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G.O -> 09/03 • Definida como qualquer implantação do ovo fora da cavidade endometrial • Fatores de risco o Doença inflamatória pélvica aguda o Uso de DIU o História de infertilidade o Gravidez ectópica anterior o Cirurgia tubária prévia o Laqueadura tubária o Anormalidade tubária documentada o História de cervicite ▪ Inflamação do colo por Clamídia e Gonococo o Pílula do dia seguinte o Endometriose o Tb genital o Cirurgia abdominal previa o Tabagismo • Localização o Mais rara: cicatriz da cesárea o Local mais comum: trompas -> região ampular QUADRO CLÍNICO • GE rota • Dor abdominal em quase todos os casos • Sangramento vaginal em 60-90% dos casos • Atraso menstrual em 75-95% dos casos S INAIS E S INTOMAS • Atraso menstrual • Defesa abdominal • Sangramento vaginal • Massa anexial palpável • Útero < que idade gestacional esperada • Grito de Douglas (Sinal de Proust) Evolução: • Quadro grave de abdome agudo hemorrágico se houver rotura DIAGNÓSTICO • 3 fatores essenciais para diagnóstico: clínica, beta HCG+ e USGTV o USG: ▪ Ausência de SG ou sem imagem suspeita -> dosagem de beta HCG quantitativo ▪ SG ectópico e BCF presente ou ausente; SG extrauterino com vesícula vitelina; massa complexa anexial e anel tubário; líquido na cavidade abdominal e fundo de saco ▪ Pode afastar pela identificação de gestação intrauterina tópica ▪ Saco gestacional visualizado + beta HCG >1500 UI/mL ▪ Certeza: visibilização de embrião com atividade cardíaca localizada fora da cavidade uterina ▪ Anel intratubário -> Doppler o Beta HCG: duplica a cada 5-7 dias ▪ Maiores que 1.500 mUI/mL e não visualizado o SG intrauterino à USG transvaginal ▪ Menores que 1.500 mUI/mL -> repetir o US e beta HCG em 48h -> ausência de SG tópico -> aumento de beta HCG <50% Clínico • Palpação: dor localizada em um dos quadrantes em caso de GE íntegra ou generalizada após rotura • Sinal de Cullen o Equimose periumbilical proveniente de rotura • Sinal de Laffont o Dor na região escapular (*direita) devido a irrigação do nervo frênico • Sinal de Blumberg o Descompressão dolorosa do abdome -> DB+ • Sinal de Proust o Dor à mobilização do colo uterino e abaulamento o Dorme no fundo de saco de Douglas decorrendo do acúmulo de sangue no fundo de saco vaginal • Punção de fundo de saco de Douglas (culdocentese): fazer quando não tiver USG, risco de perfurar útero e intestino o Melhor em emergência para confirmar diagnóstico o Sangue: GE rota o Pus: apendicite • Reação de Arias-Stella o Consequente a hipertrofia das glândulas secretoras endometriais, decorrente dos estímulos hormonais da gestação de GE o Encontrada em cerca de 50% dos casos de GE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Doença inflamatória pélvica • Torção de cisto ovariano • Mioma subseroso torcido • Infecção urinária aguda • Endometriose • Aborto MANEJO • Cirúrgico o Condições hemodinâmicas estável ▪ Instabilidade -> laparotomia o Videolaparoscopia o Radical Salpingectomia o Conservador Salpingectomia • Medicamentoso o Metotroxato IM dose única 50mg/m2; MTX IM 1mg/kg em dias alternados + ácido folínico; MTX injetável direto no ovo guiado pelo US ou Laparoscopia o Condições ideais para uso: saco gestacional <3,5 e massa anexial <4cm; feto sem atividade cardíaca e beta HCG <5.000 (15%); GE íntegra, BCF ausente, HMG-Cr e enzimas hepáticas normais; quadro materno estável; líquido livre no peritônio ausente ou moderado; aumento de beta HCG <50% em 48h • Expectante SEGUIMENTO • Medicamentoso o Evitar exposição solar o Evitar ingestão de álcool o Evitar vitaminas com folatos o Controle laboratorial ▪ Dia 1: beta HCG e injeção de MTX ▪ Dia 4: beta HCG (pode subir sem significado) ▪ Dia 7: HMG -> Cr e enzimas hepáticas; esperado queda de 15% ▪ Seguimento semanal do beta HCG até negativação - > pode levar semanas ▪ Vigência de queda <!5% de beta HCG -> possibilidade de segunda dose de MTX o Abstinência sexual até negativar beta HCG o Gestante Rh-D negativo -> receber imunoglobulina como profilaxia Rhogam 300ug IM EFE ITOS COLATERIAS DO MTX • Supressão na medula óssea e insuficiência renal • Alteração do trato gastrointestinal • Hepatotoxicidade • Nefrotoxidade e fibrose pulmonar • Alopecia e dor abdominal • Diarreia e estomatite GRAVIDEZ CERVICAL • Ovo pode implantar-se e desenvolver-se no canal cervical • Incidência <1% (rara) o 1 em 8.600 a 12.400 gestações • Fatores predisponentes o Síndrome de Asherman o Cesárea prévia o Dilatação o Curetagem o Fertilidade in vitro o Doenças cervicais • Quadro clínico o Sangramento após período de amenorreia o Sangramento indolor espontâneo ou provocado pelo coito e/ou toque vaginal • Diagnóstico o Estável -> USG ▪ Com BCF -> MTX intraovular: 1mg/kg IM ▪ Sem BCF -> MTX sistêmico: 1mg/kg IM o Instável -> hemorragia -> tamponamento/sonda de Foley -> histerectomia GRAVIDEZ OVARIANA • Ocorrência estimada 1/10.000 gestações uterinas e de 1/1000 gestações ectópicas • Íntegra é extremamente rara -> 3% dos casos • Pode resultar de o Rotura com reabsorção ovular ▪ Evolução + frequente o Rotura evoluindo para tipo secundário -> abdominal • Resulta de alterações da função de captação ovular presente nas fímbrias tubárias • Processos aderência e inflamatórios • Impedem mobilização tubária e adaptação sobre a área ovariana em que ocorre ruptura folicular • Critérios de sapiegelberg o Presença de saco gestacional em topografia ovariana e parcialmente envolvido pelo parênquima ovarino • Diagnóstico diferencial o Útero bicorno • Tratamento o Cirúrgico ▪ Poupar maior quantidade de tecido ovariano ▪ Ooforectomia: só se justifica quando volume de tecido ectópico for extenso ou ocorrer dificuldade técnica e hemorragia de difícil controle GRAVIDEZ NA CICATRIZ CESARIANA • Forma mais rara • Diagnóstico o Beta HCG o USG: cavidade uterina e canal cervical estiverem vazias; desenvolvimento do SG pode ocorrer na porção anterior do segmento inferior do útero; ausência do miométrio saudável entre bexiga e SG; ▪ Com Doppler colorido ▪ TV ▪ Tridimensional o RNM o Completado por: laparoscopia, cistoscopia, histeroscopia • Manejo o Hemorragia ativa -> laparoscopia ou histeroscopia o Instável -> laparotomia com histerotomia ou histerectomia o MTX IM -> pacientes estáveis; seguimento cuidadoso e pode estar associado a falha terapêutica GRAVIDEZ ABDOMINAL • Ocorre fora da cavidade uterina com implantação e desenvolvimento do SG dentro da cavidade abdominal • Proporção de 1 caso para cada 8 nascidos vivos; representa 0,15 a 1,4% das gravidezes ectópicas • Classificação o Primária: implantação acontece diretamente sobre o peritônio o Secundária: nidação abdominal ocorre após abortamento tubário ou extensão intraligamentar • Mortalidade materna o Cerca de 7,7x maior que a observada na gravidez tubária o 90x maior que a encontrada na gravidez intrauterina • Sintomas o Amenorreia o Dor abdominal agravada pelos movimentos fetais o Alterações do trânsito intestinal o Sangramento virginal • Diagnóstico o Palpação ▪ Feto em situação transversa ou oblíqua ▪ Dor a mobilização fetal ▪ Ausência de contratilidade uterina o USG o RNM • Manejo o Fato vivo e viável: internação hospitalar o Evitar a prematuridade o Realizar exames de vitalidade fetal o Acima de 26 semanas: sem malformações aguardar maturidade pulmonar ou induzi-la com corticoide; proceder a retirada do feto o Laparotomia ▪ Preparo intestinal ▪ Antibioticoprofilaxia ▪ Reserva de sangue o Placenta deve ser removida ▪ Exceto se estiver implantada em região com estruturas vitais ou com vasos de grande calibre (aorta e veia cava inferior) ▪ Ligar cordão umbilical-> aguardar involução -> segunda intervenção -> extração ▪ Acompanhamento da involução -> beta HCG seriado que vai diminuído ▪ Doppler: para estudo dos vasos que nutre e vão obliterando -> aumentando a resistência do fluxo até negativas ▪ Acelerar involução -> MTX 50mg/m2 IM • Complicações o Placenta in situ o Hemorragia o Obstrução intestinal o Sepse o Abscesso o Formação de fístulas intestinais GRAVIDEZ CORNUAL • Intersticial/intramural/cornual • 2% dos casos • Incidência de 1 por 2.500-5.000 nascidos vivos • Associada a taxa de mortalidade materna de 2 a 3% • Principal causa de morte: hemorragia (85-90%) • Sintomas o Dor e atraso menstrual o Sangramento vaginal o Choque decorrente de rotura • Diagnóstico diferencial o Útero bicorno • Fator de risco o Salpingectomia anterior: 25% dos casos • Rotura o Geralmente ocorre da 9-10ª semana de gestação, podendo ultrapassar a 16ª semana o Sangramento é mais profuso • Diagnóstico o Obtido mediante avaliação clínica o Métodos propedêuticos disponíveis o USG: mostra assimetria do útero, com SG quando visualizado, na região cornual do útero o RNM: quando não firmada pelo USG o Laparoscopia • Manejo o MTX local ou sistêmico o Conservador por via laparoscópica o Cirurgia por laparotomia
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