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Aids / HIV
AIDS: Síndrome da Imunodeficiência Adquirida causada pelo HIV, que acomete o sistema imunológico devido à destruição dos linfócitos T CD4+. Doença grave, incurável e de caráter pandêmico.
HIV: Vírus da imunodeficiência humana, retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. 
Propriedades: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune. O HIV acomete os linfócitos T CD4+, alterando seu DNA e replicando cópias de si mesmo. Após a replicação, rompe o linfócito em busca de outros, propagando a infecção. A falta desses linfócitos diminui a capacidade do organismo de se defender de doenças oportunistas , causadas por microrganismos que normalmente não são capazes de desencadear males em pessoas com sistema imune normal.
Origem: sabe-se que um grupo destes retrovírus estão presentes em primatas não humanos na África subsaariana, chamados vírus da imunodeficiência símia (SIV). Todos os grupos desta família possuem uma estrutura de genoma semelhante, inclusive apresentando similaridade de origem, e estrutura (homólogos) em torno de 50%, além de também terem a capacidade de infectar os linfócitos através do receptor CD4+.
Trata-se de um retrovírus citopático e não-oncogênico, que para se multiplicar precisa de uma enzima chamada transcriptase reversa. Esta enzima é responsável pela transcrição do RNA viral para uma cópia de DNA, e nesta fase, pode se incluir ao genoma do hospedeiro. O vírus ataca principalmente os receptores das células CD4+, fundamentais para a resposta imune adquirida, pois elas se comunicam com as outras células do sistema imune do hospedeiro.
Formas de transmissão: sexo vaginal sem preservativo; sexo anal sem preservativo; sexo oral sem proteção; transfusão de sangue contaminado; compartilhamento de seringas através do uso de drogas injetáveis; da mãe para o filho (na gestação, parto ou amamentação).
HIV e AIDS no mundo: 38 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com HIV em 2019. 1,7 milhão de novas infecções pelo HIV em 2019. 690.000 de pessoas morreram por causas relacionadas à AIDS em 2019.
Meta “90 90 90”: Pactuou se que até 2020 90% de todas as pessoas diagnosticadas vivendo com HIV saberão que têm o vírus; 90% de todas as pessoas com infecção pelo HIV diagnosticada receberão terapia antirretroviral (TAR) ininterruptamente ; 90% de todas as pessoas recebendo terapia antirretroviral terão supressão viral*.
*Supressão viral: Quando a TAR diminui a Carga viral de uma pessoa para menos de 200 cópias/ml. Ter supressão viral impede a transmissão sexual do HIV, ao mesmo tempo que melhora a saúde de uma pessoa que vive com HIV.
 Primeiros casos de AIDS no Brasil − São Paulo (1980) e Rio de Janeiro (1982).
Atualmente, a notificação de casos da infecção pelo HIV segue o mesmo fluxo utilizado para a notificação de casos de AIDS, utilizando a mesma ficha de Notificação do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e fica mantida a notificação compulsória dos casos de AIDS em adultos e crianças, mesmo que tenham sido notificadas anteriormente como casos de infecção pelo HIV (Brasil, 2018)
FASES DA INFECÇÃO
1. Infecção aguda: Fase em que ocorre a incubação do HIV- tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Esse período varia de 3 a 6 semanas. O organismo pode levar de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti HIV - JANELA IMUNOLÓGICA. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal estar. A maioria dos casos passa despercebido. 
2. Período assintomático: Marcado pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. O sistema imunológico ainda não está debilitado o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período pode durar muitos anos.
3. Fase sintomática inicial: Com o frequente ataque, os linfócitos começam a funcionar com menos eficiência e vão sendo destruídos. O organismo fica cada vez mais vulnerável a infecções comuns. Caracterizada pela alta redução dos linfócitos T CD4+, que chegam a ficar abaixo de 350 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades. Os sintomas mais comuns são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
4. AIDS: A baixa imunidade permite o aparecimento de infecções oportunistas. Quem chega a essa fase, se não aderir ao tratamento, pode sofrer de tuberculose, pneumonias atípicas, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
Diagnóstico: O fluxograma do diagnóstico do HIV é estabelecido pela a Portaria SVS/MS nº 29, de 17 de dezembro de 2013, apresentados através do Manual Técnico para o Diagnóstico da Infecção pelo HIV.
Testes realizados gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e na rede pública de saúde, inclusive na Atenção Básica. Se houver situação de exposição ao vírus, o teste anti-HIV deve ser repetido após no mínimo 3 meses, devido ao tempo que o organismo leva para produzir os anticorpos após a infecção (janela imunológica).
Teste imunoblote imunoblotrápido: permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 min. Pode ser realizado no momento da consulta. Permitem que o paciente, no mesmo momento, tenha conhecimento do resultado e receba o aconselhamento pré e pós-teste. Adotado rotineiramente nas unidades básicas de saúde, em gestantes no acompanhamento no pré-natal e em situações de acidentes no trabalho.
Teste do fluido oral: Teste rápido, de triagem, que detecta anticorpos contra o HIV no fluido oral da pessoa . O exame fornece o resultado que pode ser analisado a olho nu, em até 30 min, e pode ser feito em qualquer local.
Teste Elisa (ensaio imunoenzimático): Teste de alta sensibilidade, o mais realizado para diagnosticar a doença. Detecção de anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é fornecido para o paciente. Caso seja detectado anticorpos anti-HIV no sangue, é necessária a realização de um teste confirmatório: o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência Indireta para o HIV-1 ou o Imunoblot. Independentemente do resultado do exame, o paciente é encaminhado ao aconselhamento pós-teste.
Teste Western Blot: De custo elevado, é confirmatório, ou seja, indicado em casos de resultado positivo na triagem com o teste Elisa. Detecta fragmentos do HIV no sangue.
Teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1: Também confirmatório, o teste permite detectar os anticorpos anti-HIV1.
TRATAMENTO
Os medicamentos antirretrovirais surgiram na década de 80, para impedir a multiplicação do vírus no organismo. Seu uso é fundamental para aumentar a sobrevida de quem vive com HIV e AIDS. Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente a terapia antirretroviral de alta potência (TARV) para todos que necessitam do tratamento. Desde 2013, TODO paciente com diagnóstico de HIV pode iniciar o tratamento, independente do CD4+ e da carga viral. Atualmente, existem 22 medicamentos divididos em cinco grupos. Para combater o HIV, é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo preferencialmente dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido (2 ITRN + 1 INI). O tratamento necessita de acompanhamento para avaliar as adaptações do organismo, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades.
Classes de medicamentos: (SÓ PRECISA LEMBRAR O 3 EM 1)
1.Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa (ITRN): Atuam na enzima transcriptase reversa , incorporando se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam essa cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza . São eles: Abacavir , Lamivudina , Tenofovir , Zidovudina, Entricitabina e a combinação Lamivudina /Zidovudina e Lamivudina Tenofovir
2. Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa (ITRNN): Bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicaçãodo vírus. São eles: Efavirenz , Nevirapina e Etravirina. 3 em 1: Tenofovir + Lamivudina + Efavirenz.
3. Inibidores de Protease: Atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV. São eles: Atazanavir, Darunavir, Fosamprenavir, Lopinavir, Ritonavir e Tipranavir.
4. Inibidores de fusão: Impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir. São eles: Enfuvirtidae Maraviroque.
5. Inibidores da Integrase: Bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano. Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células. São eles: Raltegravire Dolutegravir.
O acompanhamento da infecção pelo HIV é essencial, por meio de consultas e exames laboratoriais regulares, tanto para quem está na fase assintomática, quanto para quem já apresenta AIDS. O uso irregular dos antirretrovirais acelera o processo de resistência do vírus , por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca deve ser tomada com a equipe que acompanha o paciente.
Exames de rotina No atendimento inicial: hemograma completo, fezes, urina, sorologia para hepatites B, C e sífilis, glicemia, colesterol e triglicerídeos, avaliação de enzimas hepáticas e função renal, além de raio X do tórax, além da contagem de linfócitos T CD4+ e carga viral.
Teste de CD4: É o melhor indicador de como está funcionando o sistema imunológico.
Teste de carga viral: O resultado mostra a quantidade de cópias de HIV circulantes no sangue. O Consenso de Terapia Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada 3 ou 4 meses.
PREVENÇÃO E CONTROLE
Uso do preservativo em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal), seja com parceiros do sexo oposto ou do mesmo sexo; Não compartilhamento de agulhas ou seringas; Triagem sorológica do sangue e hemoderivados; Evitar contato com objetos perfuro-cortantesnão esterilizados. Profilaxia pós-exposição (PEP). Profilaxia pré-exposição (PrEP)
PEP (PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO DE RISCO): A PEP é uma medida de prevenção de urgência à infecção pelo HIV, hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), que consiste no uso de medicamentos para reduzir o risco de adquirir essas infecções. Deve ser utilizada após qualquer situação em que exista risco: Violência sexual; Relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha); Acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico). Consiste no uso de medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infecção em situações de exposição ao vírus. Trata-se de uma urgência , que deve ser iniciada o mais rápido possível preferencialmente nas primeiras duas horas após a exposição e no máximo em até 72 horas. A duração da PEP é de 28 dias e a pessoa deve ser acompanhada pela equipe de saúde. Recomenda-se avaliar todo paciente com exposição sexual de risco ao HIV para um eventual episódio de infecção aguda pelos vírus das hepatites B e C. A PEP é oferecida gratuitamente pelo SUS.
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP): Consiste na tomada diária de um comprimido que impede que o HIV infecte o organismo, previamente ao contato. É a combinação de dois medicamentos (tenofovir + entricitabina), porém só tem efeito se a tomada for regular. Caso contrário, pode não haver concentração suficiente para bloquear o vírus. Efeito: após 7 dias de uso para relação anal e 20 dias de uso para relação vaginal. A PrEP não protege de outras IST se portanto, deve ser combinada com outras formas de prevenção, como a camisinha. A PrEP não é para todos. Ela é indicada para pessoas que tenham maior chance de entrar em contato com o HIV. Populações-chave: HSH; Pessoas trans; Trabalhadores(as) do sexo. Ou se: Frequentemente deixa de usar camisinha nas relações sexuais; • Tem relações sexuais, sem camisinha, com um portador do HIV que não esteja em tratamento; Faz uso repetido de PEP (Profilaxia Pós-Exposição ao HIV); Apresenta episódios frequentes de ISTs.
Vigilância Epidemiológica Notificação compulsória: sífilis adquirida, sífilis em gestante, sífilis congênita, AIDS e portador do HIV, infecção pelo HIV em gestantes, crianças expostas ao HIV, hepatites virais, síndrome do corrimento uretral masculino.
Critérios de definição de casos de Aids em adulto (janeiro/2004): Rio de Janeiro: Existência de dois testes de triagem reagentes ou um confirmatório + somatório de pelo menos, 10 pontos, de acordo com uma escala de sinais, sintomas ou doenças; e/ou CDC: Existência de dois testes de triagem reagentes ou um confirmatório + evidência de imunodeficiência: diagnóstico de pelo menos uma doença indicativa de aids e/ou Contagem de linfócitos T CD4+.

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