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1- Direitos da Personalidade (CC, arts. 11 a 21) 1.1. Conceito -Direitos da personalidade são direitos subjetivos que tem por objeto os bens e valores essências da pessoa, no seu aspecto físico, moral e intectual 1.2. Características -São inerentes à pessoa, intransmissíveis, inseparáveis do titular. Se extinguem com a morte do titular -São absolutos (erga omnes), indisponíveis (impossível aliena-lo),imprescritíveis (não há prazo para o seu exercício), extrapatrimoniais(não avaliáveis em dinheiro, salvo os direitos de autor e de propriedade industrial) 1.3. Objeto e titularidade -Objeto dos direitos da personalidade é o bem jurídico da personalidade (valores como: vida humana, o corpo na sua integridade, a liberdade, a imagem, o nome, etc) -Direito geral de personalidade se constrói a partir do princípio fundamental da dignidade humana. (positivação de um valor jurídico constitucionalmente reconhecido) -Defende a inviolabilidade da pessoa humana, nos seus aspectos físico, moral, e intelectual -São titulares de tal direito todos os seres humanos, desde a concepção, seja ela natural ou assistida. Extingue-se com a morte, o que não impede o reconhecimento de manifestações de personalidade post-mortem -Pessoas jurídicas também são titulares desses mesmos direitos. Acompanham o ciclo vital de tal pessoa. 1.4. A tutela jurídica dos direitos da personalidade -A tutela é realizada em dois níveis: um, de natureza constitucional, que reúne os princípios que organizam e disciplinam a organização da sociedade; e outro, que desenvolve e normativiza os princípios. - A proteção aos direitos da personalidade é de natureza constitucional no que diz respeito aos princípios fundamentais humanos (art 1º da CF, por exemplo), e é de natureza civil, penal, e administrativa, quando integrante da respectiva legislação. - Art 11: estabelece as características básicas dos direitos da personalidade - Art 12: Defesa e sanção patrimonial em caso de violação - Arts 13 a 15: Normas sobre o direito ao corpo - Arts 16 a 19: direito ao nome, à identidade pessoal/familiar/social - Art 20: direito à integridade intelectual - Art 21: direito à integridade moral - Medidas judiciais preventivas compreendem a tutela antecipada. Exemplo” matéria de direitos autorais, o titular da obra fradulentamente reproduzida pode requerer que sejam aprendidos os exemplares reproduzidos, ou suspensa a divulgação, sem prejuízo de indenização cabível. -Tutela ressarcitória possui a finalidade de reparar-se o dano causado pelo comportamento ilícito do agente ofensor 1.6. Classificação - Os objetos da tutela jurídica são : o físico, o intelectual e o moral - O direito à integridade física compreende a proteção jurídica a vida, ao próprio corpo(em sua totalidade ou não) - O direito à integridade moral consiste na proteção concedida à pessoa no tocante à sua honra, liberdade, intimidade, imagem e nome - O direito à integridade intelectual é o que protege o direito de reivindicar a paternidade da obra, e o direito de dela dispor 1.6.1. Direito à vida e à integridade física - O próprio individuo tem para consigo o direito-dever de legítima defesa, que consiste na reação contra agressão injusta, atual, inevitável, não excedendo o necessário à defesa. - O Estado tem o dever de respeitar a vida dos cidadãos(dever negativo) e o dever de proteger-lhes a vida(dever positivo) 1.6.2. Direito ao corpo e ao cadáver. Os transplantes e sua disciplina legal. - Considera-se o corpo humano como um bem jurídico. - Corpo humano sem vida = cadáver (AH VÁ). Passível de disposição na forma da lei; manifesta-se a personalidade post-mortem. Proibição de destruir, subtrair, ocultar, ou vilipendiar cadáver. - Às partes do corpo que possam se individualizar são consideradas res (exemplo: órgãos). Podem ser dispostos através de transplantes. Só é permitida a doação de órgãos duplos caso a retirada não prejudique o doador. - A questão dos transplantes gira em torno do interesse coletivo (progresso da ciência médica) e o interesse individual (direito subjetivo de proteção à integridade física e à vida humana). - A realização de transplantes só pode ser feita em estabelecimentos de saúde, público ou privado, e por equipes médico-cirúrgicas especializadas. - O corpo humano, com a morte, mantém-se como elemento da personalidade 1.6.3. Direito à integridade moral - Proteção jurídica à pessoa no tocante à sua honra, liberdade, recato, imagem e nome - Honra é a dignidade pessoal e a consideração que a pessoa desfruta no meio em que vive. É a boa reputação. Para a sua proteçnao há os crimes de calúnia, injúria e difamação. No plano civil, temos o ressarcimento do dano causado ao ofendido. - Liberdade é a ausência de impedimentos. Poder de ação sem interferência do Estado ou de outras pessoas. O direito protege a liberdade física e a liberdade de pensamento - Direito à imagem é o direito que a pessoa tem de não ver divulgado seu retrato sem sua autorização, salvo nos casos de exigência da ordem pública ou notoriedade. Admite-se indenização por danos sofridos 1.6.4 Direito à integridade intelectual - É o que tem por objeto a liberdade de pensamento e o direito autoral de personalidade. - Garante ao autor o poder de publicar, reproduzir, ou explorar a sua produção. - Direitos autorais consistem no direito que o autor tem de ligar seu nome à obra literária, artística ou científica que tenha produzido, e de impedir a reprodução, divulgação, ou utilização fraudulenta dessa obra por outrem. O direito autoral tem duplo aspecto: pessoal e patrimonial. O primeiro é o direito que o autor tem de ver reconhecida sua paternidade, quanto à obra que ele produziu. O segundo consiste no direito de utilizar, fruir e dispor das suas produções. As sanções pela violação dos direitos autorais, além das de ordem penal, pode, consistir em suspensão da divulgação. 1.7. Direito à identidade pessoal. O nome - Integra-se no direito à integridade moral. Pessoa deve ser reconhecida em sociedade por denominação própria, que a identifica e a diferencia. Direito ao nome é erga omnes 1.7.1. Elementos constitutivos do nome - Deve-se distinguir o nome das pessoas físicas do nome das pessoas jurídicas. Estas, adquirem nome na forma da legislação específica 1.7.2. Aquisição e formação do nome - Adquire-se o prenome e o nome de família com o assento do nascimento. O prenome não será registrado se for suscetível de expor ao ridículo seu portador - Gêmeos com prenome igual deverão ser inscritos com algo diverso no nome, para poderem distinguir-se - Adotado assume o sobrenome do adotante 1.7.3. Proteção do nome - Ação de reclamação: autor exige que terceiros respeitem o direito que tem de usar seu nome - Ação de condenação: o titular do direito pretende que cesse o uso ilícito que alguém faz do seu nome, de modo pessoal -Ação de proibição: titular pede que cesse o uso ilícito que alguém faz do seu nome, de modo impessoal 1.7.4. Nome empresarial - Designação de que se utiliza o empresário, pessoa física ou jurídica, no exercício de sua atividade. - Denominação é a penas o nome da sociedade - Firma é o nome a assinatura Bibliografia: Direito Civil – Introdução. Francisco Amaral, pgs 283-313 Resumo feito por Rodrigo Maluf 184-XI
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