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Boas Práticas em Serviços Farmacêuticos

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19/03/2022 16:34 Boas Práticas em Serviços Farmacêuticos
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/02326/index.html#imprimir 1/50
Boas Práticas em Serviços Farmacêuticos
Prof.ª Madelon Novato Ribeiro
Descrição
As boas práticas farmacêuticas como critério de qualidade para os serviços prestados nesse segmento.
Propósito
Compreender a relevância das boas práticas farmacêuticas voltadas para todo o setor de medicamentos e apresentar as
atribuições dos profissionais da área para o uso racional de remédios, a promoção da qualidade de vida e a preservação da
segurança do paciente.
Preparação
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos as seguintes legislações: Portaria nº 344/1998, Lei nº 9.782/1999 e as
Resoluções (RDC) nº 216/2004, 365/2001 e 433/2005.
Objetivos
Módulo 1
Dispensação, fracionamento, distribuição e transportes de medicamentos
Identificar os pontos positivos de boas práticas de dispensação, fracionamento, distribuição e transportes de medicamentos.
Módulo 2
Boas práticas aplicadas à manipulação.
Reconhecer a avaliação da qualidade das boas práticas aplicadas à manipulação.
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Módulo 3
Gestão da farmácia hospitalar e gerenciamento dos resíduos de saúde
Identificar requisitos de boas práticas que podem ser aplicados no âmbito da gestão da farmácia hospitalar e do
gerenciamento dos resíduos de saúde.
Módulo 4
Boas práticas clínicas, toxicológicas e alimentares
Definir os requisitos básicos para as boas práticas clínicas, toxicológicas e alimentares.
O conceito de boas práticas representa a implantação de técnicas eficazes para a realização de uma atividade ou de um
procedimento. Elas têm como objetivo a redução de riscos ao paciente a fim de que ele receba o tratamento adequado.
Essas práticas passam pela elaboração de estratégias centradas em um propósito comum, que é a excelência no
atendimento a seus clientes e a manutenção de políticas internas de qualidade para o serviço.
Quer estejamos trabalhando em farmácias, drogarias, laboratórios ou em estabelecimentos hospitalares, devemos pensar
em boas práticas como uma meta a ser alcançada e que exige do farmacêutico responsabilidade, ética e conhecimento
técnico sobre todos os processos que envolvem os medicamentos.
É fundamental que todos os procedimentos previstos em lei estejam redigidos em um manual de boas práticas próprio
para cada estabelecimento. Tanto esse manual quanto os procedimentos operacionais padrão (POP) são documentos
essenciais que devem ser disponibilizados aos funcionários e apresentados quando requeridos pelos órgãos sanitários.
Manter o manual de boas práticas sempre atualizado é uma ótima maneira de identificar e resolver possíveis problemas
nos processos inerentes à farmácia.
Introdução
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1 - Dispensação, fracionamento, distribuição e transportes de
medicamentos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os pontos positivos de boas práticas de dispensação,
fracionamento, distribuição e transportes de medicamentos.
Boas práticas de dispensação, fracionamento, distribuição e
transportes
No início dos anos 2000, o slogan “Farmácia não é um simples comércio” ficou bastante conhecido ao ser estampado em
diversos estabelecimentos sanitários. A popularidade alcançada pela frase nos leva a concluir que, apesar do contexto mercantil
em que a saúde está inserida, o foco no cuidado com o paciente e o uso racional de medicamentos (URM) deveriam ser
repensados e colocados em prática.
Medicamento não é comércio.
A dispensação é o ato profissional farmacêutico de proporcionar um ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como
resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. No momento da dispensação, o farmacêutico
informa e orienta o paciente sobre o uso adequado dos medicamentos, possibilitando o consumo seguro e correto tanto de
medicamentos quanto de seus correlatos.
Vamos dividir esse assunto em tópicos para entendermos cada etapa desse processo e a importância das boas práticas.
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Boas práticas em dispensação
As boas práticas na dispensação consistem em dispensar ao paciente, após o diagnóstico, o correto medicamento de acordo
com a prescrição médica (RDC 328/1999).
O principal objetivo da dispensação é o URM. Uma boa orientação ao paciente inclui informações em
linguagem objetiva, esclarecendo todas as dúvidas com relação ao uso e armazenamento
adequados dos medicamentos.
Um número significativo de medicamentos apresenta prescrição, venda ou dispensação inadequadas. Isso ocorre pela ausência
de informações e boas práticas.
Alguns fatores do uso irracional nos mostram a necessidade da atenção à dispensação de medicamentos: polifarmácia, uso
incorreto de antimicrobianos, prescrição em desacordo com as diretrizes clínicas, automedicação e não adesão ao tratamento.
Polifarmácia
Utilização de mais de cinco medicamentos.
Avaliação técnica da prescrição e legibilidade
A Resolução CFF nº 357/2001 determina que a avaliação e a interpretação das prescrições quanto aos aspectos técnicos e legais
são atribuições do farmacêutico.
Antes de realizar a dispensação, os farmacêuticos devem revisar todas as prescrições, analisar o perfil completo da medicação,
além de evoluir e documentar qualquer atividade realizada, visando, assim, ao uso seguro e eficaz dos medicamentos, bem como
a adesão ao tratamento. Caso haja alguma dúvida ou inconsistência no momento da avaliação da prescrição, o farmacêutico
deverá entrar em contato com o prescritor para que possa dirimir suas incertezas e obter as informações necessárias.
Análise de prescrição médica.
Uma prescrição deve conter: nome do paciente, nome do médico, prontuário, data da consulta, medicamentos prescritos, dose,
forma farmacêutica, posologia, tempo de tratamento e via de administração. Porém, em sua avaliação, o farmacêutico também
deve considerar possíveis interações medicamentosas e reações adversas, indicação, contraindicações, aspectos legais, sociais
e econômicos.
A legibilidade de uma prescrição é obrigatória. A dedução do conteúdo da escrita do prescritor não é indicada e pode ser causa
de erros de medicação, gerando danos ao paciente. As prescrições não devem apresentar emendas ou rasuras, pois podem
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induzir ao erro no momento da dispensação.
Prevenção de erros de dispensação
Uma das razões da análise de prescrição está em avaliar e corrigir eventuais problemas, reduzindo os riscos ao paciente, a fim de
que ele receba o tratamento adequado.
Os erros mais comuns na dispensação de medicamentos são: prescrição sem informação de quantidade; prescrição sem
indicação de concentração, horário e forma farmacêutica; dose excessiva ou omissão de dose; concentração incorreta;
rotulagem; medicamento dispensado diferente da prescrição ou sem prescrição; desvio de qualidade e medicamento vencido.
De posse dessas informações, o farmacêutico é capaz de avaliar a farmacoterapia dos pacientes, os problemas relacionados aos
medicamentos (PRM) — necessidade, efetividade e segurança — e traçar um perfil focado em uma boa adesão ao tratamento.
Dispensação de medicamentos controlados
A Portaria nº 344/1998 estabelece que a dispensação, bem como outros procedimentos inerentes às substâncias e
medicamentos sujeitos a controle especial, deverá ser feita exclusivamente por farmacêutico, sendo vedado delegar a
responsabilidade a outros funcionários da farmácia. É também proibida a dispensação desses medicamentos/produtospor meio
remoto.
As prescrições e notificações de receita devem estar preenchidas de forma legível, sendo a
quantidade em algarismos arábicos e por extenso, sem emenda ou rasura. A farmácia ou
drogaria somente poderá aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e da Notificação
de Receita estiverem devidamente preenchidos
(Manual Prático de Dispensação, CRF-SP, p. 25)
Receita de Controle Especial
Art. 52. § 1°. A Receita de Controle Especial deverá estar escrita de forma legível, a quantidade em algarismos arábicos e por
extenso, sem emenda ou rasura e terá validade de 30 (trinta) dias contados a partir da data de sua emissão para medicamentos
à base de substâncias constantes das listas "C1" (outras substâncias sujeitas a controle especial) e "C5" (anabolizantes) deste
Regulamento Técnico e de suas atualizações (Portaria 344/1998, grifo nosso).
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O receituário de controle especial deve ser preenchido em duas vias, sendo a primeira via retida na farmácia com as informações
de dispensação no verso, e a segunda via carimbada comprovando o atendimento e devolvida ao paciente (Portaria 344/1998).
Noti�cação de Receita
Notificação de Receita é o documento que, acompanhado da receita, autoriza a dispensação de medicamentos à base de
substâncias constantes das listas: A1 (entorpecentes); A2 (entorpecentes de uso permitido somente em concentrações
especiais); A3 (psicotrópicas); B1 (psicotrópicos); B2 (psicotrópicas anorexígenas); C2 (retinoicas para uso sistêmico); C3
(imunossupressoras).
As Notificações de Receita A, B e C são válidas para aquisição em todo o território nacional.
Veja, a seguir, um pouco mais sobre as notificações de receita de entorpecentes (A1), entorpecentes de uso permitido somente
em concentrações especiais (A2), psicotrópicas (A3), psicotrópicos (B1) e psicotrópicas anorexígenas (B2).
Noti�cação de Receita A (amarela)
Deve ser utilizada para medicamentos e substâncias das listas A1, A2 e A3, sendo permitido dispensa para tratamento
correspondente a 30 dias de tratamento, a contar da data de sua emissão, devendo conter apenas um (1) medicamento em cada
prescrição.
Noti�cação de Receita B (azul)
É utilizada para a dispensação de medicamentos à base de substâncias constantes da lista B1, sendo permitida a dispensa para
tratamento correspondente a 60 dias de tratamento, contendo apenas um (1) medicamento na prescrição e validade por um
período de 30 (trinta) dias contados a partir de sua emissão.
Noti�cação de Receita B2 (azul)
É usada para a dispensação de medicamentos que contenham substâncias psicotrópicas anorexígenas. Ela pode conter a
quantidade de medicamento correspondente a no máximo 30 dias de tratamento, com exceção da sibutramina, que pode conter
quantidade para no máximo 60 dias de tratamento.
Atenção
Os medicamentos sujeitos ao controle especial de que trata a Portaria 344/1998 e posteriores atualizações não podem ser
fracionados.
Responsabilidades do farmacêutico na dispensação
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O farmacêutico é um profissional da saúde que deve executar todas as atividades de maneira a contribuir para a proteção e a
garantia do bem-estar. Sendo assim, alguns procedimentos operacionais são fundamentais para a promoção de uma
dispensação eficaz e segura. Veja.
1. Armazenar medicamentos em local seguro, separado por classes terapêuticas, pela ordem alfabética de acordo com a
denominação genérica e pela forma farmacêutica; ordená-los em estantes, armários e gaveteiros, com áreas separadas para
sólidos, líquidos, injetáveis e medicamentos de uso tópico, e diferenciando daqueles medicamentos que possam causar erros.
2. Planejar áreas seguras para dispensação.
3. Desenvolver estratégias para prevenir trocas de medicamentos com nomes similares, medicamentos potencialmente
perigosos, medicamentos com sons ou grafias semelhantes.
4. Prevenir a troca de medicamentos mantendo juntos a prescrição e os medicamentos dispensados.
5. Conferir o conteúdo da prescrição com o medicamento dispensado.
�. Prestar informações sobre a indicação dos medicamentos, os efeitos, os horários de administração e as possíveis reações
adversas.
Boas práticas na avaliação de prescrição e dispensação de
medicamentos
Neste vídeo, a especialista apresentará a importância das boas práticas na dispensação de medicamentos e como elas se
relacionam com a segurança do paciente.
Boas práticas de fracionamento
O fracionamento consiste na subdivisão da embalagem primária do medicamento em frações menores, a partir da sua

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embalagem original, mantendo os seus dados de identificação e qualidade (RDC 80/2006).
Com o fracionamento de medicamentos, o paciente dispõe do remédio na quantidade suficiente para atender ao tratamento
clínico prescrito e/ou às necessidades terapêuticas.
Nas drogarias, aplica-se o fracionamento apenas nos casos de fármacos isentos de prescrição,
sempre sob orientação e responsabilidade do farmacêutico.
A embalagem primária fracionável, desenvolvida e aprovada pela Anvisa para essa finalidade, é identificada na caixa do
medicamento pela inscrição “EMBALAGEM FRACIONÁVEL”, na cor vermelha. Veja na imagem a seguir.
Ilustração de modelo de embalagem de medicamento fracionável.
Embalagem original para fracionáveis
A embalagem original para fracionáveis contém o medicamento na embalagem primária e pode ser subdividida e distribuída aos
usuários.
Após a ruptura do lacre de segurança, as embalagens que contêm os medicamentos fracionáveis devem ser armazenadas
separadamente das demais.
A embalagem primária fracionável é aquela que está em contato direto com o medicamento. Ela contém um mecanismo
adequado para subdividir a embalagem em partes individualizadas, de modo a viabilizar a dispensação e atender às quantidades
suficientes para o tratamento. Após o fracionamento, as embalagens primárias fracionáveis restantes devem retornar para a
embalagem original correspondente.
Etapas do fracionamento
O fracionamento começa com a avaliação da prescrição e termina com a dispensação, percorrendo os seguintes passos:
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Dados e informações que devem estar contidos em cada embalagem primária fracionada.
Na área reservada para fracionamento, a embalagem original para fracionáveis é dividida em frações menores.
As unidades devem conter em sua rotulagem o nome do medicamento, o lote e a validade.
Todos os procedimentos referentes ao fracionamento de medicamentos devem ser registrados com as seguintes
informações: nome do medicamento, dose, lote, validade, fabricante, número de medicamentos fracionados, data de
fracionamento, lote interno e assinatura do fracionador.
Quando feito em drogarias, deve-se devolver a prescrição ao usuário carimbada e assinada pelo farmacêutico.
Os procedimentos precisam ser registrados para garantir sua rastreabilidade.
Para fins de fracionamento, alguns itens devem ser considerados pelo farmacêutico na avaliação de prescrição. São eles: a
legibilidade e a ausência de rasuras e emendas; a identificação, assinatura e carimbo do prescritor; o nome do paciente; o nome
comercial do medicamento, genérico, homeopático e imunoterápico segundo a denominação comum brasileira (DCB) ou, na sua
falta, a denominação comum internacional (DCI) ou nomenclatura botânica; a concentração; a forma farmacêutica; as
quantidades; a posologia; a duração do tratamento; o modo de usar; o local e a data de emissão.
Atenção
Com o intuito de garantir a rastreabilidade, a manutenção da qualidade, asegurança e a eficácia dos medicamentos dispensados,
o fracionamento pode ser realizado por um técnico em farmácia, contanto que tenha a supervisão e a responsabilidade do
farmacêutico (RDC 80/2006).
Medicamentos que podem ser fracionados
Os medicamentos que podem ser fracionados são aqueles que se encontram nas apresentações de comprimidos, cápsulas,
óvulos vaginais, drágeas, adesivos transdérmicos e supositórios, bisnaga monodose, frasco-ampola, ampola, seringa preenchida,
flaconete, sachê, envelope, blister e strip.
Cápsulas em embalagem fracionável.
Comentário
Os medicamentos isentos de prescrição e destinados ao fracionamento não poderão permanecer diretamente expostos aos
consumidores nas farmácias e drogarias.
Estabelecimentos onde o fracionamento pode ser realizado
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Estabelecimentos onde o fracionamento pode ser realizado
O fracionamento de medicamentos pode ser realizado em qualquer farmácia ou drogaria desde que disponha de instalações
adequadas ao procedimento e atenda às condições técnicas e operacionais (RDC 80/2006).
Para isso, algumas exigências relativas a esses estabelecimentos precisam ser atendidas. São elas: área para o fracionamento,
placa com identificação com nome do farmacêutico e do horário de sua atuação, equipamentos, local para o armazenamento,
documentos quanto à regularidade de funcionamento do estabelecimento e Certificado de Regularidade Técnica.
Em unidades hospitalares, o fracionamento é permitido para atender a dispensação por dose unitarizada.
Registro da dispensação de medicamentos fracionados
A RDC 80/2006 determina que as farmácias e drogarias poderão fracionar medicamentos a partir de embalagens especialmente
desenvolvidas para essa finalidade e que mantenham registro de todas as operações relacionadas à dispensação de
medicamentos na forma fracionada, de modo a garantir o rastreamento do produto.
Saiba mais
Esses registros deverão ser legíveis, sem rasuras ou emendas, mantidos atualizados e precisam permanecer à disposição das
autoridades sanitárias por um período de cinco anos.
Fracionamento de medicamentos em farmácia hospitalar
O fracionamento deve ser realizado sob a supervisão e responsabilidade do farmacêutico. Os comprimidos fracionados devem
ser identificados no livro de controle de fracionamentos, onde a etiqueta tem que ser conferida com o medicamento, observando
também o lote e a validade, e esse documento precisa ser assinado pelo farmacêutico responsável.
O fracionamento é realizado com todos os medicamentos na forma de comprimidos ou cápsulas, que são cortados de forma
individual, etiquetados e identificados. Em cada etiqueta deve constar o nome genérico, a dosagem, as datas de fabricação,
validade e fracionamento, o lote do medicamento, o laboratório de fabricação e a identificação do setor responsável.
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Boas práticas de distribuição e transporte de medicamentos
As atividades relacionadas aos medicamentos devem ser realizadas de acordo com os princípios das boas práticas de
fabricação (BPF), boas práticas de armazenagem (BPA), boas práticas de distribuição (BPD) e boas práticas de transporte (BPT).
Para manter a qualidade original do produto até o ponto de uso, é necessário garantir que ele
apresente condições ideais de utilização e que sejam mantidos os princípios das boas práticas de
armazenamento, estocagem, transporte e distribuição.
O fluxo logístico no segmento farmacêutico percorre, basicamente, a seguinte cronologia: do fabricante para o armazenador,
posteriormente para o distribuidor, finalizando para hospitais, clínicas, farmácias e drogarias.
Modelo de fluxo logístico do segmento farmacêutico.
Distribuição e transporte
Boas práticas de distribuição são o conjunto de ações que asseguram a qualidade de um medicamento por meio do controle
adequado durante o processo de distribuição e armazenagem, bem como proporcionam ferramentas para proteger o sistema de
distribuição contra medicamentos falsificados, reprovados, ilegalmente importados, roubados, avariados e/ou adulterados.
Saiba mais
Visando ao aumento da segurança e integridade dos produtos, a RDC 365/2001 regulamenta a atuação do farmacêutico nas
áreas de distribuição, enquanto a RDC 433/2005 dispõe sobre as áreas de transporte.
De acordo com as diretrizes nacionais e internacionais, todo transporte de produtos farmacêuticos deve ser documentado,
indicando os cuidados e as precauções para o manuseio. Os registros de transporte devem conter ao menos os seguintes dados:
data da expedição, nome e endereço do cliente, descrição do produto, lote e quantidade, condições de transporte e estocagem.
Estabilidade
Uma das principais ações na cadeia de distribuição e transporte é a estabilidade de medicamentos e insumos, o que exige que os
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fabricantes forneçam instruções sobre as condições de temperatura, umidade, luz e especificações de transporte. Os riscos
potenciais durante o deslocamento, distribuição e armazenamento desses fármacos incluem danos físicos, misturas,
contaminação microbiana e contaminação cruzada.
O termo estabilidade é definido como o período no qual o produto mantém, dentro de limites
estabelecidos e sob determinadas condições ambientais, as mesmas características químicas,
físicas e farmacológicas durante seu período de vida útil.
São definidos como fatores que afetam a estabilidade:
Fatores intrínsecos
Relacionados ao processo de fabricação do medicamento. Ex.: procedimentos, método, equipamento, embalagem,
excipientes, pH do meio, recipientes etc.
Fatores extrínsecos
Relacionados às condições ambientais, técnicas de armazenagem, manuseio, transporte e higienização. Ex.: temperatura,
ventilação, luminosidade, umidade etc.
Os medicamentos termolábeis, os oncológicos e os remédios sujeitos a controle especial exigem regras de transporte
específicas.
Atenção
Caso seja identificado algum produto farmacêutico adulterado ou com suspeita de falsificação, ele deve ser separado dos demais
produtos e o farmacêutico tem de notificar a ocorrência à autoridade sanitária competente, indicando o número do lote, para que
sejam realizadas ações de alerta sanitário.
É atribuição do farmacêutico a avaliação da natureza do produto, conservação, disposição em que o medicamento se encontra
no transporte, higiene, contato com produtos tóxicos, radioativos, alimentos, além da temperatura e umidade.
Conservação
Consiste em manter os produtos em condições satisfatórias de estocagem para manutenção de sua estabilidade e integridade
durante o período de vida útil. De acordo com as boas práticas de transporte, devem ser observados os seguintes cuidados:
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Não transportar medicamentos em ambientes úmidos, sem ventilação ou expostos ao sol.
Não transportar embalagens danificadas.
Registrar e comunicar ao serviço logístico sobre qualquer não conformidade na etapa de transporte dos produtos.
Definir POPs internos para estabelecimento de fluxos e responsabilidades.
Avaliar e controlar fatores tais como temperatura, luz, umidade, tempo de armazenagem, forma de acondicionamento e
produtos que exigem faixas variadas de temperatura e umidade. Se não forem bem controlados, esses fatores podem gerar
instabilidade aos produtos, diminuindo sua eficácia, segurança e qualidade, e podendo gerar graves problemas de saúde aos
usuários.
Recebimento
As boas práticas de transporte de medicamentos estabelecem a necessidade de verificação das condições físicas e de
transporte do medicamentono momento da recepção.
Atenção
No ato de conferência, deve ser verificado se os medicamentos entregues estão em conformidade com a especificação,
quantidade e qualidade estabelecidas na nota fiscal e requisição. No caso de qualquer inconformidade, o produto deverá ser
devolvido ao fornecedor para que sejam tomadas as devidas providências.
Ao iniciar suas atividades, a transportadora de produtos farmacêuticos precisa atender aos requisitos exigidos pelas normativas
regulatórias sanitárias. Ela deverá possuir CNPJ, contrato social, alvará de funcionamento municipal emitido pela prefeitura local,
certificado de vistoria do corpo de bombeiros, farmacêutico, laudo técnico de avaliação, layout de projeto, licença sanitária,
certificado de regularidade do Conselho Regional de Farmácia e manual de boas práticas de transporte. Esses documentos são
obrigatórios e devem ser compatíveis com as normas e legislações vigentes.
Rastreabilidade em distribuição e armazenagem
A indicação da origem do produto, seu histórico e sua localização por meio de identificação documentada ou registrada são
chamados de rastreabilidade.
A preservação dos insumos e medicamentos requer a proteção da embalagem primária, além do fornecimento de instruções e
condições para prevenção contra agentes externos que possam afetar sua qualidade.
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Os medicamentos e insumos devem ser mantidos em pallets em bom estado de limpeza e conservação. A temperatura, a
umidade relativa e a ventilação devem ser adequadas para que não afetem de forma adversa a qualidade dos produtos
farmacêuticos durante seu transporte, armazenamento e distribuição.
Não é permitido transportar medicamentos e demais produtos para a saúde juntamente com produtos radioativos, tóxicos,
saneantes, ração animal, materiais químicos e inflamáveis, alimentos a granel, agrotóxicos e adubos.
Integridade da carga farmacêutica
Durante todo o processo de transporte de produtos farmacêuticos, as empresas envolvidas devem satisfazer as condições
necessárias, mantendo a qualidade dos produtos até que eles cheguem às farmácias, drogarias, clínicas e hospitais, preservando
ou mantendo inalteradas suas características intrínsecas.
As boas práticas de transporte de medicamentos estabelecem a necessidade de verificação das condições físicas e de translado
do medicamento em todo o processo. Entre elas, vejamos algumas citadas a seguir:
Higienização
Revestimento interno do baú liso e de fácil limpeza, desinsetização periódica do baú.
Garantia da temperatura
Revestimento isotérmico.
Registro de temperatura
Termômetro comum calibrado ou data logger.
Cumprimento legal
Veículo licenciado pela VISA (vigilância sanitária) local.
Embalagem de transporte
Em se tratando de embalagens, algumas opções de materiais para caixas térmicas devem ser utilizadas, como por exemplo o
isopor, que apresenta bom desempenho térmico, baixo custo, disponibilidade em vários tamanhos e é descartável. Entretanto, o
PU (Poliuretano) é o material mais apropriado para o transporte dos medicamentos de acordo com as particularidades de cada
produto.
Os principais problemas aos quais os produtos farmacêuticos estão expostos durante o transporte são:
Contaminação cruzada
Produtos incompatíveis podem contaminar os demais por estarem no mesmo ambiente.
Conservação inadequada
Produtos expostos a condições extremas de temperatura e umidade e fora das especificações.
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Falta de higiene
Presença de sujidades levando à contaminação dos produtos.
Avarias e extravios de carga
Como sujidades, volumes amassados e quebra do produto sem ou com extravasamento, perdendo outras unidades, perda de
prazo de entrega etc.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Avaliação técnica da prescrição e legibilidade
2:08 min.
Dispensação de medicamentos controlados
3:01 min.
MÓDULO 1
Vem que eu te explico!
Avaliação técnica da prescrição e legibilidade
2:08 min.
Dispensação de medicamentos controlados
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?

Questão 1
Ao avaliar uma prescrição, o farmacêutico identifica que o paciente é portador de HIV e que não estava prescrito um



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medicamento que ele deveria utilizar, o darunavir 600mg. O paciente ainda apresenta quadro de tuberculose e faz uso de
rifampicina, medicamento que interage com uma das classes que o paciente utiliza, diminuindo a absorção do darunavir 600mg.
Quais dos PRMs podem ser identificados após a análise?
A O 1º de segurança e o 2º de eficácia.
B O 1º de eficácia e o 2º de segurança.
C O 1º de necessidade e o 2º de segurança.
D O 1º de necessidade e o 2º de eficácia.
E Ambos de segurança.
Parabéns! A alternativa D está correta.
O primeiro foi um problema de necessidade, pois o paciente não recebeu o medicamento de que
precisava. Além disso, a rifampicina é um indutor enzimático e interage com o darunavir,
diminuindo sua eficácia.
Questão 2
Em uma drogaria, um usuário procura o farmacêutico e lhe apresenta uma prescrição médica de dipirona 500mg, um comprimido
a cada quatro horas, por 24 horas. O usuário solicita que sejam fracionados apenas os seis comprimidos que ele terá que utilizar.
Um cliente ao lado está com uma notificação de receita azul e questiona sobre a situação. Assinale a alternativa que contenha o
que o farmacêutico deverá explicar sobre os procedimentos inerentes a esse fracionamento e a dispensação:
A
Não informar nenhuma restrição em relação à dispensa, uma vez que os clientes solicitaram os mesmos
serviços.
B Informar aos clientes que a drogaria tem ordens de vender apenas caixas fechadas.
C
Informar aos clientes sobre a diferença de fracionamento e dispensa com relação aos medicamentos,
baseando-se em leis e ética farmacêutica.
D Não realizar o fracionamento.
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2 - Boas práticas aplicadas à manipulação
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer a avaliação da qualidade das boas práticas aplicadas à
manipulação.
As formulações magistrais devem ser preparadas de acordo com as boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF). Os
procedimentos de boas práticas envolvem a observação de alguns pré-requisitos, tais como: infraestrutura adequada, boas
condições de equipamentos, local e higiene pessoal, garantia de excelência em todos os processos e produtos, controle de
qualidade, capacitação dos distribuidores, treinamento dos funcionários e descrição das atividades no procedimento operacional
padrão (POP).
Estão submetidos a esses mesmos princípios os medicamentos manipulados às necessidades específicas do paciente, a
flexibilidade posológica, as associações de princípios ativos, a personalização dos rótulos, a forma farmacêutica e os
E Realizar a dispensa de ambos os medicamentos fracionados.
Parabéns! A alternativa C está correta.
De acordo com a Portaria 344/1998, nenhum medicamento sujeito a controle especial pode ser
fracionado. A dipirona, por não se enquadrar nessa categoria e ter o seu fracionamento permitido
por lei, poderá ser dispensada ao usuário.

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excipientes.
Comentário
Vale ressaltar que a Resolução RDC 67/2007, que dispõe sobre boas práticas de manipulação de preparações magistrais e
oficinais para uso humano em farmácias, foi alterada pela RDC 87/2008e pela RDC 21/2009. Dessa forma, todo e qualquer
procedimento realizado em farmácia de manipulação deve ser pautado nessas resoluções.
A seguir, conheceremos os procedimentos que não devem faltar para a manutenção de boas práticas em manipulação segundo a
RDC 67/2007.
Qualidade dos processos
A qualidade em todos os processos envolvidos, desde a escolha de fornecedores até a dispensação, é primordial para um bom
funcionamento de uma farmácia de manipulação. A monitorização dos procedimentos magistrais é fundamental para minimizar
ocorrências de falta de qualidade e erros relacionados.
Visando melhorar a qualidade dos serviços e minimizar os erros, os itens a seguir devem ser observados:
Revisão e atualização periódicas de todos os procedimentos;
Rastreabilidade;
Capacitação dos colaboradores;
Identificação de toda a matéria-prima, insumos e materiais;
Manutenção periódica das instalações e aparelhos.
Infraestrutura
Para cada operação realizada é preciso haver um local distinto e adequado. Sendo assim, a infraestrutura envolvida no processo
deve comportar os seguintes espaços: áreas de administração e paramentação separadas, sanitários, almoxarifado/estoque, sala
de controle de qualidade, cabines de hormônios e antibióticos, laboratórios para pesagem e manipulação, dispositivo de
segurança para substâncias de controle especial, rotulagem, dispensação e área de lavagem de utensílios.
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Equipamentos
Para a obtenção de resultados válidos e exatos, é necessária a manutenção e a calibração de todos os equipamentos e utensílios
de verificação. A manutenção é realizada por companhia autorizada e certificada anualmente, ou quando necessário.
Devem ser realizados o acompanhamento do funcionamento e o registro diário dos aparelhos e equipamentos, que precisam ser
feitos por equipe treinada de acordo com o POP elaborado pela farmácia.
Qualidade de matérias-primas, embalagens e formulações
�nalizadas
Recomenda-se avaliar os padrões seguidos pelos fornecedores antes de efetuar a aquisição de qualquer produto, pois a
qualidade das matérias-primas utilizadas está diretamente ligada ao produto final.
No momento do recebimento, é preciso examinar alguns itens básicos, tais como os certificados de
análises realizados pelo fornecedor, o estado físico das embalagens e as condições de temperatura
dos produtos.
Alguns ensaios em controle de qualidade são obrigatórios para atestar as condições adequadas de utilização das matérias-
primas. São eles: características organolépticas (cor, odor, sabor), pH, ponto de fusão e densidade. Todas essas características
devem ser aferidas com equipamentos calibrados.
Recebimento de matérias-primas e embalagens
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No ato do recebimento, deve ser verificado se as embalagens das matérias-primas estão de acordo com a nota fiscal, o que inclui
a observação de quesitos como lote, validade, quantidade de itens, quantitativo das matérias-primas e laudos dos fornecedores.
É igualmente importante atestar o bom estado das embalagens.
Controle da qualidade de formulações prontas
No processo de manipulação de fórmulas magistrais, diversas etapas estão envolvidas e devem ser realizadas adequadamente
para que não afetem a qualidade do produto final. Entre elas, destacam-se:
Para garantir a minimização de erros, é primordial a participação do farmacêutico em cada etapa do processo, bem como o
treinamento de toda a equipe.
Armazenamento e conservação
Para se preservar a integridade e a estabilidade, o local de armazenamento das matérias-primas e embalagens deve ser uma área
limpa e em condições adequadas de temperatura e umidade. Medicamentos termolábeis devem ser armazenados sob
refrigeração.
Para o controle dos parâmetros de temperatura, considera-se temperatura ambiente entre 18°C e 22°C, e refrigerador entre 2°C e
8°C. A umidade do ambiente deve ser mantida entre 40% e 70% para que as matérias-primas sejam preservadas. O
1
Emissão da relação dos
componentes da formulação.
2
Processo de pesagem.
3
Trituração e homogeneização.
4
Encapsulação
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monitoramento deve ser diário, realizado no início e no fim das atividades, com registro das verificações do ambiente e do
refrigerador.
Sistema de fornecimento de água
A purificação da água pode ser realizada por destilação, deionização ou sistema de osmose reversa, manutenção do purificador e
a troca dos filtros, além da higienização do reservatório de água semestralmente e do aparelho purificador mensalmente.
Caracteres físico-químicos e análise microbiológica devem ser avaliados mensalmente e os registros dessas atividades devem
ser mantidos na farmácia. Todos os procedimentos relacionados à limpeza e à análise do sistema de purificação e fornecimento
de água devem ser validados e descritos em POP elaborado pela farmácia.
Rotulagem
As preparações magistrais devem conter as seguintes informações: nome da farmácia; CNPJ; endereço; identificação do
farmacêutico responsável técnico com número no Conselho Regional de Farmácia; dados do paciente; componentes da fórmula
com a concentração, dose, quantidade formulada, forma de uso e duração de tratamento; data de fabricação e validade; número
para rastreabilidade e identificação do prescritor.
Manipulação de medicamentos injetáveis
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Manipulação de medicamentos injetáveis
A manipulação de medicamentos injetáveis é uma atividade de grande relevância e complexidade, requerendo do manipulador a
máxima atenção aos processos que envolvem essa atividade.
Antes de realizar da manipulação, alguns itens devem ser conferidos, tais como: a identificação do paciente, a triagem dos
medicamentos, o cálculo da dose, a via de administração, o volume total, a estabilidade, a data da manipulação, a validade e o
código do produto. Após essa checagem, a etiqueta do paciente poderá ser confeccionada e, posteriormente, será feita a
manipulação do medicamento.
Além desses cuidados, a limpeza e a desinfecção dos frascos e das bolsas de soro também devem ser realizadas. A capela e a
bancada devem estar limpas e livres de partículas para garantir que não ocorra contaminação cruzada entre os medicamentos.
Para evitar contaminação e garantir a segurança dos funcionários e dos medicamentos, é necessária a lavagem das mãos, a
utilização de EPIs e a retirada de adornos antes da entrada no setor de manipulação.
Os EPIs e uniformes precisam ser estéreis e não devem ser reaproveitados.
É indispensável que haja um local separado e adequado para a lavagem e esterilização de ampolas, frascos e frascos-ampolas.
Os recipientes utilizados no envase de todos os medicamentos manipulados, sejam eles injetáveis ou não, devem ser feitos de
materiais inertes capazes de garantir a estabilidade físico-química e microbiológica do produto.
A transferência de materiais e recipientes da sala de lavagem e esterilização para a sala de manipulação deverá ser realizada por
uma passagem única.
O produto estéril manipulado e pronto para uso deverá ser submetido à inspeção visual para verificação da integridade física da
embalagem antes da dispensa dessa última.
O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) é obrigatório durante todos os processos de manipulação. Os EPIs são
compostos por jalecos, toucas, máscaras, luvas e propés.
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Boas práticas na manipulação de produtos farmacêuticos
Neste vídeo,o especialista apresentará os principais pontos das boas práticas em manipulação e sua importância para a
qualidade dos produtos finais.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Qualidade de matérias-primas, embalagens e formulações �nalizadas
2:07 min.
Manipulação de medicamentos injetáveis
2:45 min.
MÓDULO 2
Vem que eu te explico!
Qualidade de matérias-primas, embalagens e formulações �nalizadas
2:07 min.
Manipulação de medicamentos injetáveis
Falta pouco para atingir seus objetivos

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Você é o farmacêutico responsável por uma farmácia de manipulação que está prestes a receber uma visita de inspeção de
qualidade. Antes disso, no entanto, você reforçou para toda a equipe sobre a importância da avaliação mensal de dois itens
importantes na análise da água utilizada em manipulação. Quais são eles?
A Caracteres químicos e biológicos.
B Caracteres físico-químicos e análise microbiológica.
C Caracteres visuais e análise microbiológica.
D Caracteres físico-químicos e análise toxicológica.
E Caracteres organolépticos e análise biológica.
Parabéns! A alternativa B está correta.
A análise físico-química e microbiológica da água serve para manter o controle da qualidade, a
fim de garantir que não haverá risco de contaminação dos produtos manipulados com
microrganismos patogênicos ou substâncias químicas que poderão comprometer a eficácia e a
segurança do produto manipulado, podendo causar dano ao paciente.
Questão 2
Ao iniciar a manipulação em capela, foi observado pelo farmacêutico que havia partículas visíveis no interior do equipamento. De
acordo com as boas práticas, qual seria a conduta correta a ser adotada e o que poderia ocasionar uma má conduta relacionada
à continuação da manipulação?
A
Antes de iniciar a manipulação, deve-se limpar o local. A continuação da manipulação poderia ocasionar
contaminação do manipulador.
B
Antes de iniciar manipulação de sólidos, o local deverá ser limpo. A continuação da manipulação poderia
ocasionar contaminação do ambiente.
C A capela deverá ser limpa com detergente líquido. A continuação da manipulação poderia ocasionar erro de
dispensação.
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3 - Gestão da farmácia hospitalar e gerenciamento de resíduos de
saúde.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car requisitos de boas práticas que devem ser aplicados no
âmbito da gestão da farmácia hospitalar e do gerenciamento de resíduos de saúde.
Boas práticas de farmácia hospitalar (BPFH)
Os serviços farmacêuticos hospitalares são caracterizados pelo conjunto de atividades farmacêuticas desempenhadas nesses
D
Antes de iniciar qualquer manipulação, o local deverá ser limpo e desinfectado. A continuação da manipulação
poderia ocasionar contaminação cruzada entre os medicamentos.
E
Antes de iniciar a manipulação, deve-se limpar o local. A continuação da manipulação poderia ocasionar
alteração de pH.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A fim de evitar a contaminação cruzada no momento da manipulação de medicamentos é
aconselhável que todo o local seja higienizado e desinfectado antes de iniciar qualquer
procedimento em manipulação, garantindo, assim, que não haja partículas, impurezas, excipientes
ou ativos de outros produtos.

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ambientes. É por meio desses serviços que pode ser confirmada a terapia medicamentosa dos pacientes, bem como a eficácia, a
qualidade e a segurança dos medicamentos.
Para que possamos seguir as boas práticas em farmácia hospitalar e atender as necessidades dos pacientes, é fundamental
estabelecermos um fluxo de normas e diretrizes de qualidade.
Atenção e cuidado ao paciente.
As boas práticas em farmácia hospitalar abordadas neste módulo incluem a distribuição, a dispensação e o armazenamento de
medicamentos em uma unidade hospitalar.
Nesse sentido, algumas leis, portarias e resoluções importantes em serviços hospitalares merecem destaque. Entre elas,
podemos citar as Leis n° 8.666/1993 e n° 13.021/2014, as Portarias n° 4.283/2010 e MS/SAS n° 1.017/2002, e a Resolução CFF
n° 549/2011.
Distribuição e dispensação de medicamentos
Em ambiente hospitalar, o processo de dispensação inclui distribuição dos medicamentos nas doses e horários corretos, triagem
de prescrições, armazenamento, rastreabilidade, controle de acesso e arquivamento de informações.
O sistema de dispensação pode ser dividido, basicamente, em quatro tipos: sistema coletivo, sistema individualizado, sistema
misto e sistema unitário.
Dispensação na farmácia ambulatorial hospitalar
A terapia farmacológica dos pacientes é avaliada com o objetivo de contribuir para a adesão ao tratamento, conferir o uso correto
dos medicamentos e prever possíveis problemas relacionados a medicamentos (PRM), no intuito de obter bons resultados e a
melhoria da qualidade de vida da população.
O procedimento de dispensação deve garantir que o medicamento seja entregue ao paciente indicado, na dose adequada
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prescrita, em quantidade exata, com informações para seu uso correto e sua boa conservação.
Armazenamento na farmácia hospitalar
O armazenamento de medicamentos tem como objetivo garantir os aspectos físico-químicos e microbiológicos dos ativos
durante o período de estocagem, impedindo perdas por vencimento ou desvios de qualidade.
É responsabilidade de toda a equipe manter o cumprimento das boas práticas, cabendo ao
farmacêutico o treinamento, a supervisão das atividades e a orientação do pessoal.
Veja, a seguir, algumas recomendações sobre a forma de armazenamento dos medicamentos na farmácia hospitalar.
1. Recomenda-se organizar os medicamentos primeiro pela forma farmacêutica e, em seguida, pela ordem alfabética de nome
genérico;
2. Deve-se respeitar a regra de armazenamento “primeiro que expira, primeiro que sai”;
3. Algumas categorias farmacêuticas requerem locais específicos dentro das áreas de armazenagem. É o caso de
medicamentos controlados em área restrita e citostáticos em ambiente com menor possibilidade de acidentes, por exemplo;
4. O formulário de registro de temperatura deve estar previsto em POP específico e conter espaço para identificação do
equipamento, data de registro, período, temperatura e responsável pela verificação e registro;
5. A área de armazenagem deve ser de acesso restrito, com controle de entradas e saídas, e o armazenamento de produtos mais
visados deve ser feito em locais trancados.
Boas práticas de gestão de resíduos
O resíduo hospitalar provém do atendimento a pacientes de unidades ou estabelecimentos de saúde (postos de saúde, hospitais,
laboratórios de análises clínicas, farmácias, clínicas etc.).
Saiba mais
A RDC nº 222/2018 é destinada aos produtores de resíduos de serviços de saúde (RSS) que possuem operações envolvendo
qualquer período do gerenciamento dos RSS, sendo eles privados ou públicos, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles
que exercem atividades de ensino e pesquisa.
O gerenciamento de resíduos hospitalares requer alguns processos fundamentados, pois são frequentemente materiais
infectantes que representam risco à saúde, por isso não podem ser descartados em lixo comum.
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Esse gerenciamento é representado por todo o processode separação, manuseio, transporte interno e externo,
acondicionamento, coleta, descarte e tratamento, que tem o objetivo de não provocar contaminação e acidentes para que os
resíduos não se transformem em possíveis agentes transmissores de doenças.
Em relação ao gerenciamento de resíduos, as resoluções que merecem destaque são a RDC Anvisa n° 222/2018, a Conama n°
358/2005 e a RDC Anvisa n° 306/2004.
Classi�cação e identi�cação de resíduos
Para o correto gerenciamento de resíduos hospitalares, é necessário identificar as categorias de materiais e lixos gerados (RDC
306/2004), que são separados em cinco grupos:
Símbolo do Grupo A - Risco biológico.
Grupo A (potencialmente infectantes)
Podem conter agentes biológicos com potencial de infecção. É identificado pelo símbolo de risco biológico, com rótulo de
fundo branco, desenho e contornos pretos, acrescido da expressão “resíduo infectante”. A RDC 222/2018 classifica os resíduos
perigosos do grupo A em cinco subgrupos: A1, A2, A3, A4 e A5.
Símbolo de Tóxico - uma das classificações de risco químico
Grupo B (químicos)
Compostos químicos capazes de causar danos à saúde ou ao meio ambiente por serem corrosivos, inflamáveis, tóxicos ou
reativos. Exemplo: reagentes para laboratório. São identificados por meio de símbolos e frases de risco relacionados à
periculosidade do resíduo químico.
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Símbolo do Grupo C - Rejeitos radioativos
Grupo C (rejeitos radioativos)
Elementos que apresentem carga radioativa acima do padrão e que não podem ser reutilizados. Exemplo: resíduos de exames
de medicina nuclear. É representado pelo símbolo internacional de presença de radiação ionizante com rótulo de fundo
amarelo, acrescido de uma das seguintes expressões: “material radioativo”, “rejeito radioativo” ou “radioativo”.
Símbolo do Grupo D - Resíduos comuns
Grupo D (resíduos comuns)
São resíduos que não apresentam risco nem à saúde e nem ao meio ambiente, sendo equiparados aos resíduos domiciliares.
Exemplos: EPIs, como jalecos descartáveis e luvas, desde que não apresentem sinais de contaminação química, biológica ou
radioativa. Devem ser identificados de acordo com definição do órgão de limpeza urbana.
Símbolo do Grupo E - Objetos perfurocortantes.
Grupo E (objetos perfurocortantes)
Resíduos de objetos que possam causar cortes. Exemplo: agulhas e ampolas. É representado pelo símbolo de risco biológico,
com rótulo de fundo branco, desenho e contorno preto, acrescido da expressão “resíduo perfurocortante”.
Etapas do gerenciamento de resíduos hospitalares
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Etapas do gerenciamento de resíduos hospitalares
O gerenciamento de resíduos abrange todas as etapas de planejamento dos recursos físicos e materiais, assim como a
capacitação dos recursos humanos envolvidos.
Ele deve possuir um plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS) que, atendendo à legislação pertinente,
deve descrever os procedimentos relacionados ao gerenciamento dos resíduos e estimar a quantidade de resíduo gerado de cada
grupo de classificação. Deve também descrever as rotinas de higienização e limpeza, bem como os procedimentos a serem
adotados caso ocorram emergências decorrentes do gerenciamento dos RSS.
Para o gerenciamento de resíduos hospitalares ser otimizado, são necessários alguns requisitos: o conhecimento da natureza
dos resíduos, o foco criterioso nos processos, a seleção do tratamento adequado e a elaboração do plano de gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde (PGRSS).
Construindo um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde
Neste vídeo, a especialista descreverá o plano de gerenciamento de resíduos de saúde e sua importância para qualquer
estabelecimento de saúde.
Descarte dos resíduos infectantes
No gerenciamento do lixo hospitalar, os funcionários responsáveis devem receber treinamento especializado e é necessário que
haja a separação do lixo infectante do restante do lixo hospitalar.
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O processo de incineração de lixo hospitalar infectante pode liberar cinzas contaminadas com substâncias prejudiciais à saúde.
Sendo assim, é indicada a esterilização desses resíduos no lugar da incineração. Pode-se ter como alternativa mais acessível as
valas assépticas, porém elas requerem que a empresa disponha de um espaço adequado para esses resíduos e que haja a devida
fiscalização desses locais.
Vem que eu te explico!
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.
Dispensação na Farmácia Ambulatorial Hospitalar
1:06 min.
Boas Práticas de Gestão de Resíduos
3:36 min.
MÓDULO 3
Vem que eu te explico!
Dispensação na Farmácia Ambulatorial Hospitalar
1:06 min.
Boas Práticas de Gestão de Resíduos
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
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Questão 1
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A dispensação de medicamentos na farmácia ambulatorial hospitalar é um momento importante, pois influencia diretamente na
adesão do paciente ao tratamento. Assinale a alternativa que contenha os procedimentos que devem ser realizados para que se
obtenha bons resultados terapêuticos.
A
Verificar a assinatura do médico, a posologia, a frequência de uso e conservação e se a prescrição é de hospital
público ou privado.
B
Analisar a dose correta, a quantidade exata, o uso adequado, as boas condições de conservação e a idade do
paciente.
C Identificar a via de administração, o correto armazenamento e conservação e o período de uso.
D
Verificar se o medicamento está sendo dispensado ao paciente indicado, na dose e quantidade exatas, com
informações sobre o correto uso e boas condições de conservação do medicamento.
E
Verificar o leito correto, o prontuário do paciente, a quantidade exata, o uso adequado e as boas condições de
conservação.
Parabéns! A alternativa D está correta.
Com o objetivo de alcançar uma boa adesão, qualquer dúvida com relação ao uso de
medicamentos deverá ser esclarecida ao paciente no momento da dispensação. É fundamental
que o paciente compreenda a importância do uso correto do medicamento no momento da
dispensação e reconheça a importância dos fatores que contribuem para a eficácia terapêutica,
tais como a dose e a quantidade corretas, bem como as boas condições de conservação do
medicamento.
Questão 2
Você é um farmacêutico hospitalar e encontrou uma seringa descartada em lixo comum. Observe a figura e, com base no que foi
aprendido sobre boas práticas de resíduos, assinale a opção correta acerca do gerenciamento de resíduos.
A Os resíduos do grupo A devem ser identificados pelo símbolo de substância infectante, com fundo preto.
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4 - Boas práticas clínicas, toxicológicas e alimentares.
Ao �nal deste módulo, você será capaz de de�nir os requisitos básicos para as boas práticas clínicas,
toxicológicas e alimentares.
O manual de boas práticas laboratoriais de análises clínicas (MBPL) é um documento utilizado em todos os laboratórios para
B Constituem resíduos do grupo A aqueles em que é possível a presença de agentes biológicos.
C Resíduos do grupo D apresentam risco biológico, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
D
O plano de gerenciamento de resíduos em serviços de saúde deve ser elaborado apenas por unidades de saúde
que produzam todos os tipos de resíduos, A, B, C, D e E.
E
A identificação dos resíduos do grupo A deve ser feitaa partir do reconhecimento do símbolo de risco biológico,
com rótulo de fundo branco e desenho e contornos pretos, e indicado com a expressão “resíduo infectante”.
Parabéns! A alternativa E está correta.
Os resíduos do grupo A são aqueles que apresentam risco de contaminação com agentes
biológicos nocivos. Por isso, de acordo com a RDC 222/2018, a identificação desse tipo de
resíduo deve ser feita com o símbolo de risco biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e
contornos pretos, e indicado com a expressão “resíduo infectante ou substância infectante”.
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elaboração de um sistema de qualidade. Ele pode ser empregado na área de análises clínicas no setor público ou privado e será
dirigido a todos os colaboradores.
É necessário possuir infraestrutura física básica, além de recursos materiais e humanos. Devem ser implementados sistemas de
qualidade interna e externa, visando à segurança no laboratório e à excelência nos resultados e atividades realizadas.
O papel do farmacêutico é fundamental desde a garantia do correto diagnóstico até a realização de
medidas preventivas por meio da educação sanitária, prestando auxílio, portanto, à saúde pública.
O farmacêutico toxicologista realiza análises de substâncias químicas – conhecidas como indicadores biológicos – que
apresentam interesse para as áreas ocupacional e ambiental, dando suporte, dessa forma, tanto à saúde do trabalhador quanto à
saúde ambiental.
São utilizados valores de referência que servem de parâmetros para a avaliação de risco potencial à saúde dos indivíduos
expostos às substâncias químicas. Esses valores são conhecidos como indicadores biológicos ou biomarcadores.
O farmacêutico em serviços do ramo alimentício precisa garantir as boas práticas de manipulação e higiene a fim de que o
alimento oferecido ao consumidor esteja de acordo com a resolução estabelecida pela Anvisa.
Para evitar a contaminação e a ocorrência de doenças provocadas pelo consumo de comida contaminada, são exigidas certas
regras de higiene durante a manipulação dos alimentos.
Saiba mais
Todas as pessoas que trabalham com alimentação são consideradas manipuladores de alimentos, ou seja, são elas quem
produzem, embalam, transportam, recebem, distribuem, armazenam, lavam, descascam e preparam a comida. Os manipuladores
de alimentos são todas as pessoas que trabalham nas cozinhas, copas e lugares afins.
Os cuidados de higiene com os comestíveis são fundamentais, afinal um estabelecimento que não oferece as condições mínimas
de higiene no preparo dos mantimentos poderá trazer riscos à saúde dos consumidores.
Para fins didáticos, vamos dividir o módulo em duas partes: boas práticas de análises clínicas e toxicológicas e boas práticas
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para serviços de alimentação.
Boas práticas de análises clínicas e toxicológicas
As boas práticas de laboratório devem garantir que as instalações e os equipamentos estejam em boas condições de
funcionamento. A calibração dos equipamentos e seu plano de manutenção devem ser cumpridos adequadamente, e os
reagentes e materiais utilizados devem estar dentro do prazo de validade, sendo conservados conforme orientação do fabricante.
Outro ponto importante é a correta eliminação dos resíduos e o seu tratamento, já discutidos anteriormente.
Saiba mais
O erro laboratorial pode ser definido como a “falha de uma ação planejada que não se completou como foi proposta, ou o uso de
um plano incorreto para alcançar uma meta, que pode ocorrer em qualquer parte do ciclo do laboratório” (ABNT, 2009).
As boas práticas em análises clínicas e toxicológicas são importantes para reconhecer, minimizar e/ou eliminar potenciais fontes
de erros no diagnóstico laboratorial.
As principais normas regulamentadoras e resoluções do segmento clínico-laboratorial são: NBR 14785:2001, NBR ISO
15189:2015, Resolução (RDC) Anvisa n° 302/2005 e Resolução CFF n° 520/2009.
Características do espaço físico
As principais características do espaçõ físico são:
Sala de coleta
Deve ser uma área limpa e privativa, contendo local para a lavagem das mãos. Precisa ter paredes e piso lisos, laváveis,
impermeáveis, de fácil higienização e resistentes aos processos de limpeza, descontaminação e desinfecção.
Instalações
Estas devem possibilitar boa execução das atividades previstas, conforme a legislação específica em vigor.
Instrumentação
É necessária a posse de equipamentos imprescindíveis para a realização dos exames laboratoriais. Devem estar descritos
procedimentos periódicos para a limpeza, manutenção e calibração dos equipamentos.
As normas de boas práticas dos equipamentos devem estar constantemente à disposição dos profissionais e serem respeitadas.
Equipamentos e insumos
Os reagentes e insumos necessários ao funcionamento dos equipamentos devem estar conforme as normas especificadas pelos
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fabricantes. Caso esses reagentes sejam preparados ou reconstituídos no laboratório, eles precisam conter a data da sua
preparação e a data da validade. Deve ser assegurada a rastreabilidade de todos os materiais adquiridos.
É necessária a garantia do fornecimento de suprimentos (equipamentos, instrumentos, insumos e serviços), de forma a manter a
execução ininterrupta de suas atividades.
Os equipamentos, insumos e reagentes devem estar regularizados junto à Anvisa, conforme legislação vigente.
Um manual contendo instruções de preparo, conservação, manuseio e precauções das amostras precisa estar disponível para os
diversos testes no local de coleta.
Controle da documentação
É imprescindível a existência de um manual da qualidade, que deve descrever sua estrutura institucional e sua identidade jurídica.
Devem ser garantidos procedimentos abrangendo todas as análises realizadas e que incluam os seguintes itens:
Princípio do método ou sistema analítico e finalidade.
Etapas do procedimento técnico.
Especificações de desempenho: precisão, linearidade, intervalo de medição, limite de detecção, sensibilidade e especificidade,
erro total etc.
Procedimentos de calibração.
Interferências e potenciais causas de resultado falso positivo e falso negativo.
Exemplos com fórmulas de cálculo dos resultados.
Valores de referência.
As instruções de uso devem estar incluídas em um sistema de documentação baseado nas instruções de uso dos fabricantes.
Deve-se garantir a confidencialidade de todos os dados nominativos.
Gestão de registros técnicos e da qualidade
Os registros analíticos devem ser guardados por no mínimo cinco anos e devem incluir: cadastro do cliente, registros de coleta,
condições de transporte, registros de auditorias do sistema da qualidade, registros de reclamação, registros dos responsáveis
pela validação, conferência e liberação dos resultados das análises, registros de manutenção preventiva, corretiva e calibração de
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equipamentos analíticos e de medição.
Fases do processo analítico
O processo analítico tem início com a coleta do material e termina com a elaboração de um laudo diagnóstico. As boas práticas
consistem na padronização dos processos envolvidos nas etapas laboratoriais, iniciando com a elaboração dos procedimentos
operacionais padrão (POP). As boas práticas podem ser divididas em três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica. Veja a
seguir.
A fase pré-analítica compreende tudo que antecede o ensaio laboratorial, ou seja, o preparo do paciente, a coleta, a
manipulação e o armazenamento da amostra antes do procedimento de análise.
O cadastrodo paciente deve incluir nome, registro de identificação, idade, sexo, telefone, endereço, nome do profissional
solicitante, exames solicitados e tipo de amostra, data e hora do atendimento, medicamento em uso, indicação clínica,
data prevista para a entrega do laudo, dentre outras informações.
Deve-se garantir medidas voltadas para a qualidade das requisições dos exames, com informações suficientes para a
identificação do cliente, do requisitante, do material a ser coletado e suas respectivas análises.
A fase analítica se inicia com a validação do sistema analítico mediante o controle da qualidade, e se encerra quando o
resultado da análise realizada é alcançado.
O laboratório deve possuir procedimentos operacionais escritos, datados e validados, de modo a garantir a qualidade dos
resultados, manter disponível uma relação dos exames próprios e terceirizados em todas as suas unidades e utilizar
métodos validados que sejam apropriados para as análises oferecidas. Os procedimentos operativos devem incluir
colheitas, qualidade, regulamento interno, estando acessíveis a todos os profissionais do laboratório e possuindo
periodicidade em revisões.
O processo analítico se inicia com a entrega de uma requisição de exames laboratoriais e deve estar identificado
corretamente com o nome completo, sexo, data de nascimento, número de registro, exames claramente especificados
com identificação do médico, número do Conselho e contato, além da descrição da informação clínica. Cabe aos
especialistas validar os resultados dos exames, bem como verificar se os resultados são realizados em tempo hábil e em
condições de confidencialidade.
O laboratório deve possuir um especialista para cada dez técnicos ou um especialista para cada dez postos de coleta. Os
resultados devem ser expressos de forma correta e sem ambiguidades. Precisam apresentar as unidades padronizadas
pelo sistema métrico internacional e os intervalos de referência.
Fase pré-analítica 
Fase analítica 
Fase pós analítica 
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As boas práticas na fase pós-analítica começam após o resultado proveniente da fase analítica, quando é gerada
liberação do laudo diagnóstico pelo farmacêutico ou profissional habilitado. Veja, a seguir, as orientações.
Devem ser elaborados documentos que orientem a comunicação de resultados potencialmente críticos com base na
literatura.
O laudo precisa conter, no mínimo, nome ou identificação única do requisitante, endereço, telefone, identificação e
número de registro no Conselho do responsável técnico e do profissional que liberou o exame, identificação das
análises realizadas, resultado das análises e valores de referência ou dados para interpretação.
O laboratório deve possuir informações das fontes dos valores de referência aplicados no laudo sobre cada análise.
É necessário haver um sistema de conferência, liberação e assinatura dos laudos que registre o profissional habilitado
responsável pela liberação e assinatura de cada um deles.
Deve ser garantida a fidedignidade dos resultados quando o laboratório transcrever laudos emitidos por laboratórios
parceiros, a fim de assegurar que não ocorram alterações que possam interferir na interpretação clínica.
Os resultados dos exames somente podem ser fornecidos ao próprio paciente (ou a uma pessoa autorizada por ele
formalmente) e ao médico prescritor. Quando requisitados por companhias de seguros, os resultados só poderão ser
entregues por meio de autorização escrita do paciente.
Quando um resultado laboratorial indicar doença de notificação compulsória, este deve ser notificado à autoridade
sanitária.
A garantia da qualidade deve contemplar de forma regular, para todas as análises que realiza, a avaliação da qualidade
analítica.
Segurança
Instruções escritas e atualizadas de biossegurança devem ser disponibilizadas com acesso a todos os profissionais. Elas devem
contemplar:
Normas e condutas de segurança química, física, biológica, ambiental e ocupacional, além de instruções de uso para
equipamentos de proteção individual (EPI) e coletiva (EPC).
Registros e procedimentos em caso de acidentes.
Manejo, transporte e eliminação de materiais e amostras biológicas.
Registro e monitoramento das condições ambientais a fim de garantir o desempenho das atividades e a confiabilidade
analítica.
Sistema de armazenamento com espaço e condições adequadas que garantam a integridade de reagentes, amostras
biológicas e equipamentos.
Instruções de higienização, antissepsia e esterilização das superfícies, ambientes, instrumentos, ferramentas e materiais.
Resíduos
Fase pós-analítica 
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O descarte de resíduos deve estar em conformidade com a legislação em vigor e precisa ser executado de modo a não gerar
risco à saúde dos colaboradores e do ambiente. A responsabilidade da gestão de resíduos perigosos é atribuída ao seu produtor,
podendo ser terceirizada por uma empresa devidamente licenciada, certificada ou acreditada, mediante um acordo de prestação
de serviços.
Sistema de informação laboratorial
Os componentes do sistema de informações laboratoriais devem atender aos requisitos de confiabilidade dos dados
relacionados ao paciente pela precisão dos cálculos realizados, por intervalos de referência adequados e pela confidencialidade e
preservação dos registros pertencentes ao sistema de informações.
Deve ser garantida a rastreabilidade no sistema de informações de todos os dados que geraram um laudo, incluindo ele e o
responsável por sua liberação, quando aplicável.
Riscos e segurança do paciente
O sistema de gestão da qualidade deve garantir a identificação, comunicação e correção de erros. O laboratório deve classificar
as não conformidades ou erros detectados de acordo com a fase do ciclo analítico, a procedência (dentro e fora do laboratório), a
responsabilidade pela ocorrência, o tipo de erro (potencial ou ativo), a possibilidade de minimização, diminuição ou prevenção e o
impacto ao paciente.
Boas práticas para serviços de alimentação
De acordo com a Resolução (RDC) Anvisa nº 216/2004, as boas práticas são procedimentos que devem ser adotados por
serviços de alimentação a fim de garantir a qualidade higiênico-sanitária e a conformidade dos alimentos com a legislação desse
setor.
Essas boas práticas de higiene devem ser obedecidas pelos manipuladores de alimentos desde a escolha e compra dos produtos
a serem utilizados no preparo até a venda para o consumidor.
Saiba mais
Segurança alimentar: Um alimento seguro é aquele cujos constituintes ou contaminantes que podem causar perigo à saúde
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estão ausentes ou em concentrações abaixo do limite de risco. Um alimento pode ser considerado de risco quando ocorre
manipulação inadequada, uso de matérias-primas impróprias, contaminação e/ou crescimento microbiano, uso inadequado ou
adição acidental de aditivos químicos, poluição ambiental e degradação de nutrientes.
A segurança alimentar pode ser resumida como consequência da:
Idoneidade
Ausência de perigos para a saúde.
Integridade
Ausência de fraude ou falsificação.
Legalidade
Ausência de defeitos ou adulterações.
Legislação sobre alimentos
A Lei 9.782 de 1999 define que a Anvisa tem por finalidade “[...] promover a proteção da saúde da população por intermédio do
controle sanitário da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária [...], um processo de
grande importância para a saúde e a qualidade de vida da população” (Lei 9.782/1999).
No setor de alimentos, destaca-se a RDC nº 216 de 15/09/2004, que dispõe sobre regulamento
técnico de boas práticas para serviçosde alimentação RDC 216/2004.
No setor de alimentos, são evidenciadas as ações de controle e vigilância das condições higiênico-sanitárias das instituições e a
manipulação dos alimentos, de modo a orientar e a punir os infratores, quando houver necessidade. Essas ações são efetuadas
pelas equipes técnicas de vigilância sanitária (RDC 216/2004).
Boas práticas sobre alimentos
Roda de alimentos contendo seus sete grupos e proporções
As boas práticas estabelecem critérios de qualidade e segurança, consistindo em analisar e informar as condições ambientais,
instalações e saneamento, equipamentos e utensílios, recursos humanos, manutenção da saúde de funcionários, tecnologia
empregada, controle de qualidade, garantia de qualidade, armazenamento, desinfecção e desinfestação, transporte,
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comercialização e informação ao consumidor.
Segundo Lopes (2000), as BPF podem ser compostas de requisitos fundamentais:
Procedimentos relativos a uniformes e acessórios, adereços etc.
Condições gerais de higiene, de conservação da edificação, água potável, tratamento de lixo etc.
Previne contaminações cruzadas ou circunstâncias que gerem o crescimento de microrganismos, geração de toxinas,
acesso, abrigo ou epidemia de pragas.
Descreve o método e a regularidade de limpeza, o profissional responsável, os produtos químicos e sua estocagem, além
dos equipamentos e utensílios em uso.
Elimina as pragas a fim de limitar e regular sua totalidade a níveis aceitáveis.
Todos os procedimentos devem ser executados e registrados de acordo com a legislação específica.
Edi�cação, instalações e equipamentos
As construções e instalações devem ser projetadas para permitir o fluxo ordenado sem interrupção das fases do processamento
de alimentos, facilitando as operações de manutenção, limpeza e descontaminação.
Para evitar a contaminação cruzada, as atividades devem ser separadas por outros meios efetivos
ou físicos.
Veja agora algumas especificações sobre a infraestrutura de locais que prestam serviços que envolvem alimentos:
Higiene pessoal 
Higiene ambiental 
Higiene operacional 
Procedimentos de limpeza e desinfecção 
Controle integrado de pragas 
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Instalações físicas precisam ter superfície lisa, impermeável e lavável.
Telas devem ser instaladas para evitar a entrada de vetores.
A iluminação do local tem que ser visível para não prejudicar a higiene dos alimentos.
O fluxo de ar não deve afetar diretamente os alimentos.
Os sanitários e os vestiários não podem estar em contato direto com as áreas da cozinha.
Os banheiros precisam conter pia e produtos de higiene pessoal.
A área de manuseio deve estar estrategicamente posicionada para o sistema de processamento de alimentos.
Os acessórios e equipamentos que tenham contato com os alimentos devem ser constituídos de materiais que não
transmitam substâncias tóxicas, odores ou sabores.
Os equipamentos têm de ser mantidos regularmente calibrados.
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Higienização de instalações e equipamentos
Os equipamentos, móveis, utensílios e instalações devem ser mantidos em boas condições de higiene. Segue a descrição de
alguns procedimentos importantes:
Limpeza regular das caixas de gordura.
Toda limpeza e desinfecção tem que ser registrada.
Os ambientes de preparo dos alimentos devem ser limpos imediatamente após o término das atividades.
É necessário tomar precauções para evitar a contaminação dos alimentos por partículas e formação de aerossol pelos
materiais saneantes.
Materiais de desinfecção precisam ser identificados e armazenados de forma específica.
Deve ser utilizado uniforme adequado para o pessoal responsável pela limpeza dos estabelecimentos.
Manipuladores dos alimentos
Os manipuladores devem manter a higiene pessoal usando uniformes adequados para as atividades. Os uniformes têm que ser
utilizados somente dentro do estabelecimento e trocados pelo menos uma vez ao dia. Objetos pessoais, roupas e adornos
precisam ser armazenados em ambiente separado e específico.
Ao receber e armazenar alimentos, deve-se ter cuidado com a limpeza dos sistemas, equipamentos, ferramentas e veículos.
Os operadores de alimentos precisam lavar as mãos antes de iniciar os procedimentos, antes e depois das interrupções do
serviço, após a exposição a contaminantes e antes e depois de usar o banheiro como e quando necessário.
O tempo ideal para lavagem das mãos com água e sabão deve ser de 60 segundos e de 20 a 30 segundos com álcool gel a 70%.
Não é permitido comer, cuspir, tossir, fumar, manipular dinheiro ou efetuar procedimentos que possam contaminar os alimentos.
Matérias-primas e embalagens
No momento do recebimento, as matérias-primas e embalagens devem ser inspecionadas para verificar se todo o material está
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intacto. Veja a seguir.
A temperatura dos materiais e ingredientes que requerem condições especiais de armazenamento deve ser controlada durante as
etapas de recebimento e armazenamento.
Lotes de materiais, ingredientes ou embalagens rejeitados ou vencidos devem ser devolvidos ao fornecedor imediatamente e,
caso não seja possível, precisam ser armazenados e identificados até sua destinação final.
Matérias-primas, materiais e embalagens devem ser armazenados em local limpo, embalados, colocados em paletes ou
prateleiras com distanciamento suficiente para garantir a ventilação, e identificados por lote e data de validade.
Preparação dos alimentos
As boas condições de qualidade higiênica devem estar presentes desde o preparo até a entrega dos alimentos conforme
descritas a seguir:
Os produtos destinados à higiene alimentar são regulamentados pelo Ministério da Saúde e devem ser utilizados de forma que
não permaneçam resíduos nos alimentos.
Alimentos frescos devem ser deixados em temperatura ambiente pelo tempo mínimo necessário para o processamento a fim
de não comprometer sua qualidade.
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Os ingredientes, quando não utilizados, devem ser embalados e identificados incluindo data de manipulação e validade após
sua abertura.
Sob refrigeração, devem ser mantidos em temperaturas inferiores a 4°C. O prazo de validade máximo para alimentos cozidos
deve ser de cinco dias. Para alimentos congelados, o descongelamento deve ser feito antes do tratamento térmico para
garantir a penetração de calor suficiente e de forma que não favoreça o crescimento microbiano.
É necessário guardar os mantimentos que precisam ser descongelados na geladeira se não forem usados imediatamente e
não se deve congelá-los novamente. Ao cozinhar alimentos, algumas ações têm de ser tomadas para reduzir ao menor risco de
contaminação cruzada.
Os alimentos já preparados que estão armazenados ou aguardando transporte precisam ser protegidos de contaminantes e
identificados com pelo menos o nome do produto e as datas de preparação e validade.
Os veículos que transportam alimentos preparados devem ser limpos, não sendo recomendado o transporte de outras
mercadorias que afetem a qualidade e a higiene dos alimentos processados.
Abastecimento de água
É permitida apenas a utilização de água potável para manusear os alimentos e seu abastecimento deve ser testado
semestralmente por laboratórios específicos. Somente água potável pode ser utilizada para produção de gelo e de vapor
utilizados na alimentação.
As caixas d'água devem ser construídas com materiais que não afetem

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