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1 UC9 – Conferência | Maria Clara Cabral – 3º Período OSTEOPOROSE E MÉDICO GENERALISTA o É uma doença muito presente na clínica geral e atenção básica. DEFINIÇÕES Ao estudarmos o envelhecimento estudamos nós mesmos, pois todos nós passaremos pelo processo de envelhecimento. o Osteopenia é um dos processos de envelhecimento celular dos ossos. o A patologia causada pelo excesso da osteopenia é chamada de osteoporose. o A osteoporose é um quadro clínico em que há uma redução da densidade dos ossos, o que enfraquece os ossos, tornando-os suscetíveis à quebra (fraturas). o Nem sempre essas fraturas são dolorosas. o Muitas vezes, a estatura do indivíduo é reduzida ponderadamente diante da redução da massa vertebral causada pela osteoporose. Possíveis causas que podem levar à redução da massa óssea o O envelhecimento: níveis metabólicos menores, interferem na osteopenia. o Deficiência de estrogênio: acelera o processo de envelhecimento ósseo. Em determinada idade o homem idoso tem uma taxa um pouco maior de estrogênio que a mulher idosa. o Baixo nível de vitamina D (alimentar e exposição ao sol) ou baixa ingestão de cálcio. Rádio distal, colo do fêmur e vértebras lombares (assume formato de vértebra em cunha) são os mais comuns acometidos pela osteoporose. Exame: densitometria óssea → avalia a densidade mineral e compara o osso idoso com o do jovem. A FISIOLOGIA ÓSSEA o É importante na questão da promoção à saúde em relação à osteoporose. o Alguns estudiosos acreditam que, para obtermos ossos mais firmes (pelo aumento da sua massa cortical e com as trabéculas ósseas formadas mais próximas) devemos, até os 20 anos de idade, tomar sol, ingerir alimentos ricos em cálcio e praticar exercícios físicos. VALE LEMBRAR o O osso é formado pela matriz óssea e por células especializadas. o A matriz óssea é composta por componentes inorgânicos e orgânicos. Osteoporose Conferência 06 – 22/06/2022 2 UC9 – Conferência | Maria Clara Cabral – 3º Período o O metabolismo ósseo é reabsorver o tecido ósseo velho e recompor com tecido ósseo novo. o Os osteoblastos e osteoclastos trabalham em constante harmonia até determinada idade. o No nascimento: aumento da produção de osteoblastos que recompõem a matriz óssea, e posteriormente se transformam em osteócitos. Durante tal processo há os Osteoclastos fazendo uma reabsorção mais lenta e osteoblastos trabalhando em maior velocidade. o Até os 20 anos: osteoclastos regulados deixando os osteoblastos compor a matriz óssea. o A partir dos 20 anos: a tendência é ocorrer uma equivalência de osteoblastos e osteoclastos. o A partir dos 35 anos: principalmente para as mulheres, há um declínio dos hormônios sexuais, principalmente o estrogênio. CLASSIFICAÇÕES Osteoporose primária A importância da relação da osteoporose 1ª com o estrogênio: O estrogênio, quando ativo, inibe o osteoclasto. Mas, a preocupação é o adiantamento da menopausa, que aumenta as chances de desenvolvimento da osteoporose 1ª. Mais de 95 % da osteoporose em mulheres e cerca de 80% em homens é primária. Fatores de risco para osteoporose primária o Membros da família com osteoporose o Dieta pobre em cálcio e vitamina D o Estilo de vida sedentário o Raça branca ou asiática o Magreza o Menopausa precoce o Tabagismo: nicotina → distúrbios hormonais → hormônios tireoidianos, PTH e Calcitonina. o Consumo excessivo de álcool ou cafeína. Osteoporose secundária o Relacionadas com outras séries de doenças. Fatores de risco para osteoporose secundária. o Doença renal crônica e distúrbios hormonais como: dença de Cushing (causada pelo uso de corticoides/anti-inflamatório os quais reduzem a formação do calo ósseo nas fraturas, que é o processo de reparação), Hipertireoidismo, hipotireoidismo, Hipogonadismo, Níveis elevados de prolactina e diabets mellitus (vasculopatias e neuropatias diminuem o suprimento sanguíneo ósseo). o Certos tipos de câncer podem causar doenças secundárias o Artrite reumatoide (utilizam corticoides) SINTOMAS Indícios que podem levar a suspeita diagnóstica de osteoporose sem nenhum dado de exame clínico o Cor o Estatura reduzindo o Massa muscular o Fraturas de baixo impacto 3 UC9 – Conferência | Maria Clara Cabral – 3º Período o Dores lombares (lombalgia) o Usos contínuos de medicações o Data da Menarca e menopausa o Alimentação rica ou não em derivados de leite o Se trabalha exposta ou não ao sol o Hábitos alimentares o Fator genético o Tabagismo atual o Alcoolismo o Uso crônico de corticoides o Artrite reumatoide Sintomatologia o Dores osteoarticulares a nível de lombalgia o Dor na coluna o Hiper cifose para acomodação óssea Toda mulher acima de 65 anos vai para investigação! CONSEQUÊNCIAS PARA O ENVELHECIMENTO o A osteoporose aumenta o índice de fraturas, o que aumenta a internação, aumenta a probabilidade de outras quedas e assim começa uma inutilidade da vida, levando à dependência para as AVDs e AVDIs. o Síndrome do imobilismo o Facilidade de desenvolver pneumonia o Aumenta a constipação o Aumento das chances de trombose e trombo embolia DIAGNÓSTICO o Realizado através do exame chamado densitometria óssea dos seguintes seguimentos: ̵ Colo do fêmur ̵ Vértebras lombares L1-L4 ̵ Rádio da mão dominante, terço distal, próximo ao processo estiloide. • O paciente passa pelo exame, é gerado um laudo clínico, e tem as colunas: ̵ Z score → Compara o resultado do indivíduo idoso com o de um indivíduo de mesma idade. ̵ T score → Compara o resultado do indivíduo idoso com o de um JOVEM, é o que é usado para diagnóstico. ̵ T score com valor de corte ≤ -2,5 → osteoporose Se as linhas amarelas em cima do osso traçadas no momento do exame de densitometria, não estiverem bem delimitadas no osso, pode dar um falso positivo (muito para fora do osso) ou falso negativo (muito para dentro). FRAX: avalia o nível de risco de fraturas nos próximos anos e mostra a linha de tratamento aplicável. Ajuda a tomar decisões clínicas. Abrasso.org.br/calculadora/calculadora/ 4 UC9 – Conferência | Maria Clara Cabral – 3º Período o Exames laboratoriais complementares: ̵ Glândula tireoide: TSH e T4livre (metabolismo mais lento → ossos mais fracos) ̵ Ácido úrico ̵ Magnésio ̵ Cálcio iônico (livre no sangue) ̵ Ureia ̵ Creatinina ̵ Vit D (D3: 25-hidroxi) ̵ Calcitonina ̵ Hemoglobina glicada ̵ Paratormônio TRATAMENTO o Exercícios físicos associados a treinos de resistência. o Reposição da vitamina D e do cálcio. o Banhos de sol (vit. D3). o Tratamento hormonal (hormonioterapia, principalmente voltada para inibir os osteoclastos, pela regulação do estrogênio). o Reposição de cálcio basal (citrato de cálcio, mais encontrado no SUS). O carbonato de cálcio é o que têm maior quantidade elementar (40mg) o Medicação: bifosforados, como Alendronato, Risendronato, que ajudam a reconstituir o osso novamente. Associados aos outros tratamentos: exercícios e vitamina D3. Porém esses medicamentos, devem der pausados de 3-6 meses quando usador em sequência por 3 anos, por gerarem a osteonecrose mandibular. PREVENÇÃO o Cascata de acontecimentos desde a infância o VIT D → 400 UI/dia ou 7000 UI/semana o Idoso → cálcio = 1500 mg/dia; vit. D = 800 UI/dia. REFERÊNCIAS Ultrassonografia, mamografia e desintometria óssea. Alessandra Pacinni e Renato Camargo. Radiologia e diagnóstico por imagem, normas e procedimentos administrativos e didáticos. Caderno nº 19 – Ministério da Saúde: exames laboratoriaispara a osteoporose. Questões: https://site.medicina.ufmg.br/imagemdasemana/i ndex.php?caso=67 https://site.medicina.ufmg.br/imagemdasemana/index.php?caso=67 https://site.medicina.ufmg.br/imagemdasemana/index.php?caso=67
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