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Metadoxil: o “inimigo” da lei 11.705 O metadoxil é um medicamento utilizado para alterações do fígado que são causadas pela ingestão excessiva de bebida alcoólica. Depois da disseminação da informação de uma farmácia que, segundo a bula, a medicação acelera o metabolismo do álcool, associaram isso com a suposta capacidade de que o metadoxil tem de mascarar o álcool no teste do bafômetro. Essa informação estava sendo divulgada através de propagandas enganosas estampadas no estabelecimento e o farmacêutico responsável orientava os clientes a comprar a medicação se caso fossem beber e dirigir. Além disso, o metadoxil necessita de prescrição médica para ser dispensado por ser de tarja vermelha e sua venda estava sendo realizada sem receita. Segundo o Código de Ética da Profissão, o farmacêutico deve orientar o cliente ao uso racional do medicamento visando sua segurança e uso para qual ele é destinado, e respeitar a vida, jamais cooperando com atos que intencionalmente atentem contra ela ou que coloquem em risco a integridade de qualquer ser vivo ou da coletividade. O uso do medicamento indiscriminado pode apresentar riscos à saúde tanto para quem está utilizando com a finalidade de mascarar a lei tanto para quem está no trânsito, pois provavelmente o usuário estará dirigindo embriagado podendo provocar um acidente. É de suma importância, o profissional da farmácia alertar o paciente sobre os problemas de saúde decorrentes do uso irracional de medicamentos no atendimento breve para que ele se conscientize com o propósito de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida. Como também, identificar, avaliar e intervir nas interações medicamentosas indesejadas e clinicamente significativas, devido que o uso combinado do Metadoxil com outro medicamento não é recomendado. A ação de propaganda enganosa, ao oferecer um produto ao consumidor de forma contrária à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), contendo afirmações que não são comprovadas cientificamente estampas no estabelecimento favoreceu a procura pela compra do medicamento para seu uso indevido, e também para a venda sem prescrição médica. A receita médica controla a compra adequada do remédio, como também identifica para qual condição ele vai ser utilizado. Após o conhecimento da população sobre a informação falsa, a procura aumentou e com isso algumas farmácias dispensaram sem exigir a receita visando apenas o lucro, não pensando no uso racional de medicamentos. A venda de um medicamento sem prescrição médica caracteriza infração sanitária, e o profissional responsável pode responder a um processo administrativo perante o CRF do seu estado. A irregularidade praticada na área precisa ser identificada, pois ações contrárias que não vão de acordo com a ética profissional prejudica àqueles que buscam o reconhecimento e valorização do profissional farmacêutico. O Laboratório Baldacci, fabricante do Metadoxil, reforçou seu uso correto informando que o medicamento é indicado para tratamento de situações clínicas específicas e seu efeito não anula a concentração do álcool ingerido no sangue ou no ar exalado. E também, foi totalmente contra as informações incorretas que estavam sendo divulgadas. Todas as atividades realizadas pelo farmacêutico e a farmácia foram contra o código de ética e de conduta da categoria profissional. Dessa forma, qualquer irregularidade no exercício profissional deve ser notificada ao CRF para que seja feita a abertura de um processo ético, e assim a pena de advertência será aplicada.
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