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Plano de Aula: Aula 02 - O Consumidor (Demanda) e o Produtor (Oferta) I ECONOMIA POLÍTICA - CCJ0252 Título Aula 02 - O Consumidor (Demanda) e o Produtor (Oferta) I Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 2 Tema O Consumidor (Demanda) e o Produtor (Oferta) I Objetivos Conhecer como o Consumidor e o Produtor interagem no mercado. Compreender as leis gerais da demanda e oferta. Analisar como o mercado tende a um equilíbrio. Estrutura do Conteúdo O CONSUMIDOR (DEMANDA) E O PRODUTOR (OFERTA) Microeconomia e Macroeconomia. Fatores determinantes da demanda, objetivo do consumidor e lei geral da demanda. Fatores determinantes da oferta, objetivo da firma e lei geral da oferta. Tendência de equilíbrio. Abaixo, apresentamos de forma resumida os aspectos a serem abordados pelos professores sobre o conteúdo da aula. As questões aqui colocadas deverão ser contextualizadas procurando associar aos fatos recentes. Microeconomia e Macroeconomia. Microeconomia é o segmento da Teoria Econômica que estuda a formação de preços no mercado, ou seja, o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, analisando o comportamento dos compradores e vendedores. Consiste na análise mais individualizada dos agentes econômicos. Mercado é o lugar onde os compradores (demandantes) de bens ou serviços se encontram com os vendedores (ofertantes) dos mesmos com o objetivo de concretizar a transação. O estudo da microeconomia parte do princípio que as pessoas reagem racionalmente. Os consumidores tentam gastar seu orçamento de forma que lhes dê o máximo de prazer possível. Como dizem os economistas, eles maximizam a utilidade. No ponto de vista dos empresários, eles procuram o maior lucro que podem extrair de suas operações. Macroeconomia é o segmento da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo, sendo responsável pelo estudo do relacionamento dos grandes agregados, por exemplo, o mercado externo, o nível de emprego, o consumo, a poupança e o investimento da economia. Fatores determinantes da demanda, objetivo do consumidor e lei geral da demanda. Conceito de Utilidade Um dos fundamentos da análise da demanda ou procura é o conceito de utilidade. A utilidade é um conceito subjetivo, mas representa a qualidade e a satisfação que os consumidores atribuem aos bens e serviços que se pode adquirir no mercado, variando de consumidor para consumidor. Demanda de Mercado A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam e podem adquirir em determinado período de tempo. Existem variáveis que influenciam a escolha do consumidor, e, consequentemente, sua demanda por um bem ou serviço. O preço do bem ou serviço, os preços dos bens substitutos ou complementares, a renda do consumidor e seus hábitos, gostos e preferências. Para estudar a influência dessas variáveis utiliza-se a hipótese do coeteris paribus, ou seja, é usada para lembrar que todas as variáveis, que não aquelas que estão sendo utilizadas são mantidas constantes. Relação entre quantidade procurada e o preço do bem: A chamada Lei Geral da Demanda evidencia uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. Um aumento do preço do produto resultará na redução de sua demanda. Por sua vez, uma queda do preço do produto resultará no aumento de sua demanda. Outras Variáveis que afetam a demanda por um bem: a) Renda dos consumidores: No caso de um bem normal, se a renda dos consumidores aumenta a demanda do produto também aumenta. b) Bens Substitutos: Quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade de outro, tudo o mais constante. Exemplo: Um aumento do preço da carne deve elevar a demanda por frango. c) Bens Complementares: Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de outro. Exemplo: quantidade de automóveis e preço da gasolina, ou seja, se o preço do automóvel aumentar a quantidade demandada de gasolina diminuirá. d) Preferências dos consumidores: Os gastos com publicidade objetivam aumentar a procura de bens e serviços influenciando as preferências dos consumidores. Alguns conceitos de bens: a) Bem Normal Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, tem- se um bem normal. b) Bem Inferior Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto diminui, tem- se um bem inferior. Exemplo: um automóvel de segunda linha c) Bens de consumo Saciado Quando a demanda do bem não é influenciada pela renda dos consumidores. Exemplo: sal, farinha, etc. Fatores determinantes da oferta, objetivo da firma e lei geral da oferta. Oferta de mercado Oferta de mercado são as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Em relação a Lei da Oferta, a quantidade ofertada de um produto (ou serviço) é diretamente relacionada com seu preço, coeteris paribus. Se o preço de um bem aumenta haverá uma expansão na quantidade ofertada. Fatores determinantes da oferta A oferta depende de vários fatores dentre eles, do preço do bem em questão, dos demais preços, do preço dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra), das preferências dos empresários, das alterações tecnológicas; do aumento do número das empresas no mercado. Vale ressaltar que a relação entre a oferta e os custos dos fatores de produção é inversamente proporcional. Exemplo: um aumento nos salários, tudo o mais constante, provoca uma retração da oferta de um produto. Porém, uma melhoria tecnológica é diretamente proporcional, ou seja, tudo o mais constante, deve provocar uma expansão da oferta. Objetivo da firma: Partindo-se de uma análise tradicional, o empresário sempre busca maximizar o lucro total, otimizando a utilização de todos os recursos que dispõe. Tendência de equilíbrio O equilíbrio no mercado é definido como o preço que iguala as quantidades demandadas pelos compradores com as quantidades ofertadas pelos vendedores. O mercado regula os interesses de produtores e consumidores: os produtores querem ganhar o máximo possível; enquanto os consumidores querem pagar o mínimo possível. O resultado desse processo são os preços de equilíbrio, ou seja, é o patamar em que os consumidores e os produtores realizam seus interesses. Numa situação de escassez do produto, as quantidades demandadas serão maiores que as ofertadas, o que resultará em elevação de preços e/ou no aumento da quantidade ofertada, até atingir-se o equilíbrio. Entretanto, numa situação de excedente de produção, o que resultará numa competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços ou na quantidade ofertada, até que se atinja o ponto de equilíbrio. Assim sendo, quando há competição tanto dos compradores (demandantes) quanto dos vendedores (ofertantes), há uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio. Os compradores e vendedores conduzem automaticamente o mercado para um equilíbrio. Uma vez atingido esse equilíbrio, os compradores e vendedores estão satisfeitos e, portanto, não há pressão sobre o preço. A rapidez e velocidade destes ajustes variam de mercado para mercado. Nos mercados de concorrência pura, o excesso e a escassez são apenas temporários e o ajuste tende a ser mais rápido. É necessário ponderar que podem ocorrer as imperfeições de mercado, ou seja, situações nas quais os preços não são determinados isoladamente em cada mercado. Aplicação Prática Teórica Estudo de Caso: Agronegócio ignora crise e bate recordes (O Estadão On-Line, 20/03/2016) Em meio à retração generalizada da economia, o campo é o único que salva. Com injeção pesada de tecnologia em todas as etapas do processo produtivo e câmbio favorável, o agronegócio, único setor quecresceu no país em 2015, vem conseguindo driblar os gargalos de infra-estrutura e cravar sua competitividade no cenário internacional. Neste ano, a produção de soja, carro-chefe da agricultura brasileira, deve ultrapassar a barreira das 100 milhões de toneladas. A nova safra recorde vem apesar das irregularidades climáticas que assolaram seis Estados, incluindo os principais produtores: Mato Grosso e Paraná. Mesmo assim, o país deve produzir 101,2 milhões de toneladas de soja, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Com esse resultado e o crescente ganho de produtividade, o Brasil, que já é o maior exportador do grão caminha para ultrapassar a produção dos EUA nas próximas safras. [...] Além do investimento pesado em tecnologia e de políticas públicas de incentivo, como disponibilidade de crédito a taxas atrativas, houve também um importante crescimento em gestão das cooperativas agrícolas brasileiras. Mas os grandes números e cifras só ficaram possíveis graças ao boom das commodities nos últimos anos puxado pela demanda chinesa. [...] Indagações: A partir do texto, comentar sobre as questões de oferta e demanda no agronegócio, puxadas pelo aumento da produtividade (investimento em tecnologia) e aumento da demanda por parte da China. Comente com base no texto sobre as tendências ao equilíbrio no mercado do agronegócio. Pontos a serem abordados: O aluno deverá comentar a partir do texto sobre a importância da tecnologia no agronegócio como forma de aumentar a produtividade e tornar competitivos nossos produtos no mercado internacional, apesar dos gargalos em infra-estrutura. Em relação à tendência ao equilíbrio mostrar como as forças de mercado no agronegócio poderão levar a essa condição. Poderá ser consultado o site www.conab.gov.br. QUESTÕES PARA A AULA 1) Numa análise tradicional do Objetivo da Firma, o empresário busca: a) reduzir a possibilidade de crescimento da concorrência. b) ampliar sempre o tamanho de sua firma. c) maximizar o lucro total. d) explorar novos mercados. e) atingir a maior eficiência possível. 2) Na hipótese em que a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio, encontramos em uma situação de: a) escassez. b) excedente. c) excesso. d) deficiência. e) competitividade. 3) Numa situação em que a quantidade ofertada estiver acima do ponto de equilíbrio, irá conduzir: a) a um aumento dos preços ou redução na quantidade ofertada. b) a uma redução dos preços ou aumento na quantidade ofertada. c) a um aumento de preços ou na quantidade ofertada. d) a uma redução dos preços ou na quantidade ofertada. e) a uma situação inflacionária.
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