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RN PEQUENO PARA IDADE GESTACIONAL

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Ped -> 31/05 
• Valores dos índices peso/comprimento 
o Índice pequeno: <54,8g/cm 
o Índice apropriado: 54,9-75,7 g/cm 
o Índice grande: >75,8g/cm 
• RN com percentil <10 para IG são classificados PIG 
• Definição é feita pela distribuição do peso/IG 
• Complicações: asfixia perinatal, aspiração de mecônio, policitemia e 
distúrbios metabólicos (hipoglicemia, hipocalcemia hipomagnesemias) 
• RCIU afetados que apresentam clínica de desnutrição podem ou não ser 
PIG 
o Peso do nascimento fica acima do percentil 10, mas em geral 
as características dos grupos são as mesmas 
o Tem maior morbimortalidade perinatal, menor crescimento 
pós-natal, maior risco de comprometimento do 
desenvolvimento intelectual, morte fetal na próxima gestação 
o Recentemente vinculou-se o RCIU a uma maior probabilidade de 
desenvolver doenças crônicas na vida adulta, tais como 
hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e diabetes 
o Verificou-se que de 35-40% dos RN com P<1500g eram PIG 
o HGG: MBP 1,83% do total (140 em 7646) -> SP 1,45% 
(7228/493222) 
• RN PIG podem ser simétricos e assimétricos 
o Simétricos: altura, peso e perímetro cefálico são igualmente 
afetados 
o Assimétricos: peso é o mais afetado, poupando relativamente 
o crescimento do cérebro, crânio e ossos longos. 
o Restrição do crescimento simétrica geralmente resulta de um 
problema que começa no início da gestação, muitas vezes 
durante o 1º trimestre 
▪ Todo o corpo é afetado, resultando em menor 
número de células de todos os tipos 
▪ Causas comuns 
▪ Várias doenças genéticas e herança (pais 
pequenos) 
▪ Infecções congênitas no primeiro trimestre (p. ex., 
por citomegalovírus, vírus da 
rubéola ou Toxoplasma gondii) 
• Fisiopatologia do retardo do crescimento em fetos destinados a nascer 
prematuros se explica por uma diminuição do fluxo uterino e da perfusão 
placentária, que promoveria uma diminuição dos hormônios indutores do 
crescimento fetal, aumentando o cortisol e estimulando o miométrio, com 
o consequente desencadeamento do trabalho de parto prematuro 
• Ativação de mecanismos compensatórios poderia levar a dois desfechos: 
o Se falham, ocorreria a morte fetal 
o Se têm êxito, ocorreria o retardo do crescimento e a 
adaptação 
• Retardo do crescimento simétrico é atribuído, na maioria dos países em 
desenvolvimento, a associação com maior prevalência de certos fatores 
de risco (por exemplo, mãe muito pequena) 
• Característica de assimétrico acrescenta mais risco ao já gerado pelo 
grau de severidade do retardo 
• Sugere-se o exame precoce da restrição do crescimento durante o 
controle pré-natal 
• Entre RN de MBP (<1500 g) existe 33,3% de PIG 
• Entre os com RCIU (pré-termos e termos) na população do HGG, 60% 
eram assimétricos (2017) 
• Mortalidade foi maior nos assimétricos do que nos simétricos 
• Essa mortalidade se associou a anoxia, infecção, descompensação 
respiratória (exceto MH), SAM e anomalia congênita 
PARÂMETROS PARA IDENTIF ICAR IG 
 
CLASSIFICAÇÃO DO RN 
• Importância 
o Antecipação de problemas clínicos 
o Prognóstico de crescimento desenvolvimento 
o Busca inteligente de anomalia congênita inaparente 
o Qualifica risco de morbimortalidade 
o Aos 3 anos: PIG peso e comprimento <p10 2x; perímetro 
cefálico <p10 4x 
o Aos 2 anos: 34% PIG<p3 -> <peso/comprimento; 21% PIG 
sequela neurológica (asfixia) 
o Idade escolar: 30% PIG tem deficiências de linguagem e 
visumotor, 9% AIG 
• AIG/PIG 
o Deprivação crônica intraútero afeta a atividade oligodendrócita 
o Prematuros PIG<1500g tem prognóstico favorável se 
adequado suporte nutricional (2 primeiros anos) 
o RN de baixo peso e PIG (<10% e <2500g): <peso aos 10anos 
o RN de baixo peso e AIG: (<2500g e 10%) supera 
desvantagens aos 5 anos 
o RN a termo PIG x AIG: diferença de peso, estatura, perímetro 
cefálico desaparecem aos 18 meses, se adequado suporte 
nutricional 
RELACIONANDO PESO E IG 
• PIG: abaixo do p10 
• AIG: entre p10-p90 
• GIG: acima do p90 
ASSISTÊNCIA AO RN 
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/infec%C3%A7%C3%A3o-cong%C3%AAnita-e-perinatal-por-citomegalov%C3%ADrus-cmv
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/rub%C3%A9ola-cong%C3%AAnita
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/rub%C3%A9ola-cong%C3%AAnita
https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/pediatria/infec%C3%A7%C3%B5es-em-rec%C3%A9m-nascidos/toxoplasmose-cong%C3%AAnita
 
• Crescimento da placenta 
o Anemia materna e placenta PIG (RR=3,9) 
o RN PIG com placenta PIG e DHEG (RR=4,16) 
o RN GIG com placenta GIG e hipoglicemia (RR=10,2) 
o RN PIG com placenta AIG/GIG e infecção inespecífica (RR=1,6) 
DISTÚRBIOS METABÓLICOS MAIS COMUNS NO RN P IG 
• Hipocalcemia em RN geralmente ocorre nos 2 primeiros dias de vida 
o Causa mais frequente: prematuridade, PIG, 
hiperparatireoidismo, diabetes materno e asfixia perinatal 
o RN pode ter hipertonia, taquicardia, taquipneia, apneia, 
deficiência alimentar, nervosismo, tetania e/ou convulsões 
o Diagnosticar medindo o nível sérico de cálcio total ou ionizado 
<7,0mg/% no PT e 8,0 mg% no T; medir o nível de glicose 
para descartar hipoglicemia 
o Tratar de início precoce com gluconato de IV a 10% de cálcio 
IV 
o Sintomáticos: fazer infusão de cálcio EV em bolus (1-2 ml/kg 
de gluconato de cálcio a 10%, EV, em 5-10 min, diluir ao meio 
em água destilada), com acompanhamento contínuo da FC 
o Sem melhora: mesma dose pode ser repetida em 10 mins, 
interromper a infusão se a frequência cardíaca cair abaixo de 
110-120 bpm ou se a convulsão cessar 
o Se não acompanhada de convulsão, fazer gluconato de cálcio 
no soro de manutenção (5 ml/kg) 
• Não esquecer a possibilidade de associação com hipomagnesemia 
o Definição: conc. plasmática de Mg <1,6 mg/dl 
o Sinais clínicos maiores com concentração de Mg <1,2 mg/dL 
o Principais causas: 
▪ Retardo de crescimento intrauterino 
▪ RN PIG 
▪ Prematuro 
▪ RN de mãe diabética 
▪ RN GIG 
▪ Hiperfosfatemia 
▪ Transferência placentária de Mg deficiente 
▪ Perda urinária, PTH menos responsivo 
▪ Desordens de homeostase do Mg 
o Diagnóstico laboratorial baseado na concentração plasmática 
de Mg <1,6 mg/dl 
o Pode ser assintomática ou com hiperexcitabilidade muscular, 
tremores, contrações musculares anormais e convulsões 
• Hipermagnesemia 
o RN que mãe preciso de administração de magnésio devido a 
eclâmpsia e com o uso de laxativos orais ou enemas retais 
contendo magnésio em sua composição 
o Quando leve pode estar presente na insuficiência adrenal, na 
acromegalia ou na hipercalcemia hipocalciúrica familiar 
o Quadro clínico 
▪ Sinais e sintomas resultantes do aumento da 
concentração de magnésio no SN e cardiovascular 
▪ Em concentrações até 3,6 mg/dL: assintomática 
▪ Pode ocorrer perda dos reflexos tendíneos 
musculares profundos, quando a concentração 
sérica de magnésio se encontra em torno de 
7,2mg/dL 
▪ Concentrações acima deste nível podem ocasionar 
paralisia respiratória, hipotensão, anormalidades de 
condução cardíaca, perda de consciência e apneia 
rósea 
o Tratamento 
▪ Reposição de Sulfato de Magnésio 50% 0,1-0,2 
mL/kg EV durante15 min ou IM 
▪ Monitoração cardíaca 
▪ Repetir após 8h se persistir clínica ou nova 
dosagem baixa 
▪ Se associado a hipocalcemia, tratar primeiro a 
hipomagnesemia 
▪ Na hipermagnesemia, fazer gluconato de cálcio 
10% EV como antagonista, eventualmente 
exsanguíneo transfusão ou diálise peritonial

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