 
- Alopecia descamativa distribuída 
em placas bem delimitadas e com 
cabelos tonsurados (quebrados 
logo após sua emergência do 
folículo piloso) e facilmente 
destacáveis 
- Etiologia: Antropofílicos (mais envolvido: Microsporum canis) 
- Transmissão: humanos, animais e fômites 
- Manifestações clínicas: uma ou mais áreas de alopecia e 
pústulas no couro cabeludo podem estar presentes 
- Quérion: apresentação inflamatória com placas infiltradas, 
alopecia, pústulas e frequentemente drenagem de secreção 
purulenta 
- Tratamento 
 . Griseofulvina ou Terbinafina-> 20 a 25 mg/kg/dose, 1 vez/dia 
(após refeição gordurosa para aumentar sua absorção) por 6 a 
8 semanas 
 . Xampu antifúngico, como o cetoconazol e o sulfeto de 
selênio, 2 a 3 vezes/semana 
 → TINEA PEDIS 
- Epidemiologia: uso de calçados 
sintéticos e emborrachados que 
facilitam a sudorese, comum em 
adolescentes e adultos 
- Etiologia: agentes mais comuns 
são T. rubrum e mentagrophytes 
- Apresentações 
 . Intertriginosa: inflamação, descamação e maceração entre 
os podáctilos 
 . Vesicular: muito pruriginosa, inflamação com vesículas ou 
bolhas, mais comum no verão e em crianças 
 . Mocassim: cursa com eritema, descamação, fissura e 
hiperqueratose plantar, podendo estender-separa face lateral 
dos pés 
- Tratamento 
 . Antifúngico tópico 1-2x/ dia por 2-3 se4manas 
 . Terbinafina 
→ TINEA FACIEI 
- Manifestações clínicas: placas 
anulares e eritematosas com 
descamação na periferia 
- Tratamento 
 . Lesões localizadas -> tratamento 
tópico 
→ TINEA CRURIS 
- Infecção superficial da região inguinal e raiz de coxas, comum 
em adolescentes do saco masculino e adultos 
- Epidemiologia: mais comum em climas úmidos e quentes, 
obesos ou naqueles que realizam atividade física extenuante 
com suor excessivo e atrito das vestimentas 
- Etiologia: geralmente causada pelo gênero Trychophyton 
- Manifestações clínicas: placas 
eritematosas bem demarcadas, 
com bordas elevadas com 
descamação, vesículas ou pústulas. 
Em geral, é bilateral, simétrica e 
envolve áreas intertriginosas junto ao 
escroto e à face medial das coxas 
- Tratamento 
 . Terapia tópica 
 . Terbinafina 
 . Medidas Úteis: reduzir o excesso de atrito e irritação com o 
uso de roupas íntimas de algodão largas e soltas, secar as áreas 
acometidas após o banho ou transpiração e estimular a perda 
de peso, no caso dos obesos 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Micose produzida essencialmente pela 
Candida albicans 
- Compromete isolada ou 
conjuntamente mucosas, pele e unhas 
- Epidemiologia: distribuição universal, 
atingindo, com muita frequência, 
recém-natos 
- Etiopatogenia: fungos oportunistas que agridem o homem em 
condições como gravidez, deficiência imunológica e 
endocrinopatia, tratamento prolongado por ATB ou por 
corticoides e imunossupressores, estados de umidade 
prolongada 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Intertriginosa 
 
 
- Atinge as dobras naturais 
(interdigitais, inframamárias, inguinais 
e axilares) 
- Lesões erosivas, fissurais, úmidas, 
com induto esbranquiçado, 
pruriginoso 
- Lesões satélites arredondadas e 
eritematoescamosas 
Ungueal e 
Periungueal 
 
 
- Lesão eritematodescamativa 
periungueal (paroníquia) dolorosa e 
pode levar à onicólise 
- Acomete a borda proximal da unha 
 
 
 
Vaginites e Balanites 
- Lesões erosivas esbranquiçadas, 
úmidas e pruriginosas, na vagina e no 
sulco balanoprepucial 
- Corrimento esbranquiçado vaginal 
característico 
- Não ocorre em circuncidados 
- Podem ser adquiridas pelo contato 
sexual 
Oral 
 
- Comum em recém-natos, idosos, 
debilitados e pacientes com AIDS 
- Lesões erosivas e esbranquiçadas 
Mucocutânea 
crônica 
- Infecção crônica e recorrente da 
pele, unha e orofaringe 
- Inicia-se antes dos 3 anos 
 
- Lesões orais, perlèche, envolvimento 
ungueal e paroníquia com 
importante distrofia, vulvovaginite e 
acometimento cutâneo 
 
 
Visceral 
- Pulmões, coração e outros órgãos 
podem ser invadidos por 
disseminação hematogênica, 
sobretudo em pessoas em uso 
prolongado de imunossupressores ou 
usuários de drogas injetáveis 
→ DIAGNÓSTICO 
- Exame direto: achado de hifas finas ou pseudo-hifas para 
confirmação diagnóstica 
- Cultura: crescimento de colônias cremosas e brancacentas em 
2 a 5 dias 
→ TRATAMENTO 
- Considerar fatores predisponentes locais e gerais, 
peculiaridades topográficas e forma clínica (superficial ou 
sistêmica) 
Apresentação Tratamento 
Intertriginosa Fluconazol ou Itraconazol oral + Antifúngico 
tópico 
Ungueal e 
Periungueal 
Fluconazol ou Itraconazol oral + Antifúngico 
tópico 
Vaginites e 
Balanites 
- Vaginite: comprimidos vaginais ou óvulos, 
tioconazol creme, itraconazol e fluconazol 
- Balanite: creme com nistatina e ácido 
bórico + postectomia 
Oral Violeta de genciana, nistatina, fluconazol 
oral ou itraconazol oral 
Mucocutânea 
crônica 
Itraconazol e Fluconazol contínuos 
Visceral Anfotericina B, 5-fluorocitosina 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Infecção subaguda ou crônica 
- Causada pelo fungo dimórfico Sporothirx schencckii 
- Maioria dos casos envolve primariamente a pele e, 
eventualmente, mucosas e órgãos internos (pulmões e vísceras) 
- Disseminação para outros órgãos e tecidos ocorrem em 
pacientes imunodeprimidos 
- Epidemiologia: universal, embora apresente maior ocorrência 
nos climas tropical e subtropical 
- Período de incubação: 3 dias a 12 semanas (média de 3 
semanas) 
→ TRANSMISSÃO 
- Penetração do fungo na derme após traumatismo com objetos 
pontiagudos infectados 
- Mordida ou arranhaduras de gatos infectados por outros gatos 
ou pelo solo 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesões polimórficas da pele e do tecido subcutâneo, com 
frequente comprometimento dos linfáticos adjacentes 
- Surge na área traumatizada lesão que costuma ser bloqueada 
pelo sistema imunológico, permanecendo localizada ou 
invadindo os linfáticos regionais 
- Forma cutâneolinfática: lesão inicial (cancro de inoculação) 
pode ser pápula, nódulo/goma que úlcera, surgindo novos 
nódulos/gomas ao longo de um ou mais de um trajeto linfático 
até a cadeia ganglionar regional 
 . Pode haver adenopatia regional discreta 
 . Localização preferencial em MMSS nos adultos e na face de 
crianças 
 . Esporotricoides -> arranjo característico 
 
- Forma cutâneo localizada (verrucosa ou 
fixa): decorrente de uma boa resistência, 
caracteriza-se por lesões papulosas ou 
papulotuberosas, por vezes formando 
placa verrucosa com ou sem ulceração, 
podem existir lesões-satélites mínimas e 
lesões Eritematoescamosas 
 . Face é o lugar de eleição 
- Forma disseminada: pode ser cutânea 
ou sistêmica e está sempre associada a 
algum tipo de imunodepressão 
 . Apesar da disseminação de lesões, 
em geral é assintomática 
 
- Forma extracutânea: ausência de 
lesões cutâneas, disseminação 
hematogênica e se associam à forma 
disseminada (algum tipo de 
imunodepressão) 
 . Ossos são as estruturas 
frequentemente acometidas 
 . Lesões podem ir de granuloma localizado à lesão gomosa 
 . Expressão clínica pode ser por meio de nódulos, vegetação 
e ulceração e qualquer mucosa pode ser acometida 
- Formas viscerais: pulmões (bronquite, pneumonite e cavernas), 
rins (nefrite), fígado, baço, pâncreas e outros 
→ DIAGNÓSTICO 
- Diagnóstico diferencial: PLECT (Paracoccidiomicose, 
leishmaniose tegumentar, esporotricose, cromomicose e 
tuberculose cutânea), outras micoses e tumores 
- Cultura: pus aspirado de nódulos flutuantes e biópsia -> colônias 
apresentam aspecto membranoso, inicialmente brancas e 
tornam-se enegrecidas, formando um halo ao redor da colônia 
em formato de ferradura 
 
- Exame histopatológico: formação de granuloma, zona externa 
com linfócitos e plasmócitos (sifiloide), uma intermediária de 
células epitelioides e uma central de polimorfonucleares 
- IFD: parasita é revelado com certa facilidade, mesmo nos tipos 
localizados 
→ EVOLUÇÃO 
- Pode haver cura espontânea, sobretudo nas formas localizadas 
- Sistêmicas são graves 
→ TRATAMENTO 
- Itraconazol 400mg/dia em 1 ou 2 tomadas por VO até a cura 
clínica 
 . Crianças: 5mg/kg/dia 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Micose cutânea, eminentemente crônica, em geral restrita à 
pele e ao tecido celular subcutâneo 
- Epidemiologia: predomina em trabalhadores rurais e 
extrativistas do sexo masculino (10 homens: 1 mulher) 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesões com aspecto 
queloidiformes 
- Podem ser observadas lesões 
vegetantes, infiltrativas, 
ulceradas, gomosas e 
tuberocircinadas 
- Lesões têm consistência sólida, 
de coloração rósea ou 
amarronzada, lisas ou com 
pequenas escamas ou crostas, 
de crescimento lento 
- Localizam-se em MMII, pavilhões auriculares e MMSS 
- Assimétricas e circunscritas a uma região, raramente são 
generalizadas 
- Gânglios linfáticos regionais, quando comprometidos, são duros 
e sem flutuação 
- Mucosas são excepcionalmente acometidas 
→ DIAGNÓSTICO 
- Exame direto: existência de parasita abundante ao exame 
direto a fresco 
- Histopatologia: histiocitário, havendo riquezade leveduras 
arredondadas com dupla membrana, birrefringente, 
multiplicando-se por brotamento simples 
→ EVOLUÇÃO E PROGNÓSTICO 
- Evolução é eminentemente crônica, em geral com lesões 
circunscritas a determinado local 
- Prognóstico bom quanto à vida e, quase sempre, desfavorável 
quanto à estética e/ou movimentação dos membros afetados 
→ TRATAMENTO 
- Eletrocoagulação, exérese cirúrgica e criocirurgia são 
indicadas com sucesso, particularmente nas lesões de pequeno 
porte 
- Clofazimina (200 mg/dia, durante muitos meses) tem certa ação 
resolutiva 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Infecção fúngica crônica polimórfica da 
pele e do tecido celular subcutâneo 
- Causada por várias espécies de fungos 
demáceos (produzem pigmento escuro) 
- Encontrada mais frequentemente nas 
regiões tropicais e subtropicais, 
principalmente na zona rural 
- Etiologia: espécies Fonsecaea pedrosoi, 
Fonsecaea compacta, Cladosporium 
carrionii, Phialophora verrucosa, 
Rhinocladiella aquaspersa e Cladophialophora ajeloi são as mais 
comumente encontradas 
→ TRANSMISSÃO 
- Penetração do fungo ocorre por traumatismo, sendo, por isso, 
mais frequente nos membros inferiores 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Cerca de 1 a 2 meses após o trauma, surge, inicialmente, 
pápula e, mais raramente, nódulo 
- Lesões tornam-se vegetantes, com aspecto condilomatoso 
e/ou verrucoso e de crescimento contínuo, o que pode levar à 
impotência funcional da região afetada após anos 
→ DIAGNÓSTICO 
- Exame direto: feito em crostas e fragmentos de pele, 
dissociados e clarificados pela potassa -> revela a existência dos 
corpos escleróticos, isolados ou agrupados com sua septação 
característica 
- Cultura 
- Exame histopatológico 
→ TRATAMENTO 
- Difícil resposta aos diversos tratamentos existentes e com 
susceptibilidade diferenciada em função do agente 
- Eletrocoagulação de lesões pequenas e iniciais 
- Remoção cirúrgica de lesões vegetantes 
- Termoterapia local 
- Itraconazol 100-200mg/dia por 12 a 24 meses 
- Anfotericina B 1mg/kg 3x/semana IV + 5-fluorocitosina VO 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Micose crônica, subaguda ou 
raramente aguda, produzida pelo 
Paracoccidioides brasiliensis, com 
comprometimento tegumentar e 
visceral 
- Doença granulomatosa 
sistêmica potencialmente letal 
- Epidemiologia: manifestação clínica crônica acomete 
preferencialmente adultos do sexo masculino, e a 
aguda/subaguda acomete indistintamente crianças e jovens de 
ambos os sexos 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Classificação 
 . Infecção sem lesões clínicas 
 . Crônica do adulto: resultante da 
reativação de um foco latente de 
infecção 
 . Aguda ou subaguda juvenil 
 . Cicatricial: corresponde a pacientes 
tratados, com cicatrizes 
- Lesões mucosas 
 . Estomatite moriforme de Aguiar Pupo 
 . Lesões eritematoexulceradas com pontilhado finamente 
hemorrágico semelhante à superfície de uma amora 
- Lesões cutâneas 
 . Número de lesões varia desde uma a inúmeras 
 . Morfologicamente, podem ser papulosas, papulopustulosas, 
papulotuberosas, vegetantes, ulcerovegetantes e ulceradas 
 . Predominam na metade superior do corpo 
 . Fundo das lesões mamilonado, com 
pontilhado hemorrágico e aspecto 
moriforme 
- Adenopatias: podem ser regionais ou 
generalizadas, simulando um linfoma + 
amolecimento e fistulização 
- Lesões pulmonares: ocorrem em 80-90% 
dos casos 
→ DIAGNÓSTICO 
- Visualização e no isolamento do fungo por meio do exame 
direto -> observam-se, com relativa facilidade, células 
arredondadas com membrana de duplo contorno, gemulação 
única ou múltipla 
- Histopatologia: revela duplicidade reativa (infiltração 
exsudativa) por meio de microabscessos de neutrófilos e 
granuloma gigantocitário e/ou tuberculoide, com parasitas no 
interior dos microabscessos e das células gigantes 
→ TRATAMENTO 
- Sulfonamidas -> Sulfametoxazol + Trimetoprima 
 . Utiliza-se como dose de ataque o equivalente a 2.400 mg/dia 
de sulfametoxazol (SMZ) e 480 mg/dia de trimetoprima (TMP) 
 . Após 2 meses, reduz-se para 1.600 mg/dia de sulfametoxazol 
e 320 mg/dia de trimetoprima por 22 meses 
- Itraconazol 
 . 200 mg/dia logo após umas das refeições principais (almoço 
ou jantar) com duração de 6 a 9 meses nas formas leves e 12 a 
18 meses nas moderadas 
- Critérios de cura: na ausência de cura biológica, é fundamental 
acompanhar a evolução do tratamento também por meio de 
parâmetros laboratoriais (VHS e eletroforese de proteínas) 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Doença contagiosa produzida pelo Sarcoptes scabiei var. 
hominis, que produz uma dermatose pruriginosa 
predominantemente noturna 
- Epidemiologia 
 . Contágio direto 
 . Incide em todas as idades, porém é mais comum no adulto 
 . Não tem predileção por sexo ou raça 
 . Endêmica, com surtos epidêmicos 
 . Relação com a promiscuidade, inclusive sexual, o que justifica 
sua inclusão entre as doenças de transmissão sexual 
 . Em geral, há mais de um caso no ambiente residencial ou 
familiar 
→ ETIOPATOGENIA 
- Causada exclusivamente pela fêmea fecundada, já que o 
macho morre após a cópula, a qual penetra na epiderme, 
fazendo um túnel subcórneo, com a progressão noturna de 2 a 3 
mm/dia 
- Seu ciclo vital é de 15 a 30 dias, durante o qual elimina cerca 
de 40 a 50 ovos, morrendo em seguida. 
- Cada ovo origina, em 3 a 5 dias, uma larva hexápode que se 
transforma em ninfa e, finalmente, chega à fase adulta 
- Prurido ocorre por dois mecanismos: alérgico e mecânico 
(provocado pela progressão do parasita, a qual se faz 
especialmente à noite, como consequência do calor do leito) 
- Período de incubação: de 3 a 4 semanas, quando aparece 
erupção pruriginosa, ou então de 1 ou 2 dias, nos casos de 
reinfecção dos pacientes que se alergizarem 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesão típica: túnel escabiótico (5 a 15 
mm), de cor acinzentada clara ou da 
cor da pele, em geral sinuoso 
- Eminência acarina: vesícula presente 
na extremidade migrante do tamanho 
de uma cabeça de alfinete 
- Número de túneis aumenta com a 
duração da doença, localizam-se 
preferentemente nos dedos, nas pregas 
interdigitais, nos punhos, nos cotovelos, 
nos mamilos (sobretudo nas mulheres), 
nas pregas axilares, na genitália, nas nádegas e no hipogástrio 
- Crianças: lesões localizam-se também no couro cabeludo, nas 
palmas e nas plantas 
- Observam-se lesões de escoriação com impetiginização 
secundária 
- Prurido noturno 
- Complicação: evolução para glomerulonefrite 
→ SARNA CROSTOSA 
- Formação de crostas estratificadas, 
que podem chegar a centímetros de 
espessura, localizadas, 
preferentemente, nas eminências 
ósseas, podendo, inclusive, 
comprometer unhas, face, cabeça e regiões palmoplantares 
- Ocorre em indivíduos de hábitos higiênicos 
precários, neuropatas, deficientes mentais e 
imunodeprimidos 
- Pode ser uma manifestação da infecção pelo 
vírus HTLV-1 e, portanto, deve-se considerar a 
solicitação de sorologia diante de um quadro 
suspeito 
 → DIAGNÓSTICO 
- Presença de prurido noturno e túneis 
simetricamente dispostos nos locais de eleição 
levam ao diagnóstico 
- Confirmado pelo achado do Sarcoptes na eminência acarina 
(escarificar com um alfinete e lente de aumento pequena) 
- Dermatoscopia: achado de pequenas estruturas triangulares 
(asa delta) e enegrecidas acompanhadas de um pequeno 
segmento linear encontrado na base do triângulo, que 
correspondem respectivamente à porção pigmentada anterior 
do ácaro e ao túnel escabiótico preenchido com ovos e fezes 
do parasita 
- Diagnóstico diferencial: psoríase, doença de Darier, 
farmacodermia, dermatite seborreica e eczemas 
→ TRATAMENTO 
- Levantamento de todos os habitantes da casa para avaliar os 
acometidos -> tratar todos 
- Lavar roupas pessoais, de cama e toalhas até após o 2º dia de 
tratamento 
- Corticosteroides de uso localaplicados 2 a 3 vezes/dia devem 
ser empregados nos casos de prurido excessivo 
- Escabicidas tópicos 
 
Permetrina 
5% em loção com aplicação única à noite, 
e uma segunda após 5 a 7 dias. 
Não deve ser usada em crianças menores de 
2 meses, gestantes e durante o aleitamento 
 
Monossulfiram 
Solução a 25% -> diluir uma parte do 
medicamento em 2 a 3 de água, para 
adultos, e 3 a 4 de água, para crianças 
Benzoato de 
benzila 
Loção ou creme 
Efeitos adversos são irritação primária, xerose 
e prurido 
 
 
Enxofre 
Na forma de enxofre precipitado (5 a 10%) 
em vaselina líquida ou pasta d’água, por 3 
noites consecutivas 
Adequado para crianças com menos de 2 
meses, gestantes e durante a lactação 
- Tratamento sistêmico: IVERMECTINA -> dose preconizada é de 
200 µg/kg, ou seja, 1 comprimido para cada 30 kg 
 . Dose única ou, preferentemente, repetida após 10 dias, em 
jejum ou longe das refeições 
 . Deve ser evitado em crianças com menos de 15 kg, em 
pacientes com alteração da barreira hematoencefálica e no 
período da amamentação 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Dermatose pruriginosa produzida pela 
inoculação acidental na pele de larvas 
de ancilóstomos de animais 
- Epidemiologia 
 . Ocorre nas zonas tropical e 
subtropical, em áreas quentes e úmidas 
 . Acomete qualquer idade, porém é mais comum em crianças 
que brincam em quintais, jardins e/ou praia 
- Etiopatogenia 
 . Homem, ao entrar em contato com essa terra ou areia, 
infesta-se pela penetração das larvas através da pele 
 . Larva instala-se na epiderme e provoca uma reação 
inflamatória por parte do organismo, podendo ficar bloqueada 
ou progredir intraepidermicamente, formando um túnel, com 
maior progressão noturna (2 a 5 cm diários) 
 . IgE sérica encontra-se elevada 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesões são em número imprevisível 
e têm localização mais frequente 
nos pés e nas nádegas 
- Lesão elementar é uma pápula 
eritematosa de alguns milímetros, 
intensamente pruriginosa 
- Larva caminha e produz um túnel eritematopapuloso, sinuoso, 
cuja extremidade migrante apresenta-se mais ativa, enquanto a 
área terminal do túnel começa a entrar em regressão, 
apresentando-se discretamente escamosa 
- Larva migrans disseminada é rara e pode desencadear a 
síndrome de Loeffler, que cursa com febre, alterações 
respiratórias, infiltrados pulmonares e eosinofilia periférica 
→ DIAGNÓSTICO 
- Morfologia migrante é, por si só, diagnóstica 
- Forma papulosa é de diagnóstico mais difícil, confundindo-se 
com as reações à picada do inseto 
→ TRATAMENTO 
- Lesões numerosas: tiabendazol oral 30 a 50 mg/kg de peso, em 
dose única, antes de dormir ou em dose fracionada, com dose 
máxima para adultos de 3 gramas em tomada única 
- Poucas lesões: tratamento tópico (pomada a 25%) 2x/dia 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Dermatose autolimitada, produzida por 
uma pulga (Tunga penetrans) 
- Epidemiologia 
 . Doença tropical, ocorrendo no porco 
e no homem 
 . Adquirida em lugares arenosos, 
estábulos e pocilgas 
- Etiopatogenia 
 . Fêmea se fixa na pele, onde penetra parcialmente e ingere 
o sangue com a finalidade da ovulação, provocando lesão 
 . Seus ovos, em grande número, intumescem-lhe a parte 
posterior do abdome, produzindo a lesão 
 . Rompimento do abdome promove a eliminação dos ovos 
para o exterior, caindo no solo 
 . Fêmea morre, havendo a cura espontânea do quadro clínico 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Lesão é muito característica e consiste em pequena pápula 
esférica, branco-amarelada, com um ponto negro central 
- Número variável -> quando numerosas e agrupadas, seu 
aspecto dá a impressão de favo de mel 
- Prurido e dor discreta 
- Localizações preferenciais são as regiões plantares, 
periungueais e interdigitais 
→ TRATAMENTO 
- Remoção completa do parasita 
- Poucas lesões: retirada com agulha estéril e posterior 
desinfecção 
- Infestação maciça: tiabendazol, 30 a 50 mg/kg/dia durante 10 
dias ou ivermectina 
- Infecção associada: ATB 
- Pulga morre dentro de 2 a 3 semanas, com ou sem tratamento 
- Profilaxia: uso de calçados, repelentes naturais e nas fontes, 
utilização de fogo ou DDT 
→ CARACTERÍSTICAS GERAIS 
- Dermatite irritativa de contato pela toxina do Paederus (potó) 
- Observada em determinados períodos do ano, com variação 
de uma região para a outra, conforme os períodos de chuva e 
estiagem, calor ou umidade, e respectivos hábitos das diferentes 
espécies 
- Encontrados em vegetação rasteira ou durante a noite no 
ambiente domiciliar, atraídos pela luz 
→ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
- Após a liberação do líquido 
vesicante (pederina) quando o 
inseto é tocado ou esmagado, 
ocorre ardor e/ou prurido, 
seguidos de eritema, vesículas, 
vesicopústula e crostas de arranjo variável: lineares, numulares ou 
radiadas 
- Mais frequentes em áreas expostas, principalmente pescoço, 
faces e braços 
- Pode acometer áreas extensas da pele pelo contato com 
múltiplos insetos, quando podem associar-se febre, calafrios e 
prostração 
- Região periorbital: blefarite, conjuntivite e, mais raramente, irites 
e úlcera de córnea 
- Quadro regride em 7 a 12 dias 
→ DIAGNÓSTICO 
- Diagnóstico diferencial: herpes simples, herpes-zóster, dermatite 
de contato, dermatite seborreica, impetigo, fitofotodermatose, 
pênfigo foliáceo ou vulgar e queimaduras 
→ TRATAMENTO 
- Fase aguda: banhos e compressas úmidas seguidas de cremes 
ou pomadas com corticosteroide e/ou antibióticos, na fase 
aguda 
- Casos complicados com infecção bacteriana extensa ou 
grave: antibioticoterapia oral ou parenteral 
- Lesões oftalmológicas: banhos e/ou compressas com água 
boricada a 1% ou solução fisiológica; na suspeita de irites ou 
úlceras de córnea, deve-se solicitar o acompanhamento do 
oftalmologista

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