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INFECCOES DE VIAS AEREAS SUPERIORES (IVAS) - seminario pediatria

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INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES (IVAS)
Internato – Pediatria 
Alunas: Ana Flávia e Aryanne (Turma 12)
INTRODUÇÃO
As infecções respiratórias agudas incluem um extenso grupo de doenças respiratórias de grande importância na faixa etária pediátrica. Compreendem de 40-60% do total de atendimentos nessa faixa etária. 
Na faixa etária pediátrica, vários fatores concorrem para predispor a criança a desenvolver essas infecções, e dentre eles se encontram: 
Prematuridade
Baixo peso 
Desmame precoce/ aleitamento artificial 
Aglomerações de pessoas (creches; escolas)
Irmãos mais - velhos que frequentam escolas
Tabagismo familiar e/ou domiciliar
Atopia 
Deficiência imunológica 
Uso de chupeta 
Síndromes genéticas ou presença de anomalias craniofaciais e do palato 
AGENTES ETIOLÓGICOS
Os agentes etiológicos mais comuns incluem os vírus, que são os predominantes, seguidos das bactérias
Entre todos os vírus, o mais frequente é o rinovírus, que é responsável por 30-40% dos casos 
AGENTES VIRAIS: - AGENTES BACTERIANOS: 
Rinovírus - Streptococcus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A)
Adenovírus - Streptococcus pneumoniae
Influenza - Haemophilus influenzae não tipável
Parainfluenza - Staphylococcus aureus 
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) - Moraxella catarrhalis
Coxsackievírus 
RINOFARINGITE AGUDA – RESFRIADO COMUM
Principais vírus: rinovírus (início do outono e final da primavera) , coronavírus, vírus sincicial respiratório (inverno) , metapneumovírus, influenza (inverno), parainfluenza tipos 1 a 4 (final do outono), adenovírus , enterovírus, coxsackievírus (verão). 
A principal forma de transmissão é o contato com as mãos e objetos com secreções infectadas.
Após o período de incubação que é de 2 a 5 dias, iniciam os sintomas como espirros, congestão nasal e coriza, que inicia hialina evolui para purulenta e depois se torna hialina novamente. Pode ter ou não febre no inicio, acompanhado de cefaleia, dor de garganta e mialgia que desaparece entre 24 a 48h. 
Complicação mais comum é a OMA (otite média aguda)
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 
Diagnostico: clínico
Tratamento: medidas de suporte e sintomáticos
Antitérmicos: se presença de temperatura acima de 38ºC, usamos Paracetamol 200mg/ml na dose de 1 gota/kg/dose de 6/6horas ou Dipirona 500mg/ml na dose de 1 gota/2kg/dose 6/6horas ou Ibuprofeno 50mg/ml 2 gotas/kg/dose de 8/8horas
Inalação
Lavagem nasal com SF 0,9%
OTITE MÉDIA AGUDA (OMA)
É uma inflamação do ouvido médio e de seus anexos, associada a presença de líquido na orelha média. Início rápido de sinais e sintomas de inflamação como otalgia, irritabilidade, insônia, anorexia, febre e otorreia. Pico de incidência dos 6 aos 12 meses e 5-6 anos. 
Associadas a IVAS. 
Agente viral mais comum: VSR 
Agente bacteriano mais comum: Streptococcus pneumoniae 
Fatores de risco: idade (menores de 2 anos), sexo masculino e tomar mamadeira deitado.
Quadro clínico: otalgia, astenia, inapetência, anorexia, náuseas e vômitos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnostico: através do exame otoscópico que evidencia membrana timpânica hiperemiada, convexa e abaulada, de coloração alterada e com perda da mobilidade. Para ser positivo precisa ter otorreia não provocada por otite externa OU sinais de efusão na orelha média + sinais de inflamação. 
Tratamento: a conduta pode ser expectante por até 72 horas ou antibioticoterapia, para escolher considera a idade do paciente, a gravidade dos sintomas e a lateralidade (unilateral ou bilateral) – sendo que em sintomas graves, menores de 6 meses e com implantes cocleares ou imunodeficiências sempre inicia a antibioticoterapia. A analgesia pode ser feita com paracetamol, dipirona ou ibuprofeno.
INFLUENZA – SÍNDROME GRIPAL
Influenza, popularmente chamada de gripe, e atualmente os subtipos da influenza A que circulam em humanos são H1N1 e H3N2, já o vírus da influenza B se divide em Victoria e Yamagata.
Elevada transmissibilidade através de gotículas ou contato, ocorre de 1 a 2 dias antes do inicio dos sintomas até 5 dias depois.
Quadro clinico: Período de incubação de 1-3 dias e pelo menos 2 dos seguintes sintomas: febre (é o sinal mais proeminente de inicio súbito e se mantem alta até o 3º dia e normaliza até 6 dias), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse (não produtiva), coriza, distúrbios olfativos e distúrbios gustativos – essa síndrome gripal dura 3 a 5 dias, porém a tosse e mal-estar pode persistir por 2 semanas. 
OBS: Se diferencia do resfriado comum devido a sua maior repercussão sistêmica e acometimento mais extenso da árvore respiratória. 
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnostico: identificação do vírus em amostra de secreção nasofaringe colhida por swab nas primeiras 72 horas de sintomas. O PCR tem alta sensibilidade e alta especificidade.
Complicações: rinorreia unilateral, rinorreia posterior purulenta, febre alta, dificuldade respiratória e toxemia são achados que falam a favor.
Pior prognostico se idade maior que 3 anos, satO2 inferior a 90% na admissão com necessidade de FiO2 acima de 60%, pneumorragia, encefalopatia associada a influenza, choque séptico, aumento de transaminases superior a 100UI/L e aumento de DHL superior a 500UI/L.
SINUSITE OU RINOSSINUSITE
Trata-se de uma doença que resulta de infecção de um ou mais seios paranasais, causada por agentes virais ou bacterianos. 
Classificação: viral autolimitada, bacteriana aguda (duração inferior a 4 semanas e resolução completa dos sintomas), bacteriana subaguda (mais de 4 semanas porém menos de doze) e crônica (sinais e sintomas por mais de 12 semanas).
Quadro clínico: tosse, secreção nasal clara ou purulenta. Sendo que os sintomas persistentes são coriza nasal e/ou tosse diurna que piora a noite por mais de 10 dias sem melhora, pode acontecer piora da evolução e os sintomas graves são febre maior ou igual 39ºC com coriza nasal purulenta por mais de 3 dias. 
Achado sugestivo: sinal da vela ou gotejamento pós-nasal, consiste no gotejamento de secreção amarelo-esverdeada da nasofaringe em direção a orofaringe.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnostico: clínico
Tratamento: escolha inicial de Amoxilina 45-50 mg/kg/dia ou para pacientes alérgicos a penicilina, cefuroxina, cefpodoxima, cefixima ou levofloxacina para crianças maiores. Indica Amoxilina + Clavulanato na dose de 80-90 mg/kg/dia para crianças menores de 2 anos, para os que frequentam creche, para os que usaram antibiótico nos últimos 1 a 3 meses ou que suspeite de pneumococo com resistência intermediaria – mantido por mais 7 dias após a melhora clínica. Na sinusite subaguda ou crônica usa amoxicilina + clavulanato por pelo menos 4 semanas.
Complicações: orbitárias (extracranianas) e intracranianas
FARINGOAMIGDALITES AGUDAS
A faringite é uma inflamação da mucosa faríngea que está associada à inflamação das tonsilas (tonsilite). 
Os vírus são as causas mais comuns de faringites e amigdalites em todas as faixas etárias, e os patógenos mais comuns são: influenza, parainfluenza, adenovírus, rinovírus, coxsackievírus, echovírus e vírus Epstein-Barr (EBV) – mononucleose. 
Quadro clinico: inespecífico (febre, dor de garganta e exsudato faríngeo), sugestivos de vírus (tosse, rinorreia e/ou conjuntivite, rouquidão, diarreia e vesículas em orofaringe) e sugestivo de bactéria (vômitos, petéquias em palato, exsudato faríngeo e tonsilar, exantema escarlatiniforme e linfonodos cervicais dolorosos).
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnostico: teste rápido – strep test (especificidade de 95% e sensibilidade variável de 80 a 90%; se negativo e continuar com suspeita indica a coleta de cultura de orofaringe) e cultura de orofaringe (padrão-ouro com sensibilidade de 90 a 95%, porem o resultadopode demorar até 3 dias). 
Tratamento: o tratamento precoce da faringite estreptocócica, realizado em até 9 dias do inicio do quadro, previne a febre reumática, reduz a duração e a gravidade dos sintomas e diminui o risco de complicações supurativas. O antibiótico de escolha é a Amoxicilina VO por 10 dias ou a Penicilina benzatina IM em dose única; se alergia pode usar Macrolídeos ou Clindamicina. É usado AINES ou anestésicos tópicos nos quadros virais e nos bacterianos.
Complicações: abscesso peritonsilar e abscesso retrofaríngeo. 
CRUPE
A etiologia viral de crupe é a mais comum, sendo os principais agentes os vírus parainfl uenza (tipos 1,2 e 3), infl uenza A e B e vírus respiratório sincicial. Em crianças maiores de 5 anos tem importância etiológica Mycoplasma pneumoniae. Acomete crianças de 1 a 6 anos de idade, com pico de incidência aos 18 meses, predominantemente no gênero masculino (1,4 a 2 vezes mais comum que no feminino).
Quadro clinico: tosse + coriza + febre > por 24 a 72 horas, que evolui com inicio súbito de tosse ladrante, rouquidão e estridor inspiratório que piora à noite e com agitação e choro.
Diagnostico: clínico
Tratamento: manutenção da patência das vias aéreas; se leve: Dexametasona IM dose única ou Prednisona VO por 3 a 5 dias; se moderada: inalação com Adrenalina e Dexametasona IM + oxigênio se cianose + observação por 4 horas; se grave: inalação com Adrenalina e Dexametasona IM + oxigênio se cianose + intubação eletiva + internação em UTI.
SUPRAGLOTITE
Quadro clínico: inicio súbito de disfagia, engasgo, salivação, ansiedade e febre alta, com evolução rápida para toxemia e insuficiência respiratória. É patognomônico a posição de tripe que consiste em corpo inclinado para frente e apoiado nos braços, hiperextensão do pescoço, protusão do queixo e língua para fora.
Diagnostico: clinico e confirmado com a visualização direta da epiglote edemaciada e hiperemiada.
Tratamento: garantir a permeabilidade da via aérea através de intubação eletiva em casos de desconforto respiratório + antibioticoterapia com cobertura para hemófilos (Cefuroxima, Cefotaxima ou Ceftriaxona)
TRAQUEÍTE BACTERIANA
Quadro clínico: após um pródromo viral aparece tosse ladrante, rouquidão, estridor inspiratório e insuficiência respiratória – a criança tende a piorar subitamente com quadra do estado geral e febre alta.
Diagnostico: na laringoscopia evidencia exsudato purulento e fétido, de fácil remoção e sem hemorragia.
Tratamento: admissão em UTI e intubação precoce por 3 a 7 dias + antibiótico de amplo espectro como Cefuroxima ou Ceftriaxona.
SÍNDROME PFAPA
PFAPA é o acrônimo usado para reunir as principais manifestações de uma síndrome caracterizada por febre periódica (PF), estomatite aftosa (A), faringite (P) e adenite cervical (A). É a causa mais comum de febre periódica na infância.
A patogenia é desconhecida. É considerada uma doença autoinflamatória mas não está associada à mutação genética, diferente das síndromes raras periódicas febris hereditárias
Quadro clínico: febre recorrente que dura 3 a 7 dias e repete a casa 2 a 12 semanas, acompanhado de ulceras aftosas, faringite e/ou linfadenopatia cervical 
Os sintomas melhorar em 3 a 5 dias e retorna após 1 mês
Diagnostico: por exclusão 
Tratamento: Prednisona por 3 a 5 dias e Tonsilectomia é a melhor solução a longo prazo
COVID-19
Quadro clinico: síndrome gripal, febre, tosse, coriza, obstrução nasal, dor de garganta, mialgia, dispneia, diarreia e vômitos.
Complicações: Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) acontece dias a semanas após a infecção e apresenta manifestações semelhantes a outras como doença de Kawasaki
Diagnostico: PCR é o padrão-ouro na fase aguda sendo ideal que seja nos primeiros 7 dias de doença, só existe necessidade de exame de imagem se suspeita de SIM-P.
TRATAMENTO
Tratamento: suporte, não existe recomendação do uso sistemático de antivirais e antibióticos
Obs: uma mãe que teve a doença ou que foi vacinada pode proteger seu concepto pela imunização passiva. Assistência do RN na sala de parto: paramentação da equipe, não deve ter contato pele a pele durante o clampeamento do cordão, amamentação liberada porem com cuidados como lavagem das mãos e máscara facial.
REFERÊNCIAS: 
Sociedade Brasileira de Pediatria
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/publicacoes/Reumato-DocCient-Sindrome-PFAPA.pdf
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2017/01/Emergncia-Crupe-Viral-e-Bacteriano.pdf

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