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Auditoria de Risco e Falhas na Auditoria Interna

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AULA 4 
AUDITORIA DE RISCO 
 Profª Cristiane Aparecida da Silva 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
Nesta aula, vamos conhecer as falhas na Auditoria Interna. Entender a 
Contabilidade Criativa, as Fraudes Corporativas e as Práticas e Impactos no uso 
da Contabilidade Criativa. Esse entendimento reforça a importância da Auditoria 
Baseada em Riscos. Para tanto, vamos analisar os próximos temas a seguir. 
TEMA 1 – FALHAS NA AUDITORIA INTERNA 
Atualmente, pesquisadores nacionais e internacionais, geralmente, 
seguem a definição do conceito, análise e medidas preventivas para estudar as 
falhas na auditoria. No entanto, a definição de falha na auditoria, a análise das 
causas da falha na auditoria e como lidar com a falha na auditoria não chegaram 
a uma conclusão que todos concordam. 
Alvin e Ahrens apontaram, em seu livro, a definição do conceito de fala de 
auditoria como uma abordagem integrada em que tal falha ocorre porque 
contadores certificadores não seguem os requisitos das normas de auditoria no 
processo de auditoria. Com isso, emitiu opiniões de auditoria erradas. 
Alguns pesquisadores acreditam que a falha na auditoria significa que os 
contadores e certificações cometem erros na prática do curso e, em seguida, 
formam conclusões de auditoria errada. A segunda condição constitutiva da 
falha na auditoria é que contadores certificados não cumprem o dever de 
diligência ou têm comportamentos intencionais no processo de auditoria. A 
definição de falha na auditoria é discutida principalmente sob dois aspectos: 
primeiro, a teoria das falhas no resultado da auditoria, e segundo, a teoria das 
falhas no processo de auditoria. 
A teoria da falha no resultado da auditoria enfatiza, principalmente, que os 
contadores certificadores deixam de prestar atenção suficiente ao material de 
distorção ou omissão nas demonstrações financeiras das declarações de 
empresas e emitem relatórios de auditoria inconsistentes com os fatos. A teoria 
de falha de processo de auditoria enfatiza que os auditores deixam de seguir os 
padrões de auditoria e expressam opiniões de auditoria inadequadas. 
Ademais, pesquisadores nacionais e internacionais analisam 
principalmente os motivos da falha na auditoria sob três aspectos: empresas de 
contabilidade, os auditados e normas de auditoria. Analisar as causas da falha 
de auditoria a partir da perspectiva de normas de auditoria pode promover o 
 
 
3 
comitê de padrões de auditoria a ser alvo ao formular normas relevantes e 
reduzir a ocorrência de falha de auditoria. 
Pesquisas sobre a prevenção de falha de auditoria são discutidas, 
principalmente, a partir do ângulo de sujeito de auditoria e ambiente de auditoria. 
1.1 Exemplo de falhas na Auditoria interna 
Segundo a Agência de Proteção ambiental dos Estados Unidos (EPA), a 
Empresa Volkswagen instalou em 482 mil modelos um dispositivo que detecta 
quando o carro está sendo inspecionado e ajusta o nível de poluentes emitidos 
pelo motor aos padrões exigidos pela EPA (órgão de fiscalização dos EUA). 
Contudo, esse dispositivo fica desligado em situações normais de 
rodagem, fazendo os carros poluírem muito mais do que afirmam os 
dados divulgados pela montadora. Com isso, os carros têm melhor 
desempenho e vantagem competitiva no mercado. Tais dispositivo 
foram instalados em modelos como Jetta, Fusca, Golf, Passat e Audi 
A3, fabricados entre 2009 e 2015 as descobertas geraram uma crise na 
Empresa Volkswagen. (The Economist, 2015) 
Essas crises também esbarram em uma questão cada vez mais 
recorrente nas grandes organizações: falha na auditoria interna, falha grave 
na governança corporativa e descuido na área de compliance da empresa. 
O ato vem ao encontro do que as pesquisas das grandes crises corporativas 
mostram: a maioria das crises redundam de erros de gestão. 
A ênfase na auditoria interna aumentou acentuadamente desde 2001, 
após colapsos corporativos de alto perfil. Esses colapsos desencadearam ações 
dos criadores de padrões para melhorar a governança corporativa. Embora as 
respostas passadas aos escândalos de relatórios financeiros não tenham se 
concentrado no papel dos auditores internos, os normatizadores e os 
investidores agora estão olhando para os auditores internos como parte da 
solução crítica para os problemas percebidos de controle, monitoramento e 
geração de relatórios no setor corporativo. 
 
 
 
4 
TEMA 2 – CONTABILIDADE CRIATIVA 
A expressão contabilidade criativa tem origem anglo-saxônica – tanto em 
seu uso funcional, quanto em sua estratégia – e já foi objeto de grandes 
reflexões e investigações, principalmente no Reino Unido (Kraemer, 2005). 
O termo “contabilidade criativa” vem do inglês “earnings management”, 
que em outra versão poderia ser administração ou negócio vantajoso, 
ou seja, pode ser entendida como gerenciamento ou manuseio dos 
resultados, com a intenção de mostrar uma imagem diferente (estável 
no tempo, melhor ou pior) da entidade. (Diniz, 2013) 
No entanto, antes dos maiores escândalos financeiros dos últimos 
tempos, pouco se ouvia falar em Contabilidade Criativa. Alguns pesquisadores 
haviam escrito sobre ela, o tema era pouco conhecido, porém muito usado. A 
Contabilidade Criativa, segundo Jameson (1998, citado por Cordeiro, 2003), “é 
um processo de uso de normas, onde a flexibilidade e as omissões dentro delas, 
podem fazer com que os estados contábeis pareçam algo diferente [...] consiste 
em dar voltas às normas para buscar uma escapatória”. 
A contabilidade criativa é um tema atual na prática contábil. É utilizada 
para descobrir o processo mediante o qual os contadores utilizam seu 
conhecimento sobre as normas contábeis para manipular as cifras 
refletidas na contabilidade da empresa, sem deixar de cumprir os 
princípios de contabilidade. Desta maneira, conforme se apliquem os 
critérios e outros aspectos da contabilidade, os resultados podem variar 
e ser mais favoráveis para as organizações. (Kraemer, 2005) 
De uma maneira geral, as práticas de Contabilidade Criativa estão muito 
próximas à fraude contábil, ficando em uma linha tênue entre a norma e a 
fraude. O termo Contabilidade Criativa envolve a seleção de caminhos possíveis, 
válidas segundo os princípios e as normas contábeis, realizadas para que se 
consiga a apresentação mais favorável da informação contábil de uma empresa, 
em um momento determinado. Ademais, de acordo com Diniz (2013): 
Como observado acima, existem duas formas de interpretação 
da contabilidade criativa, uma delas conceitua como mera estratégia 
contábil resultante de vasto conhecimento em determinada matéria que 
permite um gerenciamento de resultados. A outra forma de 
interpretação, por sua vez, a considera uma manipulação propriamente 
dita das demonstrações financeiras com a finalidade de transformar os 
dados contábeis favoravelmente ao interesse dos manipuladores, como 
exemplo pode-se citar o caso de uma empresa que inflaciona seus 
lucros e depois os utiliza como atrativos na captação de recursos no 
mercado de capitais. 
 
 
5 
É muito difícil determinar os limites em que se inicia a manipulação com 
intuito de fraude e quebra de ética, quando começa aquela utilizada para a boa 
gestão da empresa, com o propósito de refletir a sua “imagem fiel” (Diniz, 2013). 
Na verdade, a Contabilidade Criativa é uma maquiagem da realidade 
patrimonial de uma entidade, decorrente da manipulação dos dados contábeis 
de forma intencional para se apresentar a imagem desejada pelos gestores da 
informação contábil. O Quadro 1 traz definições de alguns autores com várias 
interpretações. 
Quadro 1 – Definições de Contabilidade Criativa 
Ian Griffith 
(1988) 
Todas as empresas manipulam seus resultados, e as demonstrações contábeis 
publicadas estão baseadas em livros contábeis que foram “retocados” com mais 
ou menos delicadeza. Assim, as cifras divulgadas ao público investidor são 
alteradas para proteger o culpado (escondera culpa), o que é a maior farsa 
desde o “Cavalo de Tróia” e, na realidade, trata-se de artifícios que não 
infringem as regras do jogo, sendo considerados totalmente legítimos, e que 
são denominados como Contabilidade Criativa. 
Michael 
Jameson 
1988 
A Contabilidade Criativa é, essencialmente, um processo de uso das normas 
contábeis que consiste em dar voltas às legislações para buscar uma 
escapatória baseada na flexibilidade e nas omissões existentes dentro delas, 
fazendo com que as demonstrações contábeis pareçam algo diferente ao que 
estava estabelecido em ditas normas. 
Terry Smith 
(1992) 
A Contabilidade Criativa é uma prática inadequada porque dá a impressão de 
que grande parte do aparente desenvolvimento empresarial, ocorrido nos anos 
80, foi mais um resultado do jogo de mãos contábeis do que do genuíno 
crescimento econômico, já que muitas empresas se utilizaram dela para 
apresentar indicadores de crescimento econômico e financeiro não reais que, 
em um segundo momento, poderiam se tornar verdadeiros colapsos 
empresariais. 
Kamal 
Naser 
(1993) 
Contabilidade Criativa é o resultado da transformação das cifras contábeis de 
aquilo que realmente são para aquilo que aqueles que a elaboram/desejam que 
sejam, aproveitando-se do que as existentes proporcionam, ou mesmo 
ignorando-as. 
José Juan 
Blasco lang 
(1998) 
O termo Contabilidade Criativa foi introduzido na literatura contábil para 
descrever o processo mediante o qual se utilizam os conhecimentos das 
normas contábeis para manipular as cifras das demonstrações contábeis, 
sendo, na verdade, um eufemismo utilizado para evitar fazer referência a essas 
práticas pelos seus verdadeiros nomes: artifícios contábeis, manipulações 
contábeis ou fraudes contábeis. 
José María A Contabilidade Criativa é uma arte em que os grandes artistas da contabilidade 
 
 
6 
Gay 
saludas 
(1999) 
– os contadores e os auditores – se aproveitam das brechas oferecidas pelas 
rigorosas normativas para imaginar um enredo fiscal ou financeiro que lhes 
permita espelhar a imagem fiscal ou societária desejada para suas companhias. 
Assim, a Contabilidade Criativa pode ser catalogada como uma magnífica 
falsidade de obras de arte contábil demandadas de estruturas de verdadeira 
engenharia contábil. 
Oriol Amat 
e John 
Blake 
(1999) 
A Contabilidade Criativa é o processo mediante o qual os contadores utilizam 
seus conhecimentos sobre as normas contábeis para manipular os valores 
incluídos nas demonstrações contábeis que divulgam. 
José 
Laínez 
Gadea e 
Susana 
Callao 
(1999) 
A Contabilidade Criativa consiste em aproveitar as possibilidades oferecidas 
pelas normas (oportunidades, subjetividades, opções de escolha, vazios 
jurídicos etc.) para apresentar demonstrações contábeis que reflitam a imagem 
desejada e não necessariamente aquela que seria na realidade. Logo, ela se 
encontra em um caminho entre as práticas verdadeiramente corretas e éticas e 
a ilegalidade ou a fraude, se bem que é difícil delimitar onde acaba a ética e 
inicia a criatividade e onde termina esta e começa a fraude. 
Fonte: adaptado de Kraemer, 2008. 
TEMA 3 – CONCEITO DE FRAUDES 
O conceito de fraude refere-se a qualquer atividade intencional conduzida 
por uma pessoa ou um grupo de pessoas com o objetivo de enganar outra parte. 
No século XXI, inúmeras empresas grandes, históricas e bem estabelecidas 
entraram em colapso por causa dos escândalos de fraude (Kummer; Singh; 
Best, 2015). 
A incidência generalizada de escândalos de fraude em todo o mundo 
tornou o comportamento fraudulento um grande crime comercial deste século. 
De acordo com a Association of Certified Fraud Examiner (ACFE), uma 
organização típica perde aproximadamente 5% de sua receita a cada ano. À 
primeira vista, esse percentual pode parecer insignificante; no entanto, ao aplicar 
esse percentual de perda a todos dos Estados Unidos da America (EUA), a 
perda estimada é superior a US $ 3,5tn (ACFE, 2012). 
Em um estudo semelhante realizado pela KPMG-Malásia, apenas 26% 
dos entrevistados foram capazes de fornecer o valor exato das perdas sofridas 
devido à fraude, avaliada em $ 2.047 milhões, e 46% dos entrevistados 
relataram que suas perdas variaram entre $ 10.001 e 100.000 (KPMG, 
2013). Embora esses números sejam apenas uma aproximação das perdas 
 
 
7 
incorridas, pois alguns escândalos de fraude não foram descobertos, eles 
mostram claramente como a fraude está prejudicando as empresas. 
Escândalos de fraude não só prejudicam grandes empresas, mas também 
afetam pequenas empresas. Segundo a ACFE (2012), a perda mediana 
incorrida por pequenas empresas foi estimada em US $ 147.000, enquanto a 
perda mediana para grandes organizações foi de US $ 100.000. Além de perdas 
financeiras, a fraude afeta a reputação da PME e a confidencialidade de seus 
stakeholders (clientes, acionistas, credores, etc.). 
Além disso, a fraude representa uma das razões pelas quais as PME 
fracassam em atividades estratégicas e, em casos extremos, pode colocar toda 
a empresa fora do negócio. Por exemplo, um empreendedor pode identificar 
uma boa ideia de negócio para lançar um novo empreendimento e estabelecer 
seu plano de negócios com a suposição de que suas estratégias se moverão 
sem problemas. 
No entanto, se houver uma falha na adoção de medidas preventivas 
contra fraudes, o negócio pode não ter sucesso. Por fim, quando a fraude se 
torna um custo para os negócios, esta coloca as PME em desvantagem 
competitiva (Adams; Campbell; Rose, 2006). 
Um exemplo de Fraude no Brasil seria da Empresa Daslu: A empresa 
recolhia o imposto devido sobre seus produtos durante o ato de 
importação, no entanto, repassava um valor bem superior aos seus 
clientes, angariando uma margem excessivamente alta de lucro. A 
fraude era realizada por meio de um esquema que iniciava no exterior, 
onde as empresas exportadoras das mercadorias de luxo trocavam as 
notas fiscais dos produtos, alterando os valores de deixando-os bem 
mais baratos, para em seguida enviá-los para as importadoras como 
forma de nacionalizá-los. Ao passarem na alfândega brasileira, a 
incidência dos impostos era sobre os valores falsos, o que dava à 
Daslu a possibilidade de pagar impostos mínimos por uma mercadoria 
bastante cara (Barros; Dantas, 2020). 
3.2 Medidas de Prevenção de Fraudes 
Segundo Adams et al. (2006, p. 56), “a maneira mais econômica de lidar 
com perdas financeiras por fraude é a prevenção”. Prevenção de fraude se 
refere a medidas proativas iniciadas por uma organização para evitar ou 
interromper a ocorrência de fraude. A prevenção de fraudes fornece um 
ambiente em que há menos oportunidades de ocorrência de fraudes (Omar; Abu 
Bakar, 2012). No entanto, a maioria das empresas dá mais comprometimento à 
sua dissuasão do que à sua prevenção e prefere gerenciar suas ocorrências 
individualmente (Omar; Abu Bakar, 2012; KPMG, 2013). 
 
 
8 
Além disso, Laufer (2011) argumentou que prevenir fraudes é mais barato 
que detectar fraudes. Ele elaborou ainda mais, afirmando que a lacuna existente 
entre a ocorrência de fraude e sua detecção levará as empresas a serem vítimas 
de fraudes. As perdas incorridas incluem o pagamento de honorários 
advocatícios, má publicidade para a empresa e baixa produtividade e 
moral. Embora a vítima de fraude possa incorrer em todas essas taxas 
adicionais, não é certo que a vítima recupere os fundos roubados ou desviados. 
Diversas medidas de prevenção à fraude foram usadas pelas empresas 
para mitigar o risco de fraude em seus negócios. Essas medidas aplicadas 
incluem controle interno e verificação de antecedentes dos funcionários, além de 
treinamento e educação dos funcionários acerca das questões de fraude, 
equipando-os com um sistema de denúncia anônima de fraudes etc. 
(Shanmugam; Haat; Ali, 2012). 
De acordo com a PWC (2003), as medidas preventivas de fraude 
aplicadasdependem da experiência de uma empresa com fraudes. Mais 
claramente, uma empresa que não tem experiência em fraudes tem maior 
probabilidade de implementar medidas preventivas intangíveis, como um código 
de conduta e uma política de denúncia de fraudes. Por outro lado, as empresas 
que sofreram fraudes dependem de políticas tangíveis, como treinamento e 
educação dos funcionários em questões de fraude e uma política de denúncia 
(PWC, 2003). 
Com base nos programas e controles de gerenciamento antifraude 
emitidos pelo Instituto Americano de Contadores Públicos, as medidas de 
prevenção, dissuasão e detecção de fraude requerem três conjuntos de 
medidas: 
1. Construir e preservar uma cultura de honestidade; 
2. Avaliar o risco de fraude e implementar processos e procedimentos para 
mitigar os riscos identificados; e 
3. Criar um processo de supervisão apropriado. 
3.3 construir e preservar uma cultura de honestidade 
Construir e preservar uma cultura de honestidade desempenha um papel 
crucial na sobrevivência das organizações. Barlaup, Drønen e Stuart 
(2009) argumentaram que apenas empresas com comportamento ético poderão 
sobreviver a longo prazo, atraindo e mantendo partes interessadas. Por outro 
 
 
9 
lado, o fracasso da alta gerência em promover altos valores de honestidade 
provavelmente levará os funcionários a cometerem fraudes (Murphy; Dacin, 
2011). 
 Ao estabelecer uma cultura de honestidade, a alta gerência identifica os 
comportamentos éticos aceitáveis e os comunica aos funcionários (Sengur, 
2012). A construção de uma cultura de honestidade desempenha um papel 
crucial na prevenção de fraudes corporativas (Sengur, 2012). 
Além disso, Moffett e Grant (2011) estudaram a relação entre controle 
interno e prevenção de fraudes e concluíram que, embora o controle interno seja 
crucial para a prevenção de fraudes, as maneiras pelas quais a alta gerência 
interage com esse controle interno a fortalecem ou enfraquecem. Esse estudo 
mostrou que o controle da alta gerência não é suficiente para evitar fraudes, mas 
a gerência deve “andar a pé” e gerenciar pelo exemplo. 
Da mesma forma, as conclusões de um estudo realizado sobre 
experiências, observações e percepções do auditor para determinar os controles 
mitigadores mais importantes mostraram que a prevenção da fraude ocorre 
quando “o controle mitigador das atitudes da gerência é mais importante que os 
incentivos e oportunidades de fraude, na identificação de risco de fraude” 
(Hernandez; Groot, 2007). 
TEMA 4 – CONTABILIDADE CRIATIVA VERSUS FRAUDES 
A Contabilidade Criativa, é uma prática que não infringe os atos 
regulatórios, contudo, fere princípios éticos da Ciência Contábil, além 
de induzir os usuários das demonstrações financeiras a erros de 
avaliação da real situação patrimonial da empresa. (Sulzbach, 2014) 
Com a utilização da criatividade proporcionada 
pela Contabilidade Criativa, é provável que uma determinada empresa apresente 
um resultado positivo nas demonstrações financeiras, sendo que a realidade da 
empresa é totalmente contraria. Essa ação pode, por exemplo, trazer 
investidores para a entidade, além de melhorar o valor de suas ações no 
mercado. Outra situação é a empresa apresentar um resultado negativo com o 
propósito de reduzir a carga tributária e pagar menos tributos ou distribuir menos 
dividendos (Sulzbach, 2014). 
 Para Sá (1995, p. 225), são exemplos de fraudes e falta de 
procedimentos de controle interno, podendo levar ao uso da contabilidade 
criativa: 
https://www.contabeis.com.br/contabil/contabilidade/
https://www.contabeis.com.br/contabil/contabilidade/
 
 
10 
1. Fraudar vendas à vista (que deveriam constar como sendo a vista), 
passando, então, a constar como vendas a prazo, para clientes 
inexistentes e depois protestar as duplicatas, lançando tais títulos em 
devedores duvidosos, diminuindo o lucro e, consequentemente, a 
tributação do Imposto de Renda. 
2. Diminuir o valor dos estoques, apresentando um inventário de valor 
inferior à realidade, ou seja, um estoque fictício, menor que o real. 
3. Aumentar as despesas, como, por exemplo, as despesas de viagem, 
onde muitas provas podem ser indiretas, como faculta a legislação, 
diminuindo o lucro e a tributação. 
4. Comprar a dinheiro sem dar a entrada da compra; isto diminui as 
possibilidades de controle de estoque e possibilitam também as vendas 
à vista sem nota ou com a nota em branco, deixando de registrar a 
receita. 
5. Lançar como despesa a compra de bens móveis, ou instalações, 
diminuindo o resultado e a tributação. 
6. Adquirir recibos graciosos de comissões, transportes e etc., e lançá-
los como despesa, diminuindo o lucro e evitando a taxação do Imposto 
de Renda. 
7. Fazer pagamentos de salários a empregados inexistentes, pagado o 
INPS, o que representa menor taxa que a do Imposto de Renda. 
8. Subfaturamento nas vendas realizadas. 
9. Admitir dívidas fictícias, com Notas Promissórias fictícias e 
pagamentos de juros fictícios. 
10. Admitir sócios fictícios só para usufruírem de retiradas, 
gratificações e etc. 
Em observação aos exemplos acima, percebe-se que muitos são os 
caminhos para se chegar à prática da contabilidade criativa. 
Conhecida como uma das maiores e mais admiradas empresas de 
reputação internacional, a Enron, líder em distribuição de energia e 
comunicação, foi alvo de fraudes contábeis e fiscais. O escândalo 
envolvendo a Enron foi só a ponta do iceberg para os muitos outros 
que viriam a seguir. A imagem de ética e moral inabalável do 
continente norte-americano foi por “água abaixo”, logo se deu o 
escândalo em meados de 2001, em pouco tempo o mercado financeiro 
do grande império ruiu dando lugar às desconfianças e incertezas dos 
investidores. (Kotaira; De Souza, 2017) 
Veja, a seguir, exemplos de empresas americanas que fizeram uso da 
contabilidade criativa, segundo Cordeiro (2003): 
 Bristol-Meyers Squibb: inflou receitas com vendas, “empurrando” seus 
produtos para distribuidoras através de campanhas de incentivos e 
descontos. 
 ImClone Systems: fez uso de informação privilegiada, anunciando o 
lançamento de um medicamento sem que o mesmo fosse autorizado por 
órgão regulador. 
 A Merck: do ramo farmacêutico, manipulou custos e receitas, inflando-os 
na mesma proporção, afetando as vendas, levando o investidor a 
acreditar no crescimento da empresa. 
 
 
11 
 A Xerox: do ramo de equipamentos eletrônicos, essa empresa lançou 
como receitas de vendas contratos de aluguel de equipamentos, 
declarando erroneamente vendas de equipamentos e contratos de 
serviços, ajudando a companhia a cumprir previsões de lucros. 
 WorlCom: foi autuada por ativação indevida de gastos, lançando como 
investimentos o que na verdade eram despesas, influenciando 
diretamente na depreciação. 
 Enron: do ramo de energia e telecomunicações, a empresa desviou 
dívidas e superestimou lucros, escondeu dívidas e criou falsas receitas. 
 A Tyco: foi investigada por sonegação fiscal. Ademais, a holding mudou 
várias vezes para paraísos fiscais. 
Após todos esses escândalos, a confiança pública foi corroída pela falta 
de ética dos administradores envolvidos. Motivada por tais escândalos 
financeiros corporativos, foi criada a Lei Sarbanes-Oxley, em inglês, Sarbanes-
Oxley Act (SOX), Lei dos Estados Unidos, assinada em 30 de julho de 2002. 
A criação da SOX teve, como objetivo principal, o resgate da confiança 
dos investidores e usuários da informação contábil, além da redução de práticas 
contábeis de caráter um tanto duvidosa (contabilidade criativa). Com a SOX, 
houve um aumento significativo da vigilância e normas de punição aos 
executivos financeiros (Borgeth, 2007). 
A Seção 302 da SOX exige que as demonstrações apresentem, de forma 
justa, a condição financeira da empresa (Borgeth, 2007). Embora a Lei proponha 
mudanças radicais quanto à forma de demonstrações fidedignas e transparentes 
das empresas,ainda faltam dados para comprovar que tais ações tenham 
surtido o efeito esperado, uma vez que a lei espera que aconteça, mas não 
garante. De acordo com Sousa (2011): 
Existe uma pergunta que não quer calar, afinal se 
a Contabilidade Criativa fere princípios e o código de ética profissional, 
distorce as demonstrações e induz o usuário das informações 
contábeis a erros de avaliação, afinal isso não é fraude contábil? 
Não. Sob a lente jurídica, a prática é legal; não viola a legislação, aproveita 
suas lacunas jurídicas. No entanto, é condenada por autores da Ciência 
Contábil que pesquisam a prática em todo mundo (Sousa, 2011). 
Ressalta-se que a prática é um malefício para a Ciência Contábil e pode 
ser impulsionadora de escândalos financeiros. É nesse sentido que a prática 
 
 
12 
se confunde com fraude e traz à tona reflexões acerca da conduta ética 
adotada por quem se utiliza da Contabilidade Criativa (Sousa, 2011). 
TEMA 5 – PRATICAS E IMPACTOS NO USO DA CONTABILIDADE CRIATIVA 
5.1 Impactos no uso da Contabilidade Criativa 
Quadro 2 – Impactos da Contabilidade Criativa 
IMPACTOS DESCRIÇÃO 
Estabilização dos Resultados 
As empresas preferem, geralmente, refletir 
uma tendência estável no crescimento do 
lucro, em vez de mostrar lucros voláteis com 
séries de dramáticas subidas e descidas. Isso 
se consegue criando elevadas e 
desnecessárias provisões que atuam nos 
resultados dos anos bons, de forma a que 
essas provisões possam reduzir-se, 
melhorando os resultados dos anos maus. 
Manutenção ou aumento dos preços de 
cotação 
Trata-se, nesse caso, de reduzir, 
aparentemente, os níveis de endividamento 
(fazendo crer que a empresa está exposta a 
um menor risco), ou criando uma favorável 
tendência dos resultados (fenómeno que 
aumentará a atratividade de novos 
investidores). 
Retardamento da chegada de informação ao 
mercado 
Os gestores, beneficiando-se de informação 
privilegiada, podem diferir a divulgação de 
dados cujo conhecimento público não seja 
oportuno. 
Fonte: adaptado Duarte e Ribeiro, 2007. 
Perante a competitividade existente no mundo business, no qual as 
organizações disputam fatias de mercado, posição nas bolsas de valores, 
sobrevivência e diversas outras coisas, o gerenciamento de tais entidades se 
tornou cada vez mais complexo e difícil, exigindo, dos seus gestores, resultados 
em tempo recorde (Frota; Vieira, 2014). “Com isso, a grande maioria deles 
passaram a fazer uso da contabilidade criativa para facilitar seu trabalho e atingir 
a qualquer custo as metas e objetivos estabelecidos” (Frota; Vieira, 2014). 
Observa-se que a Contabilidade Criativa é um fenômeno de difícil 
eliminação, pois além de não configurar crime, sua existência é possível devido 
à complexidade cada vez maior das relações organizacionais, devido também às 
lacunas, às omissões e à flexibilização existente na legislação que serão difíceis 
de ser exterminadas por completo, à subjetividade existente e, principalmente, 
 
 
13 
aos benefícios de recompensa envolvidos no processo de manipulação dos 
dados contábeis que se tornam atrativos e sedutores para os profissionais com 
princípios éticos duvidosos, sem contar a ausência de punições específicas para 
os que a pratiquem (Frota; Vieira, 2014). 
A questão principal para a existência da contabilidade criativa vai além 
dos fatores técnicos e legais, ela está em volta dos aspectos morais e 
éticos do indivíduo e da sociedade. Pois se cada profissional seguisse 
seu código de ética e tivesse uma conduta moral respeitando os 
princípios sociais pré-estabelecidos, não haveria motivo algum ou 
justificativa suficiente para desviá-lo de sua conduta (Frota; Vieira, 
2014) 
Nesse contexto, o auditor, por sua vez, deve ajustar o desempenho de 
suas atividades visando atender às necessidades atuais, uma vez que o seu 
relatório, hoje, não abrange a contabilidade criativa. Dessa forma, é seu papel 
enfrentar as dificuldades existentes impostas por tal prática e buscar resgatar a 
confiança dos usuários da informação contábil, recuperando, assim, a 
credibilidade da sua função, sob pena de cair de vez em descrédito, frustrar as 
expectativas dos interessados no resultado de seu trabalho e, pior, sofrer 
processos judiciais para assumir sua responsabilidade por danos causados, 
frutos da contabilidade criativa (Frota; Vieira, 2014). 
5.2 Prática de Contabilidade Criativa 
Figura 1 – Práticas de Contabilidade Criativa e os efeitos que produzem 
 
Fonte: Salas, Blake & Gutiérrez, 2005, p. 10. 
 
 
 
14 
5.2.1 Casos de Contabilidade Criativa no Brasil 
São enfatizados casos de criatividade contábil no setor bancário brasileiro, como 
exemplo: 
Banco Nacional, considerado o segundo mais lucrativo do Brasil em 
1994, fazia uso da maquiagem de balanços, com vistas à captação de 
recursos de terceiros, embora não possuísse liquidez suficiente. Essa 
criatividade se iniciou em 1986, mas sua liquidação extrajudicial foi 
decretada apenas em 2005. Milhões de reais foram envolvidos na farsa 
enquanto acionistas, fisco e demais bancos foram induzidos ao erro [...] 
Banco Panamericano em 2010, ocorreu a maior crise envolvendo uma 
instituição financeira. Nas demonstrações financeiras do banco 
Panamericano foram encontradas inconsistências contábeis que não 
permitiam que os demonstrativos refletissem a real situação patrimonial 
da entidade. (Barros; Dantas, 2020) 
Saiba mais 
Você quer saber um pouco mais sobre a Práticas De Contabilidade 
Criativa? Leia o artigo a seguir intitulado Existe práticas de contabilidade criativa 
na Petrobras? Uma análise de conteúdo nos principais meios de comunicação: 
<https://revista.ufrr.br/adminrr/article/view/248570772002000100001&script=sci_
arttext&tlng=pt>. 
FINALIZANDO 
O estudo acerca das falhas na auditoria, tanto no que concerne às 
fraudes nas grandes corporações quanto à contabilidade criativa é muito 
importante, pois as consequências da utilização de práticas dessa natureza 
afetam diretamente todas as partes interessadas nas informações geradas pela 
contabilidade, podendo vir a trazer distorções significativas na interpretação dos 
dados pelos usuários. Com base no que foi apresentado até aqui, podemos ver 
como a auditoria de risco é fundamental com o propósito de prevenir e, por 
conseguinte, mitigar riscos futuros que as grandes corporações possam vir a 
sofrer. 
 
 
 
15 
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