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INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS E CRUPE

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Infecções das Vias Aéreas 
 
 
 
ANATOMIA: 
 
 
- Tonsila palatina = amídala 
 
INFECÇÕES DE VIAS AÉREAS SUPERIORES: 
● Rinofaringite Aguda ou Resfriado Comum 
● Síndrome Gripal / Síndrome Respiratória Aguda Grave 
● Rinossinusopatia Aguda ou Rinossinusite Aguda 
● Tonsilite Aguda 
● Laringite Aguda ou “Crupe” 
● Epiglotite 
● Otite Média Aguda 
 
HIPERTROFIA AMIGDALIANA: 
- por volta dos 3, 4 anos todo o tecido linfóide vai aumentar de 
volume (amídala, adenóide), mesmo sendo um processo 
fisiológico a criança pode apresentar sintomas.
 
Graus de hipertrofia amigdaliana: 
 
- A conduta cirúrgica não está relacionada com o tamanho da 
amígdala e sim com os sintomas apresentados. 
 
SEIOS DA FACE: 
 
Seios maxilares - Localizados nos ossos do maxilar, ao 
nascimento são pequenas canaletas, tornando-se mais 
aerados após 2 anos de idade e se formam completamente 
após o nascimento da segunda dentição 
Seio Frontal - só começa a ser formado á partir do segundo ano 
de vida. Desenvolvimento total por volta dos 12 anos 
Seios esfenoidais – pequenas invaginações da cavidade nasal e 
torna-se mais visível após 2 anos de vida Seios etmoidais- 
existem desde o nascimento póem torna-se mais visíveis e 
aerados após 2 anos de vida 
 
OTITE MÉDIA – INFECÇÃO DE ORELHA: 
 
Inflamação da mucosa que reveste a cavidade timpânica. 
✓ Doença de início súbito, caracterizada pela presença de 
sinais e sintomas sugestivos de inflamação aguda no ouvido 
✓ Presença de efusão em ouvido médio: 
 seroso 
 mucoide 
 purulento 
- Sempre buscar ver o brilho da membrana e o cabo do martelo 
na otoscopia para ver se tem otite. 
• Uma das causas mais frequentes de infecção é causada pelo 
uso de cotonetes. 
• 80% das crianças terão ao menos 1 episódio até a idade de 3 
anos 
• pico de incidência: 6-20 meses 
• Causa mais comum de prescrição de antibiótico para crianças 
• Otoscopia dificil (lactente) : doença sub e superdiagnosticada 
Uma característica importante é a propensão à recorrência ou 
à cronicidade (quanto mais precoce o primeiro episódio maior 
a chance disso) 
Fatores de Risco: 
1. Idade: <2 anos 
 menor resposta imunológica 
 tecido linfoide mais abundante 
 fatores da trompa de Eustáquio 
 muito tempo na posição horizontal 
2. Sexo 
 masculino > feminino 
 
3. Exposição ao fumo 
4. Leite materno X fórmula 
5. Fator Socioeconômico 
 aglomeração 
 desnutrição 
 assistência médica precária 
 falta de medicamentos 
A creche pode ser um fator de risco pela exposição a outras 
crianças e maior chance de adquirir um resfriado. 
Os dois fatores mais importantes são a pobreza e a exposição 
a outras crianças. 
• Universal em lactentes com fenda palatina não corrigida 
• Alta prevalência em pacientes com anomalias craniofaciais e 
em pacientes com síndrome de Down 
 
Etiologia: 
 Pneumococo (++++) – 40% a 50% 
 Hemófilos não tipáveis (+++) – 30 a 50% 
 Moraxella catarrhalis (+) – 5 a 15% 
Cuidado com a pegadinha, mesmo com a maior cobertura 
vacinal contra o pneumococo, o aparecimento de novas cepas 
não cobertas pela vacina, o agente mais comum mudou e 
voltou a ser o pneumococo!! 
 
Patogênese: 
Trompa de Eustáquio: 
- 3 funções relacionadas ao ouvido médio: 
 Ventilação (+ importante) 
 Proteção 
 Limpeza 
 
Causas: 
 IVAS (principal) 
 Hipertrofia de adenoide 
 Tumor 
 Resposta inflamatória 
 Compromentimento do transporte mucociliar 
 Efusão liquida na cavidade timpânica 
 
Nos lactentes a trompa é menor e mais horizontalidade e pode 
causar o refluxo de secreção de nasofaringe. 
 
 
Quadro Clínico da OMA – Otite média aguda: 
 Febre 
 Irritabilidade 
 Otalgia 
 Otorréia purulenta 
Otoscopia: 
- Avaliação da mobilidade e aspectos da membrana timpânica 
- Mais sensível e específico para determinar EFUSÃO NO 
OUVIDO MÉDIO 
 Contorno 
 Eritema 
 Cor 
 Abaulamentos 
 
Cuidado com a pegadinha! Na membrana timpânica, o eritema 
isolado é insuficiente para o diagnóstico de otite média (choro 
pode ser a causa). 
 
Diagnóstico: 
• Membrana timpânica de moderada a intensamente 
abaulada ou otorreia de início recente 
• Membrana timpânica levemente abaulada + otalgia 
• Membrana timpânica levemente abaulada + hiperemia 
intensa 
 
 
Meningite bolhosa é um sinal de Otite média 
 
 
OMA + Conjuntivite: 
Conjuntivite purulenta + OMA ipsilateral 
 etiologia: hemófilos não tipáveis 
 colírios são insuficientes 
• há necessidade de antibiótico oral 
 
Tratamento: 
Alguns recomendam observar por 2 a 3 dias sem antibiótico! 
Fatores de defesa do uso de antibióticos: 
1. provocada por bactérias patogênicas 
2. melhora mais rápida e definitiva com antibióticos 
3. o antibiótico diminui o risco de complicações supurativas 
 
 
• < 6 meses 
 Tratar com diagnóstico ou suspeita 
• 6 meses a 2 anos 
 Tratar todos com diagnóstico 
 Quando houver dúvida do diagnóstico, tratar com 
antibióticos se a doença for mais grave (T.ax >39°C , 
otalgia significativa e criança toxêmica) 
• maior de 2 anos 
 Antibióticos para os casos confirmados e com 
gravidade 
 
Primeira linha de tratamento: Amoxilina 
- fazer dose dobrada (80 a 90 mg/kg) quando: 
 < 2 anos 
 Tratamento recente com antibióticos 
 Criança de creche 
 Alérgicos : tomar azitromicina 
 Duração de 10 dias 
 TMP + SMZ: não deve ser usado 
 
 Se houver falha terapêutica: 
- Produção de β-lactamase 
 hemófilos 50% 
 Moraxella 100% 
- Pneumococo resistente 
 alteração nas proteínas onde se ligam as penicilinas 
 
Segunda linha de tratamento: 
• amoxicilina + clavulanato 
• axetilcefuroxima 
• ceftriaxona IM 
 
Otorreia através de tubo de timpanostomia: 
Ototópico 
 ciprofloxacino + dexametasona 
Além dos germes comuns, funciona contra S. aureus e 
Pseudomonas aeruginosa) 
 
Meringotomia – indicações 
 dor intensa e grave 
 hiperpirexia 
 paralisia facial 
 mastoidite 
 labirintite 
 infecção do SNC 
 
Complicações: 
 cronicidade 
 infecção de tecidos adjacentes 
 
Otite média Crônica Supurativa: 
Agentes: 
 Pseudomonas aeruginosa 
 S. Aureus 
 
Tratamento: 
 Antibiótico parenteral 
 
Complicações: 
mastoidite com periostite 
• inflamação da área pós-auricular 
O tratamento vai ser a drenagem cirúrgica + antibiótico venoso 
 
Sequelas: 
- timpanoesclerose 
- atelectasia 
- perfuração crônica 
→ surdez de condução 
 
CASO CLÍNICO 1: 
KLM, 2 anos e 6 meses, feminino, foi levada à consulta em Serviço de 
Emergência pois apresenta febre até 38,5°C, acompanhada de 
obstrução nasal, coriza hialina e tosse seca. 
Ao exame físico: BEG, corado, hidratado, afebril, obstrução nasal 
intensa, eupneico, ativo e reativo 
MV+ bilateralmente com roncos de transmissão FR= 32 irpm, sem 
sinais de esforço respiratório SatO2=95% em ar ambiente 
BRNF a 2T sem sopros FC=110 bpm TEC< 2 segundos 
Abdome sem alterações 
Orofaringe: Hiperemia em orofaringe 
Otoscopia: Sem sinais de irritação meníngea 
 
Resfriado – Processo inflamatório das vias aéreas superiores, 
infecção benigna viral (vírus respiratóris), tratamento feito 
com sintomáticos e a principal profilaxia contra complicações 
é a lavagem nasal. 
• diagnóstico de resfriado é clínico 
 
RINOFARINGITE AGUDA OU RESFRIADO COMUM: 
● Processo inflamatório agudo de etiologia viral 
● Acomete a cavidade nasal, faringe e seios da face 
- O grande problema são as infecções bacterianas posteriores 
(sinusite, otite e pneumonia) 
● Lactentes e pré-escolares 7 a 12 episódios/ano 
● Escolares 6 a 10 episódios/ano 
● Adolescentes de 2 a 4 episódios/ano. 
● Crianças que frequentam creches ou berçários apresentam 
risco maior de apresentar resfriados de repetição. 
 
Etiologia: 
 
 
Diagnóstico: 
Feito a partir da história clínica, sinais e sintomas mais o exame 
físico. 
 
Sinais e sintomas: 
● Febre 
● Tosse 
● Coriza 
● Obstrução nasal● Cefaleia 
● Mialgia 
● Inapetência 
● Irritabilidade 
● Odinofagia 
● Sensação de plenitude nos ouvidos 
 
Exame físico: 
● Secreção clara e hialina 
● Hiperemia orofaringe e orelha média 
● Roncos a ausculta pulmonar 
- Quando a coriza que é hialina começa mudar a coloração é 
indicio de complicação. 
 
Evolução e História natural: 
● Aparecimento dos sintomas 12h -7d após exposição 
● Duração pode variar de 2 a 14 dias. 
 
Tratamento: 
SUPORTE: 
● Antitérmicos e Analgésicos 
● Lavagem Nasal / Inalação com SF 
● Aumento da Ingesta Hídrica 
 
Prevenção: 
● Lavagem de mãos 
● Contato interpessoal 
● Contato com secreções 
 
Complicações: 
● Aparecimento de febre persistente? 
● Piora do estado geral ? 
● Secreção amarelada e persistente com tosse secretiva 
principalmente a noite. 
 
 
CASO CLÍNICO 2: 
No dia seguinte ao diagnóstico, a mãe de KLM compareceu à UBS com 
seu filho JLM, 4a2m referindo que há 1 dia ele estava queixando-se de 
dor de garganta. 
Estava tossindo e com coriza hialina. Há 1 dia, começou a apresentar 
febre muito alta (até 40°C , acompanhada de dor de cabeça. Hoje, ele 
está muito prostrado e ela não acha possível que seja “só um 
resfriado” (sic). 
EF: REG, corado, hidratado, acianótico, febril, taquipneia discreta, 
hipoativo e reativo. 
MV+ bilateralmente sem RA FR= 36 irpm sem sinais de esforço 
respiratório 
SatO₂=95% em ar ambiente 
BRNF 2T sem sopros FC=132 bpm TEC< 2 seg 
Abdome sem alterações 
Otoscopia: MT E e D hiperemiadas, porém sem abaulamentos. 
Translúcidas 
 
Realizada a administração de antitérmico e após 40 minutos, 
JLM foi reavaliado: 
BEG, corado, hidratado, afebril, eupneico, ativo 
MV+ bilateralmente sem RA FR=26 irpm 
BRNF a 2T sem sopros FC= 102 bpm 
Abdome normal 
Otoscopia sem alterações 
● Feita a Hipótese Diagnóstica de Síndrome Gripal 
● Foi submetido a coleta da pesquisa de vírus respiratórios 
através de aspirado nasofaríngeo 
● Prescrito Fosfato de Oseltamivir por 5 dias 
● Realizadas as orientações quanto à evolução da doença e 
quanto aos sinais de alerta 
● Orientado afastamento das atividades habituais. 
 
- Antitérmicos e Antiinflamatórios: dipirona e paracetamol são 
os preferíveis. 
• A gripe chama mais atenção para o BEG, criança estava 
prostada (diferentemente do resfriado). 
 
SÍNDROME GRIPAL: 
Pode evoluir para Síndrome Respiratória Aguda Grave que é 
quando o vírus afeta o pulmão e começa a apresentar sinais 
pulmonares – é uma doença de notificação compulsória 
obrigatória. 
● A influenza sazonal é uma doença infecciosa das vias aéreas 
febril e aguda. 
● Em grupos vulneráveis e com maior risco para complicações, 
a doença pode evoluir para formas mais graves como a 
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) que pode ter como 
desfecho o óbito. 
● Para o correto manejo clínico da influenza, é preciso 
considerar e diferenciar os casos de síndrome gripal (SG) e 
síndrome respiratória aguda grave (SRAG). 
 
Síndrome Gripal X Síndrome Respiratória Aguda Grave: 
 
 
Manejo Clínico: 
Uso do antiviral específico em SG/SRAG em pacientes 
suspeitos para Influenzae com 
Fatores de risco para complicações: 
✓ Grávidas e puérperas 
✓ Adultos ≥ 60 anos 
✓ Crianças < 5 anos (em especial < 2 anos) 
✓ População indígena aldeada. 
✓ Indivíduos <19 anos em uso prolongado AAS (Sd. de Reye). 
✓ Comorbidades: 
 Pneumopatias (incluindo asma); 
 Cardiovasculopatias (excluindo HAS); 
 Nefropatias; Hepatopatias; 
 Doenças hematológicas; 
 Distúrbios metabólicos; 
 Transtornos neurológicos. 
 
Fosfato de Oseltamivir: 
✓ Inibidor seletivo da neuraminidase 
✓ Impede a entrada do vírus em células não infectadas 
✓ Impede a liberação das partículas virais formadas nas células 
infectadas e a expansão do vírus no organismo 
✓ Tratamento oportuno 48hs 
 
● Adultos: 75 mg VO 12/12h, por 5 dias. 
● Crianças idade igual ou superior a 12 meses: 
✓ =< 15 kg: 30 mg VO 12/12h por 5 dias. 
✓ 15-23 kg: 45 mg VO 12/12h por 5 dias. 
✓ 24-40 kg: 60 mg VO 12/12h por 5 dias. 
✓ > 40 kg: 75 mg VO 12/12h por 5 dias. 
● Crianças menores de 12 meses: 
✓ 0 a 8 meses: 3 mg/Kg/dia VO 12/12h por 5 dias 
✓ 9 a 11 meses: 3,5mg/kg/dia VO 12/12h por 5 dias] 
 
Prevenção: 
Vacina contra Influenza: composta por cepas inativadas do 
vírus Influenza A ( H1N1, H3N2) e influenza B 
 Recomendada pelo Calendário da Sociedade 
Brasileira de Pediatria 
 1ª dose: 6 meses ( primovacinação em menores de 9 
anos deve ser feita com 2 doses com intervalo de 1 
mês entre as doses) 
 Reforço: anual 
 
CASO CLÍNICO 3: 
KLM, 2 anos e 6 meses, foi levada à consulta em Unidade de 
Emergência pois há 12 dias, iniciou com tosse, coriza clara e febre. 
Foi atendida na mesma unidade e feito diagnóstico de Resfriado 
Comum. A febre melhorou, porém a tosse se manteve e a coriza que, 
anteriormente, era clara, agora é espessa e amarelada. 
Além disso, a tosse passou a ser mais produtiva e mais intensa, com 
piora evidente à noite. Há 1 dia, voltou a apresentar febre até 39,0°C 
e queixou-se de dor no ouvido esquerdo. 
Mãe refere que o filho mais velho teve infecção por Influeza há 1 
semana. 
Ao exame físico: REG, corada, hidratada, febril (38,5°C), taquipneia 
leve, chorosa 
MV+ bilateralmente sem RA FR=42 irpm SatO₂=95% (aa) 
BRNF a 2T sem sopros FC= 120 bpm TEC<2 seg 
Abdome sem alterações 
Otoscopia: 
Orofaringe: 
 
Qual a Hipótese Diagnóstica? 
● Rinossinusopatia ou Rinossinusite aguda 
● Otite Média Aguda 
 
RINOSSINUSITE AGUDA: 
É a inflamação da mucosa que reveste os seios paranasais. 
 
 
● Epidemiologia semelhante e proporcional às Síndromes 
Respiratórias Virais 
● Fatores de Risco semelhantes a OMA 
● Diagnóstico feito Sinais e Sintomas + Exame físico 
 
Sinais e Sintomas: 
● Febre 
● Tosse 
● Coriza 
● Obstrução nasal 
● Cefaleia 
● Inapetência 
● Irritabilidade 
● Halitose 
● Náuseas e vômitos 
 
Exame Físico: 
● coriza persistente 
● Secreção posterior 
 
Vírus: duração de até 5 dias e melhora progressiva dos 
sintomas. 
Parte de uma síndrome respiratória aguda (Resfriado comum, 
Síndrome Gripal) 
 Rinossinusite viral (Rinovírus, Influenza, 
Parainfluenza,VSR) 
 
Bactérias: 
 Rinorreia clara-purulenta 
 Febre > 5 dias 
 Piora ou manutenção dos sintomas de resfriado 
comum > 10 dias 
 Dor importante à palpação dos seios da face 
Complicação bacteriana de uma síndrome respiratória viral 
 Rinossinusite bacteriana (S.pneumoniae, 
H.influenzae não tipável, M.catarrhalis, S.aureus e 
anaeróbios) 
 
 
ANTIBIOTICOTERAPIA da Rinossinusite Aguda é o mesmo da 
OMA! 
 
Complicações: 
● SÃO MUITO RARAS 
● Celulite orbitárias 
 Celulite pré-septal ou periorbitária 
 Celulite pós septal ou orbitária 
 
● Intracranianas 
 Abscesso 
 
 
 
 
Celulite pré-septal x pós septal: 
 
 
Diagnóstico Clínico das complicações: 
 Toxemia, persistência ou recrudescimento da febre 
 Sinais focais no exame físico 
 
Diagnóstico Radiológico das complicações: 
 TC crânio 
 TC seios da face 
 
 
 
Complicação - Abcesso intracraniano 
 
● TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE CRÂNIO/ para 
diagnóstico de sinusite 
● Alta sensibilidade e baixa especificidade 
● 25-50% da população das grandes cidades tem alteração nos 
seios da face SEM SINTOMA 
● Resfriado comum - 87% de alterações em seio maxilar 
● Quando indicar? 
 Suspeita de complicações 
 Suspeita de tumores 
 Avaliação para conduta cirúrgica 
 
CRUPE: 
Conjunto de doenças que acometem as VAS e se manifestam 
clinicamente por: 
 Rouquidão 
 Tosse ladrante 
 Estridor, predominantemente, inspiratório 
 
● Na MAIORIA das situações é de etiologia viral - “Crupe viral” 
● Grau de extensão do acometimento das VAS 
 Laringe 
 Laringe e traqueia 
 
 
 
 
LARINGITE VIRAL AGUDA: 
Epidemiologia: 
● É a principal causa de OVAS em criança ( 1,5-6% das doenças 
respiratórias) 
● Responsávelpor 90% dos casos de estridor 
● Acomete crianças 1-6 anos de idade 
 Pico de incidência 18 meses 
 Mais comum sexo masculino (1,4 a 2x maior o risco) 
 Em menores de 2 anos - 8% necessitam internação 
hospitalar e <1% UTI 
● Ocorre, predominantemente, no outono e inverno, mas 
pode acontecer durante o ano inteiro 
 
Etiologia: 
 
 
Patogênese: 
 
 
 
 
Sinais e Sintomas: 
● Febre 
● Tosse rouca 
● Tosse abafada 
● Coriza 
● Obstrução nasal 
● Choro rouco/ abafado 
 
Exame Físico: 
● Estridor inspiratório 
● Piora clínica com agitação 
● Aumento da FR 
● Aumento da FC 
● Aumento do esforço respiratório 
● Agitação 
● Sonolência 
● Cianose 
 
Evolução: 
● 3-7 dias 
● Pode durar até 14 dias 
 
 
 
Diagnóstico Radiológico: 
 ● Sinal da ponta de lápis ou torre de igreja 
● Até 50% das crianças podem apresentar pelo estreitamento 
da região subglótica 
● Diagnóstico diferencial ( Aspiração CE) 
 
Tratamento: 
● Corticoesteróides: 
 Dexametasona VO x IM (0,15-0,6 mg/kg dose única) 
 Prednisolona (1-2 mg/kg ) 
 Budesonida ( 2 mg/dia 12/12h 5 dias) - casos leves 
● Epinefrina inalatória: 
 Vasoconstrição local ( alfa-adrenérgico) 
● Suporte ventilatório 
 
Diagnósticos Diferenciais: 
● Etiologia Infecciosa: 
 Supraglotite – Epiglotite 
 Traqueíte bacteriana 
 
● Etiologia Não Infecciosa: 
 Aspiração CE 
 Anafilaxia 
 
 
TONSILITE AGUDA: 
● Queixa frequente → 1,3-20% dos atendimentos em serviços 
de emergência pediátrica 5 
● Causas: Vírus x Estreptococo Beta-hemolítico do grupo A 
(EBHGA = Streptococcus pyogenes )→ 15-30% 
● Difícil diferenciar pelo quadro clínico 
 
Sinais e Sintomas: 
● Febre 
● Tosse 
● Coriza 
● Obstrução nasal 
● Cefaleia 
● Inapetência 
● Halitose 
● Náuseas e vômitos 
● Dor abdominal 
 
 
 
Diagnóstico: 
Diagnóstico = Métodos Microbiológicos 
● Cultura de orofaringe –Padrão-ouro 
● Desvantagem - 48 h para leitura (40% falso negativo < 24 h). 
● Prova Rápida para detecção EBHGA = Imunoensaio para 
detecção qualitativa do carboidrato A da membrana do 
antígeno 
 Especificidade 95% - 100% 
 Sensibilidade 62% - 96,7% 
Se Prova Rápida negativa - colher cultura de orofaringe 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento: 
● Não- Estreptocócica : Sintomáticos 
● Causada por EBHGA: 
 Penicilina Benzatina 50.000U/Kg (dose única - IM ) 
 Amoxicilina 50 mg/kg/dia por 10 dias ( 1-2x/dia - VO ) 
 Se alergia a penicilina: Azitromicina, Cefalosporinas 1ª 
geração

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