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Diabetes Mellitus �po 1 Definição A DM é uma desordem metabólica no qual o corpo se apresenta com hiperglicemia persistente por períodos prolongados. Quando falamos da DM �po 1, a causa dessa síndrome se dá por destruição autoimune das células betas da ilhotas , causando uma ausência total de insulina. *Comum se relacionar com outras imunopa�as Epidemiologia Mais comum em crianças e adolescentes, mas pode ocorrer em adultos acima dos 30 anos E�opatogenia ● Tipo 1 a: Gené�co + Ambiental (autoan�cor pos) ● Tipo 1 b: Idiopá�co (sem autoan�corpos) O surgimento da doença se dá pela interação de fatores ambientais e gené�cos, mediante um mime�smo molecular que ocorre no decorrer da vida daquele indivíduo o corpo acaba por atacar através principalmente das células TCD8+ as células beta do pâncreas , com a morte das células ocorre a ausência absoluta de insulina. Além disso, esse processo imune gera autoan�corpos, que tanto ajudam no agravamento da doença, mas também auxiliam como marcadores da presença de DM1, dentre eles estão: - An�-Ilhota (ICA) 80% - An�-GAD 70% - An�-IA 60% Existem mais de trinta loci de susce�bilidade para o diabetes �po 1, principalmente locus HLA da classe II no cromossomo 6p21 (DR3, DR4, DQ2, DQ8) *O sistema an�geno leucocitário humano, ou HLA, codifica proteínas de super�cie que reconhecem e apresentam an�genos próprios ou externos para o sistema imune adapta�vo humano. Manifestações clínicas - Manifestação clínica clássica das duas DM são comuns: Poliúria, Polidipsia, perda inexplicada de peso e Polifagia. - Existem sintomas menos específicos como fadiga, fraqueza, letargia, visão turva, prurido vulvar ou cutâneo. Falta de glicose nas células: perda de peso, polifagia, dor abdominal e corpos cetônicos Excesso de glicose na corrente sanguínea: poliúria, polidipsia e desidratação Diagnós�co Para determinar a presença da DM, segue alguns critérios diagnós�cos - Hemoglobina glicada > ou = 6,5 - Glicemia em jejum > 126 mg\dl - Glicemia após 2 hrs de TOTG > 200 mg/dl - Glicemia aleatória > 200 mg/dl Depois de diagnos�cada a diabetes de acordo com o surgimento dos sintomas, já podemos supor se é DM �po 1 ou não, já que na DM1 os sintomas surgem de forma súbita, e bem mais grave , com glicemia acima de 300, e muitos pacientes em cetoacidose, além da faixa etária, na qual predomina pessoas jovens. *Na presença de sintomas inequívocos de hiperglicemia, É RECOMENDADO que o diagnós�co seja realizado por meio de glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl. *É recomendado * Para constatar o �po de DM requer demonstração laboratorial de hiperglicemia , se dois testes foram realizados para o diagnós�co e discordarem deve-se refazer o não rea�vo para DM em busca de confirmação. *Em caso de dúvida diagnós�ca quanto à classificação do DM com autoan�corpos nega�vos, é RECOMENDADA, quando disponível, a dosagem de pep�deo C randômico. Se o pep�deo C randômico es�ver < 0,6 ng/ml, no paciente com cinco anos ou mais de duração do DM, a classificação deverá ser DM �po 1B. Caso o pep�deo C esteja > 0,6 ng/ml, DM2 ou diabetes monogênico devem ser considerados. *A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no seu posicionamento oficial de 2009 "Atualização sobre hemoglobina glicada (A1c) para avaliação do controle glicêmico e para o diagnós�co do Diabetes: aspectos clínicos e laboratoriais" → 0 a 6 anos: HbA1c entre 7,5 e 8,5% → 6 a 12 anos: HbA1c < 8,0% → 13 a 19 anos: HbA1c < 7,5% *A ISPAD (Interna�onal Society for Pediatric and Adolescent Diabetes), no seu Clinical Prac�ce Consensus Guidelines 2009 Compendium, considera HbA1c (hemoglobina glicada): → ideal (não-diabé�co) < 6,05 ó�ma para DM < 7,5% → sub-ó�ma para DM 7,5 a 9% → alto risco > 9,0%. Tratamento - Iniciar o tratamento com insulina imediatamente após o diagnós�co clínico, para prevenir a descompensação metabólica e a cetoacidose diabé�ca. - U�lizar esquemas de insulinoterapia que mime�zam a secreção de insulina - Múl�plas aplicações diárias (MDI) ou Bomba de infusão con�nua (SICI) - Pode ainda exis�r um esquema conservador de 2 ou 3 aplicações delimitadas ao dia, impedindo uma maior variação na alimentação. → Recomenda-se ⅔ da dose diária de manhã, e ⅓ a noite, sendo a proporção da primeira de 70%/30% e a segunda 50%/50%. O ajuste desse esquema se dá: ● Glicemia ma�nal em jejum: depende da NHP da noite ● Glicemia pré-almoço: depende da regular da de manhã ● Glicemia pré-jantar: depende do NPH da manhã ● Glicemia antes de dormir: depende da regular da noite Desvantagem do esquema de duas aplicações - período ma�nal antes da aplicação da nova dose pode ficar desprotegido gerando hipoglicemia - a insulina basal pode se insuficiente para controlar o pico glicêmico pós-almoço - paciente não pode flexibilizar sua refeições ● Fenômeno do alvorecer: ao final do período do sono é marcado pela produção de GH, podendo causar hiperglicemia ma�nal pela diminuição do efeito da insulina basal pré-jantar (Solução: tomar antes de dormir). ● Fenômeno de somogyi: hiperglicemia ma�nal de rebote provocada por contrareguladores da insulina devido ao aumento da insulina basal, que levaria a um pico de hipoglicemia e contrarregulação em seguida. (Solução: diminuição da insulina noturna basal) *mensuração da glicemia na madrugada pode diferenciar os fenômenos Tratamento intensivo Insulina Basal (intermediária ou prolongada) + Insulina prandial (rápida ou ultrarrápida) Insulina Basal Insulina bolus Inibe a glicogenólise, proteólise lipólise Evitar a cetoacidose diabé�ca Mantém a glicemia constante Aumenta rapidamente a glicose nas células Necessária em momentos de hiperglicemia *Funciona melhor pois dá maior flexibilidade na alimentação e independência ao paciente, evitando hiper e hipoglicemias. *Medição da glicose no mínimo 4 x ao dia (pré-prandial e antes de dormir) , e quanto mais medições, mais eficaz se torna o tratamento adaptando a dose de insulina a necessidade de indivíduo naquele momento. Normalmente se inicia o tratamento entre 0,3- 0,5 UI/kg, podendo ser alterados em: ● Crianças sem ceto→ 0,25 - 0,5 UI/kg ● Crianças em ceto → 0,5 - 0,75 UI/kg ● Adolescentes sem ceto → 0,5 - 0,75 UI/kg ● Adolescentes com ceto → 0,75- 1,0 UI/kg ● Fase lua de mel → 0,2-0,4 UI/kg *Doses maiores em grávidas e jovens na idade pré-puberal e puberal. Metas glicêmicas 1) Pediátricas Antes das refeições Ante de deitar A1c 9-130 mg/dl 90-150 mg/dl <7,5% 2) Adultos (mesma da DM2) Passos do cálculo de bolus 1) Calcular razão insulina/carboidrato, que vai definir a quan�dade de insulina para uma determinada quan�dade de glicose (500/dose diária total de insulina) 2) Quan�dade de carboidratos a ser ingerida 3) Dose corre�va de bolus 1500/dose diária de insulina 4) Dose de alimentação + dose corre�va *Crianças menores têm maior sensibilidade de insulina Basal→ 40-60% da total Complicações → Cetoacidose → Re�nopa�a diabé�ca → Neuropa�a diabé�ca → Pé diabé�co → Hipoglicemia (neuroglicopenia ou neuroautonômico) Tipos de insulina * Para o cálculo da dose contabilizamos o total de insulina que foi infundida nas úl�mas seis horas (período de menor glicotoxicidade), e mul�plicamos por 4 ( regra de 3 para calcular quanto seria a dose em 24 horas), em geral fazemos de 50-80% da dose calculada, metadede insulina basal (intermediária ou lenta) e metade em prandial (regular ou ultrarrápida). Pré-diabetes Diabetes Mellitus �po 2 Definição O diabetes melito (DM) II representa um grupo de doenças metabólicas com e�ologias diversas, caracterizado por hiperglicemia, que resulta de uma secreção deficiente de insulina pelas células beta, resistência periférica à ação da insulina ou ambas. Epidemiologia ● Pessoas > 40 anos ● Maioria dos pacientes é obeso ● 70-90% dos pacientes apresentam síndrome metabólica Fatores de risco Obesidade, gordura abdominal (que apresenta maior lipólise), pessoas com Síndrome Metabólica, sedentarismo, dislipidemia, HAS, Tabagismo, histórico familiar, idade> 40 anos, SOP e prévio diabetes gestacional. *Crianças que nasceram pequenas para a idade gestacional têm risco aumentado de desenvolver, na vida adulta, síndrome metabólica e DM2. A desnutrição intrauterina faz com que ocorram no feto alterações metabólicas que vão modificar os mecanismos reguladores da tolerância a carboidratos, aumentando a disponibilidade de nutrientes com bene�cio a curto prazo. No entanto, essas adaptações metabólicas poupadoras de glicose ficariam programadas permanentemente e persis�riam por toda a vida, levando a um aumento na resistência insulínica. Patogênese Principais mecanismos: resistência periférica à insulina, secreção deficiênte de insulina, aumento da produção hepá�ca de glicose. - o adipócito (lipólise acelerada) - o trato gastrintes�nal (deficiência/resistência incre�nica) - as células alfa pancreá�cas (hiperglucagonemia) - o rim (reabsorção aumentada de glicose pelos túbulos renais) - o cérebro (resistência à insulina) Quadro clínico Síndrome dos 4 P’s: Polifagia, Poliúria, Polidipsia e Perda de peso Sintomas surgem de forma lenta e progressiva Por muitas vezes assintomá�ca Lesões de órgão alvo são os sintomas mais percep�veis Sinal subclínico importante: acantose nigricans Diagnós�co - Requer demonstração laboratorial de hiperglicemia, se dois testes foram realizados para o diagnós�co e discordarem deve-se refazer o não rea�vo para DM em busca de confirmação - Na presença de sintomas inequívocos de hiperglicemia, É RECOMENDADO que o diagnós�co seja realizado por meio de glicemia ao acaso ≥ 200 mg/dl. - É recomendado dosagem de an�corpos quando existe apresentação clínica a�pica - É RECOMENDADO que pessoas adultas com diabetes e an�corpos posi�vos, as quais não necessitam de insulina por pelo menos seis meses após o diagnós�co, sejam classificadas como tendo diabetes autoimune latente do adulto (Latent Autoimmune Diabetes in Adults (LADA). Critério diagnós�cos (um ou outro) - Hemoglobina glicada > ou = 6,5 - Glicemia em jejum >126 mg/dl - Glicemia após 2 hrs de TOTG > 200 mg/dl - Glicemia aleatório > 200 mg/dl 4.1 Rastreamento Se a inves�gação laboratorial for normal, sugere-se repe�ção do rastreamento em intervalos de 3 anos ou mais frequentemente, se indicado.Na presença de pré-diabetes, recomenda-se reavaliação anual. Tratamento *A dose de insulina NPH bed�me inicial preconizada atualmente é de 10 a 15U, mas doses menores podem ser usadas *indicações de já iniciar precocemente insulina no paciente DM2? Glicemia > ou = 300 (HbA1c > ou = 10%); Sintomá�cos francos; Gravidez; Estresse (cirurgia/infecção); Doença hepá�ca ou renal avançada. *A me�ormina está CONTRAINDICADA na vigência de disfunção renal em pacientes com clearance < 30 g/dl, o que equivale em média a uma crea�nina sérica de 1.5 mg/dl, sob risco de causar ACIDOSE LÁTICA GRAVE. A menor TFG também provoca aumento na meia-vida dos secretagogos, como a Glibenclamida, acarretando risco maior de hipoglicemia. Nossa paciente se encontra com os valores glicêmicos bastante descontrolados, e nessa situação, suspenderemos seu esquema e iniciaremos INSULINOTERAPIA PLENA. *paciente diabé�co DESCONTROLADO apesar do uso de dois hipoglicemiantes orais em doses o�mizadas. Poderíamos optar pelos devidos esquemas: Me�ormina + Secretagogo + (Terceira droga OU Insulina bed�me) OU Insulina plena (basal-bolus). A Insulina \"bed�me\" é normalmente o modo que iniciamos a insulinoterapia no DM2, cujo intuito é evitar a hiperglicemia ma�nal, o�mizando o efeito dos hipoglicemiantes orais (que deverão ser man�dos) tomados ao longo do dia. A dose é de geralmente de 10U. ● Biguanidas: a me�ormina, o representante dessa classe de agentes, reduz a produção hepá�ca de glicose e melhora ligeiramente a u�lização periférica da glicose. Ela a�va a proteína-quinase dependente de AMP e penetra nas células por meio de transportadores de cá�ons orgânicos (cujos polimorfismos podem influenciar a resposta à me�ormina). Evidências recentes indicam que o mecanismo da me�ormina para reduzir a produção hepá�ca de glicose consiste em antagonizar a capacidade do glucagon de gerar monofosfato de adenosina (AMP) cíclico nos hepatócitos. A me�ormina reduz os níveis de glicose plasmá�ca em jejum (GPJ) e de insulina, melhora o perfil lipídico e promove uma perda modesta de peso. ● Secretagogos da insulina: agentes que afetam o canal de K+ sensível ao trifosfato de adenosina Os secretagogos da insulina es�mulam a secreção de insulina ao interagir com o canal de potássio sensível ao trifosfato de adenosina (ATP, de adenosine triphosphate) na célula β. Esses fármacos são mais efe�vos nos indivíduos com DM �po 2 de início rela�vamente recente (menos de cinco anos) que ainda exibem uma produção endógena residual de insulina. ● Secretagogos da insulina – agentes que intensificam a sinalização do receptor de pep�deo 1 relacionado com o glucagon As “incre�nas” amplificam a secreção de insulina es�mulada pela glicose. Os agentes que atuam como agonistas do receptor de pep�deo 1 relacionado com o glucagon (GLP-1, de glucagon-related pep�de-1) ou que aumentam a a�vidade endógena do GLP-1 foram aprovados para o tratamento do DM �po 2. ● Inibidores da α-glicosidase Os inibidores da α-glicosidase reduzem a hiperglicemia pós-prandial ao retardar a absorção da glicose; esses fármacos não afetam a u�lização da glicose nem a secreção de insulina. A hiperglicemia pós-prandial, secundária a uma deterioração da u�lização hepá�ca e periférica da glicose, contribui acentuadamente para o estado hiperglicêmico no DM �po 2. Esses medicamentos, tomados imediatamente antes de cada refeição, reduzem a absorção de glicose por inibirem a enzima responsável pela clivagem dos oligossacarídeos e sua transformação em açúcares simples no lúmen intes�nal. ● Tiazolidinedionas As �azolidinedionas reduzem a resistência à insulina por meio de sua ligação ao receptor nuclear PPAR-γ (receptor a�vado do proliferador dos peroxissomos �po γ, de peroxisome proliferator-ac�vated receptor γ) (que forma um heterodímero com o receptor X re�noide). O receptor do PPAR-γ é encontrado em níveis mais altos nos adipócitos, porém se expressa em níveis mais baixos em muitos outros tecidos. Os agonistas desse receptor regulam um grande número de genes, promovem a diferenciação dos adipócitos, reduzem o acúmulo hepá�co de gorduras e promovem o armazenamento dos ácidos graxos. As �azolidinedionas promovem umaredistribuição da gordura das localizações centrais para as áreas periféricas. Os níveis circulantes de insulina diminuem com o uso de �azolidinedionas, indicando uma redução na resistência à insulina. Síndrome Metabólica É um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. *estudo da SM tem sido dificultado pela ausência de consenso na sua definição e nos pontos de corte dos seus componentes, com repercussões na prá�ca clínica e nas polí�cas de saúde. Segundo a Na�onal Cholesterol Educa�on Program’s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III), apresenta combinação de pelo menos 3 componentes de uma tabela de critérios, sem necessidade da confirmação exata da resistência a insulina. Apesar de não fazerem parte dos critérios diagnós�cos da síndrome metabólica, várias condições clínicas e fisiopatológicas estão frequentemente a ela associadas, tais como: - síndrome de ovários policís�cos - acanthosis nigricans - doença hepá�ca gordurosa não-alcoólica - microalbuminúria - estados pró-trombó�cos - estados pró-inflamatórios - disfunção endotelial e hiperuricemia 6.1 Diagnós�co clínico e avaliação laboratorial Obje�vo é iden�ficar a presença da síndrome e a presença de fatores de risco cardiovascular associados 1) História clínica: idade, tabagismo, prá�ca de a�vidades �sica, história pregressa de HAS, DM, DM gestacional, doença arterial coronariana, AVE, SOP, doença hepá�ca gordurosa não-alcoólica, hiperuricemia, HF de HAS, DM e doenças cardiovascular, além do uso de hipoglicemiantes. 2) Exame �sico: Medida da circunferência abdominal (na metade da distância entre a crista ilíaca e o rebordo costal, níveis da PA (no mínimos 2 medidas), peso, estatura, IMC, exame da pele com indicios de resistência a insulina, exame cardiovascular. 3) Exames laboratoriais: Glicemia em jejum, dosagem de HDL-colesterol e dos triglicerídeos Outros exames laboratoriais adicionais poderão ser realizados para melhor avaliação do risco cardiovascular global, tais como: → colesterol total, LDL-colesterol, crea�nina, ácido úrico, microalbuminúria, proteína C rea�va, TOTG (glicemia de jejum e após duas horas da ingestão de 75g de dextrosol), eletrocardiograma. A *MODY é uma forma monogênica de Diabetes, mas o que isso quer dizer? Traduzindo : UM gene determina a doença, o que é diferente do DM2 e DM1 que têm herança poligênica, sendo o DM1 considerada de herança poligênica complexa relacionada a determinação do HLA, e ambas tem interação importante com os es�mulos ambientais. Já MODY tem herança autossômica dominante, idade precoce de aparecimento (em geral, antes dos 25 anos) e graus variáveis de disfunção da célula β. CAD Definição - Deficiência de insulina intensas, ocorrendo a produção de corpos cetônicos (acetoacetato [AA], Beta- hidroxibu�rato [BHB] e acetona-CAUSA O MAU HÁLITO) e acidose metabólica - Início rápido < 1 a 2 dias - Ocorre mais nos DM1, e DM2 surge mais em processos de estresse extremo como infecções graves, infarto agudo do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral (AVC) etc. - Tríade química: hiperglicemia. cetonemia e acidose metabólica com hiato aniônico alto - gravidade da CAD é classificada como leve, moderada ou grave, com base na intensidade da acidose metabólica (pH do sangue, bicarbonato e cetonas) e alteração do status mental Fisiopatologia Diagnós�co O próprio nome da doença nos lembra quais exames devemos pedir para confirmar o diagnós�co: (1) CETO: presença de corpos cetônicos na urina (cetonúria) ou sangue (cetonemia); (2) ACIDOSE: pH sanguíneo menor que 7,3; (3) DIABÉTICA: glicemia maior que 250mg/dL. Sinais e sintomas: aumento progressivo e rela�vamente rápido dos sinais de descompensação do DM (principalmente poliúria e polidipsia) nas úl�mas 24 horas. Além de dor abdominal, náuseas, vômitos e hematêmese pode ocorrer em virtude de gastrite. *Pode simular um abdome agudo *Não há correlação da dor com a intensidade da hiperglicemia ou da desidratação, mas, sim, com a gravidade da acidose metabólica (pouco frequente com bicarbonato sérico > 15 mmol/ℓ). Exame �sico: sinais de desidratação (mucosa bucal seca, olhos fundos, turgor da pele diminuído, taquicardia, hipotensão e, nos casos mais graves, choque), Respiração de Kussmaul (em casos de acidose metabólica grave), hálito cetônico (semelhante ao aroma do removedor de esmaltes) e dor à palpação abdominal são achados adicionais. Critérios diagnós�cos (ADA-2009) - Glicemia > 250 mg/dl - Cetonemia - Acidose metabólica pH<7,3 e HCO3 < 18/15 mEq/l *até 7% das pessoas com CAD se apresentam com glicemia < 250/dℓ, caracterizando a chamada cetoacidose diabé�ca euglicêmica (eu-CAD) Tratamento Manutenção da perviedade das vias aéreas, ofertas de O2; segue-se da monitorização, estando incluso aqui o balanço hídrico do paciente, hidratação, insulinização, administração de potássio, que sempre é necessário ser administrado, fósforo, e bicarbonato, este úl�mo apenas nos casos de acidemia grave. * Principais fatores de risco para o desenvolvimento de edema cerebral em crianças e adolescentes em tratamento por um quadro de cetoacidose diabé�ca, são: crianças menores de 3 anos de idade; administração de volume superior a 4 L/m²/ dia nas primeiras 24 horas de tratamento; administração de bicarbonato de sódio; hiperosmolaridade plasmá�ca na admissão; queda das osmolaridade plasmá�ca para valores menores que 272 mOsm/Kg decorrente de hiperhidratação e insulinoterapia excessiva; glicemia acima de 800 mg/dL à admissão; hipernatremia rela�va à admissão; redução da pressão arterial de CO2 à admissão e elevação da concentração plasmá�ca de uréia na admissão. *A acidose provoca a saída de potássio do meio intracelular para o espaço extracelular. Se ocorrer hipercalemia, esta se deve ao deslocamento de potássio do meio intracelular para o extracelular devido à saída de água do interior das células por hiperglicemia (efeito osmó�co), acidose metabólica e proteólise. * Lipase lipoproteica é responsável pela deposição dos triglicerídeos, seu papel é hidrolisar triglicerídeos das lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) e quilomícrons, liberando assim ácidos graxos que serão captados pelo tecido adiposo. O que acontece no Diabetes �po 1 não controlado é que a ausência de insulina vai inibir a síntese da lipase lipoproteica, fazendo com que o VLDL fique mais tempo na circulação. EHH Definição - Causa por um déficit rela�vo de insulina, que pode levar a hiperglicemia, desidratação e hiperosmolaridade - Raro em DM 1 e comum em DM2 - Início lento demorando dias - Os níveis circulantes de insulina são suficientes para prevenir a lipólise e, consequentemente, a cetogênese , mas inadequados para propiciar a u�lização de glicose - Pacientes com EHH são também deficientes em insulina. Contudo, eles apresentam concentrações mais elevadas de insulina (demonstrado pelos níveis basais e es�mulados do pep�deo C) do que pacientes com CAD. - Menores as concentrações séricas dos AGL e dos hormônios contra reguladores (cor�sol, GH e glucagon) Fisiopatologia Diagnós�co Sinais e sintomas:sintomas mais insidiosos e se manifestam em dias ou semanas, frequente sinais de descompensação e distúrbios sensoriais, tem desidratação mais intensa que o CAD. Critérios diagnós�cos (ADA-2009) - Glicemia > 600 mg/dl - pH> 7,3 e HCO3 > 18 MeQ/L - Posm efe�va > 320 mOsm/kg Hipoglicemia Definição - Complicação mais frequente da diabetes - Representa de 6 a 10% das mortes em indivíduos com DM1 - Um risco aumentado em duas a três vezes para hipoglicemia grave ocorre em pacientes com DM1 ou DM2 subme�dos a um controle glicêmico mais rígido Classificação Nível 1: definido como glicemia entre < 70 mg/dl e > 54 mg/dl Nível 2: definido como glicemia < 54 mg/dl Nível 3: status mental ou �sico que exige assistência de outra pessoa para recuperação *Essa classificação baseia-se no fato de que a liberação dos hormônios contrarreguladores geralmente começa com a queda da glicemia < 70 mg/dℓ, enquanto os sintomas geralmente se iniciam com glicemia < 54 mg/dℓ e acentuação dos sintomas neuroglicopênicos com glicemia < 50 mg/dℓ (2,8 mmol/ℓ) Fisiopatologia Supressão da secreção de insulina pelas células beta Es�mulo de liberação de glucagon pelas células alfa Es�mulo de liberação de epinefrina pela medula adrenal Es�mulo de liberação de cor�sol pelo córtex adrenal Es�mulo de liberação do GH pela adeno-hipófise Liberação de norepinefrina pelos neurônios simpá�cos pós-ganglionares e ace�lcolina pelos neurônios pós-ganglionares simpá�cos e parassimpá�cos, além de outros neuropep�deos. Redução de insulina nos tecidos dá a oportunidade de gerar glicose através da produção hepá�ca e reabsorção de glicose pelos rins, cursando também uma resistência temporária a insulina nos receptores, em busca incessante de manter a glicose na corrente sanguínea. Concomitante à diminuição de insulina ocorre o aumento da produção de glucagon, que induzem os efeitos hiperglicemiantes do corpo. Ainda não sa�sfeito, por puro medo da hipoglicemia, o corpo libera epinefrina que resulta na maior produção hepá�ca de glicose e diminuição de captação nos tecidos insulino sensíveis. Quando pensamos em DM1, não ocorre a secreção de insulina, uma vez que a concentração circulante depende da dose administrada. Assim, tendem a desenvolver insuficiência autonômica, expressa precocemente pela perda da resposta esperada de aumento na secreção de glucagon na vigência de hipoglicemia, seu limiar para liberação mais baixo do que em indivíduos normais, especialmente após uma hipoglicemia prévia. Glicemia < 85 mg/dℓ, redução da secreção de insulina Glicemia < 70 mg/dℓ, aumento dos hormônios contrarreguladores Glicemia < 54 mg/dℓ, aparecimento dos sintomas autonômicos e neuroglicopênicos Glicemia < 50 mg/dℓ, agravamento dos sintomas neuroglicopênicos, com potencial surgimento de disfunção cogni�va, distúrbios de conduta e, nos casos mais graves (glicemia < 35 a 40 mg/dℓ), convulsão, coma e até mesmo morte *Diabé�cos com mau controle da glicemia percebem os sintomas de hipoglicemia quando os níveis glicêmicos são mais altos do que em períodos de bom controle *Já diabé�cos com controle extremo acabam por não reconhecer que estão em hipoglicemia ate´que os valores glicêmicos sejam extrema ento baixos Fatores predisponentes Absorção variável da insulina SB, contra regulação defeituosa, controle glicêmico rígido, dose excessiva de insulina ou sulfonilureia, exercícios �sicos prolongados, fármacos indutores de hipoglicemia, fármacos que prejudique o reconhecimento da hipoglicemia, hipo�reoidismo, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, insuficiência renal ou adrenal, insulinoma e etc. *salientar que diabé�cos idosos podem ter s intomas a�picos de hipoglicemia ou ser menos sintomá�cos do que os mais jovens. Assim, tem-se recomendado um controle glicêmico menos rígido nesses pacientes, nos quais v alores de HbA1c < 8% ou mesmo < 8,5% podem ser uma meta aceitável, sobretudo naqueles com déficit cogni�vo, padrão alimentar errá�co *A u�lização de análogos de insulina de ação lenta (Glargina, Detemir ou Degludeca) ou ultrarrápida (Lispro, Aspart e Glulisina) tem diminuído bastante o risco de hipoglicemias na prá�ca clínica Diagnós�co Neuroglicopenia Neuroadrenérgicos Sintomas mais leves, como tonturas, cefaleias, paresias, confusão mental e/ou distúrbios de comportamento *Grave: convulsões, coma, dilatação da pupila, torpor, hemiplegia, postura de decor�cação Adrenérgicos (taquicardia, palpitações, sudorese, tremores etc.) e parassimpá�cos (náuseas, vômitos ou, mais comumente, sensação de fome) Hipoglicemia noturna: pode ser assintomá�ca ou se manifestar por pesadelos frequentes, sudorese noturna, cefaléia ma�nal ou, nos casos mais graves, coma. Hipoglicemia sem sinais de alarme: comum em DM1 e portadores de insulinoma, esses pacientes toleram concentrações glicêmicas extremamente baixas sem apresentar os sintomas de alarme que tornam possível o reconhecimento do episódio hipoglicêmico. Tríade de Whipple: (1) sintomas compa�veis com hipoglicemia, (2) baixa concentração plasmá�ca de glicose medida por um método preciso (e não com monitor de glicose) (3) alívio desses sintomas após elevação do nível plasmá�co de glicose. Tratamento -> Melhor é prevenir, evitando os fatores predisponentes Pacientes conscientes: ingerir 15 g de carboidratos de absorção rápida, reavaliar a glicemia após 15 minutos Pacientes torporosos ou em estado de coma: com acesso venoso deve-se administrar glicose a 50% e reavaliar a glicemia capilar em 5 min, IM ou SC uso de glucagon e reavaliar após 15 minutos. Tiamina B1 *Pacientes com hipoglicemia assintomá�ca por resposta autonômica defeituosa devem elevar os níveis de glicemia média a serem alcançados, reduzir a dose total diária de insulina, usar esquemas de múl�plas pequenas doses de insulina Regular (ou, de preferência, dos análogos Aspart, Lispro ou Glulisina), aumentar o número de pequenos lanches durante o dia e incrementar a frequência de automonitoramento da glicemia. Glicação Avançada Não Enzimá�ca (AGEs) São reações a amino carbonilo, de origem não enzimá�ca, entre os lipídeos ou açúcares e proteínas, aminofosfolipídeos ou ácidos nucleicos. A via se dá pela condensação de um açúcar como a glicose com um agrupamento amina, esta sofre rearranjos ficando mais estável, os produtos gerados possuem grupos carbonilas rea�vos , que se condensam com grupos aminas primários acessíveis, dando origem aos produtos avançados da reação AGEs . Outra via que gera esses compostos do “estresse carbonílicos”, onde ocorre a oxidação de lipídeos ou de açúcares gerando compostos altamente rea�vos. Concomitante a formação dos AGEs, envolvem neutrófilos, monócitos e macrófagos, ocorrendo o processo inflamatório que induz a formação de AGEs. Deve-se ressaltar que, durante algumas das reações que levam à formação de AGEs, espécies rea�vas do oxigênio (ROS) são geradas e concorrem paralelamente com o estresse oxida�vo e com os danos estruturais e funcionais às macromoléculas. Lembrando que o processo endógeno de AGEs está relacionado com o equilíbrio de produção e eliminação destas substâncias. Em condições fisiológicas os AGEs são formados de forma lenta, afetando apenas moléculas de meia-vida longa como o colágeno,por isso, fisiologicamente, ele exerce um papel importante no envelhecimento. No entanto, sob condições de hiperglicemia ou estresse oxida�vo, a geração de AGEs aumenta intensamente . A dieta é considerada a principal fonte exógena de AGEs e pode exercer importante influência no desenvolvimento de diversos quadros patológicos, especialmente do diabetes. A formação de AGEs nos alimentos é potencializada por métodos de preparo que u�lizam altas temperaturas e baixa umidade (fritar, assar ou grelhar), sendo os alimentos ricos em lipídeos os principais contribuintes do conteúdo dieté�co de AGEs. A remoção dos AGEs formados nos componentes teciduais é realizada pela proteólise extracelular ou pelas células scavenger, como os macrófagos, que endocitam AGEs via receptores e, após a degradação intracelular, liberam na circulação AGE-pep�deos solúveis e de baixo peso molecular, para serem excretados com a urina Mecanismo de ação → Os AGES modificam as estruturas intracelulares, incluindo aquelas envolvidas com a transcrição gênica → O segundo mecanismo se dá com proteínas da matriz extracelular modificando a sinalização entre as moléculas da matriz e a célula, gerando disfunção na mesma. → Modificação de proteínas ou lipídeos sanguíneos; as proteínas e os lipídeos circulantes modificados por AGEs podem, então, ligar-se a receptores específicos, causando a produção de citocinas inflamatórias e fatores de crescimento, que, por sua vez, contribuem para a patologia vascular do diabetes Microvasculares: modificações funcionais dos leitos microvasculares nos quais o endotélio e as células associadas são progressivamente danificados pela hiperglicemia, resultando em oclusão capilar, isquemia e falência de órgãos. Macrovasculares: refere-se a complicações cardiovasculares EHH CAD Desidratação importante Menor desidratação Coma em cerca de 50% Coma em cerca de 50% Hiperven�lação ausente Hiperven�lação presente < 40 anos < 40 ano DM 2 + DM1+ + Doença renal associada - Doença renal associada Glicemia entre 600 a 2400 mg/dl - cetonúria Sódio normal, alto ou baixo Potássio normal ou alto Bicarbonato normal pH > 7,3 Osmolaridade plasmá�ca efe�va > 320 Mortalidade + Glicemia entre 250 a 800 mg/dl + cetonúria Sódio baixo Potássio alto, normal ou baixo Bicarbonato baixo pH< 7,3 Osmolaridade variável Mortalidade < 5% Nefropa�a diabé�ca Definição - Decorrente a complicação microvascular - Aumento da albuminúria + redução da taxa de filtração glomerular - Se instala depois de 10 anos do diagnós�co de DM1 e pode ocorrer desde o diagnós�co de DM2. *20% dos casos apresentam redução da TFG sem elevação da albuminúria Fisiopatologia Se inicia com uma hiperfiltração glomerular, albuminúria progressiva, queda da TFG e por fim a Nefropa�a, o surgem sinais de anemia, alterações do metabolismo ósseo. Podemos dividir em duas fases didá�cas: fase precoce (com alterações hemodinâmicas e metabólicas) e tardia (alterações celulares e remodelação tecidual). A hiperglicemia gera um aumento da filtração glomerular de glicose, com consequente aumento da reabso tubular. Por ser um cotransportados de sódio e glicose faz com que ocorra a recuperação aumentada de só além de aumentar o consumo de oxigênio com isquemia rela�va e estresse oxida�vo do túbulo inters�cial. R a concentração desse eletrólito no túbulo distal e mácula densa, com alteração do mecanismo de feed tubuloglomerular, resultando na dilatação da arteríola aferente, a�vação do sist renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) e vasoconstrição da arteríola eferente. Todo esse processo de equilíbrio hemodinâmico leva a hipertrofia tubular, bem como hipertensão e hiperfiltr glomerular, o que contribui para a hipertrofia renal, podendo resultar em glomerulosclerose e atrofia tubula r A hiperglicemia persistente pode desencadear disfunção do endotélio glomerular com aumento permeabilidade vascular, espessamento da membrana basal glomerular (MBG), proliferação de cé mesangiais, lesão e apoptose dos podócitos, bem como um processo inflamatório com recrutamento de cé imunológicas e liberação local de citocinas e quimiocinas, com remodelamento tecidual que contribui para at e fibrose. Sabe-se que a membrana basal glomerular , as células mesangiais, os podócitos e as células tubulares re acumulam altos níveis de AGES, através de RAGE, aumentando a liberação de fatores de crescimento, es�mula a síntese de componentes da matriz do colágeno, fenômeno, contribuindo o espessamento membrana basal. A redução da filtração é, em parte, por causa da compressão dos capilares e da diminuição da super�cie de onde ocorre a filtração, por causa da expansão do leito mesangial. As células mesangiais de cultura poss receptores para AGEs e respondem aos AGEs com o aumento da síntese de proteínas da matriz e de colágeno IV Diagnós�co Elevação de albuminúria e/ou redução da TFGe em indivíduos com diabetes na ausência de sinais ou sintomas de outras causas primárias para lesão renal - Avaliação anual da excreção urinária de albumina e da TFGe em todos os pacientes com DM - O rastreamento deve ser iniciado desde o diagnós�co do DM2 e após 5 anos do início no DM1 A TFG é es�mada a par�r da concentração de crea�nina sérica por meio de equações ajustadas para a idade, o gênero e a etnia do indivíduo. A cista�na C sérica é outro marcador endógeno da TFGe com melhor sensibilidade e especificidade do que a crea�nina sérica, porém seu emprego na prá�ca diária ainda não está amplamente disponível. Além de ser um marcador de lesão glomerular, a albuminúria também é um fator predi�vo para eventos cardiovasculares, progressão da DRD e mortalidade. Na impossibilidade da determinação da excreção urinária de albumina, a detecção de proteína na urinálise qualita�va sugere excreção urinária de albumina elevada, correspondendo, em geral, a um valor de proteínas totais na urina > 500 μg/24 h.4 Da mesma forma, valores de proteinúria em amostra isolada ≥ 430 mg/ℓ ou em urina de 24 horas > 500 mg correspondem a valores muito elevados de excreção urinária de albumina (macroalbuminúria). Tratamento O alvo do tratamento da DRD deve obje�var o controle de todos os fatores de risco modificáveis associados à progressão da doença. Orientação dieté�ca → pacientes que tem albumina elevada e redução de TFG, deve-se recomendar-se restrição da ingestão proteica, adequação ao controle glicêmico e pressórico, além de empregar bloqueadores do SRAA *Já um consumo superior a 1,3 g/kg/dia deve ser evitado, uma vez que se associa ao aumento da albuminúria, da redução da TFGe e da mortalidade por DCV. Redução da ingestão de sódio (< 1.500 μg/dia), deve ser considerada em indivíduos com DM e hipertensão, devido ao potencial bene�cio para o controle pressórico e redução do risco cardiovascular Controle glicêmico → A eficácia do controle glicêmico intensivo na redução da ocorrência de microalbuminúria e progressão para macroalbuminúria já foi demonstrada em diversos estudos em portadores de DM1 ou DM2. *o controle glicêmico intensivo em fase avançada da doença renal pode resultar em aumento de eventos adversos como hipoglicemia e mortalidade, com pouco ou nenhum bene�cio na evoluçãoda doença renal. As atuais diretrizes recomendam um alvo de hemoglobina glicada (HbA1c) inferior a 7,0% para prevenir ou retardar a progressão de complicações microvasculares do diabetes, como a nefropa�a. Contudo, faz-se importante a individualização dos alvos glicêmicos para populações específicas como os pacientes com DRC , que podem ter alvos de HbA1c menos rigorosos. Frente aos resultados promissores desses estudos envolvendo os análogos de GLP-1 e iSGLT-2 em relação ao tratamento da DRD quanto a segurança e bene�cio renal, abre-se a perspec�va para que mesmo os pacientes com doença renal avançada possam ser tratados de forma mais agressiva quanto ao controle glicêmico O rim, juntamente com o �gado, é o principal local de metabolização e excreção dos medicamentos an�-hiperglicemiantes. Dessa forma, a redução da TFGe pode resultar no acúmulo de certos medicamentos ou de seus metabólicos, com elevação do risco de hipoglicemia . *Assim, a função renal deve ser avaliada com cautela para definir a necessidade de ajuste de dose ou mesmo suspensão dos fármacos u�lizados para o tratamento da hiperglicemia Re�nopa�a diabé�ca Definição Complicações oculares: instabilidade da refração, paralisias dos nervos motores oculares (3°, 4° e 6° nervos cranianos), úlceras de córnea, neovascularização de íris e catarata. - Principal causa de cegueira não reversível em pessoas entre 25 e 74 anos - Em estágios iniciais os pacientes são assintomá�cos, quando progride percebe manchas no campo visual - A visualização de microaneurismas na fundoscopia é um sinal mais precoce de RD Fisiopatologia A base da doença é a microangiopa�a com danos relacionados direta e indiretamente com hiperglicemia, esta se caracteriza pelo espessamento da membrana basal do capilar, e a oclusão deste capilar, secundária à hiperglicemia crônica, são a base da patogênese da RD ===> Hipóxia re�niana, quebra da barreira hematorre�niana e aumento da permeabilidade vascular ===> Hemorragias, exsudatos, edema re�niana e macular Hormônio do crescimento → contribui para o desenvolvimento e progressão da re�nopa�a *ablação cirúrgica hipofisária foi proposta por alguns autores como tratamento da RD grave. Plaquetas e viscosidade sanguínea → aumento da agregação plaquetária e diminuição da deformidade dos eritrócitos, predispõe a alentecimento da circulação sanguínea, dano endotelial e oclusão capilar Aldose redutase e fatores vasoprolifera�vos → excesso de glicose seja metabolizado pela via da aldose redutase em alguns tecidos, levando à conversão de açúcar em álcool *Os pericitos intramurais dos capilares re�nianos são afetados pelo nível elevado de sorbitol, prejudicando a autorregulação dos capilares. Isso predispõe ao enfraquecimento da estrutura da parede do capilar e favorece a formação de microaneurismas Proteínoquinase C → isoforma PKC-beta é a�vada pela hiperglicemia e, experimentalmente, demonstrou-se que sua a�vação está associada à quebra da barreira hematorre�niana pela a�vação de fatores de crescimento vascular Hipóxia → O infarto da camada de fibras nervosas leva à formação de exsudatos algodonosos, os quais estão associados à estase do fluxo axoplasmá�co Edema macular → é a causa mais comum de baixa visual em pacientes com RD não prolifera�va e também é um importante fator adicional para a baixa visual nos pacientes com a forma prolifera�va. Neovascularização → A isquemia re�niana leva à produção de fatores vasoprolifera�vos que es�mulam a formação de novos vasos. Primeiro, a matriz extracelular é quebrada por proteases e novos vasos são originados principalmente a par�r de vênulas re�nianas. Se estes ultrapassarem a membrana limitante interna, passarão a ser chamados de neovasos, definindo o estágio prolifera�vo da RD. Com o progredir da doença, esses neovasos formam redes capilares entre a super�cie interna da re�na e a face posterior da hialóide Fatores de risco Duração da DM: em pacientes com DM1 é frequente sinais de RD depois de 5 anos após o diagnós�co Controle do DM: controle rigoroso da glicemia pode prevenir o aparecimento ou progressão da RD. HAS: deve ser man�da sobre controle evitando a progressão da RD Doença Renal do Diabetes: A maioria dos pacientes com doença renal do diabetes (DRD), caracterizada por albuminúria e redução da taxa de filtração glomerular, também apresentam RD. Gestação Dislipidemia: Pacientes com dislipidemia não controlada têm maior tendência a edema macular e a acúmulo de exsudatos duros. Outros fatores de risco: Tabagismo, cirurgia intraocular (especialmente catarata), obesidade e anemia também podem contribuir para a ocorrência de RD. Classificação Re�nopa�a diabé�ca não prolifera�va - A existência de microaneurismas re�nianos em diabé�cos já caracteriza o diagnós�co de RDNP. - Sendo 90% dos casos - Divididas em formas muito leve, leve, moderada e grave - Lesão inicial ocorre no endotélio da microvasculatura re�niana, formando-se microaneurismas nas partes fragilizadas dos vasos. Leve → microaneurisma + exsudatos duros + pequenas e esparsas hemorragias intra re�nianas em chama de vela. Moderada → Com alterações maiores que a leve e menores que a grave. Grave → marcada por múl�plas lesões isquêmicas na re�na, havendo 20 hemorragias intrarre�nianas em cada um dos quatro quadrantes, veias em rosário e alterações microvasculares intrarre�nianas. Re�nopa�a diabé�ca prolifera�va - A RP prolifera�va (RDP) é classificada em dois �pos: a inicial ou a de alto risco . ● RDP inicial → os neovasos estão presentes, mas não preenchem os critérios de alto risco. ● RDP de alto risco→ encontra-se NVD em ≥ 1/3 da área do disco óp�co, ou há qualquer NVD associada à hemorragia vítrea ou sub-hialóidea, ou há presença de NVE ≥ 1/2 diâmetro de papila, associada à hemorragia vítrea ou sub-hialoidea Maculopa�a diabé�ca Caracteriza-se pelo edema macular reversível (causa mais comum de sintoma visual no diabé�co), múl�plos exsudatos duros em volta da fóvea ou ainda pela maculopa�a isquêmica (caracterizada pela falta de perfusão macular na angiografia, com aumento da zona avascular foveal). As maculopa�as são a principais causas de perda da visão central em diabé�cos. Diagnós�co Maioria dos pacientes são assintomá�cos, e com a progressão de doenças surgem sintomas variados Deve-se realizar o exame o�almológico completo *Crianças e adolescentes com DM1 devem iniciar a avaliação o�almológica após a puberdade ou ao completarem 5 anos de doença. *Em adultos com DM1, tal procedimento deve ser iniciado após 5 anos de doença. *Em pacientes com DM2, a avaliação o�almológica deve ser realizada imediatamente após o diagnós�co, visto que a doença é muitas vezes diagnos�cada com 5 a 10 anos de atraso. *O intervalo entre os exames é anual, mas pode ser menor, dependendo do grau de re�nopa�a ou maculopa�a encontrado. Microaneurismas ● Precoce sinal de RD, ocorre diante a perda de pericitos ● Tem aspecto de herniações saculares, principalmente na camada plexiforme interna ● Surgem como pontos avermelhados nas camadas superficiais re�nianas ● Quando o tamanho ultrapassa 100 μm, passam a ser denominados macroaneurismas ● Sua ruptura provoca hemorragias intrarre�nianas. Hemorragias re�nianas● Ruptura de microaneurismas na re�na ● Ocorre nas camadas mais profundas da re�na ● Exame de angiofluoresceinografia ajuda a dis�nguir as hemorragias dos microaneurismas, primeira hipo e a segunda hiperfluorescentes Edema re�niano exsudatos duros ● São causados pela quebra da barreira hematorre�niana, permi�ndo o vazamento de proteínas, lipídios e plasma. Parecem ser mais comuns em pacientes com dislipidemias Manchas algodonosas ● São infartos da camada de fibras nervosas devido a oclusão de arteríolas pré-capilares ● Ocorre proximo a áreas de microaneurismos e de impermeabilidade vascular Loops venosos e ensalsichamento venoso ● Essas variações do calibre e do trajeto venoso ocorrem adjacentes a áreas de não perfusão capilar e refletem aumento da isquemia. ● O surgimento dessas alterações é um importante fator predi�vo de progressão para re�nopa�a prolifera�va Anormalidades microvasculares intrarre�nianas ● Representam leitos capilares remodelados, com shunts arteriovenulares, sem mudanças prolifera�vas. ● Esse shunt acentua a má perfusão local. ● Apresentam pouco vazamento na angiofluoresceinografia e são encontrados próximo a áreas de não perfusão re�niana Edema macular ● É a principal causa de baixa visual em pacientes com diabetes. ● Ocorre por dano aos capilares re�nianos e consequente quebra da barreira hematorre�niana, permi�ndo o extravasamento para o espaço extracelular de líquido, proteínas e lipídios ● Pode a�ngir pacientes em qualquer estágio de re�nopa�a. Exames complementares ■ Glicemia de jejum e hemoglobina glicada: avaliação do controle da glicemia ■ Re�nografia: pode ser realizado por meio de telemedicina em aparelhos portáteis e de custo rela�vamente baixo. Permite o registro e a triagem de pacientes com suspeita de re�nopa�a. ■ Angiofluoresceinografia: importante para o diagnós�co detalhado e o acompanhamento de RD. microaneurismas → pontos de hiperfluorescência nas fases precoces e com pouco vazamento nas tardias hemorragias pun�formes → aparecem com pontos hipofluorescentes por bloqueio. áreas de má perfusão capilar aparecem → hipofluorescentes ■ T omografia de coerência óp�ca: luz para gerar uma imagem transversal da re�na com resolução próxima da histológica. Mede a espessura da re�na e determina se há edema intrarre�niano ou tração vitreomacular. *Esse teste é u�lizado para o diagnós�co da RD e é considerado fundamental para a modulação do tratamento do edema macular diabé�co com as medicações intravítreas. ■ Ultrassonografia: Pode ser usada para avaliar a re�na se os meios es�verem obstruídos por hemorragia vítrea Tratamento Controle da glicemia, da HAS e dos lipídios → pacientes usuários de insulina, se a HbA1c for man�da < 7%, a progressão da re�nopa�a e das outras complicações do diabetes é substancialmente reduzida. Fotocoagulação com laser → u�liza-se um feixe de luz, que ao ser absorvido pela re�na gera coagulação do tecido. O mecanismo exato pelo qual a panfotocoagulação funciona não é totalmente compreendido. A base teórica é que a destruição da re�na hipóxica diminua a produção de fatores vasoprolifera�vos, como o VEGF, reduzindo a neovascularização. An�angiogênicos e esteroides intravítreos → Esses achados apoiam tanto a terapia com an�angiogênicos como a panfotocoagulação como tratamentos viáveis para RD prolifera�va. Vitrectomia → remoção cirúrgica do vítreo pode ser necessária em casos de hemorragias vítreas de longa duração que atrapalhem a visão, como também em casos de deslocamento tracional da re�na ou membranas epirre�nianas que afetem a mácula. Em geral, é realizada a panfotocoagulação da re�na no mesmo ato cirúrgico, com a finalidade de promover ablação da re�na isquêmica extramacular. Crioterapia → houver indicação de fotocoagulação, mas não for possível realizá-la porque o paciente apresenta opacidade de meios por catarata ou hemorragia vítrea, pode-se lançar mão da crioterapia para realizar a ablação da re�na periférica isquêmica Monitoramento a longo prazo → A frequência de acompanhamento é determinada pelo grau de re�nopa�a Neuropa�a diabé�ca Definição São definidas como “presença de sintomas e/ou sinais de disfunção dos nervos periféricos em indivíduos com DM, após a exclusão de outras causas”, sendo um distúrbio sensi�vo-motor, simétrico e dependente do comprimento, decorrente de alterações metabólicas e microvasculares resultantes de exposição à hiperglicemia de longa duração e de distúrbios metabólicos Fatores de risco Os fatores significa�vamente correlacionados para DM1 foram: idade avançada, maior duração do diabetes pressão arterial diastólica aumentada, obesidade, aumento de LDL-colesterol e triglicerídeos e HDL-colesterol ( Os fatores significa�vamente para DM2 foram: foram associados à PND idade avançada, duração do di masculino, tabagismo e HDL-c baixo. Fisiopatologia Classificação Diagnós�co O diagnós�co das neuropa�as diabé�cas é feito por exclusão de outros possíveis diagnós�cos capazes de gerar os sintomas em questão. Dessa maneira, deve-se realizar testes para a exclusão das outras possibilidades. Assim sendo, pode-se buscar fechar o diagnós�co de neuropa�a diabé�ca, porém, cada um dos sub�pos possui suas peculiaridades para isso. Exames clínicos e laboratoriais recomendados: Na PNDS, o diagnós�co é, principalmente, clínico. Há presença dos sintomas �picos, associados a perda sensi�va simétrica distal. Os testes clínicos são u�lizados para a avaliação funcional das fibras finas e grossas, posicionadas desde distalmente até proximalmente. São eles: percepção de toque pon�agudos, com palito ou neuro�p, e de temperatura; percepção de vibrações, de propriocepção, de um monofilamento de 10g e de reflexo aquileu. Pé diabé�co Definição Definida como infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos moles do pé associadas à neuropa�a e/ ou doença arterial nas extremidades dos MMII em pessoas com DM A DM é a principal causa de amputação não traumá�ca de MMII Quadro clínico geral A glicemia alta reduz a capacidade de eliminar radicais livres e compromete o metabolismo de várias células, principalmente dos neurônios. Os principais sinais são: ● Dor con�nua e constante; ● Sensação de queimadura e ardência; ● Formigamento; ● Dor espontânea que surge de repente, sem uma causa aparente; ● Dor excessiva diante de um es�mulo pequeno, por exemplo, uma picada de alfinete; ● Dor causada por toques que normalmente não seriam dolorosos, como encostar no braço de alguém. Fisiopatologia Causadas por estresse repe��vo em uma área sujeita a grande estresse ver�cal ou de cisalhamento em pacientes com neuropa�a periférica, com ou sem a doença arterial periférica. A exposição prolongada à hiperglicemia provoca danos às fibras nervosas finas (�po-C e delta-A), acarretando insensibilidade e, em fases mais avançadas, acome�mento das fibras grossas (beta-A e alfa-A), produzindo deformidades estruturais nos pés. Além de deformidade estrutural, a perda dessas fibras grossas leva a perda propriocepção, do movimento ar�cular e da noção de posição segmentar nas pernas e nos pés, em estágios avançados podendo levar a fraqueza muscular e alterações da arquitetura óssea Consequentemente, surgem áreas de pressão anormal (metatarsos; região dorsal e plantardos dedos dos pés) e modifica-se o padrão normal da marcha ao caminhar. Assim, a tríade da UPD é a conjunção de polineuropa�a diabé�ca (PND), deformidade e trauma�smo. O acome�mento das fibras simpá�cas pela neuropa�a autonômica periférica resulta em diminuição ou ausência de sudorese e pele ressecada, tornando-se mais susce�vel a rachaduras e fissuras Além disso, alterações na microcirculação pela denervação dos receptores nocicep�vos perivasculares e pelo espessamento da membrana basal dos capilares desequilibram os mecanismos reguladores da vasodilatação e vasoconstrição, com aumento do fluxo e surgimento de �stulas arteriovenosas que desviam esse fluxo dos tecidos profundos.O resultado clínico é um pé “quente”, veias dorsais distendidas e, algumas vezes, edema. O processo de glicosilação não enzimá�ca e a maior deposição de produtos avançados de glicosilação tardia (AGES) em fibras do colágeno, ar�culações e pele favorecem a limitação da mobilidade ar�cular, com redução da amplitude ar�cular, sobretudo na região subtalar. O trauma�smo repe��vo do caminhar não é percebido, devido às perdas da sensibilidade protetora plantar e da sensibilidade dolorosa, surgindo hiperqueratose e calos, que aumentam a pressão local em até 30%.20 Caso a carga não seja removida e redistribuída, lesões se instalaram nas áreas de pressão das deformidades, com ruptura da pele e consequente infecção. Diagnós�co Fatores de risco → deformidades neuropá�cas, trauma�smo, limitação de mobilidade ar�cular, pressão planta anormal, história de ulcerações, DAOP, re�nopa�a e nefropa�a diabé�ca, tabagismo, questões psicossociai como depressão e isolamento social, além de desinformação. *História prévia de úlcera representa risco 57 vezes maior de uma nova ulceração, enquanto calosidades e pressão plantar anormal propiciam risco 11 e 4 vezes maior, respec�vamente. História e exame clínicos são cruciais para o diagnós�co e a classificação do risco, e envolvem teste neurológicos e vasculares simples, de baixo custo e boa sensibilidade. - Exame �sico inicia-se por avaliação do calçado e sua remoção , além de remoção das meias *deve ser realizado regularmente a par�r do 5° ano de duração do DM1 e ao diagnós�co do DM2, e o acompanhamento do paciente deve ser feito de acordo com a estra�ficação de risco - Inspeção da arquitetura dos pés, das condições e da coloração da pele e das unhas, além de verificar a presença de pelos e palpar os pulsos das artérias pediosas dorais e �biais posteriores. - Palpação dos pulsos deve ser sempre efetuada, porém há grande variação intra e interobservadores mesmo em mãos experientes. - Detecção precoce e monitoramento da inflamação/infecção têm sido descritos há vários anos, po meio da temperatura da pele com termometria a laser, obje�vando diagnos�car UPD aguda ou recidiva precoce de lesão crônica, bem como monitorar a evolução do pé de Charcot. Testes qualita�vos → avaliam as fibras grossas e finas ● Diapasão 128 Hz (sensibilidade vibratória) ● Martelo (reflexo aquileo) ● Pino, palito ou neuro�p (sensibilidade à dor) ● Martelo de Buck (reflexos de aquileus) Testes semiquan�ta�vos → monofilamento de 10 g avalia a sensibilidade protetora plantar, conduzida pela fibras grossas mielinizadas. *realizar o teste em quatro áreas plantares de cada pé – hálux (região plantar da falange distal) e primeira, terceira e quinta cabeças de metatarsos O diagnós�co clínico não provê valor confiável por várias limitações: ■Polineuropa�a coexiste em vários pacientes e mascara os sintomas de DAOP (claudicação intermitente e do isquêmica em repouso) ■O exame �sico não assegura DAOP nem iden�fica sua gravidade ■A coexistência de edema, PND e infecção pode dificultar o desempenho de testes ■Calcificação da camada média arterial limita a compressibilidade das artérias na insuflação do manguito durante a tomada do índice tornozelo-braquial (ITB), fornecendo valores elevados. Hipopituitarismo Definição - O hipopituitarismo é definido como deficiência isolada ou múl�pla de hormônios da adeno-hipófise , resultante de distúrbios hipofisários ou hipotalâmicos adquiridos ou, mais raramente, hereditários. - Resulta em elevada morbimortalidade. - Quadro clínico e as complicações do hipopituitarismo dependem da e�ologia, do �po e da gravidade da insuficiência hormonal. - As deficiências na secreção dos hormônios hipofisários manifestam-se, em geral, na seguinte ordem: gonadotrofinas (hormônio luteinizante [LH], hormônio folicules�mulante [FSH]), hormônio do crescimento (GH) ou somatotrofina, hormônio �reoes�mulante (TSH), seguido de hormônio adrenocor�cotrófico (ACTH) e, por úl�mo, prolac�na (PRL). - O termo pan-hipopituitarismo tem sido empregado diante da deficiência de dois ou mais hormônios hipofisários. Principais síndromes de hipossecreção incluem: Hipocor�solismo, Hipo�reoidismo, Hipogonadismo, Deficiência de GH e Diabetes insípidus E�ologia Congênita x adquirida Principal causa e�ológica: adenoma da hipófise ou tratamento com cirurgia hipofisária ou radioterapia. - Macroadenomas (>=1 cm) são comumente associados com deficiências hormonais na hipófise anterior. - Microadenomas hipofisários não funcionantes (< 1 cm) são mais comuns do que o macroadenomas. Manifestações clínicas Sintomas compressivos: cefaleia (compressão da dura-máter ou hipertensão intracraniana), alterações de campo visual (compressão do nervo óp�co), paralisias de nervos periféricos (extensão lateral da lesão) ou rela�vos à deficiência hormonal. *A cefaléia é um sintoma comum nos tumores hipofisários e parece ser causada pela expansão do diafragma da sela túrcica e, raramente, pela invasão do osso. Pode ser retro-orbitária ou referida para a parte superior do crânio, embora a sua localização seja variável. O início súbito de cefaléia, náuseas, vômitos e estado de coma indicam apoplexia. Em relação à deficiência hormonal, o quadro clínico é variável e depende do grau de comprome�mento da glândula e da época em que a doença surgiu Deficiência Hormonal Sinais e sintomas GH (crianças) Atraso na velocidade de crescimento, baixa estatura, micropênis, implantação anômala de dentes, hipoglicemia, lipodistrofia abdominal, hipotrofia muscular etc. GH (adultos) Fraqueza, depressão, osteoporose, labilidade emocional, redução na massa magra e na capacidade para o exercício, aumento da massa gorda (com distribuição predominante no tronco), esteatose hepá�ca, aumento do LDL-colesterol e aumento do risco de doença cardiovascular ACTH Fraqueza, astenia, perda ponderal, hipotensão postural, náuseas e vômitos, diarreia, mialgias TSH Fraqueza, astenia, cons�pação intes�nal, intolerância ao frio etc. LH e FSH (Homens) Pré-puberal: micropênis, hipotrofia tes�cular, hábito eunucoide, retardo puberal etc. Pós-puberal: diminuição da libido, disfunção eré�l, infer�lidade, síndrome metabólica etc LH e FSH (Mulheres) Pré-puberal: retardo puberal, amenorreia primária etc. Pós-puberal: distúrbio menstrual (oligomenorreia ou amenorreia), diminuição da libido, infer�lidade etc. Diagnós�co (1) a presença, o �po e o grau de deficiência hormonal; (2) a e�ologia; (3) a presença de alterações visuais. Um rastreamento inicial da função hipofisária pode ser realizado a par�r das dosagens basais dos hormônios hipofisáriose/ou das glândulas-alvo . Geralmente, para o diagnós�co da deficiência de GH e ACTH, fazem-se necessários testes de es�mulo, como o teste de tolerância à insulina (ITT). Deficiência de GH • GH basal, IGF-1 (fator de crescimento semelhante a isulina) e IGFBP-3 baixos ou normais • Durante ITT, pico de GH < 5 ng/mℓ em crianças e < 3 a 5 ng/mℓ em adultos Deficiência de ACTH • ACTH basal: baixo ou normal baixo (< 10 pg/mℓ) • Cor�sol basal < 3 μg/dℓ • Durante ITT ou após es�mulo com ACTH sinté�co (250 μg), pico de cor�sol < 18 μg/dℓ Deficiência de TSH • TSH basal: baixo ou normal; às vezes, algo elevado (em geral, < 10 mUI/ℓ)* • T4 livre baixo, T3 normal ou baixo Deficiência de gonadotrofinas • LH e FSH basais: baixos ou normais • Testosterona baixa (em homens) e estradiol baixo (em mulheres) *A síndrome de Sheehan é a apoplexia (alteração da vascularização hipofisária por infarto ou hemorragia) hipofisária que ocorre dias a semanas do pós parto, em pacientes que �veram hemorragia intensa durante o período periparto. Ela pode levar a disfunção hormonal hipofisária, ou seja pan-hipopituitarismo, mas sua tríade clássica é a galac�a + amenorreia + astenia. Hiperpituitarismo Definição O hiperpituitarismo surge da secreção excessiva de hormônios tróficos. Ele resulta, mais frequentemente, de um adenoma da hipófise anterior , mas também pode ser causado por outras l esões hipofisárias e extra -hipofisárias. E�ologia A causa mais comum é um adenoma proveniente do lobo anterior Os adenomas hipofisários são classificados com base no(s) hormônio(s) produzido(s) pelas células neoplásicas , que são detectados por coloração e imuno-histoquímicas realizadas em cortes histológicos. Também pode ocorrer devido a hiperplasias e carcinomas da adeno-hipófise e secreção de hormônios pelos tumores não hipofisários. Hiperprolac�nemia As possíveis causas incluem: fisiológica, patológica e farmacológica Fisiológicas Gravidez, amamentação, estresse, exercício �sico, manipulação da mama e sono Farmacológicas An�psicó�cos convencionais e an�depressivos (antagoniza a dopamina), neurolép�cos, an�convulsivantes. antagonistas de H2, prociné�cos. narcó�cos, estrogenioterapia e algumas drogas ilícitas. Patológicas ● Tumores e outros distúrbios hipofisários e hipotalâmicos: prolac�nomas, tumores que comprometem a haste hipofisária (pseudoprola�nomas), adenomas de produção hormonal mista, além de lesões infiltra�vas, hipofisites, aneurismas, sela vazia e radioterapia, metástases hipofisárias. ● Doenças sistêmicas: muitas relação com o hipo�reoidismo primário, doença de Addison, cirrose hepá�ca, insuficiência renal, SOP. ● Neurogênica: a�vação de vias aferentes que seguem pelo cordão medular, em decorrência de lesões irrita�vas da parede torácica e por patologias do cordão medular. ● Tumores extra hipofisários produtores de prolac�na: gonadoblastoma, teratoma ovariano, carcinoma broncogênico e hipernefroma. ● Crise convulsiva: decorrente ao desequilíbrio de neurotransmissores ● Macroprolac�nemia: hiperprolac�nemia se sem sintomas e/ou evidências de tumor hipofisário. ● Idiopá�ca → Quadro clínico: Mulheres: galactorréia, amenorréia, oligomenorréia, infer�lidade, diminuição da libido, dispareunia, osteoporose, acne, hirsu�smo, ganho de peso. Homens: galactorréia, ginecomas�a, disfunção eré�l, infer�lidade, diminuição da libido, osteoporose e ganho de peso, apa�a. obesidade, redução da pilificação. *Causa hipogonadismo hipogonadotrófico , principalmente por inibir a secreção pulsá�l do hormônio liberador de gonadotrofinas. Prolac�noma Adenoma hipofisário benigno que expressa e secreta prolac�na em vários graus São os adenomas mais comuns Podem se apresentar na forma de micro ou macroadenomas Frequência semelhante entre os sexos No homem, 80% são macroadenomas: diagnós�co tardio, comportamento mais invasivo e crescimento mais rápido Macroprolac�nomas produzem maior quan�dade hormonal do que microprolac�nomas Manifestações secundárias ao efeito local do tumor → Cefaléia, alterações do campo visual, alterção dos nervos cranianos III, IV e VI, hipertensão intracraniana e hipopituitarismo. Manifestações em crianças e adolescentes → Diminuição velocidade de crescimento, retardo puberal, amenorréia primária (antes da menarca) ou secundária (depois da menarca), cefaléia e alteração de campo visual O que é o efeito gancho? Quando os níveis de PRL estão extremamente elevados , mas os exames se apresentam com níveis falsamente baixos de prolac�na, quando se empregam imunoensaios de dois sí�os em pacientes com grandes prolac�nomas e hiperprolac�nemia muito acentuada. O efeito gancho pode ser iden�ficado através de uma nova dosagem da PRL após diluição do soro a 1:100, quando se observará um aumento dramá�co do valor da PRL. Quando suspeitar de macroprolac�na? - Valores muito elevados de PRL - Pacientes assintomá�cos com queixas leves - Polímeros de PRL circulante - Único adenoma hipofisário cujo o tratamento é medicamentoso - Agonistas dopaminérgicos → Bromocrip�na e cabergolina (D2) - Iniciar com dose baixa, após a refeição noturna, para evitar efeitos colaterais, aumentando progressivamente até o controle. Acromegalia Doença crônica decorrente da h ipersecreção do hormônio de crescimento, na qual os pacientes apresentam alterações metabólicas e caracterís�cas �sicas peculiares , com crescimento de extremidades e alterações faciais. Quando ocorre antes da fusão das car�lagens epifisárias se apresenta com alta estatura, sendo denominada Gigan�smo. Igual em ambos os sexos, surgindo por volta do 40 -50 anos, e tem uma mortalidade 2 x maior Hipofisárias Extrahipofisárias Adenomas hipofisário produtores de GH (somatotropinomas) Pode surgir de forma esporádica ou familiar, além destes tem os carcinomas *causa mais comum da acromegalia *relacionada coma síndrome de Carney, síndrome de McCune-Albrigth Adenomas hipofisário ectópicos Tumores perifériicos secretores de GH Iatrogenia *Além destes dois tem as causas hipotalâmicas e extra hipotalâmicas. Quadro clínico → excesso de GH e ou IGF1, efeitos de massa dependentes, apoplexia hipofisária, formas familiares e incidentalomas. ● Craniofaciais = Fronte proeminente, Progna�smo (desarmonia facial), Alargamento da maxila, Diastema (espaço entre os dentes), Distúrbios de oclusão dentária, Dor em ATM, Macroglossia, Acentuação das linhas da face, Aumento de mento, lábios e nariz Glaucoma, Voz profunda e ressonante. ● Outros sinais e sintomas= Fraqueza, letargia, ganho de peso, papilomas, bócio, hipertricose, acantose nigricans, cardiomegalia, nefroli�ase, hiperprolac�nemia, galactorreia, hipo�reoidismo, ginecomas�a, insuficiência adrenal. ● Efeitos de massa= cefaleia, dor facial, distúrbios visuais, paralisia de pares cranianos, hipopituitarismo e hiperprolac�nemia. ● A apoplexia hipofisária é emergência endocrinológica que pode ocorrer por isquemia ou hemorragia da hipófise. Surgir com cefaléia intensa e súbita, perda da consciência, paralisia dos pares cranianos e perda da visão. ● Gigan�smo = crescimento linear, acelerado e progressivo, > 3 DP de altura e > 2 DP da estatura familiar. Diagnós�co → diagnós�co está na “cara” deve-se confirmar a secreção anormal de GH, podendoser através o teste oral de intolerância glicose, IGF 1 e dosagem de GH Realizar exame de imagem sempre a pós o diagnós�co funcional *Síndrome da apneia do sono, síndrome do túnel do carpo, cefaleia, amenorréia, hiperprolac�nemia e adenomas não secretores. ● Critérios de exclusão: GH acaso < 0,4 ng/mL E IGF-I normal OU GH basal (perfil diário) < 2,5 ng/mL ● Critérios de confirmação: GH TOTG > 1 ng/mL E IGF-I aumentado para idade e sexo Tratamento → Padrão ouro (Hipofisectomia transesfenoidal), Radioterapia ● Tratamento farmacológico: - Análogos de somatosta�na - Agonistas dopaminérgicos - Antagonistas receptor GH Puberdade precoce Puberdade fisiológica Puberdade é o período de transição entre a infância e a vida adulta, se caracteriza pelo aparecimento das caracterís�cas sexuais secundárias , aceleração do crescimento linear e maturação gonadal (ovários e os tes�culos ) Os limites de normalidade para o início do desenvolvimento puberal normal são diferentes entre os sexos: ● 8 – 13 anos no sexo feminino ● 9 – 14 anos no sexo masculino. O desenvolvimento puberal é cons�tuído por dois eventos fisiológicos independentes: → Adrenarca : aumento de andrógenos adrenais e de seus precursores , principalmente deidroepiandrosterona (DHEA) e sua forma sulfatada (DHEA-S) → Gonadarca: rea�vação do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonadal (eixo gonadotrófico) , com incremento de amplitude e frequência dos pulsos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) na circulação porto-hipofisária. 1. Telarca (surgimento do broto mamário) é o primeiro sinal de puberdade 2. Pubarca (surgimento de pelos pubianos) 3. Menarca (primeira menstruação). 1. Aumento do volume tes�cular (≥ 4cm3) 2. Pubarca 3. Crescimento peniano. *Em média, o intervalo entre dois estágios puberais é de um ano; quando inferior a seis meses deve ser considerado anormal. Minipuberdade → Já no período neonatal, a secreção de LH e FSH encontra-se elevada devido à imaturidade dos mecanismos hipotalâmicos regulatórios da secreção de gonadotrofinas , o que resulta em síntese e secreção de testosterona no sexo masculino, e de estradiol no sexo feminino, porém sem manifestação clínica de puberdade. Seguido por um período de quiescência hormonal, durante o qual o eixo gonadotrófico apresenta baixa a�vidade, devido aos mecanismos inibitórios hipotalâmicos dependentes e independentes dos esteroides sexuais. *A secreção de FSH é maior no sexo feminino durante os 2 primeiros anos de vida, ao passo que a secreção de LH predomina no neonato do sexo masculino nos primeiros 6 meses de vida. Definição é o aparecimento das caracterís�cas sexuais femininas e masculinas antes dos 8 anos, nas meninas, e antes dos 9 anos, no caso dos meninos , como aparecimento de pelos nas axilas e pubianos, desenvolvimento das mamas, aumento do volume dos tes�culos e aumento da oleosidade da pele. Classificação Pode ser classificada como: Puberdade Precoce Central (PPC) Puberdade Precoce Periférica (PPP) - Considerada PP verdadeira - Depende das mudanças de produção da gonadotrofinas - Podem se apresentam somente isossexual (compa�veis ao sexo da criança) - Pseudopuberdade - Produção autônoma de esteróides sexuais - Podem se apresentar de forma isossexual ou heterosexual Ainda há variantes do desenvolvimento puberal normal: ● Telarca precoce isolada: Aumento uni ou bilateral das mamas nas meninas antes do 8 anos sem outros sintomas de maturação sexual, sendo uma condição clínica benigna que pode regredir espontaneamente ou permanecer até o desenvolvimento puberal propriamente dito. (Pode ser confundida com Lipomas�a) - Ocorre mais antes do 3 anos e após os 6 anos - Possíveis causas: A�vação transitória do eixo gonadotrófico com secreção excessiva e predominante de FSH, Aumento da sensibilidade do tecido mamário às pequenas concentrações de estrogênios circulantes, Secreção transitória de estrogênio por cistos ovarianos e Ingestão de alimentos com substâncias que atuem como desreguladores endócrinos (bisfenol A, �alatos) - Observação clínica, pode ou não haver evolução para puberdade precoce *Laboratorialmente as pacientes apresentam valores de gonadotrofinas e dos esteróides sexuais dentro da faixa pré-puberal normal. ● Pubarca precoce isolada: aparecimento isolado dos pelo pubianos antes dos 8 anos de idade nas meninas e dos 9 anos de idade nos meninos. Expressão adrenarca precoce é u�lizada para definir a elevação precoce dos andrógenos adrenais que, com frequência, se associa à pubarca precoce isolada. - Andrógenos aumentados, mas valores compa�veis com estágio de Tanner II de desenvolvimento puberal - A e�ologia da adrenarca precoce não é conhecida e tem sido atribuída à maturação prematura da zona re�cular do córtex adrenal , levando ao aumento dos andrógenos adrenais, o que, por sua vez, leva ao aparecimento prematuro da pubarca. - As crianças com quadro clínico de adrenarca prematura devem ser inves�gadas para excluir outras condições patológicas, como a forma não clássica da hiperplasia adrenal congênita, tumores gonadais ou adrenais virilizantes, administração exógena de andrógenos, puberdade precoce ou causas raras como a síndrome de Cushing na infância ● Sangramento vaginal isolado precoce: se apresenta de forma acíclico, pode ocorrer na fase pré-puberal, sem outros sinais puberais e sem anormalidades dos genitais. Nos casos não relacionados ao es�mulo hormonal, não há avanço de idade óssea nem evidência de rea�vação do eixo gonadotrófico, estando os valores de gonadotrofinas e estradiol na faixa pré-puberal. *Recomenda-se inves�gação clínica, incluindo história detalhada para afastar possíveis trauma�smos ou manipulações, bem como exame da genitália externa. PPP A PPP, também denominada pseudopuberdade precoce ou independente de gonadotrofinas , é decorrente da secreção autônoma de esteroides sexuais de origem principalmente gonadal, adrenal ou exógena, independentemente da a�vação do eixo gonadotrófico. - Mais rara do que a PPC e pode decorrer de transtornos gené�cos ou doenças adquiridas. - Não há dados epidemiológicos de incidência e prevalência da PPP. ■ Tumores tes�culares: tumores de células de Leydig, em grande parte são benignos, manifestam-se clinicamente com puberdade precoce e aumento unilateral do tes�culo, às vezes nodular. Concentrações elevadas de testosterona acompanhadas por valores pré-puberais ou suprimidos de gonadotrofinas indicam o diagnós�co de PPP. A US tes�cular é ú�l para detectar nodulação. ■ Cistos foliculares autônomos: Cistos ovarianos foliculares secretam estrógenos de modo transitório, causando desenvolvimento mamário ou até mesmo hemorragia vaginal. ■ Tumores ovarianos: são raros, porém de importância reconhecida na idade pediátrica. Dor abdominal é uma manifestação clínica frequente. O valor de estradiol pode ser muito elevado, seguido por concentrações suprimidas de gonadotrofinas. A US pélvica geralmente torna possível o diagnós�co. ■ Germinomas: Tumores que secretam hCG podem causar PPP, principalmente no sexo masculino.Teratomas, corioepiteliomas ou tumores mistos de células germina�vas localizados em hipotálamo, medias�no, pulmões, gônadas ou retroperitônio foram associados
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