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Resumo por Letícia Tenório Processos Patológicos Importante: Esses resumos são de autoria própria, feitos para estudo pessoal através de anotações referentes às aulas presenciais, pesquisas, artigos, livros didáticos e mais! Ressalto que, dessa forma, não possuem nenhuma correção profissional sujeito a erros ortográficos e de literatura. ATENÇÃO! Este conteúdo destina-se exclusivamente a exibição privada. É proibida toda forma de reprodução, distribuição ou comercialização do conteúdo. A violação de direitos sobre este documento é crime (art. 184 do código penal brasileiro, com pena de 3 meses a 4 anos de reclusão ou multa) Reparação Tecidual É o processo de cura de lesões teciduais ▪ Pode ocorrer por: ▪ Regeneração – tecido morto substituído por outro morfofuncionalmente idêntico. (Não deixa marcas) ▪ Cicatrização – tecido neoformado, originado do estroma (conjuntivo ou glia), substitui o tecido perdido o Não produz mesma função e desempenho do tecido anterior Regeneração Substituição de células perdidas por células semelhantes, estrutural e funcionalmente completa. A regeneração depende da nobreza (poder de divisão) das células: ▪ Células lábeis – células em constante renovação o As células perdidas são repostas o Ex.: epitélios, pele, mucosas, ductos e tecido hematopoiéticos o Células-tronco são constituintes de tecidos lábeis ▪ Células estáveis – células em atividade replicativa mínima o Em resposta a um estímulo, lesão ou perda de tecido o Ex.: células parenquimatosas (fígado, rim, pâncreas), tecido ósseo e cartilaginoso ▪ Células Perenes ou Permanentes – células que não se renovam o Sem características proliferativas o Ex.: sistema nervosos, músculo estriado esquelético, músculo cardíaco Fatores que afetam a velocidade de regeneração: ▪ Principalmente a genética, mas também está relacionado com o modo de vida ▪ Ex.: nem todas as pessoas que fumam possuem câncer, as que possuem é devido a genética. Alguns fatores relacionados ao modo de vida podem provocar a situação, mas a genética quem define. Controle de Proliferação ▪ As células se comunicam para saber o momento certo para Apoptose (morte celular fisiológica e programada), proliferação, diferenciação (célula se diferencia para ficar igual a célula que irá substituir) e proliferação Mecanismos de sinalização celular ▪ Autócrina – célula com ela mesma o Célula envia sinais para seus próprios receptores ▪ Parácrina – célula com célula ao lado o Célula envia sinal para células ao lado ▪ Endócrina – relacionada com hormônios (glândulas) o Secreção de glândula endócrina transmitida ao corpo pela circulação sanguínea Ferida Ruptura da estrutura anatômica e funcional dos tecidos por trauma mecânico, físico ou químico. ▪ Pode ser reparada por cicatrização ou regeneração Anotações Oncogênese – genes que estimulam as células a se proliferarem Genes supressores de tumor = equilibra a proliferação de células (“freia” a proliferação) Tumor ou câncer = perca do equilíbrio / proliferação exacerbada de células Psoríase – excesso de proliferação de células do epitélio Causa prurido e vermelhidão Matriz Extracelular Preenche os espaços entre células, promove suporte mecânico, controla o crescimento celular e diferenciação. Composta por: ▪ Colágeno – principal proteína da MEC; a síntese de colágeno reduzida ou anormal resulta na falência da cicatrização e o excesso provoca fibrose ▪ Elastina – permite que os tecidos se curvem, estirem e contraiam; principal componente das fibras elásticas ▪ Glicoproteínas – atuam como mediadores entre células e a MEC ▪ Glicosaminoglicanos e Proteoglicanos – promove ou inibe motilidade ou aderências celulares; podem proporcionar sinais para organização de fibras de tecido conjuntivo; modulam a disponibilidade e as ações de fatores de crescimento. ▪ O processo de reparo depende também das interações celulares e da matriz extracelular (MEC) Cicatrização Processo pelo qual o tecido lesado é substituído por tecido conjuntivo vascularizado Como ocorre a cicatrização: 1° - Fase inflamatória (48 a 72 horas) Instalação de reação inflamatória – intenção de eliminar o agente nocivo, remover tecido lesionado e estimular deposição de componentes da MEC ▪ Há o aumento da permeabilidade dos vasos – iniciando a migração celular ▪ Neutrófilos chegam à lesão – ingerem e destroem bactérias ▪ Macrófagos – fagocitam detritos e bactérias mortas; liberam quimioatraentes para chegada posterior de outras células 2° - Fase proliferativa (1 a 14 dias) ▪ Proliferação de fibroblastos – produção de fibras no tecido conjuntivo (vai preencher a área lesada) ▪ Proliferação de endotélio – epitélio que reveste vasos sanguíneos ▪ Angiogênese – formação de novos vasos sanguíneos ▪ Formação de tecido de granulação – tecido rosado, liso e granular que se caracteriza pela formação de novos vasos e multiplicação de fibroblastos ▪ Síntese da matriz extracelular e Deposição de colágeno, formando a cicatriz 3° - Fase de maturação / remodelamento (6 meses a 1 ano) ▪ Processo de equilíbrio entre síntese e degradação da matriz extracelular ▪ Deposição de colágeno de forma organizada ▪ Há redução do volume da cicatriz (alguns casos podem não ocorrer como o queloide) Principais mecanismos da Cicatrização: ▪ Angiogênese – células endoteliais formando novos vasos sanguíneos ▪ Fibroplasia – migração e proliferação de fibroblastos ▪ Remodelação – organiza a cicatriz devido a grande de proliferação celular e à desorganização na produção de matriz extracelular. Fatores Locais que interferem na Cicatrização: ▪ Isquemia local ▪ Infecções e corpos estranhos ▪ Temperatura local ▪ Baixa perfusão tecidual ▪ Irradiação Fatores Locais que interferem na Cicatrização: ▪ Diabetes ▪ Hipotireoidismo ▪ Desnutrição ▪ Neutropenia e Neutropatias ▪ Senilidade ▪ Corticosteróides ▪ Quimioterápicos ▪ Tabagismo Tipos de cicatrizes ▪ Atrófica – não atinge o trofismo fisiológico, fica funda ▪ Hipertrófica – ideal, mesmo nível do tecido normal, produção normal de colágeno ▪ Queloide – exagerada produção de colágeno, ultrapassa o limite da pele. Cicatrização Por 1° Intenção Ferimento com margens opostas em que o espaço incisional é estreito ▪ Geralmente ferida limpa, com bordas próximas, linear, mais comum sem contaminação. ▪ Ex.: feridas por incisões cirúrgicas Como Ocorre: ▪ 24h – neutrófilos movem-se em direção ao coágulo ▪ 24 a 48h – células epiteliais movem-se para fechar ferida ▪ 3° dia – início da formação do tecido de granulação com o surgimento de macrófagos no local ▪ 5°dia – ponto máximo da neovascularização, colágeno mais abundante, epiderme recupera espessura normal e ocorre diferenciação das células epidérmicas ▪ 2° semana - aumento do colágeno, proliferação dos fibroblastos e regressão dos vasos ▪ 1 mês – cicatriz coberta por pele intacta, porém não ocorre regeneração dos anexos dérmicos Cicatrização Por 2° Intenção Ocorre quando há uma grande perda de células e tecidos, deixando as margens separadas ▪ Processo mais complicado, pois não pode restaurar totalmente a arquitetura original. A inflamação é mais intensa e ocorre um fenômeno de contração. Como ocorre ▪ Há perda do tecido com grande dimensão, ocorre o preenchimento por fibrinas ▪ Novos vasos sanguíneos e fibroblastos crescem substituindo a fibrina ▪ Colágeno é depositado pelos fibroblastos e restaura a integridade dos tecidos ▪ Maturação de colágeno que adquire integridade estrutural e permite o novo crescimento da epiderme Cuidados Com A Ferida Pré-Operatório ▪ Combater fatores que interferem na cicatrização ▪ Evitar quimioterapia e radioterapia ▪ Vitamina A e C ▪ Interromper AINES ▪ Controlarinfecções ▪ Tricotomia – depilação dos pelos ▪ Banho pré-operatório Pós-Operatório ▪ Oxigenação tecidual, oxigenoterapia hiperbárica ▪ Suporte nutricional ▪ Controle de HAS (Hipertensão arterial sistêmica) e Diabetes ▪ Radioterapia e quimioterapia após 20 dias ▪ Retirada dos pontos Fibrose Formação ou desenvolvimento de tecido conjuntivo em determinado órgão ou tecido como parte do processo de cicatrização Infarto do Miocárdio Como ocorre: ▪ Obstrução das Arteríolas o Pode ser por vários motivos como por lipídios, ateromas etc. o Promove falta de suprimento – oxigênio e nutrientes ▪ Promove hipóxia e então anoxia o As células entram em colapso – primeiro perdem o núcleo ▪ Células começam a morrer por necrose ▪ Macrófagos irão migrar para a área lesada com o intuito de limpar ▪ Tecido conjuntivo começa reparar preenchendo a área lesada o Células não são regeneradas - há perca de função nessa área lesada Infarto ▪ Se a área lesada for pequena – ocorre a fibrose (substituição do tecido lesionado por tecido conjuntivo) ▪ Se a área lesada for grande – ocorre o infarto e comum morte (no infarto do miocárdio) Fibrose Renal ▪ Ocorre obstrução no parênquima renal (glomérulos – responsáveis pela filtração) ▪ Maioria das vezes promove fibrose, pois enquanto esse se recupera o outro rim está fazendo a função. Características: ▪ Vacuolização dos túbulos renais ▪ Ocorre descaracterização dos glomérulos Anotações Infarto Fulminante – necrose de grande parte do órgão ocorre de repente Infiltrado Inflamatório – células sanguíneas (linfócitos) presente na área lesada Fibrose Hepática ▪ Excessivo acúmulo de tecido conjuntivo no fígado ▪ Ocorre em resposta à lesão celular hepática crônica e repetitiva o Pois se for uma lesão só, o fígado tem poder regenerativo Fibrose Pulmonar ▪ Há perca de troca gasosa Neoplasia Proliferação descontrolada local de clones celulares atípicos sem causa aparente Ciclo celular ▪ Todas as células estão fazendo esse ciclo ▪ Ciclo celular acelerado pode provocar divisões descontroladas ▪ Genes Oncogenes – genes que ativam proliferação celular Genes supressores de tumor – controla a divisão celular Esses genes fazem o equilíbrio da divisão celular. Erros nesses genes podem causar proliferação celular anormal Ciclo Celular ▪ Interfase – momento que as células não estão se dividindo, estão se preparando para se dividir (intensa atividade metabólica) Composta pelas fases G1, S e G2 ▪ Fase G0 – não faz ciclo celular, célula permanece indefinidamente na interfase. Comum em células mais especializadas. Ex.: musculatura estriada cardíaca, neurônios. ▪ Mitose - formação de duas células-filhas idênticas à célula parental ▪ Meiose - formação de quatro células-filhas com a metade do número de cromossomos da célula- mãe. Características: ▪ Progressividade = Crescimento tecidual excessivo, progressivo, ilimitado, incoordenado ▪ Independência = autonomia (não precisa de comando do organismo ou neurológico) ▪ Irreversibilidade = persiste mesmo que retire os estímulos ▪ Tendência a perda de diferenciação celular Outras Características: ▪ Correlação inversa entre reprodução e diferenciação Quanto maior a reprodução, menor diferenciação ▪ Células neoplásicas sofrem alterações e conseguem evitar a apoptose ▪ Pode ser provocado por fatores genéticos, fatores epigenéticos (alterações no DNA) e fatores ambientais Anotações Quimioterapia (tratamento através de substâncias químicas) e Radioterapia (radiação não ionizante e controlada) – atinge células saudáveis e células neoplásicas, uma vez que essas células não possuem diferenças das células saudáveis – motivo pelas pessoas que estão em tratamento sofrem tantos efeitos colaterais Diferenciação ▪ Capacidade da célula de se multiplicar e se diferenciar nas células originais, ou seja, ficar igual as células de origem. ▪ Célula bem diferenciada é as que mantiveram formato e função das células de origem ▪ Células pouco diferenciadas ou não diferenciadas – mudam o formato, função etc das células Formação e Desenvolvimento de Neoplasias Originam-se de células normais que sofreram mutação genica e alterações epigenéticas Genes alvos de mutações no câncer são os que: ▪ Estimulam multiplicação celular ▪ Inibem proliferação celular ▪ Regulam apoptose ▪ Regulam reparo do DNA ▪ Regulam metilação e acetilação de DNA Quando esses genes são mutados causam: ▪ maior sobrevivência celular ▪ redução de apoptose ▪ crescimento autônomo ▪ maior capacidade de multiplicação e menor diferenciação Célula Normal Divisão Celular Célula Normal Mutações gênicas Divisão de células cancerígenas Fatores ▪ Certos agentes químicos e físicos podem facilitar os surgimentos de tumores – mas o indivíduo deve ser geneticamente suscetível Fatores ambientais que podem aumentar as chances de câncer (se suscetível geneticamente) ▪ Vírus HPV e Hepatite B ▪ Químicos Amianto, cigarro, fungos, nitrosaminas presentes em alimentos ▪ Radiação ultravioleta ▪ Radiação ionizantes Diagnostico ▪ Biopsia ▪ imuno-histoquímica ▪ técnicas de biologia molecular Classificação ▪ Pelo comportamento clínico – maligno e benigno ▪ Pelo aspecto microscópico ▪ Pela origem da neoplasia ▪ Tumor ≠ Câncer Tumor – qualquer lesão que aumenta de volume, pode ser uma inflamação localizado Câncer – qualquer neoplasia maligna Tumor Benigno Características: ▪ Células crescem de maneira lenta e localizada, circunscrita (dentro de uma área só) Crescem unidas entre si, circunscrita por uma cápsula fibrosa ▪ Não formam zona de necrose e hemorragias são incomuns ▪ Não infiltram em tecidos vizinhos Pode haver migração somente em caso de lesão ou rompimento ▪ Não são letais nem causam transtornos ▪ Podem evoluir despercebidas por muito tempo ▪ Células bem diferenciadas = não são tão diferentes do tecido original ▪ Tratamento = acompanhamento médico, cirurgia Consequências: ▪ Compressão de órgãos e vasos, produção de excesso de alguma substância, obstrução de ductos e vasos ▪ Tumores pancreáticos secretores de insulina – pode causar hipoglicemia fatal ▪ Gliomas localizados em regiões profundas do encéfalo – difícil remoção, pode levar compressão, necrose de regiões vitais e morte Tumor Maligno ▪ Crescimento e multiplicação muito acelerados, fora de controle do organismo ▪ Tumores malignos são menos diferenciados e tem ritmo de crescimento mais rápido ▪ Infiltram tecidos vizinhos (se expande para os tecidos vizinhos) ▪ Induzem angiogênese (formação de vasos sanguíneos) – garantir suprimento durante a fase de crescimento (autonomia) ▪ Sofrem metástase, provocando perturbações homeostática que podem levar a morte ▪ Tratamento – radioterapia, quimioterapia, cirurgia, transplante Malignidade ▪ Grau 1 bem diferenciado ▪ Grau 2 – moderadamente diferenciado ▪ Grau 3 pouco diferenciado ▪ Grau 4 – não diferenciado Estágios da Neoplasia ▪ 0 – Remoção cirúrgica ▪ 1 – Localizado - remoção cirúrgica ▪ 2 – Localizado – avanço inicial ▪ 3 – Localizado – avanço tardio ▪ 4 - Metastizado Células Malignas Bioquímicas ▪ Captam mais aminoácidos ▪ Realizam mais glicólise – produzem muito ATP para suportar a rápida multiplicação (suportam hipóxia) ▪ Consomem muita glicose Esse consumo permite rastrear a localização do tumor ▪ Características de células embrionárias ▪ Proliferação e metabolismo rápido Adesividade Reduzida adesividade entre as células, devido: ▪ Irregularidade na membrana ▪ Diminuição de estruturas juncionais ▪ Redução de moléculas de adesão▪ Redução da adesão ao interstício ▪ Facilita a metástase e infiltração Motilidade (movimento) ▪ Devido menor adesividade e a modificação da estrutura, as células podem infiltrar os tecidos adjacentes ▪ Ocorre uma disseminação e no novo local podem originar novas colônias tumorais ▪ Células de tumores benignos não possuem grande motilidade por serem fixas entre elas Propagação e disseminação de Neoplasias ▪ Principal via de disseminação = via linfática ▪ Infiltração ▪ A disseminação para tecidos adjacentes podem ser localmente invasivos, mas não originar metástases Metástase ▪ Mudança de lugar; formação de nova lesão tumoral a partir de uma primeira sem continuidade entre as duas Como ocorre: 1 - Destacamento das células da massa tumoral 2 - Deslocamento para matriz extracelular 3 - Invasão de vasos linfáticos (principalmente) e vasos sanguíneos 4 - Adesão ao endotélio do vaso no órgão alvo 5 - Passagem do vaso para o tecido 6 - Proliferação no tecido alvo Via linfática – principal via ▪ Linfonodo sentinela – 1° sítio que recebe a drenagem linfática proveniente do câncer de mama ▪ Linfonodos hipertrofiados = inchados, aumentados de volume – sinal de câncer etc. O aumento pode significar infecções também, nem sempre é câncer Via sanguínea ▪ As células que penetram essa via podem ir a qualquer parte do corpo, mas 99% das células tumorais na circulação morrem Anotações Por que câncer volta após quimio ou rádio? Não houve eliminação total das células ou já havia ocorrido metástase Células Anaplásicas = células completamente indiferenciadas Papa Nicolau – raspagem das células da mucosa do epitélio do canal vaginal – preventivo feminino Nomenclatura Nome da célula, tecido ou órgão + sufixo ▪ Sufixo -oma = qualquer neoplasia, principalmente benigna Condroma – tumor benigno de cartilagem ▪ Sufixo -sarcoma = neoplasia maligna de células de origem mesenquimal (tecido conjuntivo) Ex.: osso, cartilagem, gordura, musculo, vascular ▪ Carcinoma = neoplasia maligna de tecido de epitélio de revestimento Ex.: carcinoma basocelular da pele – tumor de células epiteliais de revestimento da pele ▪ Adenocarcinoma = neoplasia maligna de tecido de epitélio glandular Ex.: Adenocarcinoma do endométrio Prevenção ▪ Não fumar ▪ Evitar ingestão de bebidas alcoólicas ▪ Alimentação saudável ▪ Atividades físicas diariamente, peso corporal adequado ▪ Evitar exposição solar sem proteção Epidemiologia HOMENS BENIGNO ≠ MALIGNO NOMENCLATURAS Distúrbios Hemodinâmicos São processos patológicos relacionados ao sistema circulatório Sistema Circulatório Sistema Vascular Sanguíneo ▪ Grande circulação – mais propicio a distúrbios hemodinâmicos por ser composta por mais órgãos que a pequena circulação ▪ Pequena circulação ▪ Sangue – composta por: elementos figurados: hemácias, plaquetas, leucócitos Plasma (principal componente) = água, proteínas plasmáticas etc. Anotações Ventrículo esquerdo – possui parede mais calibrosa, pois precisa de uma musculatura mais forte para ejetar o sangue para a grande circulação. Esse sangue, então, é pressurizado (↑ pressão). Sistema Linfático ▪ Transportam linfa de forma lenta e com baixa pressão pelos vasos linfáticos (linfonodos) ▪ Relacionado à defesa – devido presença de linfócitos e células de defesa ▪ Drenagem de excessos da circulação, de substâncias nocivas ao organismo ▪ Linfonodos Filtram a linfa antes dela retornar ao sangue Gânglio linfático hipertrofiado = aumento de volume do linfonodo devido uma inflamação próxima. ▪ Linfa Líquido esbranquiçado (não possui hemácias), responsável pela eliminação das impurezas Hemostasia Manutenção da fluidez sanguínea pelos vasos ▪ Prevenção da perda de sangue ▪ Controle de hemorragias ▪ Dissolução dos coágulos Vasos Sanguíneos ▪ Leito capilar – local de troca de O2 e CO2 ▪ Artéria - libera O2, nutriente, hormônios para células ▪ Veia - recebe CO2 das células Pressão Sanguínea ▪ Hidrostática – pressão que o plasma exerce sobre a parede do vaso ▪ Osmótica ou Coloide plasmática – pressão que as células exercem para que o líquido retorne para as veias A perca dessa hemostasia causa distúrbios hemodinâmicos como: Edemas ▪ Hiperemia ativa – bloqueio da luz arterial, aumento da pressão hidrostática e do fluxo = plasma vai ficar preso no interstício Pode haver aumento da temperatura ▪ Hiperemia passiva – bloqueio na passagem para veia, falta de drenagem = plasma preso no interstício Temperatura pode ficar estável ou até diminuir O organismo vai sempre buscar a hemostasia, por exemplo quando ocorre um sangramento: ▪ Hemostasia primária – estancar o sangramento: as plaquetas (fragmentos celulares) formarão um tampão plaquetário ▪ Hemostasia Secundária – evitar ressangramento – ação dos fatores da cascata de coagulação para formação de rede de fibrinas Distúrbios Hemodinâmicos Distúrbios que afetam de alguma maneira a circulação sanguínea do indivíduo, levando-o a um quadro patogênico Infarto ▪ Obstrução da luz dos vasos, em geral por trombos ou êmbolos, causando hipóxia e anoxia – promovendo necrose (infarto). ▪ Dependendo do local infartado ocorre fibrose (tecido conjuntivo preenche a área lesada) ▪ Infartos pálido – bem delineado e amarelo-claro. Ex.: típicos do coração, rins e baço ▪ Infartos vermelhos – ocorre sangramento na área necrótica a partir de artérias ou veias adjacentes Ex.: típicos de intestino delgado e cerebro Edema ▪ Extravasamento de líquidos para o interstício ▪ Hidrotórax (cavidade pleural), Ascite (cavidade peritoneal), Hidropericárdio (pericárdio) e anasarca (edema generalizado grave) Hiperemia ▪ Excesso de sangue nos capilares e pequenos vasos de um órgão (aumento do volume de sangue) ▪ Não há extravasamento de sangue Hiperemia ativa ▪ Aumento do suprimento de sangue arterial, ▪ Excesso de fluxo ▪ Ex.: Aumento da demanda funcional do coração e dos músculos durante exercícios físicos; ▪ Ex.²: Inflamações Hiperemia passiva ▪ Impedimento da saída de sangue por via venosa ▪ Falta de drenagem (sangue precisa ser drenado, mas fica represado dando a hiperemia) ▪ Ex.: congestão ▪ Pode ser: Aguda – acúmulo de transudato nos tecidos (edema intersticial) devido ingurgitamento venoso Crônica – em geral, deve-se pela insuficiência cardíaca esquerda causa fluxo lento para os órgãos, pouco sangue chegando às extremidades podendo causar hipóxia. Hiperemia no Tecido Adiposo Hemorragia ▪ Extravasamento de sangue da circulação para os tecidos vizinhos ou para o exterior do corpo ▪ Causas: traumatismos, procedimentos cirúrgicos, aterosclerose, ruptura de aneurisma, infecção ou erosão das paredes dos vasos por neoplasias Tipos de Hemorragias Internas ▪ Hemotórax – hemorragia interna na cavidade do tórax ▪ Hemopericárdio – na cavidade mediastina onde fica localizado o coração ▪ Hemoperitônio – cavidade peritoneal ▪ Hemartrose – na articulação ▪ Púrpura – manchas superficiais espalhadas causada por hemorragia generalizada na área ▪ Equimose – rompimento de vasos sanguíneos superficiais, sem formação de edema ▪ Veias – vasos mais superficiais que artérias e de cor azulada, arroxeada devido falta de O2 ▪ Petéquias - hemorragias puntiformes e planas (forma de pontos), rompimento de capilares ou arteríolas ▪ Hematoma – rompimento de vasos sanguíneos profundos causando extravasamento de sangue em excesso formando edema 1 – Hiperemia Ativa É uma artéria devido a espessura da parede do vaso ser mais calibrosa, pois precisa suportar mais pressão 2 - Hiperemia Passiva É uma veia Serosa - tecido conjuntivo que envolve o apêndiceHiperemia passiva - veia Aumento da entrada fluxo de saída diminuído Trombose ▪ Formação de um trombo na parede de um vaso bloqueando a luz ▪ Pode ser formado por uma alteração plaquetária, que produz coágulos e acaba bloqueando a luz do vaso sanguíneo, por exemplo. Nomenclaturas e diferenças ▪ Trombo - agregado sanguíneo com plaquetas, fibrinas e elementos celulares que se adere ao endotélio vascular (reveste o vaso sanguíneo) ▪ Coágulo – reflete do resultado da cascata de coagulação ▪ Embolo – o trombo quando se solta do vaso e começa a correr dentro do vaso, quando esse parar em um vaso de menor calibre pode causar embolia Trombose no Sistema Arterial ▪ Em geral, deve-se a aterosclerose (bloqueio da luz dos vasos por um ateroma – ex. placa de gordura) ▪ O trombo diminui a luz do vaso ▪ Ocorre frequentemente em artérias coronárias, cerebrais, mesentéricas e renais ▪ A trombose no sistema arterial pode: Sofrer lise por atividade fibrinolítica Aumentar de tamanho – bloqueando mais ainda a luz Ser invadido por tecido conjuntivo e torna-se mais firme – mais difícil de ser deslocado Deslocar-se e alojar-se em vaso mais distante – causando embolização ▪ Quando os trombos ocluem artérias com frequência provocam necrose isquêmica = infarto Tríade de Virchow Quando ocorre lesão endotelial, hipercoagulabilidade e diminuição do fluxo sanguíneo Trombose no coração ▪ Trombo murais – trombo está na parede do vaso Principalmente no endocárdio do átrio direito e no ventrículo esquerdo Associado a infarto do miocárdio, fibrilação atrial ou miocardiopatia ▪ Valvulares = Principalmente na aórtica e na mitral Trombose no sistema venoso ▪ A mais comum é a trombose venosa profunda ocorrida nas veias profundas das pernas devido a dificuldade do retorno venoso ▪ Podem contribuir para o desenvolvimento: estase (estagnação do sangue ou da linfa), lesão, hipercoagulabilidade, idade avançada e doença falciforme Embolia ▪ Passagem de material capaz de se alojar em um vaso sanguíneo e obstruir sua luz ▪ A maior parte dos êmbolos tem origem em um trombo (trombo-êmbolo) ▪ Embolia gasosa – ar = bolhas de ar podem obstruir o fluxo sanguíneo e provocar isquemia Ex.: quando os mergulhadores descem até uma profundidade submarina, se a subida for muito rápida forma-se bolhar de gás no sangue e nos tecidos, obstruindo o fluxo sanguíneo e lesando células ▪ Embolia gordurosa – êmbolos de medula óssea Liberação de êmbolos de medula óssea gordurosa no interior de vasos sanguíneos lesados após traumatismo grave em tecido que contém gordura, particularmente fratura de ossos longos Isquemia ▪ Redução ou falta de suprimento sanguíneo em determinado órgão ou estrutura – depende do grau de obstrução Choque ▪ Falha do sistema circulatório em manter um suprimento sanguíneo apropriado à microcirculação, com decorrente perfusão inadequada de órgãos vitais ▪ Deve-se mais comumente a débito cardíaco diminuído – dificuldade da chegada de circulação nas extremidades Débito cardíaco – é o volume do sangue que o coração e capaz de mandar pro organismo ▪ Pode se dar por: Vasodilatação (diminui a pressão) disseminada consequente de infecção Trombo em artéria coronária Placas de gordura microbiana, anafilaxia (choque alérgico) ou lesão cerebral Bombeamento cardíaco defeituoso Volume sanguíneo reduzido devido hemorragia ▪ A diminuição da perfusão tissular (introdução dos vasos nos tecidos) acarreta hipóxia (redução de oxigênio) e lesão nas seguintes estruturas: Células endoteliais – aumento da permeabilidade vascular Rim e musculatura esquelética – leva a acidose metabólica e diminuição do débito cardíaco e da perfusão tissular Células miocárdicas – diminuição do bombeamento com redução do débito cardíaco e da perfusão tissular Tipos de choque: Cardiogênico – relacionado ao coração ▪ Causado por falência do bombeamento miocárdico, em geral decorrente de um grande infarto do miocárdico ▪ Ex.: Infarto do miocárdio, miocardite, tamponamento cardíaco, êmbolo pulmonar Hipovolêmico – Volemia = volume do sangue que está circulando nos vasos ▪ Diminuição do volume sanguíneo ou plasmático ▪ Causada por hemorragia, perda de líquido devido queimaduras, diarreia, diurese e transpirações graves ou traumatismo severo Séptico ▪ Causado por infecções microbianas sistêmicas graves ▪ O choque séptico causa a falência da bomba miocárdica diminuindo o volume sanguíneo, que aumenta vasodilatação e aumenta a permeabilidade vascular (saída do sangue dos vasos) ▪ Septicemia = Sepse (nomenclatura correta) infecção generalizada – conhecida popularmente de infecção no sangue, mas é em diversos órgãos (infecção grave) Anafilático ▪ consequência de uma reação de hipersensibilidade do tipo 1 sistêmica ▪ Provoca vasodilatação disseminada e aumento da permeabilidade vascular Neurogênico ▪ Associado a lesão do cérebro ou da medula espinhal ▪ Compromete o controle neural do tono vasomotor e leva à vasodilatação generalizada Complicações após/durante o choque ▪ Necrose ▪ Miocárdica focal ▪ Hemorrágica superficial ▪ Tubular aguda do rim ▪ Hemorrágica centrolobular do fígado ▪ Síndrome da angustias respiratória do adulto (SARA) ▪ Congestão e hiperplasia do baço ▪ Úlceras por estresse do estômago ▪ Morte cerebral Infecções Bacterianas Bactérias ▪ Menores células vivas ▪ Procariotas, sem núcleo envolto por membrana ▪ Reprodução por assexuada por bipartição ▪ Podem ser aeróbias, anaeróbias ou facultativas Aeróbias – só sobrevivem e se multiplicam na presença de O2 (Ex.: na superfície) Anaeróbicas – só sobrevivem na ausência de O2 (Ex.: na profundidade) Facultativas – podem sobreviver tanto na presença quanto na ausência de O2 ▪ Podem ser transitórias ou residentes Residente – constituída por organismos específicos encontrados, frequentemente, em determinadas áreas Transitória – microrganismos provenientes do ambiente, que habitam a pele por horas ou poucas semanas ▪ A maioria das bactérias não são patogênicas (causadoras de doença), algumas são potencialmente patogênicas (precisam do meio correto) Cultura Gram ▪ Técnica de coloração para classificar as bactérias de acordo com a composição da parede celular Gram- não retém corante Esporogênese ▪ Algumas espécies podem formar esporos (concentração de material genético) quando o meio está impróprio = mais resistentes ▪ Podem voltar a atividade quando o meio ficar apropriado (Germinação) Patogenia Das Doenças Bacterianas As bactérias podem causar doenças por: ▪ Intoxicações - secretar toxinas que danificam as células Exotoxina (Gram +) – podem inibir síntese proteica, provocar perda de fluido ao nível intestinal, lise de células e etc. Endotoxina (Gram -) – em baixas concentrações provocam reações de alarme e em altas concentrações causa choque e morte Ex.: Botulismo – ingerir toxinas produzidas por bactérias ▪ Infecções – crescimento bacteriano (multiplicação) = inflamação Ex.: Salmonela – ingerir bactérias ▪ Perturbar a função das células sem destruí-las Bactérias Patogênicas ▪ Primárias – normalmente não fazem parte da microbiota ▪ Oportunistas – convivem bem no organismo, mas quando colonizam imunocomprometidos ou em idades extremas causa doença ▪ Harmônicas – presentes onde são toleradas, pacíficas, benéficas e necessárias Toxinas Exotoxina (Proteínas) ▪ Podem inibir a síntese proteica, provocar perda de fluido ao nível intestinal e lise celular, agir sore o sistema nervoso ▪ Integrantes da parede negativa Endotoxina ▪ Em baixas concentrações = reação de alarma ▪ Em altas concentrações = choque e morteBactérias Gram Negativas ▪ Possuem em suas membranas: Endotoxinas – ativam o sistema complemento, a coagulação, a fibrinólise e os sistemas de bradicinina, também libera os mediadores inflamatórios Essas ações produzem choque, coagulação intravascular disseminada e perda de elementos fundamentais do organismo ▪ Anotação Patogenicidade – capacidade de causar doença Virulência – intensidade da patogenicidade / relacionado a agressividade Gram+ Gram- Defesas Inespecíficas do Hospedeiro ▪ Muco e cílios (traquéia) – suspendem e movem os microrganismos para fora ▪ Proteínas sanguíneas / pH estomacal – inibem o crescimento microbiano ▪ Microbiota normal – compete com os patógenos ▪ Pele – barreira física ▪ Lisozima das lagrimas – dissolve as paredes celulares ▪ Cílios (nasofaringe) – remove partículas pela passagem do ar Etapas até a Doença Entrada ▪ Bactéria precisa infectar superfícies de mucosas e pele para poder penetrar no organismo ▪ Barreiras = secreções, muco, enzimas hidrolíticas, pH do estômago, pH da vagina, microbiota natural ▪ Aderência da bactéria é fundamental Penetração ▪ A bactéria penetra através das células epiteliais de superfícies (mucosas e pele) ▪ Também penetra diretamente (por vetores) ou injurias (via parenteral) ▪ Invasinas – mecanismo no qual a proteína da bactéria é parecida com o do epitélio, assim a célula epitelial fagocita a bactéria permitindo sua passagem para o tecido conjuntivo (vascularizado) Multiplicação nos tecidos ▪ Aumento de número de bactérias ▪ Período de incubação – a quantidade de células que penetram é pequena para produzir sintomas diretamente ▪ Sobrevivência depende da disponibilidade de nutrientes Produzem enzimas para liberação de nutrientes – provoca lesões no tecido Ex.: colagenase – quebra colágeno (proteínas) em aminoácidos (nutriente) Período de Incubação ▪ Ocorre da transmissão até ter dano tecidual (antes de aparecer sinais e sintomas) ▪ O tempo depende do patógeno ▪ É um período perigoso – pessoa não sabe da doença e pode transmiti-la ➢ Muitas infecções são assintomáticas – pessoa se contamina e se cura antes das manifestações clínicas Danos Teciduais - Lesão ▪ Causam danos tecidual ▪ A intensidade e o tipo vão depender dos tecidos e órgãos afetados e do agente invasor ▪ Resultado – vitória de um ou de outro ou coexistência de ambos ▪ Normalmente são causadas pela ação de toxinas – substâncias que alteram o metabolismo normal das células hospedeiras ➢ Sepse Bacteriana – quando a bactéria atinge a corrente sanguínea podendo parar em qualquer local / órgão Sinais e Sintomas ▪ Primeiros sintomas são de inflamação Dor, rubor, calor e edema ▪ Se for agressiva – causa febre Aumenta a temperatura para para impedir a multiplicação bacteriana É uma reação normal nas primeiras horas de infecções (38,5°). Infecção bem-sucedida Para ter sucesso, a bactéria deve: ▪ Fixar-se no local de infecção ▪ Conseguir nutrientes ▪ Evitar sistema imune ▪ Suportar as defesas e revidar ▪ Provocar lesões no tecido hospedeiro ▪ Dispersão para células e órgãos ▪ Dispersão para celular e órgãos Patógenos invasivos alcançam a superfície epitelial Patógenos produzem hialuronidase Patógenos invadem tecidos mais profundos Patógenos produzem coagulase Forma-se coágulo sanguíneo ao redor dos patógenos Ocorre a dissolução do coágulo e a liberação das bactérias Hialuronidase patógenos patógenos coagulase Coágulo sanguineo estreptoquinase Doenças Bacterianas na Infância ▪ Difteria – Corynebacterium diphtheriae Doença transmissível que atinge amigdalas, faringe, laringe e nariz Pode ser mortal se as toxinas atingirem o sangue ▪ Coqueluche – Bordetella pertussis Infecção respiratória ▪ Haemophilus influenzae (Hib) Infecções que começam geralmente no nariz e na garganta e podem se espalhar ▪ Meningite – Neisseria meningitidis inflamação das meninges Sexualmente Transmissíveis ▪ Gonorreia – Neisseria gonorrhoeae infecta especialmente a uretra ▪ Sifilis – Treponema pallidum Enteropáticas ▪ Salmonelose - Salmonela enteritidis Intoxicação alimentar ▪ Cólera - Vibrio cholerae Doença infecciosa intestinal aguda Em infecções Hospitalares ▪ Klebsiella pneumoniae ▪ Staphylococcus aureus ▪ Pseudomonas aeruginosa ▪ Staphylococcus epidermidis Outras ▪ Febre Tifoide - Salmonela typhi ▪ Botulismo - Clostridium botulinum ▪ Brucelose - Brucella ▪ Peste bubônica - Yersinia pestis ▪ Antraz - Bacillus anthracis ▪ Leptospirose - Leptospira ▪ Pneumonia - Mycoplasma pneumoniae ▪ Tuberculose - Mycobacterium tuberculosis ▪ Hanseníase (lepra) - Mycobacterium leprae Infecções Virais Vírus ▪ São acelulares de genoma precário (RNA ou DNA) ▪ Parasitas intracelulares obrigatórios Utilizam o metabolismo da célula hospedeira para síntese de seus componentes e multiplicação ▪ Tem especificidade por células Ex.: HIV infecta linfócitos TCD4 do sangue Ex.2: Covid19 infecta células da via respiratória Ex.3: Bacteriófagos são vírus que infectam bactérias ▪ Podem ser envelopados por uma membrana lipídica ou não Hipóteses de Origem ▪ Evolução Retrógrada – teriam se originado a partir de parasitas intracelulares que com o tempo perderam partes do genoma responsáveis pela codificação proteica ▪ Origem Celular – são derivados de componentes de células de seus próprios hospedeiros que se tornaram autônomos (mais aceita) Patogenia dos Vírus Podem causar doença: ▪ Por matar as células infectadas. ▪ Por interferir na função das células sem matá-las. ▪ Por promover a liberação de mediadores que desencadeiam inflamação. ▪ Podem persistir nas células sem interferir nas funções celulares. ▪ Por levar as células a proliferarem e formarem tumores. Virulência Capacidade de produzir patologia ao hospedeiro depende de: ▪ Estirpe viral = qualidade, família viral ▪ Quantidade inocula inicial = carga inicial que foi transmitida ↓ carga ↓virulência ▪ Local de inoculação Ex.: Vírus que tem porta de entrada na via respiratória e entra pela conjuntiva = ↓ virulência até chegar na via Replicação Viral ▪ Adsorção – vírus atacam as células ▪ Penetração – penetra a membrana celular e ▪ Desnudamento - libera dentro da célula seu ácido nucleico (DNA ou RNA) ▪ Replicação – ácidos nucleicos começam a se replicar usando o metabolismo celular ▪ Maturação – montagem das cápsulas proteicas, produção das unidades virais ▪ Liberação – lise da bactéria e liberação dos vírus Retrovírus ▪ Vírus com material genético RNA precisa fazer a transcriptase reversa para sintetizar proteínas ▪ Medicamentos podem inibir essa enzima Ex.: Zidovudina ou AZT (azidotimidina) é um fármaco utilizado como antiviral, inibidor da transcriptase reversa (inversa) Manifestações de Sintomas ▪ Periodo de Incubação – período da infecção até a manifestação dos sintomas ▪ Período Prodrômico – período que o paciente apresenta sintomas inespecíficos: febre, mialgia, artralgia, náusea etc. Após o período de incubação Resposta do Hospedeiro ▪ Inflamação ▪ Ativação do Complemento ▪ Complexos Solúveis Antígeno-Anticorpo ▪ Hipersensibilidade Predisposição do Hospedeiro A susceptibilidade ou resistência a uma infecção depende do: ▪ Potencial genético ▪ Fatores nutricionais ▪ Estado imune ▪ Estresse ▪ Gravidez ▪ Idade Portas de Entrada Cutânea (Pele) Vias de Entrada por: ▪ Picada de artrópode (vetor) – Ex.: arbovírus ▪ Pequenas lesões – Ex.: Papilomavírus Humano (HPV), Herpes (HSV), Hepatite B (HBV) ▪ Mordida de Animal – Ex.: Raiva ▪ Iatrogênica (intervenção humana)– Ex.: HBV, HIV, Hepatite C (HCV) Mucosa Trato Respiratório ▪ Mecanismo de proteção inespecíficos: muco, movimentos ciliares e IGA ▪ Infecções Respiratórias Localizadas = Rinovírus, Parainfluenza, Influenza, Coronavírus, RSV, muitos Adenovírus e alguns Enterovírus ▪ Doenças Generalizadas = Vírus de Caxumba, sarampo, rubéola, catapora e varíola Trato Gastrointestinal (TGI) ▪ Mecanismo de proteção inespecíficos: muco IGA, pH ácido, bile e enzimas proteolíticas ▪ Produção de infecção entérica = rotavírus, calicivírus e alguns adenovírus ▪ Doenças generalizadas = Enterovírus Trato Genital ▪ Mecanismo de proteção inespecíficos: muco cervical, pH ácido, secreção vaginal ▪ Produção de lesões locais = HPV ▪ Doenças generalizadas = HIV, HBV e HSV Conjuntiva ▪ Mecanismo de proteção inespecíficos: lágrima e piscar os olhos ▪ Conjutivites = alguns adenovírus e enterovírus Outras vias ▪ Transplantes = citomegalovírus (CMV) e Epstein- Barr (EBV) ▪ Transmissão vertical (in útero) = rubéola, CMV, HIV, Zika Vírus Anotações pH Ácido Vaginal = para evitar a penetração de determinados microrganismos Atrapalha a passagem dos espermatozoides Glândulas femininas e masculinas produzem um líquido que quebra a acidez e ajuda a passagem Cultura de Vírus para Vacina Ocorre em embriões de galinha (ovo) e para as pessoas que tem alergia a ovo devem ter cuidado na hora da vacina, pois pode ter resquício da proteína do ovo Vias de Disseminação Viremia ▪ Quando o vírus atinge a corrente sanguínea, após sua multiplicação nos linfonodos ▪ Ex.: sarampo, rubéola ▪ Pode sofrer uma 2°viremia quando o vírus se multiplica em outros sítios do organismo Dengue e catapora Neuronal ▪ Quando a disseminação do vírus ocorre através dos nervos HSV, vírus da raiva, poliovírus Localizado ▪ O local de entrada é o mesmo local de permanência ▪ Ex.: HPV Congênita ▪ Quando é adquirida durante a gestação = transmissão intrauterina Defesas do Hospedeiro ▪ Pele – principal barreira contra a infecção ▪ Aberturas Naturais (boca, olhos, nariz etc.) – muco, epitélio ciliado, lagrimas, ácido gástrico ▪ Defesas Imunológicas naturais – febre, interferon, macrófagos, NK Interferon – produzidos por algumas células infectadas para limitar a multiplicação do vírus ▪ Defesas Imunológicas Específicas – ultima a ser ativada podendo ser dividida em: Resposta inicial local Resposta sistêmica posterior ▪ IGM – primeiros dias de infecção ▪ IGG – 2/3 semanas após infecção Produz memória imunológica Principais Viroses - Transmissão ▪ Gripe – gotículas de muco e saliva expelida pelas vias respiratórias ▪ Poliomielite – alimentos e objetos contaminados, secreções respiratórias ▪ Febre Amarela – picada de mosquitos ▪ Raiva – saliva introduzida pela mordida de animais infectados ▪ Hepatite Viral – gotículas de muco e saliva, água contaminada com fezes ▪ Herpes – contato direto ou indireto com portador ▪ Dengue – picada do mosquito Aedes aegypti ▪ Sarampo, Rubéola e Catapora – saliva e muco de pessoas doentes ▪ Caxumba – saliva e alimentos contaminados
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