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Eletrocardiograma_ Taquiarritmias

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Eletrocardiograma: Taquiarritmias
————————————————————————————————————————————————---
Arritmias cardíacas
➔ normalidade
● ritmo cardíaco
○ sinusal
○ onda P com orientação normal
no quadrante entre 0 e +90
graus orientada da direita para
a esquerda, precedendo cada
complexo QRS
➔ alterações
● arritmias ou disritmias
● alteração no ritmo cardíaco normal
○ distúrbios na formação e/ou
condução do estímulo elétrico
● taquiarritmias
○ alterações do ritmo cardíaco
normal quando há aumento da
FC (taquicardia) ou batimento
precoce (extrassístole)
● bradiarritmias
○ são arritmias onda há
diminuição da FC
(bradicardia) ou
despolarização tardia
(escape)
● derivação
○ D2 mais utilizada durante 1
minuto
○ pode se utilizar também V1
(evidencia melhor a onda P)
——————————————————————
Mecanismo das arritmias cardíacas
➔ automatismo normal
● despolarização espontânea das
células cardíacas ao atingir o limiar
de -60 mV
● células do nó sinusal, podendo surgir
em células da junção AV, dos átrios e
do sistema His-Purkinje
○ marca passo subsidiário >>
inibido pela frequência de
estimulação mais elevada as
células sinusal >> overdrive
supression
● quando o ritmo sinusal é interrompido
ou a FC diminui as células da junção
AV ou de outras regiões assumem o
comanda da atividade elétrica
○ FC < que 60 bpm
● nos bloqueios AV total, as células do
sistema His-purkinje assumem o
comando
○ FC 40 bpm
➔ hiperautomatismo
● exacerbação do automatismo do nó
sinusal ou marca-passos subsidiários
○ velocidade da automação
espontânea aumentada >>
taquiarritmias
➔ automatismo anormal
● células dos átrios ou ventrículos que
não mostram atividade elétrica
autônoma
○ potencial de repouso
diminuído
○ gera foco ectópico no
potencial limiar que interfere o
automatismo normal do nó
sinusal
● causa extrassístole e taquiarritmia
● aumento da FC
○ mais impulsos do nó sinusal
(taquicardia sinusal) ou focos
ectópicos (taquiarritmias)
➔ reentrada
● distúrbio de propagação do estímulo
onde o impulso retorna e produz
várias despolarizações
○ extrassístole
Clínica Médica e Suas Especialidades
● fenômeno da entrada
○ circuito anatômico ou
funcional
○ sementos com velocidades
diferentes
○ quando há batimento precoce
(extrassístole) pode encontrar
um trecho do sistema de
condução (via rápida) ainda
em período refratário
○ havendo via alternativa com
período refratário menor e
velocidade de condução mais
lenta (via lenta), o estímulo
opta por ela
○ assim o estímulo consegue
voltar por uma via mais
rápida, que tinha sido
bloqueada mas que está em
período refratário
○ distúrbio de condução da via
rápida >> bloqueio
unidirecional
○ o mesmo estímulo pode
reentrar produzindo nova
despolarização ou se
perpetuar causando
taquicardia >> início súbito e
término abrupto taquicardia
paroxística
● tipos de reentrada
○ atrial: paredes dos átrios com
velocidade de condução
diferentes
○ nodal: dupla via de condução
1. condução lenta,
células do nó AV;
2. condução rápida,
células com
características dos
feixes de condução
rápida que se
conectam com a do no
AV
○ atrioventricular: via
assessoria (feixe anômalo) >>
conecta o átrio diretamente ao
ventrículo conduzindo mais
lentamente e paralelo ao nó
AV (síndrome de
Wolff-Parkinson-White)
○ ventricular: estímulo elétrico
em área de fibrose ou
aneurisma pode se dividir em
duas frentes de onda
○ microentradas: circuitos
pequenos localizados na
junção AV
○ macroentradas: feixes
anômalos
○ atividade deflagrada por pós
potenciais: oscilação nas
fases 3 e 4 do ciclo, gera
pós-potenciais precoces ou
tardios, que quando atingem a
voltagem limiar,
desencadeiam estímulos
causando arritmias >>
prolongam a repolarização
ventricular (síndrome do QT
longo) // bradicardia aumenta
ainda mais o intervalo QT >>
se tardios causam depleção
eletrolítica (hipopotassemia) e
intoxicação digitálica
Clínica Médica e Suas Especialidades
○ condução lenta e bloqueio:
impulsos podem sofrer retardo
da condução (prolongamento
do intervalo PR) ou bloqueio,
essa dificuldade de condução
aumenta progressivamente
até bloquear, podendo causar
bradiarritmias (bloqueios AV)
e predispor ao fenômeno de
reentrada (bloqueio
unidirecional) causando
taquiarritmias
● mecanismo de arritmias
supraventriculares e ventriculares
○ flutter atrial
○ taquicardias paroxísticas
supraventriculares
○ taquicardias ventriculares
——————————————————————
Extrassístoles
➔ definição
● batimentos precoces originados de
foco ectópico
● ritmo regular
● surgem antes da próxima sístole
esperada
● escapes
○ diferentes, sendo eventos
tardios
● arritmias mais comuns
● ocorrem e cardiopatias e em pessoas
normais
● acontecem em átrios, ventrículos ou
junção AV
○ átrios ou junção AV:
supraventriculares
○ ventrículos: ventriculares
➔ mecanismo
● hiperautomatismo de foco ectópico
● pode ser causado por reentrada e
atividade deflagrada por
pós-potenciais
➔ características
● pausa pós-extrassistólica
○ pausa ou intervalo maior após
a extrassístole
○ relacionado ao periodo
refratário das estruturas
despolarizadas
○ pausa compensadora: soma
dos intervalos
pré-extrassistólicos e
pós-extrassistólicos é = 2x
duração do ciclo cardíaco
normal >> nó sinusal não
despolarizou pela
extrassístole e manteve ritmo
inalterado
○ extrassístole interpolada: não
há pausa
● intervalo de acoplamento
○ distância da extrassístole ao
batimento precedente, <
duração de um ciclo normal
○ batimento precoce de um
mesmo foco ectópico
○ quando variável para um
mesmo foco sugere
parassistolia
➔ classificação das extrassístoles
● origem
○ supraventriculares (QRS
estreito): pode ter a mesma
morfologia dos complexos do
ritmo sinusal de base
1. atriais
Clínica Médica e Suas Especialidades
2. juncionais
○ ventriculares (QRS
alargados): foco ectópico
ventricular, estímulo não
percorre o feixe de His e
ramificações, QRS anômalo,
alargado e desviado na
orientação espacial
● frequência
○ isoladas
○ agrupadas
1. bigeminadas: 1
batimento = 1
extrassístole
2. trigeminadas: 2
batimentos = 1
extrassístole
3. pareadas: 2
extrassístoles
consecutivas
4. em salva: 3 ou +
extrassístoles
consecutivas
● morfologia
○ monomórficas: morfologia
semelhante
○ polimórficas: morfologias
diferentes >> múltiplos focos
de origem
➔ extrassístoles supraventriculares
● batimentos precoces com QRS
igual ao ritmo normal
○ QRS estreito
● onda P com morfologia diferente
da onda P sinusal
○ extrassístole atrial >> onda P
ectópica precoce com
morfologia diferente da onda p
em ritmo sinusal
○ onda P negativa nas
derivações inferiores e
intervalo PR mais curto >>
foco ectópico próximo o nó AV
○ intervalo de acoplamento
muito curto >> parte do
sistema de condução
intraventricular em período
refratário >> extrassístole
atrial com aberrância de
condução
○ extrassístole atrial bloqueada:
intervalo de acoplamento mais
curto >> bloqueio AV funcional
>> onda P precoce sem QRS
correspondente
● sem onda P precedendo QRS
○ extrassístole juncional
○ região juncional: nó AV, início
do feixe de his e porção baixa
dos átrios
○ onda P pode estar coincidindo
com o QRS e não ser visível
>> distorção on QRS
Clínica Médica e Suas Especialidades
○ onda P após o QRS e
negativa nas derivações
inferiores >> onda P
retrógrada >> estímulo do
feixe de His despolariza os
ventrículos e depois atravessa
o nó AV em sentido inverso e
até chegar no átrio
retrogradamente
● com bloqueio de ramo
○ QRS alargado com mesma
morfologia dos outros
batimentos em ritmo sinusal
○ bloqueio de ramo direito: QRS
alargado
➔ extrassístoles ventriculares
● QRS aberrante sem onda P
precedida
● pareadas
○ 2 extrassístoles após 1 ciclo
● salva
○ 3 ou + extrassístoles >>
taquicardia ventricular
● monomórficas
● polimórficas
○ polifocais
● após onda P sinusal
○ fenômeno de fusão
○ batimento precoce de 2
frentes de onda
○ despolarização precoce do
foco ventricular encurtando o
intervalo PR e estímulo do nó
sinusal chegando pelas vias
normais de condução,
gerando menor aberrância do
QRS
○ morfologia intermediária entreQRS extrasissotlico e o de
origem sinusal
○ não é exclusivo da
extrassístole ventricular >>
pode ocorrer em qualquer
ritmo ventricular ectópico, na
pré-excitação ventricular
(Wolff-Parkinson-White) e as
vezes em portadores de
marcapasso artificial
● onda P negativa após
extrassístoles ventriculares (P
retrógrada)
○ derivações inferiores
○ raro ser seguido de QRS
estreito com morfologia
supraventricular
○ batimento recíproco
ventricular
○ 1 extrassístole despolariza os
ventrículos, átrios
retrogradamente e novamente
os ventrículos após se
recuperarem do período
refratário
——————————————————————
Parassistolia
➔ definições
● presença de foco ectópico de
automatismo simultâneo e
independente do nó sinusal
● localiza se em qualquer parte do
coração
○ átrio, junção AV, ou ventrículo
● mecanismo
○ bloqueio de entrada ou de
proteção >> protege o foco
parassistólico da
despolarização pelo estímulo
sinusal
○ bloqueio de saída que faz os
impulsos parassitólicos
aparecerem ocasionalmente
● extrassístole de mesmo foco
○ intervalo de acoplamento
variável
● complexos parassistólicos surgem em
intervalos iguais ou múltiplos entre si
○ nao tem relacao com
frequência sinusal
○ intervalo de acoplamento é
variável
Clínica Médica e Suas Especialidades
● parassístole
○ modalidade de ectópica pouco
diagnosticada
○ confundida com extrassístole
○ ventriculares mais facilmente
reconhecidas
○ se comporta como
marca-passo paralelo
○ independente de ação do nó
sinusal
○ repercussão hemodinâmica
○ não determina taquicardia
——————————————————————
Taquicardias
➔ definições
● frequência atrial e//ou ventricular >
100 bpm
● é possível haver entre frequências
de 60 a 100 bpm
○ fibrilação atrial com resposta
ventricular adequada
➔ classificações
● supraventricular
○ QRS estreito ou mesma
morfologia do ritmo sinusal de
base
○ pode ter QRS alargado com
duração igual ou > que 0,12
segundos >> supraventricular
com aberrância de condução
● ventricular
○ QRS alargado
○ duração igual ou > que 0,12 s
➔ taquicardia supraventricular (TSV)
● origem nos átrios ou na junção AV ,
antes da bifurcação do feixe de His
● QRS estreito
○ maioria das vezes
● QRS alargado
○ bloqueio de ramo preexistente
ou distúrbio de condução
devido a taquicardia
● tipos
○ taquicardia sinusal (TS)
○ fibrilação atrial (FA)
○ flutter atrial (flutter)
○ taquicardia paroxística (TPSV)
○ taquicardia atrial (TA)
○ taquicardia juncional (TJ)
● diagnóstico
○ analisar a regularidade da
taquicardia e procurar a onda
P
○ podem ser regulares como a
sinusal e as paroxística por
reentrada
○ pouco irregulares como flutter
atrial e a atrial
○ muito irregulares como a
fibrilação atrial e a atrial
multifocal >> taquiarritmias
○ taquicardia sinusal e TA são
precedidas por onda P
○ TPSV e juncional onda P pode
não ser visível
○ FA e flutter atividade atrial é
diferente
○ FC muito elevada dificulta o
diagnóstico
● taquicardia sinusal (TS)
○ "não é uma taquiarritmia"
○ elevação da FC devido ao
aumento da atividade
simpática no coração
○ secundária a ansiedade,
processos sistêmicos (febre,
tireotoxicose), IC, hipotensão
arterial e medicamentos
○ raramente é primária e
decorrente de mecanismo
arritmogênico (reentrada
sinoatrial) >> taquicardia
sinusal inapropriada
Clínica Médica e Suas Especialidades
○ diagnóstico diferencial das
taquicardias
supraventriculares (TSV)
○ FC maior que 100 bpm e onda
P tem orientação normal
○ intervalo PR encurtado em
relação ao período da FC >>
estimulação simpática,
aumenta a F do nó sinusal >>
condução maior no nó
atrioventricular
● fibrilação atrial (FA)
○ arritmia sustentada
○ incidência aumenta com idade
avançada
○ causas: valvopatias mitrais,
miocardiopatias, cardiopatia
isquêmica, cor pulmonale e
pacientes sem antecedentes
cardíacos, hipertireoidismo e
abuso de álcool, pode surgir
sem doença carida
○ complicação:
descompensação cardíaca e
fenômenos tromboembólicos
○ múltiplos focos ou numerosas
microrreentradas produzem
atividade atrial totalmente
desorganizada e de
frequência alta > 350 bpm,
contrações ventriculares
irregulares, bloqueio funcional
da alta frequência atrial no nó
AV, conseguindo despolarizar
o ventrículo alguns estímulos
atriais
1. ausência de onda P
2. ritmo muito irregular
com intervalos R-R
variáveis de um ciclo
para outro
3. registro da atividade
atrial irregular (ondas f
- fibrilatórias) >>
complexos irregulares
de baixa voltagem
registrados na linha de
base, visíveis no final
da onda T ao QRS >>
derivação V1
4. frequência atrial
variável de 350 a 700
bpm
○ suspeita de fibrilação: arritmia
com RR muito irregular, QRS
estreito e ausência de onda P
○ taquicardia com intervalo TT
irregular e QRS alargado >>
FA com distúrbio de condução
Clínica Médica e Suas Especialidades
preexistente (bloqueio de
ramo) ou aberrância de
condução
○ tempo de duração: aguda,
paroxística e persistente ou
crônica
○ frequência ventricular: alta
resposta ventricular (FC
média acima de 100 sístoles
pm) e baixa resposta
ventricular (FC < 60 bpm) >>
FC entre 60 e 100 frequência
adequada
○ FA aguda: resposta
ventricular elevada e ondas f
de maior amplitude,
ondulação marcada e V1
○ FA crônica: paciente
medicado, resposta ventricular
baixas, ondas f de menor
amplitude
○ fenômeno de Ashman:
distúrbio de condução
intraventricular, FA pode ter
ciclos longos (RR distanciado)
e ciclos curtos (RR próximos),
QRS alargados após 1 ciclo
de cada e morfologia de BRD
>> após ciclo longo o período
refratário e meio e o batimento
seguinte mais precoce, indo
de encontro ao ramo direito do
feixe de His em período
refratário >> interpretado
erroneamente como
extrassístole ventricular >>
fenômeno permanece por
certo tempo, enquanto os
ciclos são curtos, com
frequência elevada, pode ser
confundido com taquicardia
ventricular >> complexos
alargados têm mesma
morfologia (BRD ou BRD +
BDAS) >> morfologias muito
diferentes, o diagnóstico é de
extrassístole ventricular
polimórfica
● flutter atrial
○ taquiarritmia com atividade
atrial mais organizada,
causada por reentrada no
átrio direito devido a 1 frente
de onda que circunda o anel
valvar tricúspide em sentido
anti-horário
○ ECG: atividade atrial se
apresenta regular e serrilhado,
ondulações denominadas de
onda F (flutter)
○ frequência atrial < frequência
FA, 330 bpm
○ nó AV nao transmite impulsos,
há bloqueio AV concomitante
>> 2:1, frequência ventricular
é 150 >> sobreposição da
onda F ao QRS ou a onda T
do batimento precedente >>
bloqueio AVA 3:1 ou 4:1 a
frequência ventricular é
menor, 100 ou 75 bpm,
reconhecimento das ondas F
mais fácil por ter diástole mais
longa, dando para evidenciar
○ causas: mesmas da FA,
aumento do átrio direito
(DPOC), IC e
tromboembolismo
Clínica Médica e Suas Especialidades
○ alterações:
1. ondas F com aspecto
serrilhado e regulares
2. bloqueio AV funcional
2:1 ou 4:1
3. intervalo RR constante
ou pouco variável
(bloqueio AV variável)
4. ondas F negativas em
D2, D3 e aVF
5. frequência atrial entre
250 e 350 pm
○ classificação:
A. tipo 1: ondas F
regulares e frequência
atrial entre 250 e 350
a. comum: ondas
T negativas em
D2, D3 e aVF,
sentido de
reentrada no
átrio direito
anti-horário
b. incomum ou
reverso: ondas
F positivas nas
derivações
inferiores,
reentrada no
átrio direito
igual, com
sentido inverso
B. tipo 2: ondas F menos
regulares com
frequência atrial maior,
com circuito de
reentrada diferente
(fibrilo-flutter)
● taquicardia paroxística
supraventricular (TPSV)
○ coração estruturalmente
normal
○ causa: mecanismo de
reentrada em paroxismo ou
crises >> início e término
súbitos
○ FC sempre gradual
○ FC atinge 200 bpm, variando
entre 250 e 250 bpm
○ FCmax = 220 - idade
○ reentradas
1. reentrada nodal
2. reentrada AV por via
assessoria
3. outras (atrial, sinusal)
○ taquicardia por reentrada
nodal (TRN): proximidade de
fibras de condução rápida
(feixe de His e tratos
internodais) com células de
condução lentas (nó AV), ECG
em ritmo sinusal, extrassístole
causa encontro de via rápida
em período refratárioe
progride pela via lenta, o
mesmo estímulo pode retornar
pela via rápida fora do período
refratário (bloqueio
unidirecional) e reentrar pela
via lenta (novas
despolarizações >>
taquicardia) >> circuito
pequeno, átrios e ventrículos
despolarizam ao mesmo
tempo, P coincide com QRS,
ou quando retrógrado, P pode
ser vista em seu término
(onda s das derivações D2,
D3 e aVF, ou onda r' em V1)
Clínica Médica e Suas Especialidades
>> aparecimento durante a
taquicardia e
desaparecimento em ritmo
sinusal define o TRN
○ taquicardia por reentrada
atrioventricular - síndrome
de Wolff-Parkinson-White
(WPW): conexão anormal
entre átrio e ventrículo além
do nó AV (via acessória ou
anômala) >> em ritmo sinusal,
a despolarização vai por uma
via anômala, chamado de
pré-excitação, causa
alagamento no começo do
QRS (onda delta) e
encurtamento do intervalo PR
>> via acessória predispõe
taquicardia por reentrada
atrioventricular, a
despolarização após chegar
aos ventrículos pode retornar
ao átrio pela via anômala e
reentrar nos ventrículos pela
via normal >> taquicardia
paroxística >> reentrada
ortodrômica acontece quando
o impulso elétrico despolariza
os ventrículos percorrendo o
sistema His Purkinje em
sentido normal (QRS estreito)
>> reentrada antidrômica
acontece quando o sentido é
inverso e o estímulo
despolariza os ventrículos
pela via anômala e retorna
pela normal
1. PR curto
2. QRS alargado
3. taquicardia paroxística
● taquicardia atrial (TA)
○ taquicardia supraventricular
com onda P precedendo cada
QRS
○ orientação espacial e
morfologia diferentes da onda
P sinusal
○ frequência atrial varia entre
150-250 bpm
○ mecanismo mais comum:
hiperautomatismo de foco
ectópico atrial >> início e
Clínica Médica e Suas Especialidades
término gradual com
variações da FC (acelerado -
aquecimento e desacelerado -
desaquecimento)
○ causas: sobrecargas,
alterações metabólicas,
hipóxia, isquemia e DPOC,
lesões mitrais, após cirurgia
cardíaca
○ taquicardia atrial com
bloqueio AV: aumento da FC
causa dificuldade na
condução av (bloqueio AV de I
grau) >> pode evoluir para
bloqueio de II grau tipo 2:1
(duas ondas P para cada
QRS) >> pode encontrar o
fenômeno de Wenckebach >>
quando bloqueio de II grau 2:1
e FC muito alta, pode ser
confundido com flutter atrial
>> FC não excede 250 bpm e
entre duas ondas P existe a
linha isoelétrica (diástole
atrial), já no flutter a atividade
elétrica é contínua
○ taquicardia atrial multifocal:
causada por
hiperautomatismo de múltiplos
focos com instabilidade
elétrica dos átrios,
encontradas em portadores de
DPOC, ocorrendo após
administração de
broncodilatadores ou
agonistas beta-adrenérgicos
>> onda P com 3 ou mais
morfologias, precedendo o
QRS e FC acima de 100 bpm,
intervalos PP, RR e PR variam
de um batimento para outro,
ritmo irregular podendo ser
confundido com FA (quando
FC é < 100 é denominada de
ritmo atrial caótico)
● taquicardia juncional
○ originada na região da junção
AV, por mecanismo diverso da
TRN
○ ocorre em intoxicação
digitálica por mecanismo de
atividade deflagrada por
pós-potenciais tardios, pode
ocorrer em condições de
hiperautomatismo de foco
ectópico
○ pode não haver onda P
precedendo QRS, FC varia
entre 100-150 bpm
○ duração mais prolongada >>
taquicardia juncional não
paroxística
○ taquicardia juncional com
dissociação AV: ritmo atrial
sinusal e oriundo da junção
AV, despolarizando ventrículos
com frequência mais rápida,
causa dissociação dos
complexos QRS e onda T,
Clínica Médica e Suas Especialidades
onda P sinusais positivas em
D2 próximas ao QRS
precedendo, coincidindo ou
aparecendo após ele
○ taquicardia juncional com
despolarização atrial
retrógrada: após cada QRS
há ondas P negativas (D2, D3
e aVF) - ondas P retrógradas,
estímulo juncional originado
após o nó AV, ventrículos
despolarizados depois do
impulso atravessar o nó em
sentido inverso e
despolarizando os átrios de
baixo para cima
➔ taquicardias ventriculares (TV)
● QRS alargado com estímulo de
origem nos ventrículos
● ocorre em
○ portadores de cardiopatia,
○ indivíduos com coração
estruturalmente normal
● potencialmente mais graves
○ quando prolongadas causam
hipotensão e choque
○ quando mais curtas
determinam síncopes e morte
súbita
● características
○ 3 ou > complexos QRS
alargados
○ duração = ou > que 0,12s
○ precoces e consecutivos
○ QRS não precedido de onda P
○ FC maior que 100 bpm
● os intervalos RR podem ser regulares
ou ligeiramente irregulares
● reentrada regulares
● mecanismo hiperautomatismo
○ ritmo irregular devido aos
fenômenos de aquecimento e
desaquecimento do foco
ectópico
● FC < 100 bpm
○ ritmo idioventricular acelerado
● classificação quanto à duração
○ TV sustentada
○ TV não sustentada (TVNS)
● TV de longa duração
○ sintomática
○ taquicardia ventricular
sustentada
○ indicação terapêutica de
cardioversão farmacológica ou
elétrica
● TV curta duração
○ assintomática
○ TVNS
○ medicamentos arrítmicos
● morfologia
○ monomórfica
○ polimórfica
● causas
○ infarto do miocárdio: causa
mais comum de TV nos
países desenvolvidos,
isquemia na área necrótica é
causada pela hiperautonomia
de focos ventriculares, ocorre
reentrada quando há
aneurisma pós infarto
○ miocardiopatia dilatada:
tensão na parede dilatada das
miocardiopatias e o processo
inflamatório nas miocardites
Clínica Médica e Suas Especialidades
causam automatismo
anormal, na doença de
chagas há atraso por bloqueio
de ramo (circuito de reentrada
- ramo a ramo)
○ miocardiopatia hipertrófica:
doença hereditária que há
desarranjo das fibras
miocárdicas (reentrada) >>
causa de morte súbita e
jovens assintomáticos
○ outras causas: displasia
arritmogênica do ventrículo
direito >> substituição
progressiva do miocárdio
ventricular >> formação de
circuitos reentrantes >>
encontro de uma deflexão
final do QRS na derivação V1
denominada onda epilson
○ coração estruturalmente
normal: síndrome do QT longo
>> alterações metabólicas por
efeito colateral de
medicamento ou congênito >>
disfunção dos canais iônicos
prolongando a repolarização
ventricular >> formação de
pós-potenciais que deflagram
taquicardias ventriculares
polimórficas >> síncope e
morte súbita
➔ taquicardias com QRS alargado
● nem toda taquicardia com QRS
alargado é ventricular
○ a TSV com aberrância de
condução também tem QRS
alargado
○ taquicardia com QRS
alargado não sustentada:
morfologia igual na TV e na
TSV >> TSV com bloqueio de
ramo preexistente >> se
houver 1 extrassístole
ventricular isolada com a
mesma morfologia é TV QRS
largo sustentado de
morfologia rSR' em V1 própria
do RBD é TSV >> morfologia
do QRS muito aberrante nao
compativel com bloqueio é TV
(ou se houver ondas P
esparsas) >> TVs são mais
graves do que as TSVs, então
quando há QRS largo e ritmo
cardíaco normal, deve-se
suspeitar da primeira
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○ doença arterial coronariana é
a principal causa de TV
● taquicardia ventricular
monomórfica
○ mais frequente
○ QRS alargado com a mesma
morfologia e FC entre 100-200
bpm
○ ventrículo direito: QRS com
morfologia de BRE, negativo
em V1
○ ventrículo esquerdo: QRS
com morfologia de BRD,
positivo em V1
○ TSV: morfologia de QRS
alargado em BRD ou BRE >>
aberrância > síndrome de
Wolff-Parkinson-White
● taquicardia ventricular polimórfica
○ QRS de origem ventricular
tem morfologia diferente
○ mais grave que a TV
monomórfica
○ ritmo irregular e FC elevada
○ torção de pontas: aumento do
intervalo QT >> QRS
aumentam e diminuem de
amplitude ciclicamente e
parecem girar em torno da
linha de base >> condições
patológicas que aumentam
QT (síndrome do QT longo
congênito, distúrbios
eletrolíticos, efeitos colaterais
e medicamentos)
○ QT longo >> TV em período
de bradicardia >> QT ainda
mais prolongado >>
intermitente causa morte
súbita (fibrilação ventricular)
● taquicardia bidirecional
○ rara
○ alternância da orientação
espacial do QRS
○ alterna e positivo e negativo
nas derivações normalmente
>> patologicamente exibe
padrão de BRD com desvios
alternados no plano frontal
para esquerdae direita,
configurando morfologia de
BDAS ou de BDPI associada
ao BRD
○ intoxicação digitálica
● fibrilacao ventricular
○ mais grave das arritmias
○ morte
○ ocorre em cardiopatias com
grave comprometimento do
miocárdio >> parada cardíaca
○ ausência de QRS e ondas T,
ha ondas irregulares e de
frequência elevada
○ extrassístoles ventriculares
precoces que incidem sobre a
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onda T do complexo
precedente, fase vulnerável
de repolarização ventricular
(fenômeno R/T)
○ taquicardias ventriculares
polimórficas
● flutter ventricular
○ forma de transição entre TV e
fibrilação ventricular
○ desorganização atrial e
ventricular
○ complexos ventriculares
deformados, ondulados e
regulares, sem ondas P, QRS
ou ondas T
○ frequência mais elevada que
TV monomórfica (200-250
bpm) >> pode evoluir para
fibrilação ventricular
○ TV polimórfica, flutter e
fibrilacao são arritmias
ventriculares malignas
○ TV monomórficas sustentadas
são potencialmente malignas
○ as TVNS monomórficas em
paciente com coração
estruturalmente normal e na
ausência de insuficiência
coronariana têm prognóstico
benigno
● ritmo ventricular acelerado
○ ritmo idioventricular acelerado
(RIVA)
○ semelhante a TV monoformifa
○ FC abaixo do 100 bpm
○ ocorre em: portadores de
insuficiência coronária após
reperfusão do miocárdio
○ não causa repercussão
hemodinâmica
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