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LABORATÓRIO DE FÍSICA A - GFI126 PROFESSORA: KAREN LUZ BURGOA ROSSO RELATÓRIO 1 - MOVIMENTO VERTICAL GUILHERME SALES VITOR MARIA CLARA DA SILVA LUIZ FERNANDO FERREIRA MOREIRA 19A LAVRAS - MG 2022 1 SUMÁRIO 1.RESUMO…………………………………………………………………………………….. 2. INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………... 3. METODOLOGIA E MATERIAIS…………………………………………………………... 3.1 MATERIAIS UTILIZADOS……………………………………………………………….. 4. RESULTADOS………………………………………………………………………………. 5. ANALÍSE……………………………………………………………………………………. 6. CONCLUSÃO………………………………………………………………………………. 7. BIBLIOGRAFIA…………………………………………………………………………….. 2 1. RESUMO O movimento vertical foi muito discutido na física ao longo dos anos, fazendo os estudantes chegarem à conclusão que corpos em queda livre realizam movimento retilíneo uniforme.Sendo assim, o trabalho objetiva verificar se uma esfera (bolinha de borracha) percorrerá a mesma distância em um mesmo intervalo de tempo, comprovando assim que o movimento vertical é mesmo um movimento retilíneo uniforme. Para isso, três operadores em locais diferentes, com o auxílio de uma trena e o cronômetro de celular, submeteram uma esfera (bolinha de borracha) a queda livre repetidas vezes em três alturas diferentes, para coletar o tempo gasto no percurso. Com os dados em mãos e devidamente calculados, foi comprovado que o corpo completou o percurso em uma mesma faixa de tempo em uma mesma altura, mesmo coletando dados em locais diferentes, mostrando que eles realizam MRU e sua aceleração é igual a gravidade, como previsto. É um trabalho importante pois o movimento vertical é inúmeras vezes utilizado no dia a dia, e mesmo tendo sido adaptado para um modelo remoto por conta da pandemia, o trabalho conseguiu mostrar como funciona o movimento de queda livre. 2. INTRODUÇÃO Quando um objeto é solto de uma determinada altura, ele realiza movimento vertical (queda livre), sobre ação da aceleração da gravidade (9,81m/s²). Ele é um movimento retilíneo uniforme (MRU). Os estudos sobre movimento vertical começaram com Aristóteles. Ele acreditava que todas as substâncias eram feitas de terra, água, ar e fogo, e portanto, um corpo tenderia a voltar a sua posição natural (HÜLSENDEGER, 2004). Com isso, ele afirmava que dois corpos com massas distintas atingiram o solo em momentos diferentes, sendo que o mais pesado completaria o percurso mais rapidamente que o mais leve, pois o mesmo buscaria “retornar” para terra (SANTOS e AGUIAR, 2021). Entretanto, Galileu Galilei o refutou, conduzindo experimentos que o levou a deduzir que dois corpos com massas diferentes, desprezando a resistência do ar e a aceleração, abandonados da mesma altura, poderiam chegar ao chão no mesmo instante (SERWAY e JOHN, 2014). A dedução de Galileu foi comprovada em 1971, quando David Scott soltou simultaneamente na Lua um martelo e uma pena de falcão, que atingiram o chão no mesmo instante (SERWAY e JOHN, 2014). Os estudos de Galileu sobre queda livre foram muito importantes para o desenvolvimento da física, auxiliando Isaac Newton a elaborar as leis da mecânica (SANTOS e AGUIAR, 2021). A partir dessas idéias inúmeros testes foram realizados ao longo da história para verificar o comportamento dos objetos durante seu declínio. No experimento realizado foi verificado a relação entre distância e tempo em 3 locais diferentes, realizados por três operadores diferentes e foi calculada sua aceleração, que é a variação da velocidade em função do tempo. Como a força de atrito foi desconsiderada, foi utilizada apenas a função horária da velocidade, a equação 1. 3 Como o objeto foi solto do repouso, na altura escolhida, podemos considerar a velocidade inicial nula e fazer as seguintes considerações: Com isso, obtemos a fórmula para encontrar a aceleração, dada pela equação 2: O erro da aceleração foi calculado utilizando a equação 3. Também foi calculado o tempo médio para cada altura, utilizando a equação 4: O erro do tempo foi calculado utilizando a equação 5: Pretende-se que os dados diretos não tenham muitas variações, já que foram utilizados os mesmos materiais e métodos pelos três executores, mesmo tendo sido realizados em locais diferentes, já que a força da gravidade é a mesma (9,81 m/s²). Como o movimento vertical é um um movimento retilíneo uniforme, espera-se que os tempos coletados sejam parecidos em mesmas alturas, já que percorrerão a mesma distância. 4 3. MATERIAIS E METODOLOGIA 3.1. Materiais utilizados: ● Trena ● Esfera (bolinha de borracha) ● Cronômetro ● Câmera do celular ● Caderno para anotações Figura 1: Esfera (bolinha de borracha) Figura 2: Trena Figura 3: Cronômetro A esfera (bolinha de borracha) foi posicionada na trena nas marcações 60cm, 90cm e 120cm, que foram utilizados como h nas equações 2 e 3 já apresentadas. Ao soltar o objeto, perto o suficiente da marcação da altura para considerar a velocidade nula, o cronômetro era iniciado, sendo interrompido apenas quando a peça atingisse o chão. Anotaram-se os tempos em que a mesma levou para concluir a queda, que foram utilizadas como t nas equações 2, 3, 4 e 5. Cada um dos três executores, em suas respectivas cidades, repetiram o procedimento 5 vezes para cada altura, dando o total de 15 dados de tempo para cada operador, contabilizando 30 dados ao todo. O tempo foi medido em segundos e a altura foi medida em centímetros. 4. RESULTADOS Tabela 1 - Medidas diretas do experimento. (60,0±0,1) cm (90,0±0,1) cm (120,0±0,1) cm (0,39±0,05)s (0,53±0,05)s (0,57±0,05)s (0,33±0,05)s (0,47±0,05)s (0,65±0,05)s (0,39±0,05)s (0,46±0,05)s (0,65±0,05)s (0,39±0,05)s (0,53±0,05)s (0,61±0,05)s 5 (60,0±0,1) cm (90,0±0,1) cm (120,0±0,1) cm (0,36±0,05)s (0,48±0,05)s (0,61±0,05)s (0,24±0,05)s (0,33±0,05)s (0,53±0,05)s (0,30±0,05)s (0,41±0,05)s (0,47±0,05)s (0,31±0,05)s (0,44±0,05)s (0,46±0,05)s (0,23±0,05)s (0,37±0,05)s (0,50±0,05)s (0,34±0,05)s (0,40±0,05)s (0,44±0,05)s (0,31±0,05)s (0,37±0,05)s (0,49±0,05)s (0,33±0,05)s (0,40±0,05)s (0,51±0,05)s (0,29±0,05)s (0,43±0,05)s (0,53±0,05)s (0,32±0,05)s (0,39±0,05)s (0,50±0,05)s (0,34±0,05)s (0,41±0,05)s (0,45±0,05)s As cores indicam cada operador do grupo: ● Rosa: Maria Clara ● Azul: Guilherme Sales ● Verde: Luiz Fernando Considerando o erro da altura 0,1 cm ou 0,001m. Logo após as medidas diretas foi calculado primeiramente o tempo médio do movimento vertical realizado em cada uma das alturas e o seu erro, como a seguir: ● 60cm - ts= (0,39+0,23)/2 = 0,31s Δt= (0,39-0,23)/2 = 0,08s ● 90cm - ts= (0,53+0,33)/2 = 0,43s Δt= (0,53-0,33)/2 = 0,10s ● 120cm - ts= (0,65+0,44)/2 = 0,55s Tabela 2 - Medidas indiretas do experimento - Aceleração em cada h (60,0±0,1) cm (90,0±0,1) cm (120,0±0,1) cm (-7,8±0,2)m/s² (-6,4±0,1)m/s² (-7,3±0,1)m/s² 6 -11,0±0,3)m/s² (-8,1±0,2)m/s² (-5,6±0,1)m/s² (-7,8±0,2)m/s² (-8,5±0,2)m/s² (-5,6±0,1)m/s² (-7,8±0,2)m/s² (-6,4±0,1)m/s² (-6,4±0,1)m/s² (-9,2±0,2)m/s² (-7,8±0,2)m/s² (-6,4±0,1)m/s² (-14,2±0,5)m/s² (-8,8±0,2)m/s² (-7,9±0,2)m/s² (-11,0±0,3)m/s² (-6,6±0,1)m/s² (-7,1±0,1)m/s² (-13,3±0,5)m/s² (-9,7±0,2)m/s² (-8,5±0,2)m/s² -11,7±0,4)m/s² (-8,5±0,2)m/s² (-7,9±0,2)m/s² (-7,8±0,2)m/s² (-7,8±0,2)m/s² (-6,4±0,1)m/s² (-20,8±0,9)m/s² (-16,5±0,5)m/s² (-8,5±0,2)m/s² -13,3±0,4)m/s² (-10,7±0,3)m/s² (-10,8±0,2)m/s² (-12,4±0,4)m/s² (-9,2±0,2)m/s² (-11,3±0,3)m/s² (-22±1)m/s² (-13,1±0,4)m/s² (-9,6±0,2)m/s² (-10,3±0,3)m/s² (-11,2±0,3)m/s² (-12,3±0,3)m/s² Tabela 3 - Altura, aceleração e seus respectivos erros. Altura Aceleração (0,600 ± 0,001) m (-12,48 ± 6) m/s² (0,900 ± 0,001) m (-9,73 ± 4) m/s² (1,200 ± 0,001) m (-8,08 ± 3) m/s² 5. ANÁLISE Podemos observar de acordo com a tabela 1 (coleta de dados diretos), que mesmo em alturas diferentes a amplitude dos dados é semelhante, mesmo sendo coletados em locais diferentes, com nenhum valor absurdo que poderia atrapalhar a interpretação dos dados. As três colunas da tabela 1 mostram que para as mesmas alturas, os tempo percorridos nas repetições são bem próximos. Isso mostra que o movimento vertical é realmente um movimentoretilíneo uniforme, tal como o esperado nas predições teóricas. Levando em consideração somente o valor médio do tempo em relação a alturas, com seus devidos erros, o tempo médio das posições 60cm e 90cm e das posições 90cm e 120cm foram os mesmos. Isso mostra que, ao contrário do esperado, os tempos médios não foram maiores para medidas 7 maiores. As acelerações calculadas na tabela 2 se mostraram bem dispersas. Somando e diminuindo os erros das acelerações médias presentes na tabela 3, foi observado que todas elas possuem o valor da aceleração da gravidade, já que é a força que atua sobre o objeto, assim como já apontado na introdução. 6. CONCLUSÃO Os dados coletados apontam que o objeto levado para percorrer uma mesma altura será sempre parecido, mesmo em locais diferentes, comprovando que o movimento vertical é um movimento retilíneo uniforme. Outra observação que pode ser feita é que a aceleração calculada será próxima ou igual a aceleração da gravidade, já que é a força que atuará sobre o objeto em queda livre. Essas análises condizem com as esperadas na introdução. O tempo médio não foi maior para medidas maiores, e sim igual, ao contrário do previsto. Isso pode ter ocorrido por inúmeros fatores, como o atraso do operador em ligar e desligar o cronômetro, já que em casa não se tem a precisão para medir tempo como os sensores de laboratórios, o formato da tampinha utilizada, já que a mesma possui um lado aberto, e o atrito que o ar faz com esse lado aberto, que foi desconsiderado. 7. BIBLIOGRAFIA SANTOS, Débora Oliveira dos; AGUIAR, José Vicente de Souza. A FORMAÇÃO DE CONCEITOS SOBRE QUEDA LIVRE DOS CORPOS: UMA ANÁLISE EPISTEMOLÓGICA À LUZ DE GASTON BACHELARD. Revista Valore, [S.l.], v. 6, p. 449-459, jul. 2021. ISSN 2526-043X. Disponível em: . Acesso em: 09 fev. 2022. doi:https://doi.org/10.22408/reva602021821449-459. ÜLSENDEGER, Margarete Jesusa Varela Centeno. Uma análise das concepções dos alunos sobre a queda dos corpos. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 21, n. 3, p. 377-391, 2004. SERWAY, Raymond A.; JR., John W J. Princípios de Física vol. 1. São Paulo : Cengage Learning Brasil, 2014. 9788522116720. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522116720/. Acesso em: 09 fev. 2022. 8
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