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1 Geannie Carla Damasceno 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - 13/05/22 Farmacogenômica terapia individualizada de fármacos Geannie Carla Damasceno¹ Tutor Externo² 1. INTRODUÇÃO Esta pesquisa cujo tema trata da farmacogenômica como terapia individual dos fármacos, vem nos trazer questionamentos com devidas respostas, que nos leva a entender o que seria a mesma, que no decorrer do trabalho nota-se que se pode identificar os fatores genéticos que explicam a variabilidade individual na resposta aos medicamentos. Dando seguimento no que se trata, nota-se a diferença entre a farmacogenética que trata de casos de mutações de gene único e sua interferência na resposta ao medicamento, enquanto a farmacogenômica trata de maneira muito mais ampla, levando em conta a dinâmica presente entre mutações de genes diferentes e suas ligações e utilizando de tecnologias de análise completa de genoma. Com base no tema que é a Farmacogenômica terapia individualizada de fármacos, que é uma maneira mais ampla de tratamento, pertencendo ao ramo da farmacologia, com base em genômica, responsável pelo estudo da resposta de pacientes em relação a medicamentos e tratamentos de doenças, devido a variação genética entre diferentes indivíduos e suas respostas a ação das drogas. No mais, a pesquisa segue com o objetivo de estudar e definir qual o tratamento mais indicado e reduzir os efeitos adversos do paciente no uso de medicamentos, focando na identificação de novos medicamentos, pois a farmacogenômica visa melhorar o tratamento e resposta a medicamentos através do estudo da variação genética. Para tanto a proposta do trabalho é sobre a farmacogenômica e que em alguns casos pode ser confundida ou tratada como a farmacogenética, que difere em vários pontos da primeira, mas que apresenta um objetivo parecido, o de garantir um tratamento, medicado ou não, aprimorado para o paciente. Observa-se que a farmacogenômica estuda como os genes herdados afetam a forma como o organismo humano processa e responde aos medicamentos, o que faz com que esses medicamentos se tornem mais ou menos eficazes e mais ou menos tóxicos. Então, entende-se que um medicamento pode agir de maneira diferente em dois pacientes, mesmo que tenha sido https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Farmacologia https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%B3mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Farmacogen%C3%A9tica 2 administrado para a mesma condição, pois cada um reage de acordo com suas condições de saúde, como exemplo, de alguns pacientes que podem apresentar efeitos colaterais importantes com determinada droga, enquanto outros não, mesmo quando recebem doses comparáveis do medicamento. Entretanto, existem alguns desafios no desenvolvimento e uso prático da farmacogenômica. Os testes são caros e não estão amplamente disponíveis, e muitas vezes os planos de saúde não cobrem os custos dos testes disponíveis. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com as pesquisas bibliográficas, o surgimento do assunto estudado ocorreu através de observações clínicas de diferenças hereditárias em efeitos de fármacos que foram documentadas pela primeira vez na década de 50, ocasionando no surgimento do campo de farmacogenética e, posteriormente, no de farmacogenômica. Seguindo esse pressuposto a citação da figura abaixo é um grande exemplo de esquema de medicamentos, onde verifica-se na figura a baixo uma grande massa de pessoas com o mesmo diagnóstico e mesma prescrição medica, porém nem todo medicamento que é passado para uma pessoa terá a mesma eficácia em outra pessoa, sendo benéfico ou pode ser tóxico, encontrando assim o contrário para outra, segue a baixo a figura 01: Figura 01- https://gens.tec.br/wp-content/uploads/2021/07/esquema-medicamentos- 1024x678.png https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Farmacogen%C3%A9tica 3 Para Mukherjee(2003, p.28(5) 317-47): A pesquisas farmacogenéticas e farmacogenômicas estão focadas na identificação de genes que predispõem às doenças, modulam respostas aos fármacos, afetam a farmacocinética e a farmacodinâmica de medicamentos e se associam às reações adversas (MUKHERJEE & TOPOL, 2003). No entanto, o resultado de uma terapia farmacológica para um mesmo diagnóstico varia intra e Inter populações: em alguns indivíduos é observado o efeito esperado a determinada dose, enquanto outros indivíduos parecem desenvolver respostas inadequadas como a ausência de efeitos benéficos ou o desenvolvimento de efeitos adversos (Pessoa et al., 2006; Suarez- Kurtz, 2004) A farmacogenômica se utiliza da genômica, ao invés da genética, para avaliar a resposta ao fármaco por parte dos pacientes, onde a mesma pode ser considerada uma área paralela a da farmacogenética, tal que sua história segue a da sua antecessora. Em 1950 a farmacogenética se tornou uma ciência reconhecida, e assim surgiram vários estudos que foram baseados em consequências das mutações de genes únicos, no entanto a resposta a medicação parece corresponder com a função alterada de diversos genes, então quando ocorre a expansão da genética em genômica o ramo da farmacogenômica surge paralelamente e segue os mesmos passos da farmacogenética. Para DIECKMANN, (2018) o termo Farmacogenética vem da junção das palavras "farmacologia" e "genética", criada em 1952 por Friedrich Vogel, que o definiu como uma resposta diferente a uma mesma droga ministrada em doses equivalentes aos pacientes (DIECKMANN et al., 2018). De acordo com Palmeira (2012), "sabe-se que falhas na resposta terapêutica a determinado medicamento ou o aparecimento de efeitos colaterais podem estar relacionados a variantes gênicas, chamadas de polimorfismo". Este novo ramo de estudo e pesquisa, a farmacogenômica, Adicionalmente, o emprego da farmacogenética diminuirá os custos e facilitará o desenvolvimento de novos fármacos pela indústria farmacêutica, uma vez que ao selecionar pacientes com perfis genéticos mais homogêneos, menor quantidade de testes será necessária para padronizar posologias e aprovar a comercialização dos medicamentos. Além disso, há a possibilidade de reavaliar fármacos anteriormente rejeitados por meio da revisão dos perfis dos pacientes testados e a possibilidade da entrada dos mesmos no mercado para atender a grupos específicos da população. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%B3mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Farmacogen%C3%A9tica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Farmacogen%C3%A9tica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%B3mica https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Farmacogen%C3%A9tica 4 Conforme a figura retirada de um site de pesquisa, observa-se a seguir fatos sobre automedicação, que a imagem mostra os medicamentos com suas reações adversas, com o efeito esperado e os medicamentos sem efeitos, nota-se o metabolismo de cada situação, observe a baixo a figura 02: Figura 02: Imagem disponível em http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=6105 A automedicação é o uso sem prescrição médica de fármacos comprados por conta própria, e é um problema de saúde pública no Brasil, que corresponde a 35% do uso de medicamentos no País. Já a prescrição empírica é a forma utilizada pelo médico para acertar o medicamento ao paciente, em um método de tentativa e erro, por isso, até acertar o medicamento certo para o paciente, ele pode passar por vários ajustes de prescrições e de doses. Isso é muito comum na prescrição de estatinas, anticoagulantes, anticonvulsivos e antidepressivos. De acordo com Palmeira (2012), "sabe-se que falhas na resposta terapêutica a determinado medicamento ou o aparecimento de efeitos colaterais podem estar relacionados a variantes gênicas,chamadas de polimorfismo". Este novo ramo de estudo e pesquisa, a farmacogenômica, tem como objetivos: – Estudar o efeito de medicamentos na expressão dos genes; http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=6105 5 – Descobrir novas drogas a partir de alvos genéticos; – Fornece aplicabilidade prática à clínica através de exames que possam oferecer um tratamento personalizado, individualizado para cada paciente. 3. METODOLOGIA A metodologia tem como base o estudo da farmacogenômica enfatizando o fato de como os genes herdados afetam a forma como o organismo humano processa e responde aos medicamentos, o que faz com que esses medicamentos se tornem mais ou menos eficazes e mais ou menos tóxicos. Para a determinação do sequenciamento genômico, qualquer célula nucleada do organismo pode ser utilizada, incluindo fragmentos de órgãos, saliva e amostras sanguíneas, desde que as amostras possuam ácidos nucleicos íntegros e livres de contaminação. Para a elaboração do trabalho se tem a pesquisa bibliográfica, que no qual a farmacogenômica oferece benefícios importantes, e no decorrer do texto será apontado para melhorar a segurança do paciente as reações graves a medicamentos que provocam inúmeras hospitalizações anualmente, onde esse estudo nos mostra que a farmacogenômica pode preveni- las identificando os pacientes em risco. Outros apontamentos são a melhora dos custos e a eficiência dos cuidados à saúde: a farmacogenômica pode ajudar a encontrar os medicamentos e doses adequados mais rapidamente. Seguindo essa linha de raciocínio segue a figura a baixo com a imagem de pacientes como o mesmo diagnóstico, pois, como forma de metodologia par a aplicação deste trabalho, será dado ênfase nessa terapia que muitas vezes foi eficaz para uma pessoa, mas não teve a mesma eficiência para outra, onde existem pacientes que obtiveram ação positiva e em outros o aparecimento de reação adversas. No mais, conforme o gráfico 01: Gráfico01:https://www.scielo.br/j/abc/a/r6yrxDmBYVqrfyPPjK5DBtc/? Lang=pt 6 A elaboração deste trabalho visa o estudo bibliográfico, então tudo isso está relacionado com a farmacogenética (ou farmacogenômica), que é a área que estuda as variações genéticas relacionadas com as repostas individuais quanto ao uso de medicamentos. Para tanto, diante de todas as citações já mencionadas, essa área ainda está em desenvolvimento. Como forma de pesquisa, são necessários estudos e pesquisas para comprovação da validade clínica de um exame farmacogenético, por meio da obtenção de resultados úteis e consideráveis, onde todos os órgãos competentes deverão atuarem de maneira conjunta. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Como o trabalho é bibliográfico, nota-se algumas teorias sobre o tema, onde serve de base para ajudar no aprendizado sobre a Farmacogenômica terapia individualizada de fármacos, com alguns exemplos de testes farmacogenômicos no tratamento do câncer como o irinotecano que é um quimioterápico geralmente utilizado para o tratamento do câncer colorretal. No mais, com esses exemplos acima, como resultados e discussões, considera-se várias questões, e umas delas é que além da relação paciente e fármaco existe também a relação fármaco e fármaco, no qual a ação de um pode afetar a eficácia do outro. Normalmente os estudos focam na relação paciente e droga, deixando de lado ações como a inativação ou diminuição de um receptor, causada por um medicamento, que seria necessário para a absorção de um segundo fármaco, este que então tem sua função reduzida ou anulada. Essas relações não são exclusivas dos receptores, podendo ocorrer também em transportadores, enzimas metabolizadoras, além dos alvos e do ambiente em que a droga atua, sendo assim uma importante área de pesquisa, mas que pode ser suprimida pela pesquisa dos fármacos adequados e de médicos que tenham conhecimento prévio dessas relações. Para tanto, compreende-se que um medicamento indicado para uma pessoa nem sempre pode ser eficaz para outra que sofra da mesma doença. O que tem efeito positivo em um paciente pode desencadear reações indesejáveis em outro. Para cada paciente pode haver um ambiente específico para recepção de medicamentos, do qual pode ocorrer uma absorção moderada, rápida ou lenta, a presença de um efeito aumentado (o qual pode levar a efeitos adversos) ou a ausência de qualquer efeito, ainda com a possibilidade do surgimento de uma nova patogenia ou até mesmo a intensificação da atual. https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_adverso https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Patog%C3%A9nese 7 A evolução dessa área de pesquisa causa a redução da "tentativa e erro" durante um tratamento, ou seja, o reconhecimento da eficácia e toxicidade de um medicamente ou teste somente após a exposição do paciente à tal, podendo afetar seu estado de saúde, o surgimento de novos medicamentos, devido ao estudo das regiões codificadoras e a dinâmica envolvida entre esses lócus, e a formação de uma medicina personalizada, em que os pacientes são divididos em grupos de acordo com suas respostas a droga ou até mesmo um tratamento baseado em seu genoma. Então eis a questão, a chave dos questionamentos, na qual a pessoa não tenha parado para pensar, mas o seu DNA possui a resposta que você e seu médico precisam para encontrar um tratamento mais assertivo. Com o Teste Farmacogenético da GnTech, o seu DNA será analisado pelas tecnologias mais avançadas do mercado, que irão determinar uma tendência de comportamento dos medicamentos no seu organismo, podendo melhorar os resultados do seu tratamento mais rapidamente e diminuir os riscos de efeitos colaterais. Dando ênfase, em um futuro não muito remoto, todo clínico terá de ter conhecimentos de farmacogenômica para poder prescrever as drogas ideais para seus pacientes, surgindo discussões como quem terá acesso a esses dados? O paciente, o médico, o hospital, o governo, as companhias farmacêuticas, as companhias privadas de seguro médico? Quem pagará por tal tratamento? As companhias de seguro podem usar motivos farmacogenômicos para bloquear o reembolso de certos tratamentos, dizendo que não são recomendados pela análise de genótipo. Trabalhos publicados em revistas científicas mostram que umas certas percentagens de pessoas com um polimorfismo específico não se deram bem com aquela droga. O paciente teve seu genótipo testado, confirmou possuir o tal poliformismo e agora processa a companhia farmacêutica que não registrou na bula uma contraindicação farmacogenômica. Como se pode ver, a farmacogenômica e a individualização de tratamento farmacológico não serão só um avanço científico e clínico, haverá certamente uma imensa revolução na prática da medicina e também em suas consequências econômicas, sociais e legais. Quem nunca ouviu a indicação, de um amigo ou parente, de um remédio milagroso que para ele foi “tiro e queda”, a solução de todos os problemas? Quem não conseguiu se adaptar a um medicamento referência, aquele famoso de marca, mas que para você não deu certo? Por que para a minha dor de cabeça é melhor o paracetamol e para a sua o ácido acetilsalicílico? Essas questões, chamadas de variabilidade individual de resposta, dão origem aos muitos problemas da automedicação e da prescrição empírica, e causam inúmeras intoxicações medicamentosas todos os anos. 8 REFERÊNCIAS DIECKMANN, L.H. J.; PRADO, C. M.; DIECKMANN, P. M. Farmacogenética na Psiquiatria: entendendo os princípios e a aplicabilidade clínica. 1ª ed. Rio de Janeiro: Editora DOC, 2018, 248p. https://cientistasfeministas.wordpress.com/tag/terapia-individualizada/acesso em 12/05/2022. https://gens.tec.br/o-que-e-farmacogenetica/acesso em 11/05/2022. Gráfico01:https://www.scielo.br/j/abc/a/r6yrxDmBYVqrfyPPjK5DBtc/? Lang=pt. Acesso em 31/05/2022.MUKHERJEE D.Topol E J. Pharmacogenomics in cardiovascular diseases. Curr Probl Cardiol. 2003, p.28(5)317-47. PALMEIRA, L. Farmacogenética: medicina personalizada. 2012. Disponível em: http://leonardopalmeira.com.br/website/farmacogenetica-medicina-personalizada/. Acesso em:29/04//2022. Suarez-Kurtz, G. (2004). Farmacogenética nos medicamentos. Ciência hoje, 35 (208), 20-27. https://cientistasfeministas.wordpress.com/tag/terapia-individualizada/acesso https://gens.tec.br/o-que-e-farmacogenetica/acesso%20em%2011/05/2022 Geannie Carla Damasceno¹ 1. INTRODUÇÃO 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3. METODOLOGIA 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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