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Poliomielite e Raiva Infecções do Sistema Nervoso Central Poliomielite Acomete em geral os membros inferiores e se caracteriza por flacidez muscular, com preservação da sensibilidade e ausência de reflexos na parte do corpo atingida pela doença. 1580-1350aC Poliomielite Poliomielite Família Picornaviridae - Poliovírus Pólio ou Paralisia Infantil A poliomielite é uma doença causada por um enterovírus. 3 sorotipos – sorotipo 1 é responsável por 85% dos casos ser humano é o único reservatório Vírus RNA Poliomielite Transmissão De pessoa a pessoa através de contato fecal-oral, onde a higiene é precária. Raramente acontece através de contato oral-oral. Ingestão Replicação viral nos tecidos linfáticos da orofaringe e Intestino Viremia transitória Vírus nas fezes Doença discreta(presença ac) Multiplicação em vários órgãos Viremia significativa SNC 1-2% Gânglios nervosos periféricos Doença grave Poliomielite Quadro clínico (pessoas não vacinadas) PI: 7 a14 dias Doença branda – 90% (limitada à orofaringe e ao tubo digestivo) febre,sonolência,cefaleia, vômitos, faringite. Poliomielite não paralítica ou meningite asséptica- 1-2% - além dos sinais anteriores, dor nas costas e rigidez de nuca – recuperação completa Pólio paralítica- 0,1- 2% (medula espinhal e o córtex motor cerebral) - déficit motor, paralisia flácida. Gravidade dependerá de quais neurônios afetados Síndrome pós-poliomielite – resultado de alterações fisiológicas e da idade em pacientes paralíticos já acometidos pela perda de funções neuromusculares. Síndrome Pós-Pólio Efeitos tardios da poliomielite (15 anos depois) 20-80% das vítimas originais Início de falência dos neurônios motores (nova fraqueza muscular) Deterioração dos músculos originalmente afetados O poliovírus não está presente (perda de neurônios dos nervos afetados) Diagnóstico Baseado no exame neurológico (reflexos musculares e Contrações musculares anormais) Isolamento do vírus nas fezes, garganta ou líquor Poliomielite Poliomielite Tratamento A poliomielite não tem tratamento específico, e sim prevenção através da vacina. O tratamento é dirigido aos sintomas da doença. Há dois tipos de vacinas disponíveis contra o vírus da poliomielite: inativada e atenuada Jonas Salk Albert B. Sabin Salk Sabin Introdução 1955 1961 Em uso Suécia, Finlândia, Holanda, Islândia,EUA A maioria dos outros países Plano doses injetável intramuscular Oral aos 2,4 e 6 meses (com vírus atenuado) Riscos Segura (com vírus inativo) Reversão à virulência Vantagens Pode ser adicionada a outras vacinas Mais barata que a Salk Poliomielite Prevenção - Saneamento básico e Vacinas http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao Poliomielite Campanhas RAIVA Vírus da Raiva (rabdovírus-RNA) A raiva é uma zoonose Excretado na saliva de animais raivosos: cães, raposas, lobos, gambás, quatis e morcegos hematófagos,guaxinins,coiotes. Atinge o SNC via NERVOS PERIFÉRICOS No Brasil são tratados cerca de 400.000 pacientes/ano HOSPEDEIROS cão – transmissor da raiva urbana morcego – transmissor da raiva rural animais silvestres (macaco, lobos, raposas, gambás, graxinins) - reservatórios Questões específicas da raiva incluem: Houve mordida? Existe registro de raiva no estado ou região? As mordidas foram dadas por um animal raivoso? O animal permaneceu disponível para diagnóstico laboratorial ou escapou? A espécie animal em questão é um reservatório comum do vírus? É um cão ou gato? Período de incubação máximo 21 dias, antes do animal adoecer nenhum tratamento é necessário Modo de transmissão Contato com saliva de animal raivoso (mordeduras, lambeduras de mucosa ou de pele) Arranhaduras Outras formas de contágio, embora raras: transplante de córnea (8), via inalatória (saliva 2), via transplacentária (1). Mordida de morcego Período de incubação Homem: 1 mês a um ano (maioria ocorre em torno de 3 meses após agressão) Cão: 21 dias em média. Animais silvestres: período bastante variável, não havendo definição clara para a grande maioria deles. PATOGENIA raiva furiosa (canina e felina) Quadro clínico - Raiva Paralítica (bovina) Quadro clínico animais Quadro clínico no homem Período prodrômico (2-5 dias): formigamento, dor, prurido no local da lesão. Insônia, febre, anorexia, cefaleia, agitação. Fase Neurológica aguda (2-10 dias) •Hidrofobia: 20-50% • Diarreia/vômito sanguinolentos • Alucinações •Hiperatividade, ansiedade •Perda de coordenação •Convulsões Coma: paralisia respiratória e morte O período de evolução do quadro clínico desde o início dos sintomas até o óbito varia de 5 a 10 dias. Paciente com raiva em agitação Diagnóstico Os materiais a serem examinados incluem: sangue, liquor, saliva, bulbo piloso, esfregaço da córnea e tecido nervoso, sendo que este último é retirado do material da necrópsia. DIAGNÓSTICO EXAME DO LCR Análise do aspecto do líquor – límpido Contagem do número de células - normal Pressão normal ou pouco aumentada Pode ocorrer leve aumento de proteínas Diagnóstico RT-PCR Diagnóstico Imunofluorescência Direta Corpúsculo de Negri Do neurônio de um cão raivoso ESQUEMA PRÉ-EXPOSIÇAO: 1 - Esquema com a vacina Fuenzalida & Palácios modificada: 4 doses: aplicar nos dias 0, 2, 4 e 28 (intramuscular, na região deltóide) 2 - Controle sorológico: após o 14º dia após o ultimo dia do controle sorológico *** satisfatórios: títulos de anticorpos > 0,5UI/ml *** em caso de título insatisfatório aplicar uma dose completa de reforço *** Para pessoas com alto risco deve-se fazer sorologia a cada 6 meses. Prevenção É evitada pela vacinação de animais selvagens e domésticos Tratamento profilático: para grupos de alto risco de exposição ao vírus da raiva Esquema de soro-vacinação pós-exposição: Condições do animal agressor / Tipo de exposição Cão ou gato sem suspeita de raiva no momento da agressão Cão ou gato clinicamente suspeito de raiva no momento da agressão Cão ou gato raivoso; desaparecido ou morto; animais silvestres Contato indireto Lavar com água e não tratar Lavar com água e não tratar Lavar com água e não tratar Acidentes leves Lavar com água e sabão. Observar o animal 10 dias. Se permanecer sadio encerrar o caso. Se o animal morrer/ desaparecer/raivoso administrar 5 doses da vacina (0,3,7,14,28) Lavar com água e sabão. Iniciar esquema com 2 doses (0,3). Observar o animal por 10 dias. Se a suspeita foi descartada após o 10º dia encerrar o caso.Se o animal morrer/ desaparecer/ raivoso completar esquema até 5 doses (1 dose entre o 7º e 10º dia, no dia 14 e 28). Lavar comágua e sabão. Administrar imediatamente 5 doses da vacina (0,3,7,14,28) Acidentes graves Lavar com água e sabão. Observar o animal 10 dias após exposição. Iniciar esquema com 2 doses (0,3). Se o animal permanecer sadio encerrar o caso. Se o animal morrer/ desaparecer/ raivoso completar esquema até 5 doses (1 dose entre o 7º e 10º dia, no dia 14 e 28) e aplicar o soro Lavar com água e sabão. Iniciar esquema com soro e cinco doses da vacina (0,3,7,14,28). Observar o animal por 10 dias se permanecer sadio suspender esquema Lavar com água e sabão. Esquema de 5 doses com soro. Uma vez instalada a doença não há tratamento específico (?), e a letalidade é de 100%. O tratamento paliativo visa minimizar o sofrimento do paciente Dezenas de países, inclusive o Brasil, promovem campanhas de vacinação em massa em animais domésticos, além de outras atividades, como palestras e distribuição de material educativo Prevenção:
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