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CURSO: DIREITO
	UNIDADE: Luziânia
	TURNO: Noturo
	PERÍODO: 8º
	DATA: 20/06/2022
	DISCIPLINA: ESTÁGIO II - PRÁTICA DE PROCESSO
PENAL
	100 horas
	PROFESSOR: Luiz Gustavo Visentin
	
ATIVIDADE AVALIATIVA CLASSROOM – PRÁTICA REAL – PEÇA 2
De acordo com as informações processuais postadas, elaborar a peça de APELAÇÃO CRIMINAL. (Art. 593,I, do CPP)
	ACADÊMICO (a): Ingrid Ianne Sales Borges/ Maria das Graças 
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE NOVO GAMA – GO.
Apelante: LUCAS PAULO DA SILVA ALVES
Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO
Processo nº: 0151909-44.2018.8.09.0160
LUCAS PAULO DA SILVA ALVES, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, por intermédio de Defensor nomeado, inconformado com a respeitável Sentença, vem, mui respeitosamente perante a honrada presença de Vossa Excelência, para apresentar, nos termos do artigo 593, I, do Código de Processo Panal,
RECURSO DE APELAÇÃO
Cujas razões seguem anexo, requerendo que as mesmas sejam juntadas aos autos e, após as formalidades legais, sejam encaminhadas ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, onde espera-se que seja conhecido e provido o Recurso de Apelação.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Luziânia, 25 de setembro de 2018.
xxxxxxxxxxxxxxx
5
OAB/GO nºxxxxxxxx
RAZÕES RECURSAIS PELO SENTENCIADO
Apelante: LUCAS PAULO DA SILVA ALVES
Apelado: MINISTÉRIO PÚBLICO
Processo nº: 0151909-44.2018.8.09.0160
Egrégio Tribunal de Justiça,
Colenda Turma Julgadora,
Eméritos Desembargadores!
LUCAS PAULO DA SILVA, já devidamente qualificado nos autos em epígrafe, com fundamento no art. 593, inciso I, do Código de Processo Penal, no processo crime que lhe é movido pela Justiça Pública por infração do artigo no artigo 157, § 2°, incisos II e IV, artigo 157, § 2°, inciso II, ambos do Código Penal e artigo 244-B, da Lei 8.069/1990, que tramitou perante a Vara Criminal da Comarca de Novo Gama – Goiás vem, mui respeitosamente, por meio de Defensor Dativo, Recorrer da respeitável sentença condenatória, aduzindo na oportunidade as relevantes razões de fato e de direito que passa a expender:
1. INTRODUÇÃO:
O acusado, ora Suplicante foi denunciado pela prática do ilícito penal incrustado na norma proibitiva do artigo 157, § 2°, incisos II e IV, artigo 157, § 2°, inciso II, ambos do Código Penal e artigo 244-B, da Lei 8.069/1990
Após regular processamento do feito, finda a instrução criminal, o Ministério Público ofertou Memoriais em substituição as alegações finais orais, requerendo a condenação do Suplicante nas penas capituladas na inicial acusatória, sob o fundamento de que a autoria e a materialidade delitiva do crime restaram devidamente comprovadas durante a instrução criminal. 
A Defesa apresentou suas derradeiras alegações, Postulando pelo reconhecimento da atenuante da confissão, disposta no artigo 65, inciso III, alínea “d” do Código Penal, quanto ao delito descrito no 157, § 2°, incisos II e IV, artigo 157, § 2°, inciso II, ambos do Código Penal.
No tocante ao crime descrito no artigo 244-b da Lei 9069/1990, postulou a defesa pea absolvição do acusado.
A Ínclita Juíza a quo proferiu sentença condenando o apelante nas penas capituladas nos artigo 157, § 2°, incisos II e IV e artigo 157, § 2°, inciso II todos do Código Penal e artigo 244-B, da Lei 8.069/1990, condenando-o a uma pena definitiva final de 13(treze) anos e 06(seis) meses e 20 (vinte) dias de reclusão e 37 (treze) dias multa, em regime inicial fechado.
Inconformado, o Suplicante interpôs recurso, no prazo e na forma devida, abrindo-se vista para apresentação de suas razões recursais que seguem.
2. DO MÉRITO:
O Réu ao ser interrogado em Juízo afirmou ser verdadeira em partes a imputação que lhe são feitas;
Assim, qualquer tese jurídica levantada em sentido contrário seria uma manobra frágil e desnecessária.
- Da Aplicação da Atenuante Genérica prevista no art. 65, inciso III, alínea “d”, do Código Penal:
Tendo em vista a confissão espontânea do réu em juízo, deve-lhe, Excelência, aplicar a atenuante do art. 65, III, "d", do Código Penal, já que a atenuante é de aplicação objetiva:
"A Parte Geral anterior exigia, para a configuração da atenuante, a confissão de 'autoria de crime, ignorada ou imputada a outrem'. O novo diploma contentou-se com a confissão espontânea da autoria do crime praticado, ignorada ou não, fosse ela imputada a outrem ou não. Exigiu-se apenas a confissão perante a autoridade (policial ou judiciária) e a espontaneidade." (BREVES COMENTÁRIOS AO CÓDIGO PENAL, Paulo José da Costa Júnior, Ed. Forense Universitária, Rio de Janeiro, 1989, p. 126).
"A alínea 'd' do nº III do art. 63 da PG/84 modificou, sensivelmente, o texto anterior. Para que se reconheça a atenuante, basta agora ter o agente confessado perante a autoridade (policial ou judiciária) a autoria do delito, e que tal confissão seja espontânea. Não é mais mister que a confissão se refira às hipóteses de autoria ignorada do crime, ou de autoria imputada a outrem. Desde que o agente admita seu envolvimento na infração penal, incide a atenuante para efeito de minorar a sanção punitiva. O propósito do legislador foi, portanto, o de estimular o autor da infração penal a reconhecer sua conduta como um ato pessoal, dando-lhe em contrapartida, como um prêmio a atenuação da pena. Mas a confissão, só por si, não é suficiente, é necessária que seja espontânea, isto é, que a vontade do confidente seja determinada sem a intervenção de fatores externos. A confissão forçada ou induzida não serve para efeito de caracterização da minorante. Obviamente a retratação da confissão espontânea anterior não comporta a atenuante." (FRANCO, Alberto Silva 'et al', CÓDIGO PENAL E SUA INTERPRETAÇÃO JUDICIAL. Editora Revista dos Tribunais, São Paulo, 1995, p. 809).
"A confissão espontânea da autoria do crime pronunciada voluntariamente, ou não, pelo réu, perante a autoridade pública, atua como circunstância que sempre atenua a pena, ex vi do que dispõe o art. 65, III, 'd' do Código Penal, com a redação que lhe deu a Lei 7.209/84." (STF - HC 68.641-9 - Rel. Celso de Mello - DJU, de 5.6.92, p. 8429 - RT 690/390).
In summa, merece o presente caso ser reconhecido a atenuante da confissão, disposta no artigo 65, inciso III, alínea “d” do Código Penal, diminuindo-se a pena em até 2/3.
DO PEDIDO:
Diante do exposto, o Suplicante requer a esta Colenda Turma Julgadora o acatamento das razões recursais, conhecendo do recurso para provê-lo e reformar a r. sentença, com efeito, para conceder ao réu a diminuição da pena em 2/3, desta forma, Vossas Excelências estarão restabelecendo o império da Lei, do Direito e da Excelsa JUSTIÇA!
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Luziânia, 23 de junho de 2022.
xxxxxxxxxxxxxx
OAB/GO xxxxx

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