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Embriologia da Face - Embriologia - Super Material - SanarFlix

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EMBRIOLOGIA DA FACE
SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Desenvolvimento Da Face ..................................... 4
3. Desenvolvimento Da Cavidade Nasal .............16
4. Seios Paranasais ......................................................19
Referências Bibliograficas .........................................22
3EMBRIOLOGIA DA FACE
1. INTRODUÇÃO
O desenvolvimento da face e mandí-
bulas é uma complexa sequência tridi-
mensional de eventos em que ocorre 
padronização, o crescimento, a fusão 
e o modelamento de várias massas 
teciduais. Esses eventos ocorrem 
principalmente entre a quarta e oitava 
semana e no fim período embrioná-
rio a face já tem aspecto humano. O 
ajuste de proporção e refinamento da 
face ocorrem no período fetal. As pri-
meiras partes a serem formadas são 
mandíbula inferior e lábio inferior, e 
são resultado da fusão das extremi-
dades mediais da proeminência man-
dibular no plano mediano. 
SAIBA MAIS!
Charmosas e desejadas, ‘covinhas’ no rosto são más formações genéticas, de depressões da 
pele do rosto ou do queixo. Fisicamente, elas acontecem porque nestas regiões o tecido fibro-
so adere entre a pele e o osso da mandíbula (no queixo) ou entre a pele e os músculos da face 
(no rosto), causando uma pequena retração na pele, que é mais acentuada quando as pesso-
as sorriem. Elas resultam da fusão das extremidades mediais da proeminência mandibular no 
plano mediano. A covinha comum do queixo resulta da fusão incompleta das proeminências.
Figura 1. Bebê com covinha no queixo. Fonte: https://brasil.babycenter.com/thread/362029/
encerrado-concurso-babycenter---crian%C3%A7a-com-covinha?startIndex=100 
4EMBRIOLOGIA DA FACE
2. DESENVOLVIMENTO DA 
FACE
Os primórdios da face aparecem no 
início da quarta semana em torno 
do estomodeu. O estomodeu, que é 
a boca primitiva e que dá origem a 
cavidade, serve como um ponto de 
referência morfológico, e se localiza 
entre as proeminências maxilares, 
mandibulares e frontonasal. Obser-
ve essas estruturas e seus processos 
de desenvolvimento neste período no 
diagrama 1. 
5EMBRIOLOGIA DA FACE
MAPA MENTAL
Estomodeu
Estomodeu
Fosseta nasal
Sulco nasolacrimal
Mediana 
lateral
Proeminência 
nasais
Pálpebras fechadas
Filtro do lábio
Sulco nasolacrimal
Pálpebra
Testa
Pálpebra
Narina
Mandíbula
Orelha 
externa
Meato 
acústico 
externo
Proeminências nasais 
mediais fundindo-se 
uma com a outra e 
com as proeminências 
maxilares
Segmento intermaxilar
Meato acústico 
externo
Proeminência 
nasal medial
Proeminência nasal 
lateral
Meato acústico externo 
e saliências auriculares
2º arco faríngeo
Estomodeu
Olho
Sulco nasolacrimal
Placoide do cristalino
Placoide nasal
Arcos 
faríngeos
24 dias
28 dias
31 dias
33 dias
35 dias
14 semanas
10 semanas
48 dias
40 dias
Proeminência 
cardíaca
Proeminência 
maxilar
Proeminência 
frontonasal
Proeminência 
mandibular
Diagramas mostram vistas frontais e laterais ilustrando os estágios progressivos do desenvolvimento da face. Fonte: Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
6EMBRIOLOGIA DA FACE
O desenvolvimento da face depende 
da influência indutiva do prosencéfalo 
(através de gradientes morfogênicos) 
da zona ectodérmica frontonasal e 
do desenvolvimento dos olhos. Estes 
fatores estimulam o crescimento das 
zonas da face.
O prosencéfalo é a parte mais rostral 
e frontal das vesículas cerebrais. É 
originado do tubo neural, que se mo-
difica em vesículas encefálicas primá-
rias, sendo o prosencéfalo uma delas 
(mesencéfalo e rombencéfalo são 
as demais). O prosencéfalo funcio-
na como uma base mecânica e como 
uma região de sinalização para o co-
meço do desenvolvimento facial. 
Como citado, o estomodeu é o refe-
rencial morfológico para o apareci-
mento dos cinco primórdios faciais 
em forma de proeminências:
• Uma proeminência frontonasal;
• Um par de proeminências 
maxilares;
• Um par de proeminências 
mandibulares. 
PRIMÓRDIO ESTRUTURAS DERIVADAS
Proeminência fronto-nasal Parte frontal: testa; parte nasal: nariz.
Duas proeminências maxilares bochechas superiores e o lábio superior. 
Duas proeminências mandibulares Queixo e região das bochechas
Tabela 1. Primórdios faciais e estruturas derivadas]
As proeminências surgem durante 
a quarta semana pela expansão da 
crista neural que se origina a partir 
das pregas neurais do mesencéfalo 
e do rombencéfalo rostral. As proe-
minências maxilares e mandibulares 
são originadas a partir do primeiro par 
de arcos faríngeos. As células dessas 
proeminências são a principal fonte 
constituintes de tecido conjuntivo, in-
cluindo cartilagem, osso e ligamentos 
nas regiões facial e bucal.
A proeminência frontonasal está in-
timamente em contato com a porção 
ventrolateral do prosencéfalo, e dá 
origem as vesículas precursoras dos 
olhos. Também dá origem a testa, e 
a parte nasal (esta limita o estomo-
deu rostralmente e o nariz). Os limi-
tes laterais do estomodeu são forma-
dos pelas proeminências maxilares 
enquanto as proeminências mandi-
bulares formam o limite caudal do 
estomodeu. 
Essas proeminências faciais são cen-
tros ativos de crescimento da face 
pois estimulam o crescimento de ou-
tros tecidos a partir dessas estruturas. 
Esses processos ocorrem com o cres-
cimento do mesênquima subjacente 
7EMBRIOLOGIA DA FACE
que é um tecido conjuntivo embrio-
nário contínuo de uma proeminência 
para outra.
Ainda na quarta semana diversos 
processos ocorrem com o desenvol-
vimento de algumas estruturas im-
portantes como os placóides nasais 
e outras passam a ganhar formato 
como o estomodeu. Os placóides na-
sais são o conjunto de células epite-
liais nasais, e se espessam de forma 
ovalada bilateralmente. Esse proces-
so ocorre nas partes ínfero laterais da 
proeminência frontonasal. O formato 
morfológico dos placóides inicialmen-
te são convexos e posteriormente es-
tirados, com uma depressão plana 
em cada placóide. 
O mesênquima produz as elevações 
em forma de ferradura, que são as 
proeminências nasais mediais e late-
rais. Por fim, os placóides se assen-
tam nessas depressões que são as 
fossetas nasais. As fossetas são os 
primórdios das cavidades nasais e as 
proeminências nasais laterais são os 
primórdios das asas do nariz.
 
Figura 2. Micrografia eletrônica de varredura de um embrião 33 dias. Observe as estruturas: processo frontonasal pro-
eminente (PFN), fossetas nasais (FN) (localizadas nas regiões ventrolaterais do PFN), proeminências maxilares (PMX), 
proeminências mandibulares fundidas (PMD), segundo arco faríngeo (2AF), terceiro arco (3AF).Fonte: Embriologia 
Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
8EMBRIOLOGIA DA FACE
A proeminência maxilar e mandibular 
tem origem do primeiro arco faríngeo. 
Esse processo ocorre pouco tempo 
depois que as estruturas faciais to-
mam formas, elas são invadidas por 
células mesodérmicas associadas ao 
primeiro e segundo arcos faríngeos. 
Assim como os demais arcos, o pri-
meiro e o segundo arco faríngeo são 
preenchidos por mesênquima (que 
vem da crista neural), e estão asso-
ciados a uma artéria principal e a um 
nervo craniano. Além disso, cada um 
contém uma haste central de mesên-
quima pré-cartilaginoso, que dá ori-
gem a cartilagens, ossos e ligamen-
tos da região facial.
O primeiro arco faríngeo recebe o 
nome de mandibular pois consti-
tui tanto estruturas faciais (porção 
mandibular e maxilar) e da orelha. A 
haste central de mesênquima pré-
-cartilaginoso é a cartilagem de Me-
ckel, que é um importante compo-
nente para mandíbula embrionária 
até que esta esteja envolta de osso, 
que é quando a mandíbula definitiva 
está constituída. A cartilagem de Me-
ckel também dá origem ao ligamento 
esfenomandibular e o ligamento an-
terior do martelo. A bigorna surge de 
um primórdio com característica se-
melhante, a cartilagem quadrangu-
lar. A musculatura originada do arco 
compõe o aparelho de mastigação, a 
faringe a orelha média. Todos essesmúsculos têm como característica 
em comum é a inervação pelo V par 
craniano. 
O segundo arco faríngeo (hioide) par-
ticipa da formação de estruturas que 
vão do hioide até o estribo da orelha. 
Essas estruturas derivam da carti-
lagem de Reichert, que consiste em 
uma dupla haste de cartilagem co-
nectadas por um fio de tecido me-
senquimal. O segundo arco é muito 
importante para a formação dos mús-
culos da expressão facial com a mi-
gração do mesoderme. 
Além da face, como citado, participa 
da constituição de elementos do ou-
vido, com a formação do músculo do 
estribo, que está associado ao osso 
do estribo. Os músculos derivados do 
segundo arco são inervados pelo sé-
timo par. Observe os arcos faríngeos 
e outras estruturas na Figura 3.
9EMBRIOLOGIA DA FACE
Figura 3. Micrografia eletrônica de varredura mostra a vista ventral de um embrião com 30 a 32 dias. Fonte: Embrio-
logia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
Com o crescimento que ocorre entre a 
4ª e 8ª semana (diagrama 1), os pro-
cessos nasomedial e maxilar come-
çam a ser evidenciados, unindo-se 
até formar o lábio e o maxilar superior 
(figura 2 e 3). As proeminências ma-
xilares limitam o estomodeu, e as pro-
eminências mandibulares constituem 
o limite caudal do estomodeu entre a 
quarta e quinta semana de idade. Na 
imagem 2, que é uma micrografia ele-
trônica de varredura, mostra a vista 
ventral de um embrião no estágio 14 
de Carnegie, é possível ver que os 
placóides passam a se localizar em 
uma região mais lateral, e é também 
nessa época que os dois processos 
nasomediais se fundem.
As vesículas ópticas são estruturas 
diencefálicas que assumem a lideran-
ça na formação dos olhos. A forma-
ção do olho começa com o sulco ópti-
co, que é uma evaginação da parede 
10EMBRIOLOGIA DA FACE
lateral do diencéfalo. Este sulco cresce 
para formar as vesículas ópticas que 
induzem o ectoderme subjacente a 
formar o primórdio da lente. Estas es-
truturas do olho em desenvolvimento 
são irrigadas pela artéria hialoide.
SAIBA MAIS!
A holoprosencefalia (HPS) é uma malformação cerebral onde a clivagem do prosencéfalo (o 
lóbulo frontal do cérebro do embrião) é incompleta, entre os dias 18 e 28 de gestação. Possui 
um espectro de tipos, sendo a alobar a mais grave, quando o cérebro não consegue se sepa-
rar e está associado a anomalias faciais severas, a semilobar que é uma forma intermediária 
da doença e a lobar, em que há uma separação considerável dos hemisférios cerebrais e é 
a forma menos grave. Fatores genéticos e ambientais tem sido associado a essa condição. 
Sabe-se que o diabetes materno e substâncias teratogênicas podem destruir células em-
brionárias na terceira semana, o que pode gerar defeitos congênitos no prosencéfalo, o que 
causa anomalias faciais resultantes de uma redução no tecido da proeminência facial. A HPS 
é geralmente suspeitada quando os olhos estão anormalmente juntos (hipotelorismo), ou até 
mesmo ciclopismo. 
Figura 4. Criança com holoprosencefalia alobar com múltiplas malformações faciais. 
Fonte: https://www.scielo.br/pdf/anp/v52n4/11.pdf 
11EMBRIOLOGIA DA FACE
Com o fim da sexta semana, as pro-
eminências maxilares se fundem com 
a proeminência nasal lateral ao longo 
da linha do sulco nasolacrimal (Figura 
5). Assim, é feita a continuidade en-
tre o lado do nariz que é formado pela 
proeminência nasal lateral e a bo-
checha, originada pela proeminência 
maxilar.
Figura 5. Micrografia eletrônica de varredura da região nasal direita de um de aproximadamente 41 dias, mostra a 
proeminência maxilar (PMX) fundindo-se com a proeminência nasal medial (PNM). Pontes epiteliais podem ser ob-
servadas entre essas proeminências. A depressão representando o sulco nasolacrimal encontra-se entre a PMX e a 
proeminência nasal lateral (PNL). Observe a fosseta nasal (FN). Fonte: Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moo-
re, Keith
12EMBRIOLOGIA DA FACE
O desenvolvimento das regiões de 
maxila, filtro labial, palato primário tem 
processos em comum. Estes proces-
sos envolvem o crescimento subse-
quente das proeminências maxilares 
e nasais mediais em direção ao plano 
mediano com fusão com as demais 
proeminências. 
Até a sexta semana, o que se enten-
de por mandíbula primordial são mas-
sas de tecido mesenquimal. A partir 
desse tecido, lábios e gengivas se 
desenvolvem quando o ectoderma se 
espessa linearmente através da lâmi-
na lábio gengival, e crescem no tecido 
subjacente. Com o tempo, a lâmina se 
degenera, deixando um sulco labio-
gengival entre os lábios e a gengiva. 
Uma área residual dessa lâmina for-
ma o freio do lábio superior, que liga o 
lábio à gengiva. Estes eventos estão 
esquematizados no diagrama 2.
13EMBRIOLOGIA DA FACE
Úvula
Palato mole
Rafe palatina 
Gengiva
Lábio superior
Papila incisivaFreio do lábio
Processo palatino lateral
Osso em desenvolvimento 
na proeminência maxilar
Septo nasal 
Cavidade nasal
Mandíbula 
Septo nasal
Proeminência maxilar
Septo nasal
Olho
Língua
Cavidade oral
Lábio 
superior em 
desenvolvimentoProcesso 
palatino 
mediano
Encéfalo
Plano das 
secções C, E e G
Cavidade nasal
Língua
Nervos olfatórios
Proeminência 
mandibular
Nervos olfatórios
Processo palatino lateral
Palato primário
Septo nasal
Processo 
palatino mediano
Processo 
palatino lateral
Septo nasal
Gengiva em 
desenvolvimento
Lâmina 
labiogengival
Processo palatino mediano
Processo palatino 
lateral
Local da futura 
fusão
Sulco 
labiogengival
Filtro
Gengiva
Processo palatino 
lateral
Palato secundário
Concha nasal
Cavidade 
oral 
Conchas nasais
Cartilagem do 1º 
arco faríngeo
Palato duro
Língua
Osso em desenvolvi-
mento na maxila
Processos palatinos 
laterais fundidos
MAPA MENTAL
A, Secção sagital da cabeça embrionária na sexta semana, mostra o processo palatino mediano. B, D, F e H, Secções 
do teto da boca da sexta à 12ª semana mostra o desenvolvimento do palato. As linhas tracejadas em D e F indicam a 
fusão dos processos palatinos. As setas indicam o crescimento medial e posterior dos processos palatinos laterais. C, E 
e G, Secções frontais da cabeça mostram a fusão dos processos palatinos laterais entre si, o septo nasal e a separação 
das cavidades nasal e oral. Fonte: Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
14EMBRIOLOGIA DA FACE
Durante o período da sétima e déci-
ma semanas, há a fusão das proemi-
nências nasais mediais com as proe-
minências maxilares e nasais. Neste 
processo ocorre o entrelaçamento das 
células mesenquimais subjacentes. A 
fusão dessas proeminências resulta 
na continuidade da mandíbula supe-
rior e do lábio, e também as fossetas 
nasais são separadas do estomodeu. 
A fusão das proeminências nasais 
mediais formam um segmento inter-
maxilar, e é esse segmento que for-
ma a parte média do lábio superior 
– o filtro –, a parte pré-maxilar da 
maxila, gengivas, e o palato primá-
rio. O lábio superior é formado intei-
ramente a partir das proeminências 
maxilares. Segmentos inferiores das 
proeminências nasais mediais se po-
sicionam profundamente e interagem 
com extensões mediais das proemi-
nências maxilares para formarem o 
filtro. Como podemos observar, vá-
rios ossos e músculos são derivados 
do mesênquima nas proeminências 
faciais. 
15EMBRIOLOGIA DA FACE
MAPA MENTAL
Palato primário
Cavidade oral
Placoide nasal
Proeminências nasal 
lateral
Cavidade oral
Sulco nasolacrimal
Fosseta nasal
Nível de 
secções
Proeminências nasais 
medial e lateral
Mesênquima
Parede do prosencéfalo
Fosseta nasal
Proeminências 
frontonasal
Proeminências 
nasal medial
Proeminências nasais 
mediais fundindo-se entre si
Proeminência 
maxilar Proeminência 
maxilar
Proeminências nasais 
mediais fundidas
Processo palatino 
mediano (segmento 
intermaxilar)
Filtro do lábio
Maxila em 
desenvolvimento
Primórdio da parte 
pré-maxilar da maxila
Desenvolvimento inicial da maxila, do palato, e do lábio superior. A, Diagrama da face de um embrião de 5 semanas. B 
e C, Esquemasde secções horizontais da estrutura A. As setas indicam o crescimento subsequente das proeminências 
maxilares e nasais mediais em direção ao plano mediano e a fusão dessas proeminências uma com as outras. D a F, 
Secções semelhantes de embriões mais desenvolvidos ilustra a fusão das proeminências nasais mediais entre si e com 
as proeminências maxilares para formar o lábio superior. Fonte: Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
16EMBRIOLOGIA DA FACE
O desenvolvimento facial necessita 
de todos os seguintes componentes: 
• A proeminência nasal frontal forma 
a testa, dorso e o ápice do nariz. 
• As proeminências nasais laterais 
formam as asas (lados) do nariz. 
• As proeminências nasais mediais 
formam o septo nasal, o osso et-
moide e a placa cribriforme (aber-
turas para a passagem dos nervos 
olfatórios). 
• As proeminências maxilares for-
mam as regiões das bochechas 
superiores e o lábio superior. 
• As proeminências mandibulares 
formam o queixo, o lábio inferior e 
as regiões das bochechas
3. DESENVOLVIMENTO DA 
CAVIDADE NASAL
Como já foi citado, os placóides na-
sais ao serem deprimidos formam as 
fossetas nasais. O mesênquima cir-
cundante dá origem as proeminên-
cias nasais mediais e laterais, que 
resultam na formação dos sacos na-
sais primitivos. No começo, os sacos 
são separados da cavidade oral pela 
membrana oronasal, que rompe na 
sexta semana, criando a comunica-
ção entre as cavidades nasal e oral. 
Então, tampões epiteliais são sur-
gem nas cavidades nasais até a 16ª 
semana. 
17EMBRIOLOGIA DA FACE
MAPA MENTAL
Proeminência frontonasal
Placoide nasal
Estomodeu
Mesênquima (derivado do 
mesoderma)
Placoide nasal
Prosencéfalo
Placoide nasal
Fosseta nasal
Proeminência nasal lateral
Proeminência nasal lateral
Nariz (narina)
Proeminência nasal medial
Saco nasal (primórdio da 
cavidade nasal)
Fosseta nasal
Nível das secções B a E
Estágios progressivos no desenvolvimento do saco nasal (primórdio da cavidade nasal). A, Vista ventral de um em-
brião com aproximadamente 28 dias. De B até E são secções transversais do lado esquerdo do saco nasal em desen-
volvimento. Fonte: Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
18EMBRIOLOGIA DA FACE
Essas comunicações entre as cavi-
dades nasal e oral recebem o nome 
de coanas primitivas (observe-as na 
figura 6). Com o desenvolvimento do 
palato secundário as coanas locali-
zam-se na junção da cavidade nasal 
e faringe. As conchas nasais (supe-
rior, média e inferior) se desenvolvem 
juntamente a essas alterações, e o 
epitélio ectodérmico das cavidades 
nasais se especializam para formar o 
epitélio olfatório, sendo que algumas 
células se tornam células receptoras 
olfativas (neurônios). Os nervos olfató-
rios são constituídos por axônios neu-
rais comunicantes com os bulbos ol-
fatórios do encéfalo. Esses processos 
podem ser visualizados na figura 6.
Cavidade oral
Coana primitiva
Cavidade nasal
Epitélio olfatório Nervos olfatórios
Palato secundário
Coana
Orofaringe
Nervos olfatórios
Língua
Faringe
Palato primário
Narina
Cavidade oral
Saco nasal
Coração
Parede do encéfalo Ectoderma superficial
Membrana 
oronasal
Cavidade nasal
Cavidade 
oral
Ruptura da 
membrana oronasal
Coração
Bulbo 
olfatório
Plugue epitelial
Palato primário
Fibras do nervo olfatório
Lábio inferior
Figura 6. Desenvolvimento das cavidades nasais. Observe que o septo nasal foi removido. Em A, desenvolvimento 
com cinco semanas. B, com seis semanas, a membrana oronasal rompe-se. C, com sete semanas, a cavidade nasal 
comunica-se com a cavidade oral e o epitélio olfatório se desenvolve. D, com 12 semanas, o palato e a parede lateral 
da cavidade nasal se desenvolvem. Fonte: Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith
SAIBA MAIS!
Disfunções do desenvolvimento da proeminência frontonasal podem originar malformações 
congênitas como a displasia frontonasal. A displasia frontonasal são malformações nasais 
que resultam do excesso de tecido no processo frontonasal. O fenotípico geralmente inclui 
ponte nasal larga e hipertelorismo (distância excessiva entre os olhos). Em casos muito gra-
ves, as duas narinas externas são separadas, muitas vezes por vários centímetros, e pode 
ocorrer a formação de lábio leporino mediano.
19EMBRIOLOGIA DA FACE
4. SEIOS PARANASAIS
Uma parte dos seios paranasais co-
meçam a se desenvolver na parte final 
da vida fetal, enquanto outra parte se 
desenvolvem após o nascimento. São 
formados a partir de protuberâncias 
das cavidades nasais e são segmen-
tos aerados (pneumáticos) das ca-
vidades nasais dos ossos (como por 
exemplo os seios maxilares na maxila 
e os seios frontais no osso frontal).
 
Figura 7. Variados graus de displasia frontonasal. Fonte: CARLSON, B. M. Embriologia Humana e Biologia do 
Desenvolvimento. 5ªED
Figura 8. Crescimento progressivo dos seios da face. Fonte: https://www.elmann.com/sinusite-em-bebes-e-criancas/
20EMBRIOLOGIA DA FACE
Na maioria dos recém-nascidos os 
seios paranasais estão ausentes ou 
se presente de forma rudimentar. Os 
seios maxilares costumam ser peque-
nos neste momento e crescem lenta-
mente até a puberdade e terminam-
-se de desenvolver antes de todos 
os dentes do adulto jovem nascerem. 
Os seios esfenoidais e frontais não 
existem no nascimento. Os seios et-
moidais são pequenos até os 2 anos 
de idade, com uma curva de cresci-
mento acentuada entre 6 e 8 anos de 
idade. Os seios etmoidais mais an-
teriores crescem com 2 anos, e dão 
origem aos seios frontais. Os cresci-
mentos de todos esses seios são im-
portantes para alteração e formato da 
face, além de conferir a característica 
de ressonância à voz na adolescência. 
21EMBRIOLOGIA DA FACE
DESENVOLVIMENTO DA FACE
FACE CAVIDADES NASAIS 
SEIOS 
PARANASAIS
Fenda labiopalatina Epitélio olfatório
Superior
Proeminência 
frontonasal
Duas proeminências 
maxilares
Duas proeminências 
mandibulares
Holoprosencefalia Comunicação oral-nasal
Média
Displasia frontonasal Coanas
Inferior
Displasia frontonasal
4ª a 8ª semana Microstomia congênita
Pós-natal
Pré-natal
Narina única
Frontais
Maxilares
Nariz bífido
Esfenoidais
Malformações Desenvolvimento Desenvolvimento
Conchas nasais
Estruturas 
primordiais
Tempo 
Malformações
22EMBRIOLOGIA DA FACE
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRAFICAS
Embriologia Clínica - 10ª Ed. 2016. Autor: Moore, Keith |
CARLSON, B. M. Embriologia Humana e Biologia do Desenvolvimento. 5ªED
LAMEGO, Isabel. HOLOPROSENCEFALIA - ESTUDO DE SEIS CASOS, 1994.
23EMBRIOLOGIA DA FACE

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