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Gabriella R de Oliveira - Interpretação de Eletrocardiograma - 15 TAQUIARRITMIAS: CONCEITO: ARRITMIA (RITMO DIFERENTE DO SINUSAL), COM FREQUÊNCIA VENTRICULAR MAIOR OU IGUAL A 100 BPM SÃO DIVIDIDAS EM 2 GRUPOS: SUPRAVENTRICULARES: ORIGEM ACIMA DOS VENTRÍCULOS, ACIMA DA BIFURCAÇÃO DO FEIXE DE HIS VENTRICULARES: ORIGINAM EM QUALQUER PORÇÃO NO VENTRÍCULO, EX: TAQUICARDIA VENTRICULAR, ABAIXO DA BIFURCAÇÃO DO FEIXE DE HIS COMO DIFERENCIAR: PELA MEDIDA DO COMPLEXO QRS SUPRAVENTRICULARES: QRS ESTREITO, MENOR DO QUE 3 QUADRADINHOS, ESPÍCULAS NORMAIS, < 120 MS VENTRICULARES: QRS ALARGADO, > 120 MS, TAQUICARDIA VENTRICULAR (81%), TSV COM ABERRÂNCIA (14%): EM CASO DE BRE OU BRD (ECG COM QRS ALARGADO PREVIAMENTE), FICA TAQUICÁRDICO, SINUSAL (EXCEÇÃO), TAV ANTIDRÔMICA (5%): PODEM SER CLASSIFICADAS HEMODINAMICAMENTE: ESTÁVEL > PA BOA, NENHUM DOS 5 D’S INSTÁVEL > CHOCADO, DOR PRECORDIAL, SÍNCOPE, CRITÉRIOS DE INSTABILIDADE: 5 D’S · HIPOTENSÃO ARTERIAL, DIMINUIÇÃO DA PA: < OU IGUAL 90 X 60 · DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (DIM DO GLASGOW, CONFUSO) · DISPNEIA (EAP) · DOR TORÁCICA (ANGINOSA) · SÍNCOPE (DESMAIO) > TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES GERALMENTE NÃO CAUSAM INSTABILIDADE HEMODINAMICA, AS VENTRICULARES CURSAM COM INSTABILIDADE HEMODINAMICA TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES: . Taquicardia Sinusal . Taquicardia Atrial . Fibrilação atrial . Flutter Atrial . Taquicardia Reentrada Nodal (mais comum) . Taquicardia Atrioventricular (Sd de Wolff-Parkinson-White) QUADRO CLÍNICO DAS ARRITMIAS: PALPITAÇÃO TAQUICÁRDICA, SUDORESE, DOR TORÁCICA, MAL ESTAR GENERALIZADO/INESPECÍFICO, DISPNÉIA, TONTURA TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL: O ESTÍMULO AO INVÉS DE SEGUIR FLUXO NORMAL DE PROPAGAÇÃO, VAI SE PERDER PRÓXIMO AO NODO AV, REENTRANDO E PRESO NO ÁTRIO, PERPETUANDO, É UMA TAQUICARDIA ATRIAL, ÁTRIO ENTRA EM F ALTA, PORÉM VENTRÍCULO NAO ACOMPANHA F DO ÁTRIO, POIS TEM O NODO AV, QUE FILTRA ESTÍMULOS, REDUZINDO A PASSAGEM DE ESTÍMULOS, QUANDO VEM MUITO, FAZENDO COM QUE A F VENTRICULAR NÃO SE ELEVE TANTO QUANTO A ATRIAL, PACIENTE QUEIXA DE BATIMENTO MUITO FORTE EM REGIÃO CERVICAL E DE FÚRCULA (ÁTRIO BATENDO CONTRA VÁLVULA ATRIOVENTRICULAR FECHADA, COM RESISTÊNCIA, AUMENTA P ATRIAL E IRRADIA PARA REGIÃO DA FÚRCULA E SENTE A PULSAÇÃO - SINAL DE FROG, SAPO: PALPITAÇÃO NA REGIÃO DA FÚRCULA, CARACTERÍSTICA DA TRN, AUMENTO DAS PRESSÕES CAVITÁRIAS REFLETIDA NA REGIÃO CERVICAL) ALGORITMO DAS TAQUICARDIAS SUPRAVENTRICULARES: Estudante de medicina, 22 anos, sem comorbidades prévias queixando-se de queixa de palpitações após uma notícia traumática, ECG: > ONDAS P POSITIVAS, 1 PARA CADA QRS E DE MESMA MORFOLOGIA - RITMO SINUSAL, FC: > 100 BPM, TAQUICARDIA, QRS ESTREITO, REGULAR > TAQUICARDIA SINUSAL, COMUM EM DOR, FEBRE, INFECÇÃO, EXERCÍCIO FÍSICO Eu preciso tratar essa arritmia? Em geral não…. Tratar a causa base: Ansiedade, dor, febre, etc... Caso Clínico: Paciente, sexo feminino, 40 anos com queixa de palpitaçõoes inciado hoje cedo. Sensação de sentir o coração pulando no pescoço. (frog signal) > AUSÊNCIA DE ONDAS P, RITMO NÃO SINUSAL, FC: 150 BPM, TAQUICARDIA NÃO SINUSAL, TAQUIARRITMIA ESTÁVEL, QRS ESTREITO, REGULAR TAQUICARDIA POR REENTRADA NODAL: > ONDA P RETRÓGRADA: CAI DEPOIS DO QRS, DEFLEXÃO NEGATIVA PÓS QRS, CONFUNDE COM ONDA S DO QRS, CHAMA-SE ONDA PSEUDO S (FAKE) 3:1 PROPORÇÃO MULHERES X HOMENS FISIOPATOLOGIA: RITMO REGULAR NASCE NO NÓ SINUSAL PRÓXIMO A DESEMBOCADURA DA VEIA CAVA, E SEGUE TRAJETO SINUSAL ESTÍMULO AO INVÉS DE SEGUIR PELAS VIAS RÁPIDAS E LENTAS, ERRA O CAMINHO, FICA REENTRANDO NO ÁTRIO, AUMENTANDO N DE ESTÍMULOS NA REGIÃO, PRÓXIMO AO NODO AV • Substrato eletrofisiológico é uma dupla via de condução no nó atrioventricular. • 2 vias, velocidades de condução diferentes: LENTA E RÁPIDA • Estímulo elétrico reentre no próprio nodo atrioventricular, se perpetuando, podendo levar à arritmia, FREQUÊNCIA SOBE NO ÁTRIO E NO VENTRÍCULO NÃO, FC: 160/180 BPM, MAL ESTAR, SINAL DE FROG +. CARACTERÍSTICAS: • Intervalo RP (início do QRS ao início da onda P) • Intervalo PR (inicio da onda P a incio no QRS) • Pseudo Onda S (DII, DIII, avF) • Intervalo RP < PR, intervalo RP < 70 ms > ONDA P PÓS QRS, RETRÓGRADA OU PSEUDO S, MAIS VISÍVEIS EM DERIVAÇÕES INFERIORES: DII, DIII E AVF O FAZER PARA REVERTER: MANOBRA VAGAL: ESTIMULA SNA PARASSIMPÁTICO, ATIVA RECEPTORES CARDIO INIBITÓRIOS - ACETILCOLINA, REDUZ FC - BRADICARDIA, REDUZ PA, RELAXA MUSCULATURA, EXEMPLO: MANOBRA DE VALSALVA MODIFICADA (43% DE REVERSÃO), FORÇA DE EXPIRAÇÃO CONTRA SUPERFÍCIE FECHADA OU DORSO DA MÃO, SEGUIDO DE ELEVAÇÃO DOS MMII, BRADICARDIA, CHAMAR O JUCA - INDUZIR VÔMITO, COMPRESSÃO DO SEIO CAROTÍDEO - COMPRIME BARORRECEPTORES, ESTIMULA NERVO VAGO, FAZ BRADICARDIA, É CONTRA INDICADA EM IDOSOS, ATEROMATOSE CAROTÍDEA, OU SOPRO CAROTÍDEO, FAZ EM JOVENS, POSIÇÃO DE CÓCORAS TAMBÉM É, ARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES ESTÁVEIS, RR REGULARES, FA EXCLUÍDA (IRREGULAR), E TAQUIARRITMIA DE QRS ESTREITO, TRATAMENTO DE MANUTENÇÃO: ADENOSINA, BBK OU BCC (BLOQUEIAM NODO AV), REFRATÁRIO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO: ABLAÇÃO DE ARRITMIA, PROCEDIMENTO INVASIVO, TIPO CATETERISMO/CAUTERIZAÇÃO DAS VIAS ELÉTRICAS (CURATIVO) TRN raramente leva à instabilidade hemodinâmica… Em geral o prognóstico em ausência de cardiopatia estrutural é bom TAQUICARDIA ÁTRIO-VENTRICULAR: > ANEL ÁTRIO-VENTRICULAR (ESTRUTURA FIBRA ELÁSTICA), FUNCIONA COMO ISOLANTE > SITUAÇÃO CONGÊNITA, NASCE COM VIAS ACESSÓRIAS (FIBRAS DE KENT), NO LOCAL DA TRANSIÇÃO ENTRE ÁTRIOS E VENTRÍCULOS, ONDE FICA O ANEL FIBROSO, TEM UM FEIXE ELÉTRICO A MAIS, AO INVÉS DE SEGUIR TRAJETO NORMAL, O ESTÍMULO TEM UMA VIA A MAIS, QUE CONECTA DIRETAMENTE O ÁTRIO E O VENTRÍCULO, INTERVALO PR VAI SER CURTO < 0,12 OU 3 QUADRADINHOS - PRÉ-EXCITAÇÃO > Alguns indivíduos têm congenitamente uma via anômala de fibras musculares que comunica eletricamente o átrio e o ventrículo (FIBRAS DE Kent). > Essas vias anômalas podem se localizar em qualquer ponto do anel atrioventricular. Essa via anômala conduz o estímulo mais rápido que a via normal, por isso chamamos de pré excitação (intervalo PR curto) > + HOMENS ENTRE 20-30 ANOS > porção inicial do QRS mais lentificada, onda delta - ativação ventricular mais lenta, QRS um pouco mais alargado ECG: > PR CURTO, ONDA DELTA, RETARDO NA PORÇÃO INICIAL DO QRS, QRS MAIS ALARGADO, ONDAS T ACHATADAS, QUASE ISOELÉTRICAS - REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR ALTERADA ONDA DELTA: É uma ativação ventricular um pouco mais lenta, mais visível em derivações precordiais: V1, V2, V3 E V4 Todo mundo que tem PR curto (PRÉ-EXCITAÇÃO, ONDA DELTA) eu chamo de S WPW? = Não Síndrome de WPW - WOLF PARKINSON WHITE: = paciente com alterações eletrocardiográficas e com presença de sintomas, síndrome - conjunto de sinais e sintomas • PR Curto • Presença de onda delta • QRS em geral mais largo pela presença da onda Delta • Alterações de repolarização: ONDA T ACHATADA • Sintomas de palpitações ou síncope TRATAMENTO DEFINITIVO: ABLAÇÃO DA VIA ACESSÓRIA, tratamento de escolha, de cura, indivíduo refratário, mas o tratamento para segurar a arritmia: antiarritmico CASO CLÍNICO: Mulher, 32 anos, admitida com queixa de palpitações taquicárdicas. AP: CIA prévia > ONDAS P NEGATIVAS EM AVF, RITMO NÃO SINUSAL, ARRITMIA, FC: 120 BPM, TAQUIARRITMIA, QRS ESTREITO, R’R REGULAR - EQUIDISTANTE - TAQUICARDIA ATRIAL Tem presença de ondas P, mas não são ondas P com características sinusais, negativas. TAQUICARDIA ATRIAL: > mais rara > onda P não sinusal com ritmo regular, ondas P negativas Causas de Taquicardia Atrial: > Situações que tem sobrecarga do átrio, sobrecarga de pressão, dilatação atrial, perda da conformação do átrio, sai do ritmo sinusal, estímulo nasce em outros pontos do átrio DPOC CIA - comunicação interatrial aberta, cardiopatia congênita, forame oval fica patente - não fecha, na maioria não tem sintomas: sobrecarga D atrial, perde conformação do átrio Pós operatório de Cirurgia Cardíaca EstenoseMitral: avançada, com sobrecarga de câmaras direitas, átrio D, remodelamento atrial, altera conformação do átrio Cardiopatia Hipertensiva TRATAMENTO: • Tratar a causa base • Controlar a Frequência cardíaca Caso Clínico: Homem, 64 anos, com quadro de palpitações de início recente AP: Ex tabagista importante (120 anos maço), DPOC em uso de 02 em domicílio ECG: > D2 LONGO: traçar na dúvida do ritmo, regular ou não, ONDAS P PRECEDENDO OS QRS DE MORFOLOGIAS DIFERENTES A CADA CICLO, TEM VÁRIAS FORMAS DE ONDA P: NEGATIVA, AUMENTADA - RITMO NÃO SINUSAL, TAQUICARDIA ATRIAL MULTIFOCAL Taquicardia Atrial Multifocal (TAM): ÁTRIO PERDEU CONFORMAÇÃO, ESTÍMULOS NASCEM EM CADA MOMENTO EM UM FOCO DIFERENTE, ONDAS P DIFERENTES, MULTIFOCAL, CONDUÇÃO PARA O VENTRÍCULO VAI SER IRREGULAR - RITMO IRREGULARMENTE IRREGULAR · > TAQUICARDIA MAIS COMUM DO PNEUMOPATA, HIPERTENSÃO PULMONAR, SOBRECARGA DO ÁTRIO, MUDA CONFORMAÇÃO, É MAIS RARA Caso Clínico: Homem, 70 anos (IDOSO), previamente hipertenso e diabético. Palpitações recorrentes há alguns meses. Palpitações contínuas desde hoje cedo Ausculta: totalmente irregular ECG: > RITMO IRREGULAR EM D2 LONGO, intervalo R-R irregular, ONDAS RR NÃO EQUIDISTANTES, AUSÊNCIA DE ONDAS P EM AVF, RITMO IRREGULARMENTE IRREGULAR não sinusal, FC: 136 BPM, ARRITMIA SUPRAVENTRICULAR - FA DE ALTA RESPOSTA VENTRICULAR, FA TAQUICÁRDICA > ausencia de ondas p em dI e avf, R-R irregular, FC: 114 bpm, FA de alta resposta ventricular, FA taquicárdica FIBRILAÇÃO ATRIAL: > estímulo não nasce no nó sinusal, ausencia de ondas P, estimulo nasce em várias localizações do átrio esquerdo > estase sanguínea (viscosidade sanguínea aumentada), hipercoagulabilidade sanguínea (cascata de coagulação), lesão endotelial direta = TRÍADE DE VIR SHELL, que levam a TPP, TEP, FENÔMENOS CARDIOEMBÓLICOS, formação de trombos, coágulos intracavitários, dentro do átrio, SNC sofre mais, principal causa de AVE isquêmico - origem cardioembólica, fenômeno tromboembólico, principal fator de risco é FA, anticoncepcionais alteram coagulabilidade - estrógeno - TPP, TEP, e tabagismo tem lesão endotelial, pacientes acamados, voos prolongados aumenta estase sanguínea - aumenta risco de fenômenos cardioembólicos, DPOC avançado faz policitemia reflexa - hemoglobina é alta, oxigenação baixa, medula produz mais hemácias, IC fator de risco, neoplasias, cirurgias prolongadas, uso de anticoncepcionais, tabagismo, COVID • Taquicardia supraventricular irregular mais frequente e de maior importância na prática clínica, devido à sua morbimortalidade (ALTA RELAÇÃO COM AVC CARDIOEMBÓLICO - FENÔMENOS TROMBOEMBÓLICOS), terapêutica, com necessidade de avaliação de anticoagulação, estratégias de controle de FC x controle de ritmo. FA = TEM TEMPESTADE DE GATILHOS, ESTÍMULOS ELÉTRICOS GERADOS, PRINCIPALMENTE DO AE, NASCEM EM VÁRIOS FOCOS DO AE Mecanismo Fisiopatológico da F.A: Ela é decorrente da desorganização dos átrios que acaba por provocar ondas de muito alta frequência, irregulares e de amplitude variáveis. O principal mecanismo é a Micro Reentrada ao redor das veias pulmonares, e gerando novos estímulos > ressonância cardíaca, problema próximo a desembocadura das veias pulmonares, círculos amarelos: locais que surgem estímulos no átrio E, principalmente ao redor das veias pulmonares 2 mecanismos propostos: > Aumento do automatismo (propriedade intrínseca do coração de gerar próprio estímulo sem interferência do SNA) em um ou mais focos atriais (AD, seio coronariano e VSC - veia cava superior, mais comum veias pulmonares no AE). > Fenômeno de Reentrada – estímulos reentrantes perpetuando a arritmia, aumentando o número de estímulos, causando remodelamento atrial, alteração atrial, frequencia elevada do átrio - FIBRILA. > é gerada em situações de sobrecarga do AE, aumenta dilatação atrial E > IC AVANÇADA, HIPERTROFIA DE CÂMARAS, ATRIAIS, DILATAÇÃO, HAS NÃO CONTROLADA/AVANÇADA, PERCA DA CONFORMAÇÃO, VALVOPATIAS QUE CAUSEM SOBRECARGA ATRIAL E > angiotomografia de coronárias (obstrução, calcificação, vê as veias pulmonares, problema na FA nasce próximo ao istmo/desenbocadura das vv pulmonares, onde a micro reentrada acontece) e ressonância cardíaca predispõe a trombo em coronárias: HF de primeiro grau com avc, infarto antes do 60 em mulheres, homens antes do 55 E Porque o indivíduo não entra em FV ? = FA vai estar elevado em torno de 300-400 bpm, mas isso não se propaga pelos ventrículos. Pelo bloqueio dos estímulos no nodo AV (atrioventricular, acima dos feixes de his D e E, FREIA, precisa dele para ter sincronicidade), evitando que essa quantidade de estímulos propague até os ventrículos gerando uma taquicardia ventricular e consequentemente um baixo débito (choque). (pelo Período Refratário do nodo av) Essa função de “porteiro “ do nodo AV de filtrar estímulos, estímulos irregulares, gera o ritmo IRREGULAR. F.A se caracteriza por um ritmo irregularmente irregular > ausência de ondas p, intervalo R-R irregular, QRS estreito Causas de Fibrilação atrial: • Estenose Mitral, Insuficiência Mitral • Tireotoxicose, hipertireoidismo descontrolada • DHE - hipocalemia, hipomagnesemia podem predispor a FA • DPOC • P.O de Cx Cardíaca: pós-operatório de cirurgia cardíaca, troca de válvula, ponte de safena, alteração de membrana • Ingesta excessiva de álcool: Holiday Heart Syndrome, curso benigno • CIA: comunicação interatrial • Drogas estimulantes: catecolaminérgicas, êxtase, cocaína, venvanse, ritalina, aumenta estímulos, faz FA aguda • SAOS (apneia do sono) Caso Clínico: Paciente 60 anos, hipertenso e diabetico Queixa de palpitações desde hoje cedo ECG: > FC: 150 bpm, ausencia de ondas p positivas e precedendo QRS em dI e avf, intervalo R-R regular, ritmo não sinusal > quase sempre o Flutter Atrial tem FC cravada em 150 bpm Flutter Atrial: átrio D • Taquicardia supraventricular MACRO reentrante caracterizado por um ritmo atrial organizado (R-R regular). • Circuitos macro reentrantes ocupam grandes áreas dos átrios, percorrem todo o átrio. • Atividade elétrica atrial D com morfologia em serrilhado (ondas F de Flutter, ondas com polaridade negativa) com polaridade negativa em derivações inferiores. • O flutter atrial típico é consequência de um grande circuito reentrante que passa pelo istmo cavo tricuspídeo e envolve quase todo o átrio direito. Os átrios despolarizam-se à frequência de 250 a 350/min, geralmente 300 bpm e, como o nó atrioventricular (AV) é um "filtro" para a passagem dos batimentos dos átrios para os ventrículos, caracteristicamente bloqueia uma parte destes impulsos e apenas metade deles conseguem chegar aos ventrículos, resultando em uma frequência ventricular de 150 bpm, em geral. > ondas P negativas, com polaridade para baixo, e mais do que 1 antes de QRS, nas derivações inferiores, ondas F de Flutter, ritmo regular, R-R equidistante Dica: • Presença de ondas F de Flutter (em Serrote, dente de tubarão) • FC “Cravada" em 150 bpm • Sempre lembrar do flutter > responde muito mal as medicações (amiodarona, propafenona - antiarrítmico, VO, lidocaína - antiarrítmico), optar por cardioversão elétrica sincronizada - desfibrilador, faz sedação leve, propofol, analgésico, benzodiazepnico leve TAQUIARRITMIAS VENTRICULARES: Caso Clínico: ID: Paciente, CBV, masculino, 48 anos AP: HAS, DM II, relata infarto prévio em 2016 e que na época não realizou cateterismo cardíaco - INFARTO NÃO TRATADO CAUSA FIBROSE DO VE HMA: Comparece em consulta de retorno no ambulatório de IC com queixa de cansaço progressivo aos moderados esforços, NYHA II. Relata piora hoje, tendo apresentado dispneia em repouso associada a desconforto torácico. • Ao Exame Físico: Pcte em BEG, corado, hidratado, A.A.A, discretamente taquipneico FR 22 irpm , GCS 15. P.A : 130x80 mmHg ACV : RCR BNF Sem Sopros, sem estase jugular FC : 150 bpm, extremidades quentes e bem perfundidas. AP : MV + difusamente distribuído, sem r. adv FR 22 irpm Abdome : Globoso, flácido, indolor,rha + Mmii : edema discreto simétrico bilateral, sem sinais de TVP 1) Diante do Eletrocardiograma realizado, qual a principal hipótese diagnóstica ? A) Taquicardia Ventricular Monomórfica B) Taquicardia Sinusal C) Taquicardia Supraventricular com condução aberrante D) Fibrilação Ventricular QRS LARGO, único formato, TV monomórfica, 80% taquicardia ventricular, 10-20% TSV com aberrância taquicardia ventricular = internação hospitalar 2) Após ser aventada sua hipótese diagnóstica, qual a conduta mais adequada ? A) Encaminhar o paciente para o P.S e Cardioversão Elétrica Sincronizada (CVE) 100 J pois o paciente apresenta se instável. B) Encaminhar o paciente para o P.S e realizar a Desfibrilação pois o paciente apresenta se instável. C) Encaminhar o paciente para a o P.S e realizar Amiodarona 150 mg EV pois o paciente encontra-se estável e se refratário, CVE 100 J. D) Alta ambulatorial com otimização das medicações V.O e amiodarona 200 mg de 8/8 horas com retorno em 15 dias Taquicardias Ventriculares : • Extrassístole ventricular • Taquicardia Ventricular • Fibrilação Ventricular • RIVA Extrassístoles Ventriculares Taquicardia Ventricular (TV): O principal mecanismo envolvido na sustentação das TVs é o mecanismo de reentrada, devido às cicatrizes miocárdicas secundárias a diversas cardiopatias estruturais; menos frequente, deve-se a distúrbios do automatismo ou atividade deflagrada, ocasionados por distúrbios eletrolíticos e metabólicos, ou ainda serem devidas a doenças geneticamente determinadas em indivíduos com o coração aparentemente normal. • BRUGADA : • RS 100 Dissociação Morfologico • Ausencia de RS NAS PRECORDIAS V1-V6 : TV • Tempo R ate S > 100 ms : TV • Dissociação AV : TV • Morfologico : tem padrao de bre ou brd em v1 ou V6 : se nao : TV Critério de Vereckei ( 2008 ) • Vereckei : R puro lento inicial em avR Critério de Vereckei ( 2008 ) • Vereckei : R puro lento inicial em avR • O novo algorítimo tem uma sensibilidade melhor (P < 0.001) e um melhor valor preditivo negativo (VPN) para o diagnóstico de TV, além de melhor especificidade (P = 0.0471) e valor preditivo positivo(VPP) para o diagnóstico de TSV do que os critérios usados no algorítimo de Brugada • . Tanto o VPN para o diagnóstico de TV quanto o VPP para o diagnóstico de TSV são 83.5% (Intervalo de Confiança 95%=75.9-91.1%) para o novo critério contra 65.2% (Intervalo de Confiança 95%= 56.5-73.9%) para o algoritmo de Brugada. R inicial em avR -> TV: Os Critérios de Vereckei para o diagnóstico diferencial de taquiarritmias com complexo QRS largo. Basicamente eles utilizam a derivação aVR para fazer esta diferenciação entre taquicardia ventricular (TV) e taquicardia supraventricular com aberrância ou com bloqueio de ramo pré-existente. Mas, qual a lógica de usar aVR. Por que não outra derivação? Simples. As arritmias supraventriculares por definição surgem acima dos ventrículos (átrios ou junção atrioventricular) Assim sendo, o vetor da despolarização dos ventrículos irá se direcionar de cima para baixo e, portanto, será negativo em aVR. Já em alguns casos de TV, esta lógica se inverte e o vetor que irá despolarizar os ventrículos se direciona no sentido de aVR. O exemplo mais fácil para ilustrar é o de uma arritmia que surja no ápice do ventrículo esquerdo. • Na dúvida entre um TV ou uma TSV com aberrância, tratar como TV… Se instável -> CVE • -> Se estável, seguir o algoritmos do ACLS ou da SBC de taquiarritmias… • Na dúvida entre um TV ou uma TSV com aberrancia, tratar como TV… Se instável -> CVE • -> Se estável, seguir o algoritmos do ACLS ou d Conceito importante : • Taquicardia Ventricular = internação hospitalar. • Investigar causas de taquicardia ventricular : etiologia isquemica, Chagásica, arritmias congênitas ? Ritmo de PCR • Desfibrilação !!! CardioVersão Elétrica Sincronizada x Desfibrilação • Cardioversão é a descarga elétrica sincronizada ao complexo QRS, evitando que o choque seja liberado em porções do ciclo de relativa refratariedade, evitando gerar uma fibrilação ventricular. • Desfibrilação é a descarga sem sincronização, em qualquer momento do ciclo cardíaco. • Cardioverter é o reiniciar o computador, vai ser usando na TV estável, nas taquiarritmias supraventriculares, F.A, flutter, etc. • Desfibrilar seria RESETAR • ( TV sem pulso, Fibrilação ventricular, que são ritmos de PCR ) Paciente parou…
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