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SEMINÁRIO INTERDISCIPLINAR 
 
 
POLO: IELMO MARINHO/RN 
 
COMPONENTES 
➢ FATIMA HELOISE S B MELO DA SILVA 
 
➢ MARIANA SILVA DE SOUZA 
 
➢ LEILANNE FELIX DE FARIAS SANTIAGO 
 
➢ RAYANE ROMUALDO DA SILVA 
 
 
 
 
SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA 
 
 A SOCIEDADE DE RISCO: Uma reflexão sobre a 
modernidade e a tecnologia. 
 
O avanço da tecnologia no mundo atual 
Nas últimas décadas, houve um grande salto na evolução tecnológica, 
sendo inclusive difícil a sociedade atual absorver todo o conteúdo que é 
disponibilizado a cada vez na velocidade maior. Com o avanço da época atual, 
a tecnologia está cada vez mais presente na vida moderna. 
➢ A tecnologia nas casas possibilita um maior conforto, seja pela presença 
de computadores, tv‟s, celulares. 
 
➢ A tecnologia nas empresas possibilita um maior crescimento empresarial 
e aumento da produtividade. 
 
➢ A Internet foi uma invenção que se iniciou em laboratório, e com a sua 
popularização, permitiu a popularização do conhecimento. 
 
COVID-19 e os riscos da modernidade: modernização como causa e como 
consequência. 
 
Na sociologia contemporânea, principalmente na obra de Ulrich Beck, as 
pandemias já eram identificadas como um dos principais riscos da 
modernização. O caso atual da COVID-19 veio para confirmar isso, e mais que 
isso, é fácil identificar como o processo de modernização aparece como causa, 
mas também como consequência da pandemia. O difícil é vislumbrar quais serão 
os impactos das mudanças nos processos sociais no período pós pandemia. 
A modernização do sistema de transporte possibilitou intenso 
deslocamento de sujeitos por entre diversos territórios. O grande volume de voos, 
que passavam dos 250 mil voos diários no período pré-COVID-19, e o 
barateamento do transporte aéreo, sem dúvida foram fundamentais para a 
disseminação tão rápida da COVID-19 por praticamente todos os países do 
mundo. Em outros tempos, quando os meios de transporte não eram tão rápidos 
e acessíveis, as epidemias se restringiam a determinados territórios, como foi o 
caso da peste negra, que se desenvolveu ao longo da rota da seda. 
 
Ao analisarmos as rotas aéreas e a propagação do vírus entre as diversas 
localidades, percebemos que nas áreas com maior número de voos houve maior 
número de casos. As pessoas se deslocam entre países e com isso facilitam a 
propagação. A África e América do Sul, regiões com menor volume de tráfego 
aéreo, também tem apresentado até o momento menor número de casos. 
Obviamente, numa segunda fase, o contágio ocorre a partir da mobilidade dos 
indivíduos dentro do próprio país, e já não é possível traçar paralelo com o 
transporte aéreo. 
A situação atual ilustra perfeitamente a afirmação de Ulrich Beck “é o fim 
dos outros ‟”. Todos os habitantes do planeta se veem ameaçados pela 
pandemia e, nesse momento, categorias tradicionais de análise sociológica, 
como as classes sociais, se veem fragilizadas, afinal a pandemia é, 
aparentemente, mais democrática, no sentido de ameaçar e atingir a todos, 
porém situações de vulnerabilidades podem potencializar a pandemia. Se 
dinheiro não impede a contaminação, a falta dele fragiliza ainda mais a 
população. Se todos somos igualmente atingíveis, o pobre, o negro, a mulher, o 
morador de rua, tem seus riscos amplificados. 
 
Essa situação é típica de países que ainda não solucionaram problemas 
da primeira modernidade, e num momento de modernização comprimida, tal qual 
o que vivemos agora, temos os riscos da modernidade intensificados, pois eles 
são cumulativos: não resolvemos o problema da distribuição de renda, da 
igualdade de gênero (problemas da 1ª modernidade) e temos novos problemas 
surgindo, como as pandemias, os riscos ecológicos, o desemprego por 
robotização (problemas da 2ª modernidade). Os países do sul global, de maneira 
geral, vivenciam essa tal de modernização comprimida, o que dificulta ainda mais 
a solução dos problemas atuais. 
E dentro dessa ideia de modernização comprimida é que precisamos 
analisar a noção de modernização como consequência. Nas últimas semanas 
temos vivenciados uma modernização forçada em diversas esferas da nossa 
vida: seja pela obrigatoriedade do ensino à distância, pelo home office ou pelas 
tele consultas médicas ou psicológicas. Por tantos anos essas atividades foram 
barradas pelos conselhos de classe, e, de repente, nos vemos impelidos a 
executar. 
Essa modernização forçada ocorre sem infraestrutura necessária (afinal, 
quantos lares possuem um computador para cada criança e cada adulto? 
Quantos dispõe de internet em velocidade adequada?) e sem formação 
adequada (quantos professores sabem usar as ferramentas para propiciar um 
ensino adequado? Quantos realizaram cursos para isso?). As empresas foram 
obrigadas a passarem por uma revolução digital que vinha sendo protelada ao 
longo das últimas décadas e o resultado disso é incerto. Será que o desemprego 
vai aumentar? O desenvolvimento de novos softwares para facilitar o trabalho 
remoto irá impactar no cotidiano das empresas e na maneira como estamos 
habituados a trabalhar? 
A pandemia do COVID-19 forçou a modernização digital e se antes a 
internet era vista como responsável pelo distanciamento das pessoas, hoje ela é 
salvação para o encontro semanal entre amigos ou para a conversa com os pais. 
As relações sociais estão passando por uma profunda reestruturação, e essa 
mudança em um curtíssimo período de tempo pode estar repleta de efeitos 
adversos. Saberemos lidar com a depressão e ansiedade? Substituiremos bem 
o contato pessoal pelo encontro virtual? Como ficarão as relações quando a 
pandemia passar? 
A modernização como consequência nos traz dúvidas e ela materializa a 
noção de sociedade de risco. Estamos imersos em incertezas, ambiguidades, 
complexidades. O risco é invisível e ele só se materializa quando se confirma. A 
COVID-19 é um risco invisível, mas potente o suficiente para mudar as relações 
sociais e de trabalho, impactando tantas esferas de nossa vida, que é capaz de 
criar um novo mundo, uma nova ordem social – e não se sabe se ela será melhor 
ou pior que a atual. 
E por se tratar de um impacto global, já se discute a necessidade de uma 
governança global, o que coloca em questão as fronteiras geográficas, as 
respostas políticas locais, assim como os processos de individualização. A 
humanidade pode estar entrando em um novo momento e a imaginação 
sociológica deve estar aflorada entre nós, para que possamos captar essas 
mudanças, analisando-as com criticidade, propondo alternativas e soluções 
possíveis aos novos problemas que surgirão. 
O mundo está mudando cada vez mais rápido como consequência de um 
desenvolvimento tecnológico acelerado. Diariamente empresas do mundo inteiro 
investem pesado em inovação com o objetivo de criar respostas para às 
necessidades presentes no mercado. As novas tecnologias fazem parte desse 
processo, mas é importante ressaltar que mais, do que abrir diferentes 
oportunidades de negócios, elas proporcionam uma verdadeira revolução na 
sociedade, possibilitando ações antes inimagináveis e melhorando a qualidade 
de vida das pessoas, coisas que antes eram impossíveis aos nossos olhos, hoje 
são consideradas comuns no nosso cotidiano e até mesmo indispensáveis. Anos 
atrás era inacreditável imaginar que com um pequeno aparelho em mãos 
conseguiremos acessar praticamente não qualquer conteúdo que quiséssemos 
de qualquer lugar do mundo, essa e outras mudanças foram possíveis graças à 
tecnologia e a forma como ela avança cada vez mais. 
 
 
Essas mudanças impactam também o comportamento do ser humano, 
que tem que aprender a acompanhar essa evolução e conviver com novas 
tecnologias. Essa adaptação traz consigo uma série de benefícios como 
melhorar na qualidade de vida, acesso rápido e fácil ao conhecimento, 
simplificação da troca de informações ea quebra de várias barreiras da 
comunicação. Outro fator de destaque é a inclusão social. Constantemente 
surgem novas tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências 
físicas e cognitivas, ajudando que essas pessoas tenham mais facilidades para 
inserir na sociedade e tenham um padrão de vida melhor. 
 
 É importante também ressaltar que durante a pandemia do COVID-19 foi 
notário que a tecnologia desempenhou um papel fundamental, não somente para 
indivíduos, mas também para organizações. Ela possibilitou que relações fossem 
mantidos mesmo a distância, contribuiu para o fácil acesso e divulgação de 
informações importante ajudou pra que negócios sobrevivessem e outras até 
mesmo crescessem ainda mais. Diversas empresas que não investiam em 
tecnologia começaram a investir, pois perceberam que hoje em dia é uma área 
fundamental independente da área de atuação quem não acompanha as 
tendências e avanços tecnológicos acaba ficando em desvantagem é 
ultrapassado no mercado tendo em vista que atualmente a maioria dos 
processos são feitos por meio da tecnologia.

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