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8 Ética Social Cristã (1)

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ÉTICA SOCIAL 
E 
ÉTICA RELIGIOSA
https://www.youtube.com/watch?v=yjfVh8Z0QNQ
https://www.youtube.com/watch?v=yjfVh8Z0QNQ
Ética nossa de cada dia…
Humanismo naturalista: Quem é o homem? 
Gregos
O mundo grego pôs o homem num lugar elevado: 
Protágoras, Sócrates e Platão.
A idéia predominante na cultura grega era a do 
brilho e do vigor da inteligência humana. 
No humanismo renascentista, Deus não é levado 
muito em conta, - homem se sobressai. 
“Se Deus não existe, 
então tudo é 
permitido.”
Dostoievski
“Se Deus não existe não há cobrança 
final de seus atos.”
Luiz Pondé
Quando se elimina Deus, se elimina o 
homem por tabela.
https://www.youtube.com/watch?v=1Hb3uLDgfbI
https://www.youtube.com/watch?v=eiP0bduvvQQ
https://www.youtube.com/watch?v=1Hb3uLDgfbI
https://www.youtube.com/watch?v=eiP0bduvvQQ
O homem foi reduzido a: 
a) Engrenagem do estado
b) animal evoluído
c) fator econômico
d) joguete da história
e) Paixão inútil
O homem como ser ético
Com tantos roubos, traições, mentiras, 
guerras, assassinatos através da história, como 
dizer que o ser humano é ético? 
* Maquiavel: (SecXVI) divórcio entre ética e política. 
* Onde está a ética na indústria, administração, 
negócios, se o fator determinante é o lucro e não 
outra consideração humana qualquer? 
O ser humano é ético? 
Isso exige uma resposta positiva, pois não se admite um 
mundo sem valores éticos estabelecidos e determinantes.
Favorecimentos a amigos e parentes (mostra de 
amor, justiça e moral do amor...) EX: Máfia – código de 
ética.
Se o ser humano é ético, por que tantas distorções? 
* Egoísmo: pensa em si e seus interesses e isso faz
brotar éticas diferentes, divergentes e conflitantes com as
quais pessoas, grupos e nações têm de conviver.
* Naturalismo: a lei do mais forte.
* Hedonismo: O prazer pessoal acima de tudo e de
todos.
Todas as sociedades tiveram seu claro código de moral 
cuja obediência era exigida de todos sob penas severas. 
https://www.youtube.com/watch?v=2gVCs2fIILo
O que é ética?
https://www.youtube.com/watch?v=2gVCs2fIILo
O que é ética?
Ética é um conjunto de princípios que nós utilizamos
para decidir as 3 grandes questões da vida:
Quero
Posso
Devo
Tem coisa que eu quero, mas não devo.
Tem coisa que eu devo, mas não posso. 
Tem coisa que eu posso, mas não quero.
Quando se tem paz de espírito?
Quando o que você quer, 
é que você pode e é o que você deve.
Dr. Mário Sérgio Cortella (entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=3CjH9nRhV58)
https://www.youtube.com/watch?v=3CjH9nRhV58
Éthos: grego https://www.youtube.com/watch?v=0y0rqxQjHzo
1) Casa – lar: os códigos da família (no interior da
casas – costume de todos).
2) Não só compartilhar o mesmo espaço físico, mas
compartilhar o espaço mental e espiritual no sentido
de ter valores e normas comuns que tornam a
convivência não apenas possível e ordenada, mas
também prazerosa.
https://www.youtube.com/watch?v=SwaBJwsk1Yk
Termo Héxis (echo – ter): tomar posse da
ética que rege meu comportamento pessoal e
grupal e não cumprir suas regras, cria em minha
consciência a culpa.
https://www.youtube.com/watch?v=0y0rqxQjHzo
https://www.youtube.com/watch?v=SwaBJwsk1Yk
Consciência:
Prova cabal de que o ser humano é ético.
O desconforto duma ação em desacordo com o 
sistema ético professado.
https://www.youtube.com/watch?v=__C90xZOmsQ
* Crosta insensível de tanto transgredir as regras. 
* Psicopatas não entram nessa questão 
(psicologia). 
Casos em que a sociedade se horroriza e se 
sente com ética (Lindenberg, Boldrini, Matzunaga, 
Lázaro Barbosa, von Richthofen...)
https://www.youtube.com/watch?v=__C90xZOmsQ
O AMOR DE DEUS COMO PRINCÍPIO ÉTICO
Cristianismo: Código de ética (10 mandamentos)
1º Eu sou o Senhor, teu Deus. Não terás outros 
deuses diante de mim. 
2º Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu 
Deus. 
3º Santificarás o dia do descanso.
-----------------------------------------------------------------------
4º Honrarás o teu pai e a tua mãe para que te vás 
bem e vivas muito tempo sobre a terra. 
5º Não matarás. 
6º Não adulterarás. 
7º Não furtarás. 
8º Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
9º Não cobiçarás a casa do teu próximo. 
10º Não cobiçarás a mulher do teu próximo, em 
seus empregados, nem seu gado, nem coisa 
alguma que lhe pertença. 
Relacionamento com Deus e com os homens.
-Trata-se da família, da vida, da propriedade e da 
honra. 
-Fornecem diretrizes para casos não claramente 
especificados. 
..\..\Vídeos net\interessantes\Integridade[1][1][1]._._Passe_Adiante.wmv
Não são a base da ética cristã.
LEI – revela quem é o homem perante Deus. Leva 
ao desespero por não conseguir cumprí-la.
../../Vídeos net/interessantes/Integridade%5b1%5d%5b1%5d%5b1%5d._._Passe_Adiante.wmv
Aí entra o amor de Deus pela humanidade –
perdão em Jesus Cristo. 
“ Se alguém está em Cristo é nova criatura.” 
(1 Co 5.17) 
“Sendo, pois novo homem, nova criatura, esse ser 
em comunhão com Deus não quer outra coisa 
senão amar a Deus e ao próximo, por que essa é 
agora a sua natureza, o seu destino, sendo sequer 
impossível imaginar outra forma de 
comportamento para ele.” Hoffmann
Rm 7.18-25 (exemplo do porquinho)
..\vídeos para aulas cultura\Monstrinhos.mpg
..\vídeos para aulas cultura\PintinhosTenis.flv
../vídeos para aulas cultura/Monstrinhos.mpg
../vídeos para aulas cultura/PintinhosTenis.flv
A ética cristã tem a ver e leva à ética social. 
Às vezes faltou coerência. Religião usada como 
ideologia. 
Ética crista: ética do amor, da justiça e da paz. 
Ética que vai atrás do sofredor e oprimido, dá 
esperança concreta do amor em forma de pão, 
abrigo, roupa, emprego, salário, bem-estar.
•A ética cristã tem muito a fazer: 
a) Castração do senso crítico,
b) miséria com complacência da elite,
c) Desemprego porque a economia pede, 
d) Prostituição: principal atração turística do Brasil.
Graças a ética cristã que se tem hoje a noção 
da valorização do ser humano independente de ele 
ser homem ou mulher, escravo ou livre, branco ou 
negro ou amarelo. 
..\vídeos para aulas cultura\mensagens\brasileiro reclama do que.pptx
Ocidente é diferente do Oriente.
A ética cristã é produto da fé cristã 
(não é exportável)
../vídeos para aulas cultura/mensagens/brasileiro reclama do que.pptx
Característica do ser humano:
a) é uma Pessoa: diferente dos outros.
b) Racional: pensa em si e de forma autônoma.
* Cognitivo: realizado aprendizados.
* Volitivo: tem vontade própria, aquilo que determina se 
agirá desse ou daquela modo em diferentes casos.
Artur Schopenhauer: 
“A vontade tem duas formas de te humilhar: 
1) Não deixar que você realize algo,
2) Deixar que você realize algo. 
A vontade causa duas situações afetivas: frustração e tédio.”
* Afetivo: Cada homem tem seus sentimentos e
sensibilidades únicos.
c) Existe Teleologia: tudo é feito visando um fim
determinado. O que vale na ética é a consciência social e
não o que o individuo pensa ser bom para si.
Longevidade: Pra quê?
d) Egocêntrico: mola propulsora de todos os problemas
éticos...\vídeos para aulas cultura\egoísmo ético_FUTTER.WM
e) Ser social: Precisa de outros para vier e conviver.
Os problemas surgem quando um individuo não supera
seus egoísmos e vaidades, fazendo prevalecer os
interesses pessoais em detrimento dos da coletividade.
“Todo mundo quer ser relevante! Quero deixar minha marca no mundo!!!
Se você pagar seus boletos, não morrer jovem, estabelecer vínculos, você
já fez muito mais do que a maioria das pessoas! Todo mundo quer ser um
Steve Jobs. Como não consegue, fica ressentido!!!” Dr. Luiz Pondé.
Ética deve despertar a consciência do ser 
humano para ações que visem o bem comum.
../vídeos para aulas cultura/egoísmo ético_FUTTER.WM
O princípio fundamental do ética cristã: o amor
Social: liberdade
Cristã: Amor.
3 tipos de amor: 
1)Eros: erótico. Marcado pela atração e intimidade 
física, sujeita as instabilidadesemotivas das 
pessoas (prazer egoísta). O amor eros, nunca 
poderá ser o fundamento da ética cristã, mas 
infelizmente é tolerado na ética social. 
2) Filos: Filantropia (caridade) Pais e filhos. Está 
sujeito ao egoísmo, pois amamos aqueles que 
queremos bem e que nos amam também. Não é 
fundamento da ética cristã.
3) Ágape: Forma especial de amor. Aponta para o 
amor divino. Não se encontra naturalmente no 
homem, mas lhe é comunicado pela fé em Jesus.
Pessoas ligadas a este amor ágape amam-se sem 
qualquer interesse ou vantagem, mas buscam o 
bem da pessoa amada. O perdão está acima de 
tudo. É capaz de aceitar aqueles com quem não 
simpatizamos. Ex: Cristo.
“Pai, perdoa-lhes” ou “Amem uns aos outros 
assim como eu vos amei”.
Ágape não é fácil de ser entendido, muito menos de 
ser praticado, mas é o único fundamento para a 
ética cristã.
Amor Eros
Amor Filos
Amor Agape
A ÉTICA DA VIDA
A vida como um presente de Deus que se
recebe e deve ser cuidada.
Não se joga fora um presente dado, pois isso
demonstra desprezo a quem doou. A ordem da
vida: A ética e a ciência na origem da vida - A
coisa mais valiosa e insubstituível que o ser
humano possui é a vida.
..\..\Vídeos net\interessantes\olivettocomercialpaz.ppt
../../Vídeos net/interessantes/olivettocomercialpaz.ppt
O que é vida?
É muito difícil definir
vida, devido à sua
natureza abstrata. Vida
não é o ar que
respiramos, pois sob o
ponto de vista biológico,
respirar, comer e tantas
outras coisas das quais
necessitamos para viver
são apenas meios ou
condições de nos
mantermos vivos.
..\vídeos para aulas cultura\Ilha das Flores Parte 1.avi
..\vídeos para aulas cultura\Ilha das Flores Parte 2.avi
../vídeos para aulas cultura/Ilha das Flores Parte 1.avi
../vídeos para aulas cultura/Ilha das Flores Parte 2.avi
Mas o ser humano é composto por duas
dimensões distintas, porém, unidas entre si, ou
seja, ele é matéria e espírito. Sobre a vida
material, física e biológica, já possuímos inúmeras
informações.
O mais difícil é definir o que é vida no
sentido espiritual, porque pouco ou nada
conhecemos sobre este aspecto de nossa
natureza íntima.
E o pouco que conhecemos sobre a
dimensão abstrata e espiritual da vida sofre
grandes restrições por parte da cultura moderna,
muito positivista.
O aspecto espiritual da vida
envolve tudo o que não é
estritamente material ou fisiológico.
Entende-se por espiritual: a dimensão
racional (cognitiva, volitiva e afetiva),
psíquica (personalidade e
comportamento) e religiosa (fé
transcendente).
Cumpre-nos salientar que, sob
o ponto de vista da ética religiosa, a
vida é um dom ou presente de Deus.
Como todo presente que se recebe, a vida
deve ser bem cuidada, porque, como se entende no
senso comum, não se devolve e nem se joga fora um
presente recebido, pelo simples fato de que isto
indicaria menosprezo e ofensa à pessoa que deu o
presente. Assim também se dá em relação à vida,
que é um presente de Deus: ela não pode ser
estragada ou jogada fora, porque tal atitude revela
indiferença e menosprezo ao doador da vida.
Uma vida posta fora não poderá mais ser
restituída, é uma perda irreparável. Por isso, é muito
importante ter uma correta consciência ética frente
ao valor e significado da vida, tanto a minha como a
do meu semelhante...\vídeos para aulas cultura\Ajax - Fair Play.wmv
../vídeos para aulas cultura/Ajax - Fair Play.wmv
-A Bioética
Um dos mais novos campos que está se
abrindo para a filosofia e a teologia é a reflexão em
torno da ética da vida (bioética), em virtude das mais
recentes pesquisas da ciência genética.
Enquanto a ciência se ocupa com um objeto
específico, a ética preocupa-se com aspectos gerais
que afetam o Homem e a sociedade, no que diz
respeito aos aspectos positivos ou negativos das
ações da ciência sobre a vida.
E estas questões interessam tanto à filosofia
quanto à teologia.
À filosofia interessa em virtude de que se
ocupa com a moral a partir do enfoque racional, e à
teologia, porque aborda a mesma questão a partir
da fé.
Apesar das diferenças, ambos os enfoques
convergem para o mesmo ponto: a defesa da vida
como bem maior do Homem.
..\vídeos para aulas cultura\leilao.wmv
Está claro que não poderemos impedir o
progresso da ciência, mas temos que nos
conscientizar para o uso ético de tais progressos,
especialmente no que diz respeito à maior dádiva
que Deus deu ao Homem, que é a vida.
../vídeos para aulas cultura/leilao.wmv
-Eugenia -
Este termo deriva da língua grega e é composto
pelo prefixo eu, que significa “novo”, e pelo termo
genos, que significa “vida”. Portanto, o termo
“eugenia” significa “nova vida”.
A eugenia está relacionada com as mais
recentes pesquisas no campo da biologia e da
genética. A ciência da genética está fazendo
progressos gigantescos nas pesquisas que dizem
respeito a melhorias e transformações nos genes
humanos e animais que são responsáveis por
doenças somáticas e defeitos físicos.
Eliminando-se tais genes causadores de
problemas, teremos, como conseqüência, pessoas
mais sadias, isto é, livres de doenças hereditárias e
imunes a doenças maléficas que possam ser
adquiridas posteriormente.
Não há a mínima dúvida de que tais
contribuições da ciência sempre são bem-
vindas. Mas, infelizmente, sabe-se também que o
uso e a aplicação de tais conhecimentos podem
ser voltados não para o benefício do Homem e
da sociedade, mas para interesses egoístas,
como a dominação e a exploração econômica.
No início da década de 90, a imprensa mundial
divulgou com alarde as conquistas feitas no campo
da genética com os resultados obtidos nas pesquisas
com “clones” de células de animais, no caso, de
ovelhas que eram, de fato, “gêmeas”.
O fato em si não é inédito, mas o que chamou
a atenção da opinião pública foi o fato de que a
notícia aventou a possibilidade da clonagem
humana, obtendo-se dois seres biologicamente
iguais.
A questão ética que se levanta é: tem a ciência
esse direito de reproduzir em série os seres
humanos?
Quem será o modelo ou protótipo ideal?
Do ponto de vista filosófico, levantam-se inúmeras
interrogações, entre elas: poderá a clonagem
reproduzir também as idéias e a moral da pessoa?
Da mesma forma, surgem perguntas de caráter
teológico: a clonagem reproduzirá também os
pecados da pessoa?
A fé e as virtudes são transmitidas junto com a
clonagem?
Não há, ainda, respostas definitivas para
todas estas indagações, mas elas são indicativos
de como são complexas.
Nem sempre a ética tem respostas ou
soluções prontas, mas há a necessidade de
apontar e indicar alternativas, prevenindo, se
possível, problemas graves que daí possam
decorrer.
Bebê de Proveta
O termo técnico mais adequado é inseminação
artificial in vitro, ou seja, a fecundação (união do
óvulo com o espermatozóide) é feita num tubo de
ensaio em laboratório e depois o embrião é
introduzido no útero da mulher. Esta é uma técnica
que resolve os casos em que a gravidez não ocorre
por problemas circunstanciais que impedem a
fecundação. É relativamente simples e não envolve
maiores problemas éticos. A questão mais importante
é que a inseminação artificial não resolve problemas
congênitos de infecundidade, tendo-se, por isso, que
utilizar outros meios, como a “barriga de aluguel”, na
qual surgem vários problemas éticos.
Barriga de Aluguel
Barriga de aluguel é um termo genérico para
designar a figura da “mãe substituta” na gestação de
um ser humano.
Barriga de aluguel consiste na seguinte
situação: por impossibilidade de uma mulher poder
gerar seu próprio filho, ela “aluga” o útero de outra,
que se dispõe a gerar o óvulo fecundado daquela que
não pode ter seu próprio filho. Uma clínica
especializada faz a fecundação in vitro e instala o
embrião na mãe substituta.
A mãe genética assiste e acompanha a mãe
substituta, garantindo-lhe todos os recursos para que
a criança se desenvolva dentro da normalidade enasça sadia e forte.
Do ponto de vista legal, esta é uma questão
que oferece matéria de direito, visto que os Códigos
Civil e Penal apenas permitem que bens materiais
sejam objeto de compra e venda.
Pessoas não podem ser alvo de valor
comercial, como no caso de adoção de crianças,
exploração de menores para a prostituição, emprego
de mão-de-obra escrava, etc.
Além do problema legal da barriga de aluguel,
há o problema psicossomático que envolve a mãe
geradora e a criança gerada.
Não há mais dúvidas quanto ao fato de que as
condições orgânicas (boa alimentação) e psíquicas
(tranqüilidade) da gestante repercutem diretamente
sobre a criança tanto nos aspectos positivos quanto
nos negativos.
Mas o maior problema está no fato de que nove
meses de gestação acabam determinando vínculos
psicológicos entre a mãe substituta e a criança,
criando vínculos afetivos entre elas. Isto faz com que
muitas resolvam não mais honrar o acordo feito..
A partir desse fato, cria-se um grave problema legal
e moral: qual das mães tem o direito sobre a
criança?
Há muitas controvérsias e pairam grandes
dúvidas sobre esta questão. A solução ética para o
fato é que se evite ao máximo utilizar o recurso da
barriga de aluguel para resolver o problema da
infertilidade. Só há um caso em que a barriga de
aluguel não deu maiores complicações: quando a
mãe substituta é a própria mãe da mulher que não
pode ter seu filho. Nesse caso, a mãe substituta é
legal e moralmente avó da criança. Esta solução
nem sempre é possível, porque avó, dependendo da
idade, não tem mais as condições ideais para gerar
uma criança.
Há um outro grave problema envolvendo a
barriga de aluguel. Durante a gestação, descobriu-se
que a criança nasceria com defeitos físicos e
mentais.
Diante desse fato, nem a mãe substituta nem a
mãe genética queriam a criança. Quem, nesse caso,
deve assumir a responsabilidade?
Quem, legal e moralmente, é a mãe da
criança?
Já houve casos em que isso aconteceu.
Diante de tudo isso, é
aconselhável não utilizar a
barriga de aluguel como solução
para a infertilidade. Há outros
meios de resolver este
problema.
Por que não uma adoção?
Só em último caso e com
muita consciência e
responsabilidade é que se
recomendaria o uso deste
recurso tecnológico da ciência
genética.
A ÉTICA DA CORPOREIDADE
Maturidade
Já vimos anteriormente que o ser humano tem como
característica ser uma pessoa e ser racional. Isso faz
dele um ser complexo.
O ser humano necessita realizar inúmeros
aprendizados e precisa tomar muitas decisões ao
longo de sua vida. Também o ser humano tem, entre
todos os seres vivos, o mais longo período de vida
infantil.
Nesse período, ele realiza inúmeros
aprendizados que aos poucos irá estruturando e que
utilizará especialmente na vida adulta.
Do ponto de vista legal e moral, a criança não
pode ser responsabilizada pelos seus atos e nem
são levadas a sério suas decisões.
Porém, a partir da idade adulta, passa a ser
responsável moral e legalmente pelo que faz ou
deixa de fazer, sendo cobrado pelas decisões que
tomou ou deixou de tomar.
É a partir da aí que somos considerados seres
éticos, isto é, temos que agir com consciência em
tudo o que fizermos ou deixarmos de fazer.
A maturidade legal está determinada na
Constituição. Alguns direitos e deveres civis iniciam
aos 16 anos, como o voto, mas grande parte das
responsabilidades civis, como no caso do Direito
Penal, é definida aos 18 anos, idade em que o
indivíduo exerce seus principais deveres cívicos e
patrióticos.
A maturidade plena, de acordo com o novo
Código Civil, atinge-se aos 18 anos.
A maior dificuldade, no entanto, é estabelecer
critérios objetivos para definir a maturidade
psíquica, moral e espiritual da pessoa humana.
As perguntas que surgem são: Quando é que
a pessoa adquire autonomia e independência sobre
o seus atos?
Quando é que deixa de ser criança e passa a
ser adulta?
Em outras palavras, quando é que não
precisamos mais obedecer aos pais e podemos
tomar conta do nosso próprio nariz, fazendo da
nossa vida o que bem entendermos?
Estas questões implicam a tomada de decisão
sobre ações, sendo que mais tarde podemos nos
arrepender de tê-las feito e nos lastimar por não termos
dado ouvidos a pessoas mais experientes. O ser
humano, a cada novo momento da vida, depara-se com
situações que nunca viveu antes e sobre as quais não
tem o mínimo conhecimento. Por isso, é importante que
esteja aberto para aceitar o conhecimento daquelas
pessoas que já passaram por experiências
semelhantes, a fim de aprender as lições de vida que
outros já tiveram.
Por isso, maturidade tem muito mais a ver com
bom senso do que com a capacidade intelectual e
psíquica. Maturidade não se mede pelo QI de uma
pessoa, mas por sua boa vontade em aprender e
praticar aquilo que se traduz em consciência ética.
A sexualidade Humana
O ser humano, tal qual os animais e as plantas,
é um ser sexuado. A diferença é que o ser humano
não age por instintos, porém seu comportamento
sexual está submetido à dimensão racional
(cognitiva, volitiva e afetiva) e espiritual (moral e
religiosa). Os animais têm o comportamento sexual
determinado pelos instintos para a preservação da
espécie e não possuem a mínima consciência do que
tal ato representa. O ser humano, mesmo tendo
instintos muito elementares, não é determinado por
eles, mas pela sua dimensão racional, e, por isso,
pode e deve ter consciência do que o ato sexual
representa para si, para seu parceiro e para a
sociedade.
O ser humano precisa ter consciência das
múltiplas implicações, boas ou más, certas ou
erradas, positivas ou negativas que tal ato tem
sobre si, sobre a outra pessoa, sobre a sociedade e
diante da vontade de Deus. Além disso, há que se
considerar também que o ato sexual não é apenas
uma relação de amor do tipo eros, mas envolve
também o amor do tipo filos (afetivo) e do tipo
ágape (espiritual).
Equivocadamente, há os que entendem que
sexo é uma necessidade fisiológica. O ato sexual é
um ato físico, mas nem por isso é uma necessidade
fisiológica.
Os aspectos mais significativos na relação
sexual humana estão relacionados com os
aspectos afetivos e espirituais que tal relação
envolve.
As pessoas não se unem por causa do
sexo, mas porque querem ter um(a)
companheiro(a), um(a) amigo(a), alguém em
quem possam confiar e com quem possam
compartilhar os bons e os maus momentos da
vida.
O sexo apenas complementa essa relação
afetiva e espiritual.
A vida sexual de uma pessoa não depende
tanto da idade física, mas de sua maturidade. Os
animais iniciam sua atividade sexual a partir do
momento em que, biologicamente, os seus
respectivos organismos “amadureceram”.
Os animais passam direto da “infância” para a
vida “adulta”. Mas o ser humano, mesmo que
“amadureça” em suas funções sexuais na puberdade,
tem um período de adaptação entre a infância e a
vida adulta, que é a adolescência.
É nesse período que o ser humano mais
precisa do processo educativo, que envolve a
estruturação dos aspectos cognitivo, volitivo,
afetivo, moral e espiritual, para gradativamente
atingir sua maturidade (razão pela qual não
podemos concordar com o liberalismo sexual na
adolescência).
Embora a pessoa já esteja apta a usar seus
órgãos sexuais do ponto de vista hormonal e
fisiológico, isso não significa que do ponto de vista
psíquico e moral ela já seja madura para assumir as
responsabilidades deste ato. Educação sexual não
significa conhecimentos da anatomia sexual e do
sistema reprodutor humano.
O adolescente deseja conhecer não apenas o
uso e a função do sexo na vida, mas o que o sexo
representa para a sua realização humana, com
vistas a uma vida digna e plenamente realizada sob
vários aspectos (afetivo, moral e espiritual).
Vemos um problema sério na questão da
sexualidade nos dias atuais: passamos muito
rapidamente de um extremo ao outro, ou seja, de
um período ondesexo era um tabu, algo proibido e
condenado, para um período no qual, por causa do
excesso de restrição, passou-se para o excesso de
permissividade. Um erro não justifica o outro.
É preciso encontrar o equilíbrio para o bem do
próprio ser humano, que recebeu de Deus este
maravilhoso presente: a sexualidade dentro da
dimensão afetiva e espiritual, privilégio do qual
plantas e animais não desfrutam.
Prostituição -
A partir da visão da ética social, entende-se
que o ser humano tem plena liberdade de fazer as
opções que melhor lhe aprouverem. Hoje pensa-se
que se alguém escolheu a prostituição como modo
de vida, ninguém tem nada a ver com isso, pois
ninguém deve intrometer-se na vida alheia. Porém, a
partir da visão da ética religiosa, o princípio que
vigora não é a liberdade, mas o amor ágape. Então,
a pergunta que se faz a partir desse ponto de vista
da ética religiosa é: as pessoas têm, de fato,
liberdade de usar seu corpo como objeto
econômico? É certo alguém “comprar” o corpo de
uma outra pessoa para satisfazer suas
“necessidades sexuais”?
Pessoas ou partes do corpo das pessoas não
são e nem podem ser objeto de compra e venda,
porque o ser humano não é coisa, não é produto,
não é mercadoria, mas tem alma, sentimentos e
coração. Neste nível, o que deve falar mais alto e
valer muito mais é o amor mútuo. Quando alguém
chega ao ponto de “vender” o seu corpo é porque
algo muito grave está acontecendo com ela e com a
sociedade. Tal pessoa precisa ser tratada com amor
e não ser explorada na sua necessidade ou
fraqueza. As pesquisas revelam que a grande
maioria das pessoas que vivem na prostituição está
nesse meio não por opção livre, mas por questões
econômicas, familiares, psíquicas, afetivas e
educacionais.
Assim, também, a grande maioria delas
gostaria de mudar de vida e viver como pessoas
normais, dentro de um ambiente familiar
harmonioso. O que estas pessoas mais gostariam
de ter na vida é o amor e uma chance que nunca
tiveram: serem respeitadas.
Muitas delas se sentem rejeitadas e
inferiorizadas pelo fato de viverem em tais
condições subumanas: sem carinho, sem afeto e
sem dignidade, pois todos vêem nelas um objeto
que se compra, e não uma pessoa que reclama por
melhores oportunidades na vida, que reclama para
ser alguém.
Drogas
..\vídeos para aulas cultura\danilo gentili e o cigarro.flv
..\vídeos para aulas cultura\bebida e direçao rafinha bastos.flv
Um dos problemas humanos e sociais de
maior gravidade é o problema que envolve o uso e a
dependência de drogas, que traz conseqüências
físicas e psíquicas a curtíssimo prazo e, geralmente,
irreversíveis.
A pergunta inquietante que surge é: o que faz
com que pessoas optem pelas drogas, sabendo que
se auto-destruirão? Será que são livres para tomar
uma decisão que implica renúncia à vida?
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../vídeos para aulas cultura/bebida e direçao rafinha bastos.flv
Pesquisas revelam que, assim como no caso da
prostituição, as pessoas não optam pelas drogas
livremente. Há causas mais profundas de ordem
psíquica e afetiva que as influenciam a entrar no
“mundo” das drogas. A grande maioria delas busca
nas drogas uma forma de se punir ou de fugir de
algum problema que tem medo de enfrentar.
Há o caso daqueles que querem chamar a
atenção dos pais, como forma de reclamar atenção e
afeto. Há casos em que a pessoa é levada às drogas
pela curiosidade ou como forma de desafiar o perigo,
tentando mostrar que é forte, mas isso também revela
um tipo de insegurança e falta de afeto ou atenção.
O que mais assusta na questão das drogas é
que ela atinge todas as faixas etárias. Antigamente,
atingia mais as pessoas de meia idade, que
buscavam no alcoolismo uma forma de fuga de
seus problemas.
Hoje, com o advento da moderna ciência e,
em conseqüência, a sofisticação dos produtos
químicos, tem-se acesso a drogas mais pesadas e
que atingem faixas etárias mais novas, como
adolescentes e, infelizmente, até crianças,
causando prejuízos irreparáveis à saúde e à vida.
O que mais surpreende e preocupa é que há
uma grande indiferença frente ao problema. Pelo
liberalismo de hoje, tudo não passa de uma
questão de escolha, de liberdade pessoal. O que
falta é amor ao próximo. Há um vazio nas pessoas
e falta de sentido para a vida.
A crescente busca pelo materialismo e o
hedonismo tornaram as pessoas frias e insensíveis
umas com as outras, inclusive dentro do lar e da
família. Isso tem sido causa para as pessoas,
incluindo crianças e adolescentes, buscarem nas
drogas um meio de fuga e de autopunição.
As características fundamentais do ser humano
(pessoa racional, teleológica, egocêntrica e social) e as
características do amor (eros, filos, ágape) são
elementos fundamentais para a solução do problema
das drogas, pelo fato de que exatamente essas
características identificam as causas deste problema.
Leis mais rigorosas contra traficantes e uma política de
saúde mais favorável ao tratamento de drogados são
medidas complementares importantes que ajudarão na
solução do problema, e que atuarão sobre as
conseqüências. Contudo, faz-se necessário uma ação
firme e decidida sobre as causas de ordem
comportamental e afetiva que atingem a pessoa e a
sociedade humana. É preciso que haja uma mudança
de mentalidade, e isso só se conseguirá através da
educação.
Educação não é apenas uma questão de
escolaridade, de graduação ou pós-graduação
acadêmica, mas sim um processo mais profundo de
mudança de consciência e mentalidade frente aos
problemas que atingem a todos.
Esta mudança deve se dar a partir das
características fundamentais mencionadas
anteriormente, e é exatamente essa a tarefa da ética:
provocar uma mudança de consciência frente aos
problemas através de ação madura e responsável.
A ordem familiar: 
a ética na família 
Partiremos de uma pergunta fundamental:
O que é família? Será que é um grupo de pessoas
vivendo debaixo de um mesmo teto? É um casal
legalmente unido com direito a ter e criar seus
próprios filhos? É uma relação de pessoas que
tem uma base econômica estável? É um casal que
jurou ser fiel um ao outro até que a morte os
separe?
Para a ética social, a família é constituída a partir do
momento em que duas pessoas decidem viver juntas.
Mas, na maioria das vezes, a motivação dessa união
está baseada na idéia de que o casamento dá a tão
sonhada liberdade de praticar livremente o sexo sem
as inconvenientes restrições morais e sociais.
Percebe-se em tais situações que o que
motivou essa união foram apenas os interesses
egoístas de cada um, sem se considerar a pessoa
humana do outro. Quando isso acontece, não se pode
dizer que aí há uma família. O vínculo familiar
pressupõe uma ligação honrosa e digna com a
pessoa do outro, e não que o outro seja um objeto de
uso que, quando não serve mais, torna-se
descartável.
Para a ética religiosa, a constituição da família
não se dá a partir da vontade humana, mas a partir da
vontade divina. Pois, para a religião, homem e mulher
são criaturas de Deus e ele mesmo os uniu e
abençoou para completarem-se física e
psicologicamente na vida a dois.
Por isso, na visão da religião, a família é
constituída e fundamentada sob a vontade divina, que
é expressa nas doutrinas que fundamentam a religião,
na qual homem e mulher não são vistos como objetos
de mero prazer sexual, mas como pessoas criadas
conforme a imagem e semelhança de Deus, a fim de
viverem de modo digno, fraterno e humano.
A finalidade da existência da família é dar
condições para o ser humano se desenvolver em um
ambiente que lhe permita o pleno desenvolvimento
como pessoa e ser social que é. A família é, como já
diziam há vários séculos os latinos, “a célula-mãe da
sociedade”. Neste sentido, a família cumpre, em
relação à sociedade, uma finalidade análoga à de
uma célula em relação ao corpo humano: o
desenvolvimento sadio e harmônico do todo.
Enquantoas células de um corpo forem sadias,
todo o corpo será sadio, mas quando as células ficam
doentes (como no caso das células cancerígenas ou
afetadas pelo HIV), comprometem a existência de
todo o organismo.
Numa cultura onde não há possibilidade de
um desenvolvimento pleno da família como célula
básica da sociedade, sem dúvida, essa sociedade
não será sadia, e seus dias estarão contados. O
exemplo histórico mais eloqüente dessa tese é a
queda do Império Romano, que começou com a
degradação moral da família.
O Homem é o único ser que vive em família,
e ela cumpre uma finalidade vital para o pleno
desenvolvimento da pessoa e da sociedade.
O lar e as bases de suas relações
O lar não é o espaço físico que as pessoas de
uma família dividem entre si, mas é o modo como
esse espaço é compartilhado. O lar é o ambiente,
positivo ou negativo, que as pessoas de uma mesma
família criam a partir do modo como se relacionam.
Há lares onde predomina um clima muito difícil
de convivência, com falta de respeito, agressões
físicas e morais, sem carinho e afeto. É fundamental
para o pleno desenvolvimento de todos os membros
que compõem uma família (pais e filhos) que haja um
clima e um ambiente no qual predomine o amor e a
harmonia. ..\vídeos para aulas cultura\homens e mulheres.wmv
../vídeos para aulas cultura/homens e mulheres.wmv
A base das relações entre marido e mulher na
vida do lar deve ser o amor. Mas qual tipo de amor?
Como já vimos anteriormente, há três tipos de amor:
o sexual, o afetivo e o espiritual. Na relação marido e
mulher, os três tipos de amor devem estar presentes.
Tanto na relação entre pais e filhos como na
relação entre irmãos, não há o amor eros, pois este é
restrito à privacidade do casal. É necessário que no
lar haja um ambiente fraterno e humano, e que se
solidifique cada vez mais o amor afetivo e espiritual..
Afinal, na ausência desses tipos de amor, até
o amor do tipo eros se degenera e passa a
comprometer a harmonia da família.
Hoje, infelizmente, cada vez mais levantam-
se dados de pesquisa social nos quais é
preocupante o caso de incestos, revelando a
alarmante degradação a que está chegando a vida
e o ambiente familiar
-Casamento, divórcio, recasamento -
O casamento, bem como a família e o lar,
atravessam juntos a mesma crise de valores éticos
do mundo contemporâneo, marcado pelo
individualismo, liberalismo e pragmatismo hedonista.
A partir da visão da ética social, o casamento
não passa de um contrato formal entre duas pessoas,
que, “se não derem certo”, desfarão a “empresa” e
tentarão novamente com um outro “sócio”, como se o
casamento fosse uma S.A. (Sociedade Anônima).
A ética religiosa, mesmo tendo sido taxada de
arcaica, tem se posicionado como voz discordante
das “novas tendências” do mundo moderno e tem
insistido na visão de que o casamento é de origem
divina e, portanto, deve fundamentar-se sobre os
princípios éticos do amor ágape.
Casamento não é loteria, mas um projeto de
vida que assumimos perante Deus e a sociedade,
devendo, por isso, ser encarado com
responsabilidade, porque as pessoas não são objetos
dos quais podemos dispor para fazer experiências
temporárias. Casamento não é um contrato, mas um
projeto de vida para o qual deve haver a bênção de
Deus.
A finalidade do matrimônio não é apenas a
procriação, nem tampouco a legitimação do uso livre
do sexo.
O matrimônio pode preencher inúmeras
finalidades e necessidades do ser humano, e entre
elas, queremos destacar as seguintes:
• a satisfação afetiva e sexual do casal;
• a realização do anseio da maternidade e
paternidade;
• a integração e efetivação de um projeto social: a
escola, a igreja, a empresa, a atividade política, etc.
Fala-se muito, hoje, em crise do casamento e
da família. A crise não está no casamento nem na
família; essa crise é ética e moral, ou seja, houve a
perda dos valores fundamentais pela pessoa, como
por exemplo, o amor e o respeito ao próximo.
O casamento só se manterá em pé se a
mentalidade ao seu redor mudar, e ele deixar de ser
mero contrato social ou uma união legitimadora do ato
sexual para tornar-se um modo de vida ético no qual
se viva integralmente os três tipos de amor: eros, filos
e ágape.
O divórcio, conforme a ética protestante, não é
uma regra, mas uma exceção.
O princípio que a ética protestante defende é o
da indissolubilidade do matrimônio, pois a Bíblia
(norma de fé e vida) diz: “o que Deus uniu, não o
separe o Homem”.
Porém, como é inevitável que aconteçam
problemas e desentendimentos entre casais, a ética
protestante postula os seguintes procedimentos frente
a tais problemas:
• que o casal esgote todas as possibilidades na busca
da solução para superarem seus problemas e
permanecerem unidos;
• mesmo que resolvam separar-se, façam a
experiência por breve tempo, dando prioridade para a
reconciliação;
• só em último caso recorram ao rompimento definitivo
e que, então, primeiro legalizem a situação anterior
para só depois disso começarem vida nova,
cumprindo as formalidades legais e o que determina a
lei de Deus.
O divórcio sempre é uma solução paliativa, pois
ele não elimina completamente os vínculos já
existentes, especialmente no caso em que o casal já
tiver seus filhos. O divórcio apenas pode dissolver a
união entre marido e mulher, mas não rompe a
vinculação entre pais e filhos e os laços entre os
irmãos.
O homem e a mulher divorciados continuarão,
de certa forma, atrelados um ao outro por causa dos
filhos, que, via de regra, não aceitam a separação
dos pais e ficam traumatizados com a separação. Por
isso, o divórcio é mais um problema do que uma
solução.
O catolicismo não aceita o divórcio, por
considerar o casamento um sacramento e, portanto,
indissolúvel.
O protestantismo considera o casamento um ato
sagrado, sem, contudo, considerá-lo um sacramento.
Nem por isso o protestantismo tem uma postura
liberal frente ao divórcio.
Só o admite como exceção à regra, quando
houver:
• abandono ou deserção do lar de uma das partes;
• infidelidade conjugal deliberada e reiterada;
• violência e maus tratos.
Todos os demais casos, como, por exemplo,
incompatibilidade de gênios, são, geralmente, meras
desculpas egoístas, não aceitáveis do ponto de vista
da ética religiosa como causa que justifique uma
separação, devendo-se, portanto, com base no amor
ágape, buscar a reconciliação do casal e o resgate da
vida familiar, não condenando os filhos a traumas que
não pediram para ter ou jogando sobre eles o peso de
uma culpa que não têm, mas que poderão pensar que
lhes pertence, trazendo conseqüências maléficas
para o futuro deles.
Divórcio não é regra, mas uma exceção e, como
tal, só é utilizado em último caso.

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