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FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDOCRINO DOS ANIMAIS DOMESTICOS.

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31
FISIOLOGIA DO SISTEMA ENDÓCRINO
Apostila da professora Ana Karina e da mestranda Aline 
 1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
1.1. CONCEITOS GERAIS
· HORMÔNIOS: São substâncias químicas produzidas por glândulas endócrinas ou tecidos específicos e transportadas pela corrente sangüínea até atingir os órgãos alvo, para que possam realizar seus efeitos fisiológicos.
· São produzidos por células de glândula endócrina ou neurônios modificados.
· O sistema endócrino reage lentamente às mudanças, mas pode sustentar as suas respostas por longos períodos.
HORMÔNIOS = MENSAGEIROS QUÍMICOS
	
	Hoje em dia sabe-se que nem todos os hormônios são produzidos em glândulas. Há sistemas que servem como meios de integração local entre células, e também não precisam ir a longas distâncias. Por ex.:
	PROSTAGLANDINAS E SOMATOMEDINAS: são produzidas por muitos tecidos e consideradas como hormônios;
	 ANGIOTENSINA: produzida na corrente sangüínea.
· TIPOS DE COMUNICAÇÃO CELULAR VIA MEDIADORES QUÍMICOS:
	Os hormônios não caem na corrente sangüínea. Funcionam como sistemas que servem como meios de integração local entre células.
· EFETORES PARÁCRINOS: mensageiro difunde-se através dos líquidos intersticiais para influenciar células adjacentes;
· EFETORES AUTÓCRINOS: mensageiro atua na célula de origem;
· NEUROTRANSMISSORES: afetam a comunicação entre neurônios ou entre neurônios e células alvo, com as substâncias limitadas quanto à distância percorrida e a área da célula influenciada; ex.: hipotálamo hipófise;
· EFETORES EXÓCRINOS: substâncias químicas liberadas do organismo; ex.: hormônios produzidos no pâncreas e liberados nas vias gastrointestinais.
· INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS ENDÓCRINO E NERVOSO:
	É importante para a manutenção da constância do sangue e equilíbrio dos sistemas orgânicos.
· SISTEMA NERVOSO: coordena atividades que requerem rápido controle e curta ação;
· SISTEMA ENDÓCRINO: controla funções, às vezes, não tão rápidas; ação lenta e prolongada. 
Ex.: interação --- sucção causando a liberação de leite
SUCÇÃO impulsos nervosos da glândula mamária hipotálamo ocitocina corrente sangüínea glândula mamária leite.
Ex.: compartilham neurotransmissores com outras substâncias (em ambos os tecidos, endócrino e neural) --- ADRENALINA, DOPAMINA, HISTAMINA, SOMATOSTATINA.
Ex.: estresse --- liberação imediata de hormônios medulares por ação do Simpático diretamente na medula adrenal.
	O sistema endócrino tem a característica de AMPLIFICAÇÃO DE SINAL, permitindo que pequenas quantidades de hormônios no plasma produzam efeitos biológicos significativos (AMPc + enzimas). Estes efeitos podem ser estimulatórios ou inibitórios (SOMATOSTATINA).
	O sistema endócrino está envolvido no controle de funções fisiológicas.
· METABOLISMO
	 ENERGÉTICO
		 INSULINA 
		 GLUCAGON
		 CORTISOL
		 ADRENALINA 
		 HORMÔNIOS TIREÓIDEOS (T3/T4)
		 HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)
	 MINERAL
		 HORMÔNIO PARATIREÓIDEO (PTH)
		 CALCITONINA
		 ANGIOTENSINA
		 RENINA
· CRESCIMENTO
		 HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)
		 HORMÔNIOS TIREÓIDEOS (T3 /T4)
		 INSULINA
		 ESTRÓGENO
		 ANDRÓGENOS (T)
		 MUITOS FATORES DE CRESCIMENTO
· REPRODUÇÃO
		 ESTRÓGENO
		 ANDRÓGENOS (T)
		 PROGESTERONA
		 LH
		 FSH
		 PROLACTINA
		 OCITOCINA	
 1.2. SÍNTESE DE HORMÔNIOS: Classes:
DERIVADOS DE PROTEÍNAS
	 HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH)
	 INSULINA
	GLUCAGON
	ADRENOCORTICOTRÓFICO (ACTH)
DERIVADOS DE PEPTÍDEOS
	 OCITOCINA	
	 VASOPRESSINA
DERIVADOS DE AMINAS
	 DOPAMINA
	 MELATONINA
	 ADRENALINA
	 HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
	 CATECOLAMINAS
 DERIVADOS DE ESTERÓIDES
	 CORTISOL
	 PROGESTERONA
	 VIT. D
	 TESTOSTERONA
	 ESTRÓGENO
	 GLICOCORTICÓIDES
	 MINERALOCORTICÓIDES
1.2.1. HORMÔNIOS PROTEICOS
	Sintetizados, inicialmente, como PRÉ e PRÓ-HORMÔNIOS, nos ribossomos e, em seguida, separados por enzimas no retículo endoplasmático rugoso, para formar pró-hormônios. O pró-hormônio, no aparelho de Golgi, perde a porção pró e forma os HORMÔNIOS ATIVOS, que ficam armazenados em grânulos (ou vesículas) no citoplasma, antes de serem liberados por EXOCITOSE, em resposta a um sinal específico, em presença de ATP e cálcio. O cálcio entra e as vesículas são transportadas para a membrana, para a fusão e a exocitose. São hidrofílicos.
1.2.2. HORMÔNIOS ESTERÓIDES
	São lipofílicos, ao contrário dos hormônios proteicos, e podem ser divididos em duas categorias:
HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS
	 GLICOCORTICÓIDES
	 MINERALOCORTICÓIDES
HORMÔNIOS SEXUAIS
	 ESTRÓGENO
	 PROGESTERONA
	 ANDRÓGENOS
	Possuem uma estrutura comum de 4 anéis de 17 C, derivada do colesterol. 
	São sintetizados a partir do colesterol, que é sintetizado pelo fígado; os esteróides não ficam armazenados, sendo liberados conforme vão sendo sintetizados.
	Lipoproteínas de baixa densidade (LBD) entram em células produtoras de esteróides por interação com um receptor de membrana. O colesterol é liberado mediante a degradação das LBD por enzimas lisossômicas. É utilizado imediatamente para a síntese de esteróides ou armazenado em grânulos, sob a forma de ÉSTER, no interior da célula ( o hormônio não é armazenado, somente o precursor).
	As primeiras reações de formação dos esteróides são iguais, envolvendo a separação da cadeia lateral do colesterol para formar PREGNENOLONA, e ocorre na mitocôndria.
	As modificações subseqüentes da molécula de esteróide podem ocorrer na mitocôndria ou envolver movimentos para outros compartimentos da célula.
	Quem controla a produção de um ou outro esteróide são as enzimas específicas. Por ex.:
 somente células do córtex adrenal têm hidroxilases glico e mineralocorticóides;
 células sintetizadoras de andrógenos (células de Leydig dos testículos) têm enzimas que transformam pregnenolona e progesterona andrógeno. Elas não têm as enzimas necessárias para a conversão de andrógenos estrógenos;
 as células sexuais não possuem enzimas que permitem a formação de hormônios corticais adrenais. O córtex adrenal possui os 2 tipos de sistemas enzimáticos, mas produzem muito mais hormônios corticais adrenais e, em condições fisiopatológicas determinadas, pequenas quantidades de esteróides sexuais.
1.2.3. HORMÔNIOS TIREÓIDEOS (T3 /T4)
	São produzidos a partir da TIREOGLOBULINA, constituída em sua maioria por TIROSINA.
	Os IODOS ligam-se à tirosina (2 iodos por tirosina, no máximo).
	São lipofílicos, com solubilidade limitada em soluções aquosas.
	Ficam armazenados na molécula de tireoglobulina, dentro dos FOLÍCULOS TIREOIDEANOS. Com o estímulo, ocorre a clivagem. A quantidade de hormônio armazenada dentro do folículo é muito grande, sendo os hormônios com maior quantidade armazenada.
1.3. TRANSPORTE DE HORMÔNIOS NO SANGUE
	HORMÔNIOS CORRENTE SANGÜÍNEA CÉLULAS ALVO
	O modo de transporte dos hormônios varia de acordo com a sua solubilidade:
HIDROFÍLICOS: hormônios proteicos e peptídicos ---- transportados no plasma em forma dissolvida, livre, sem ligar-se à proteínas plasmáticas;
	 HORMÔNIOS PROTEICOS ---- podem circular em forma de MONÔMERO (unidade única) ou de POLÍMERO (unidade múltipla);
LIPOFÍLICOS: hormônios esteróides e tireóideos ---- com solubilidade limitada em soluções aquosas. São transportados no sangue por associação a diversos tipos de proteínas. 
	Algumas das proteínas que ligam-se aos esteróides apresentam alta afinidade por um esteróide específico. Por ex.:
 TRANSCORTINA: globulina com alta afinidade por cortisol e corticosterona (glicocorticóides); também possui uma menor afinidade pela progesterona;
 GLOBULINA FIXADORA DE TIROXINA: maior afinidade pelo T4 e menor pelo T3;
	As proteínas carreadoras com altas afinidades possuem baixa capacidade de transporte. Contrastando:
 ALBUMINAS: baixas afinidades para hormônios esteróides, mas com alta capacidade para o transporte destes, devido a sua alta concentração no plasma (como está presente em grande quantidade, pode transportar um maior volume).
	Para poder penetrar numacélula alvo e produzir sua atividade biológica, um hormônio deve estar na FORMA LIVRE OU NÃO-LIGADA, o que é executado pelo estabelecimento de um equilíbrio entre hormônio ligado e livre no plasma (forma livre ---- geralmente 1% da quantidade total no plasma; exceção ---- cortisol com 10%).
	Para manter o equilíbrio, quando diminui a quantidade de hormônio na forma livre, ocorre a dissociação do transportador.
1.4. INTERAÇÃO HORMÔNIO-CÉLULA
 ESTERÓIDES ---- são lipossolúveis e capazes de permear todas as células do organismo.
	As células alvo têm receptores que são específicos para um determinado hormônio:
 ESTERÓIDES: receptores localizados no citoplasma ou no núcleo das células alvo; penetram na célula;
 PROTEICOS E PEPTÍDICOS: receptores localizados na membrana plasmática da célula; não penetram na célula.
 RECEPTORES: têm especificidade e alta afinidade para o seu respectivo hormônio. Por isto, mesmo que os hormônios encontrem-se em baixa concentração no sangue, podem ser efeitvos na produção de resposta tecidual significativa.
	Quanto maior a afinidade do receptor para o hormônio, mais longa a resposta biológica.
	O término da ação de um hormônio requer, em geral, a dissociação do hormônio do receptor. Isto resulta de uma diminuição nas concentrações plasmáticas do hormônio ou da ENDOCITOSE, em que o hormônio é degradado por enzimas lisossômicas, enquanto o receptor, protegido pela sua associação com a membrana da vesícula, pode ser reciclado para a membrana plasmática.
1.5. RESPOSTAS CELULARES PÓS-RECEPTORAS
	HORMÔNIO > > RECEPTOR
			 
		 EVENTOS ---- dependem do tipo de hormônio envolvido.
 ESTERÓIDE: capaz de interagir dentro da célula, devido a sua capacidade de penetrar na membrana plasmática lipoproteica. A interação RECEPTOR X HORMÔNIO ESTERÓIDE ativação do complexo e translocação para o núcleo produção de RNAm, que atuará nos ribossomos, dirigindo a síntese de proteínas resultado biológico desejado.
 PROTEICOS/PEPTÍDICOS: requerem intermediário, pois não são capazes de penetrar na membrana plasmática da célula. 
	O intermediário é o 2 MENSAGEIRO AMPc (monofosfato cíclico de adenosina).
	O AMPc é produzido pela ativação da enzima ADENILATO CICLASE, pela interação do hormônio ao receptor, na membrana plasmática.
	ATIVAÇÃO DA ADENILATO CICLASE AMPc FOSFORILAÇÃO DE CINASES PROTEICAS (proteínas e enzimas) RESPOSTA BIOLÓGICA.
	CÁLCIO CITOSÓLICO: outro 2 mensageiro ---- + FOSFODIESTERASE e CALMODULINA. A calmodulina, para funcionar, necessita de cálcio; do complexo CÁLCIO-CALMODULINA ou da atividade enzimática ou das vias metabólicas. No momento da interação hormônio X receptor, abrem-se os canais de cálcio para a célula.
	FOSFOLIPÍDEOS (TRIFOSFATO DE INOSITOL (IP3) e DIACILGLICEROL) ---- outros 2 mensageiros, produtos do catabolismo do fosfatidil inositol, quando há interação hormônio X receptor.
	O IP3 estimula a liberação de cálcio intracelular; o diacilglicerol ativa a FOSFOLIPASE A e a formação de ÁC. ARAQUIDÔNICO formação da família de PROSTAGLANDINAS.
 RAPIDEZ DE RESPOSTA: maior para proteicos/peptídicos (há enzimas pré-existentes que são ativadas) do que para esteróides (requerem síntese de proteína enzimática).
1.6. METABOLISMO DE HORMÔNIOS
	Limita a atividade hormonal.
	O metabolismo de hormônios é relativamente constante e a concentração de um hormônio, em geral, reflete o grau de síntese deste hormônio. Existem situações em que a taxa de remoção de um hormônio pode mudar, por ex., na prenhez ( proteínas plasmáticas ligadoras do hormônio) e na hepatopatia ( proteínas plasmáticas ligadoras do hormônio).
	O fígado é o principal responsável pelo metabolismo de esteróides, realizando REDUÇÃO DA MOLÉCULA e CONJUGAÇÃO COM SULFATOS E GLICURONÍDEOS, aumentando sua hidrossolubilidade, permitindo que sejam excretados na urina.
	Os hormônios tireóideos têm moléculas de iodo removidas durante o metabolismo que, neste caso, também pode ser realizado em tecidos periféricos.
	Os hormônios proteicos são separados por peptidases.
	Os rins e a bile são as duas maiores vias de excreção dos metabólitos, mas há exceções de hormônios que são convertidos em metabólitos ativos:
	 TESTOSTERONA DIIDROTESTOSTERONA
	 ESTRADIOL 17 ESTRONA.
1.7. MECANISMOS DE CONTROLE DE RETROALIMENTAÇÃO (FEEDBACK)
	Os efeitos dos hormônios são proporcionais as suas concentrações no sangue, em função da taxa de secreção por um órgão específico.
CIRCUITO DE RETROALIMENTAÇÃO: concentrações de hormônio monitorizadas no ponto controlador para ou a secreção de um hormônio por um órgão.
RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA: neutralização de alterações na secreção hormonal, mantendo um meio ambiente relativamente constante.
	Concentrações aumentadas de um hormônio resultam em menor produção deste, geralmente por meio de uma interação com o hipotálamo ou a hipófise.
	O hipotálamo, por intermédio de hormônios liberadores de peptídeos, controla a secreção de hormônios tróficos na hipófise anterior. Ele possui células com um determinado ajuste, que comparam as concentrações sangüíneas de hormônios com a produção de hormônios liberadores.
	Se as concentrações sangüíneas caírem abaixo do ajuste fisiológico fixado, ocorre um na produção de hormônio liberador, que a produção de hormônios tróficos pela hipófise e, conseqüentemente, a secreção do hormônio pelo órgão alvo.
	Se a concentração hormonal acima dos limites fisiológicos aceitáveis, haverá impedimentos da produção de hormônio liberador no hipotálamo, diminuindo a secreção de hormônio trófico pela hipófise e do hormônio pelo órgão alvo.
	A concentração adequada do hormônio é mantida por adaptações deste sistema.
	O sistema de retroalimentação negativa também pode ocorrer com o de uma substância fisiológica, por ex., a glicose, levando a um no hormônio insulina, importante no metabolismo da glicose. As concentrações sangüíneas de glicose são inibidas, voltando aos níveis normais pela ação da insulina.
	Outro ex. é o PTH, cuja secreção quando a concentração de cálcio plasmático, e vice-versa.
	As glândulas adrenais, tireóide e gônadas têm uma secreção mais complexa, com envolvimento de mais de uma glândula.
	
 RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA: ex. clássico é o da liberação pré-ovulatória de LH:
	 desenvolvimento do folículo ovariano produção de estrogênio pelo folículo a taxa pulsátil de secreção de LH ovulação (ponto definitivo estrogênio).
 MECANISMO DE ALÇA LONGA: o da concentração dos hormônios adrenais, tireóideos e/ou gonadais inibe a adeno-hipófise e o hipotálamo.
 MECANISMO DE ALÇA CURTA: a alta concentração dos hormônios da adeno-hipófise inibe o hipotálamo.
MECANISMO DE ALÇA ULTRA-CURTA: a alta concentração dos hormônios da adeno-hipófise inibe a ela própria.
	No caso das catecolaminas, a regulação é por estimulação nervosa (simpático) sobre a medula adrenal(que possui receptores para o SNSimpático), em processo de exocitose (usa cálcio).
	A liberação de hormônios pode obedecer a ritmos de secreção:
 RITMO CIRCADIANO: padrões hormonais em uma base aproximada de 24 horas, com períodos mínimos e máximos. Ex.: melatonina, GH, ACTH.
	Há hormônios que possuem secreção em ritmo de pulsos (adeno-hipófise), em que o estímulo produz variação no pico de produção.
 RITMOS ULTRADIANOS: alterações rítmicas em padrões hormonais em intervalos mais curtos, geralmente na faixa de 1 hora.
	Os padrões secretores endócrinos podem ser influenciados por certos fatores externos e internos:
 FATORES EXTERNOS: temperatura, clima, luminosidade, estresse, audição, visão...
 FATORES INTERNOS: alterações nas concentrações de substratos ou íons (cálcio, glicose,...).
	O sistema endócrino tenta manter a homeostase.
 2. HIPOTÁLAMO
	É uma área do diencéfalo que forma o assoalho do 3 ventrículo e inclui o quiasma óptico, a tuberosidade cinérea, os corpos mamilares e a eminência média,além do infundíbulo e da neuro-hipófise (prolongamentos do hipotálamo na hipófise).
	Coordena a atividade da hipófise pela secreção de peptídeos e aminas, integrando os sistemas nervoso e endócrino.
	O hipotálamo também é o centro para o controle de uma grande quantidade de vias de controle do Sistema Nervoso Autônomo.
 3. HIPÓFISE OU PITUITÁRIA
 ADENO-HIPÓFISE (parte distal ou lobo anterior)
 NEURO-HIPÓFISE (parte nervosa ou lobo posterior)
	A adeno-hipófise forma-se a partir de uma área do teto do ectoderma oral embrionário, estende-se para cima até encontrar a neuro-hipófise e, daí, para baixo, como uma evaginação do ectoderma neural do assoalho do 3 ventrículo. Tem uma relação com o hipotálamo através das hastes hipofisárias.
3.1. NEURO-HIPÓFISE
	Composta de axônios que têm uma origem neural nos núcleos supra-óptico e paraventricular do hipotálamo. É uma extensão do hipotálamo na hipófise, pois os corpos celulares ficam no hipotálamo.
 NEURÔNIOS ENDÓCRINO-SECRETORES DA NEURO-HIPÓFISE:
	Diferem dos neurônios envolvidos na transmissão de sinais neurais:
1. neurônios neurossecretores não inervam outros neurônios, apesar de serem inervados;
2. o produto da secreção de neurônios neurossecretores é secretado no sangue;
3. o produto secretado pode agir em distâncias bastante afastadas do neurônio.
	Os hormônios do lobo posterior podem causar, diretamente, a resposta tecidual desejada, ao contrário dos hormônios da hipófise anterior, que influenciam outros tecidos para produzir hormônios.
 HORMÔNIOS DA NEURO-HIPÓFISE:
 VASOPRESSINA OU ADH
 OCITOCINA
	São sintetizados em corpos celulares no hipotálamo (núcleos supra-óptico e paraventricular) e transportados por fluxo axônico para o lobo posterior, onde são liberados.
	 FLUXO AXÔNICO: o potencial de ação gerado estende-se ao longo do axônio até o terminal nervoso, onde os grânulos secretores contendo o hormônio ficam armazenados. A despolarização da membrana celular nervosa permite a entrada de íons cálcio, o que inicia a liberação de hormônio pelo processo de exocitose.
 OCITOCINA: contração de células mioepiteliais que circundam os alvéolos da glândula mamária e o miométrio do útero; transporte espermático; motilidade da trompa uterina para a produção de ovo e postura nas aves.
 VASOPRESSINA: antidiurético, importante para o controle do equilíbrio hídrico. Também possui efeito pressor, que envolve a contração do músculo liso do sistema vascular, com efeito sobre a pressão sangüínea. Sua principal forma, na maioria das espécies é a VASOPRESSINA ARGININA; em suínos é a VASOPRESSINA LISINA e, em pássaros, é a VASOTOCINA ARGININA.
	A vasopressina ativa o 2 mensageiro AMPc, ao ligar-se a um receptor da membrana celular no túbulo renal ativa cinases proteicas permite o fluxo de moléculas de água em áreas de maior para áreas de menor concentração no filtrado renal.
	Quando a osmolalidade do plasma é alta, ativam-se os OSMORRECEPTORES no hipotálamo, assim como os situados no estômago e esôfago (percebem imediatamente a ingestão de água), que estimulam os neurônios produtores de ADH.
	Uma queda no volume sangüíneo ativa os RECEPTORES DE ESTIRAMENTO, nos átrios, que inibirão as células osmorreceptoras.
 IRRIGAÇÃO DA NEURO-HIPÓFISE
	Os nutrientes e o O2 são fornecidos pela artéria hipofisária ventral.
3.2. ADENO-HIPÓFISE
 PARTE DISTAL (pars distalis)
 PARTE INTERMEDIÁRIA (pars tuberalis)
 HORMÔNIOS DA ADENO-HIPÓFISE
	HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GH) OU SOMATOTROFINA
	PROLACTINA (PRL)
	HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREÓIDE (TSH)
	HORMÔNIO FOLÍCULO ESTIMULANTE (FSH) 
	HORMÔNIO LUTEINIZANTE (LH)
	HORMÔNIO ADRENOCORTICOTRÓFICO (ACTH)
	LIPOTROFINA 
 GH e PRL ---- seqüência de a-ác. com 50% igual; produzidos pelos somatotrofos e lactotrofos acidofílicos, respectivamente, sendo classificados como somatomamotrofinas.
 TSH e FSH/LH ---- produzidos, respectivamente, por tireotrofos e gonadotrofos; glicoproteínas com subunidades e ( é específica para cada hormônio, conferindo a este sua ação específica).
	O eCG e o hCG, produzidos pelas células do córion placentário de éguas e primatas, respectivamente, pertencem a esta mesma família de hormônios.
 ACTH ---- produzido por corticotrofos da parte distal. Na parte intermediária, o ACTH é separado por corticotrofos para formar o -MSH.
 LIPOTROFINA ---- separa-se nas partes distal e intermediária para formar -endorfinas e lipotrofinas. As -endorfinas têm atividade opióide e parecem regular a secreção de Gn.
 IRRIGAÇÃO DA ADENO-HIPÓFISE
	Os nutrientes e o O2 são fornecidos pela artéria hipofisária dorsal, que termina na eminência média como plexo capilar, que chega ao sistema venoso porta.
 RELAÇÃO DA ADENO-HIPÓFISE COM O HIPOTÁLAMO
	O hipotálamo produz HORMÔNIOS REGULADORES ou HIPOFISIOTRÓFICOS, transportados e liberados na eminência média e, via sistema porta, para a adeno-hipófise, onde estimulam a liberação dos hormônios desta.
	HORMÔNIOLIBERADOR DE CORTICOTROFINA (CRH)
	HORMÔNIO LIBERADOR DE GONADOTROFINAS (GnRH)
	HORMÔNIOLIBERADOR DE TIREOTROFINAS (TRH)
	HORMÔNIO LIBERADOR DE HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (GHRH)
	DOPAMINA OU INIBIDOR DA SECREÇÃO DE PROLACTINA ---- precursor catecolamínico de Noradrenalina que inibe a secreção de PRL e TSH.
 AÇÕES DOS HORMÔNIOS DA ADENO-HIPÓFISE
 HORMÔNIO DO CRESCIMENTO ---- estimula o crescimento de maneira indireta.
	O GH, no fígado, estimula a produção de fatores de crescimento, IGF-I e IGF-II. O IGF-I estimula o crescimento no tecido ósseo, através de:
 da captação de a-ác.;
 estímulo da síntese de proteínas;
 a incorporação de sulfato de condroitina nas cartilagens.
	Ativa o metabolismo de CHO, lipídeos e proteínas:
 CHO ---- a utilização de glicose por alguns tecidos e a formação de glicogênio muscular e hepático;
 LIPÍDEOS ---- estimula a lipólise no tecido adiposo e inibe a formação de gordura;
 PROTEÍNAS ---- a captação de a-ác. e estimula a síntese proteica.
	Deficiências de GH na fase de crescimento alteram o crescimento normal.
	Deficiências de GH na fase adultadeficiências no metabolismo.
 PROLACTINA ---- estimula o desenvolvimento dos ductos e alvéolos mamários e a produção de leite.
	No leite, estimula a síntese de proteínas (caseína, lactoalbumina) e a síntese de enzimas envolvidas na produção de CHO e lipídeos.
	Na reprodução, a atividade reprodutiva, nas espécies estacionais.
	Nas aves, estimula o choco e a produção do “leite do papo”.
	Sua secreção é controlada pela dopamina.
 TSH (HORMÔNIO ESTIMULANTE DA TIREÓIDE) ---- estimula a tireóide a produzir T3 e T4, sob o controle da temperatura (frio +) e do estresse (-).
 ACTH ---- estimula o córtex da adrenal a produzir glicocorticóides, com pouca influência sobre os mineralocorticóides.
	MSH e ACTH são sintetizados a partir do mesmo precursor, o PRÓ-ÓPIOMELANOCORTINA.
 MSH ---- estimula a dispersão dos grânulos de melanócitos (células pigmentares na pele) nos anfíbios, peixes e répteis, deixando a pele escura. É dependente da luminosidade (pouca luz MSH; muita luz MSH).
 GONADOTROFINAS (Gn) ---- FSH/LH ---- agem sobre as gônadas:
	FSH ---- desenvolvimento dos folículos ovarianos
		 estimula a espermatogênese
		 síntese de hormônios sexuais masculinos e femininos.
	LH ---- fase final do desenvolvimento do folículo ovariano
		 ovulação (retroalimentação + com o estradiol)
		 formação do CL
		 testosterona
		 estimula indiretamente a espermatogênese.
 4. TIREÓIDE
	Na maioria dos mamíferos, situa-se caudalmente à traquéia, ao nível do 1 ou 2 anel traqueal, e é composta por 2 lobos, situados em cada lado da traquéia e unidos por uma estreita porção de tecido, o istmo.
	É a glândula endócrina mais importantepara a regulação metabólica.
	O tecido glandular apresenta células organizadas num arranjo circular, chamado FOLÍCULO, ocupado pela substância COLÓIDE, que é a principal forma de armazenamento dos hormônios tireóideos.
 Com secreção basal ---- células foliculares são cubóides.
 Quando estimuladas para liberar hormônio ---- alongadas.
	Fora dos folículos, há outra célula endócrina importante, a CÉLULA PARAFOLICULAR ou C, que secreta CALCITONINA (hormônio importante na regulação do cálcio).
4.1. SÍNTESE DE HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
	Duas moléculas são importantes, a TIROSINA e o IODO. A tirosina é parte da grande molécula TIREOGLOBULINA, formada na célula folicular e secretada na luz do folículo. O iodo transforma-se em IODETO nas vias intestinais e é transportado para a tireóide, onde é retido pelas células foliculares, através de um processo de trasnporte ativo (concentrações intracelulares de iodo são 25-200 vezes maiores que o iodo extracelular).
	O iodeto passa através da parede apical da célula, em direção à luz e liga-se à tirosina, que faz parte da cadeia de a-ác. da tireoglobulina.
	Quando a tirosina recebe 1 iodeto em seu anel, recebe o nome MONOIODOTIROSINA (MIT); se recebe 2 iodos, DIIODOTIROSINA (DIT).
	A união de duas tirosina iodadas resulta na formação dos 2 principais hormônios tireóideos:
	 TETRAIODOTIRONINA (T4) ---- DIT + DIT
	 TRIIODOTIRONINA (T3) --- DIT + MIT
	A enzima chave na biossíntese destes hormônios é a TIREOPEROXIDASE, que faz a integração do iodeto na tirosina para formar T3 e T4.
	Os hormônios tireóideos, ligados à tireoglobulina, ficam armazenados fora da célula, na forma de colóide, o que permite que a tireóide tenha uma grande reserva do hormônio.
4.2. LIBERAÇÃO DE HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
	Para que ocorra a liberação, a tireoglobulina, com suas moléculas de MIT, DIT, T3 e T4, deve ser translocada para a célula folicular, e os hormônios têm que ser separados da tireoglobulina. As enzimas chave neste processo estão nos lisossomos.
	 GLOBULINA FIXADORA DE TIROXINA ---- funde-se nos lisossomos (ao entrar na célula);
	 TIROSINAS e TIRONINAS IODADAS DA TIREOGLOBULINA ---- separadas por enzimas lisossômicas;
	 TIRONINAS ---- liberadas pela membrana celular basal;
	 MIT e DIT ---- desiodadas pela enzima iodotirosina desalogenase;
	 IODO e moléculas restantes de TIROSINA ---- reciclados para formar novo hormônio, junto com a tireoglobulina.
	A maior parte da formação de T3 ocorre fora da tireóide, pela desiodação de T4, por ação da enzima 5’-monodesiodinase. Forma-se mais T4 do que T3. A relação T3:T4 é de 1:4. O T3 é a forma ativa (25% da ação ---- T4).
	A liberação destes hormônios dá-se por processos passivos.
	Os tecidos que possuem a mais alta concentração de enzimas desiodantes são o fígado e os rins, mas os músculos também são importantes na formação de T3.
	A meia vida do T4 é de 7 dias, e a do T3 1 dia (alta concentração de tironinas circulantes, ligadas à proteína plasmática).
4.3. TRANSPORTE DE HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
	Como são hormônios lipossolúveis, necessitam da associação com proteínas plasmáticas ligadoras específicas para serem transportados na corrente sangüínea. A proteína carreadora mais importante é a GLOBULINA FIXADORA DE TIROXINA (GFT), que possui alta afinidade por T3 e T4, mas transporta pouca quantidade por causa de sua baixa concentração (não descrita no gato).
	Outra proteína carreadora é a ALBUMINA, tendo pouca afinidade por T3 e T4, mas alta capacidade de transporte devido a sua alta concentração no plasma. É o mais importante transportador na ausência da GFT.
	Uma terceira proteína plasmática é a PRÉ-ALBUMINA FIXADORA DE TIROXINA, específica para T4, com afinidade e capacidade intermediárias.
	A quantidade de hormônio livre no plasma é baixa:
 homem ---- 0,04% T4 e 0,3% T3
 cão ---- <1% T4 e >1% T3 (proteínas plasmáticas fixadoras e hormônios tireóides têm menor afinidade no cão).
4.4. METABOLISMO DOS HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
	A principal forma de metabolismo envolve a remoção de moléculas de iodeto (desiodação).
	 CATABOLISMO ---- enzimas 5’-desiodinase e 5-desiodinase; músculo esquelético, fígado e rins desiodação.
	Outra forma de inativação é a conjugação, formando sulfato e glicuronídeos, principalmente no fígado e rins.
	As formas desiodadas e conjugadas das tironinas são eliminadas, basicamente, pela urina.
4.5. MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
	Apesar de serem a-ác., são lipofílicos, e podem penetrar na membrana celular.
 EFEITO CALORIGÊNICO ---- o consumo de O2 nos tecidos, resultando em produção de calor; o local de ação é a mitocôndria.
 METABOLISMO DE CHO ---- a absorção de glicose intestinal e facilitam o transporte de glicose para o tecido adiposo e o músculo. Os hormônios tireóideos facilitam a absorção, nas células, da glicose mediada por insulina e também a formação de glicogênio (administração de doses maiores ocorrência de glicogenólise).
 CRESCIMENTO ---- T3 + T4 + GH; a absorção de a-ác. por tecidos e sistemas enzimáticos envolvidos na síntese proteica.
 LIPÓLISE ---- tendência para reduzir o colesterol plasmático, por envolver de absorção celular de lipoproteínas de baixa densidade, e tendência para maior degradação destas e do colesterol (hipotireoidismo obeso; hipertireoidismo magro).
 SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO ---- efeitos exacerbados, por estimulação de receptores -adrenérgicos em tecidos alvo para catecolaminas (Ad e NorAd).
 SNC ---- desenvolvimento normal de tecidos no feto e no neonato (+ em humanos); no hipotireoidismo animal parado, atividade nervosa afetada; hipertireoidismo animal agitado, com sudorese excessiva.
 SISTEMA CARDIOVASCULAR ---- da freqüência cardíaca e da força de contração, por interação com catecolaminas.
 SISTEMA DIGESTIVO ---- influencia a motilidade; no hipotireoidismo da motilidade constipação; no hipertireoidismo da motilidade diarréia.
 ANFÍBIOS ---- metamorfose das larvas, diferenciação de girinos em rãs.
4.5. ALTERAÇÕES NOS HORMÔNIOS TIREÓIDEOS
 BÓCIO ---- incapacidade de secretar quantidades adequadas de hormônios tireóideos, levando à dilatação da glândula tireóide.
	Algumas plantas (repolho, acelga, nabo, semente de nabo silvestre) possuem um composto antitireóideo, PROGOITRINA, que transforma-se em GOITRINA nas vias digestivas e interfere na ligação orgânica de iodo. Os TIOCIANATOS também interferem na retenção de iodo pela tireóide, assim como sulfonamidas, ác. p-aminossalicílico, afenona, fenilbutazona e clorpromazina.
 HIPOTIREOIDISMO ---- mais comum no cão, talvez por enfermidade autoimune, devido à presença de anticorpos plasmáticos para tireoglobulina.
	A causa mais comum é a dietética, por ingestão de alimentos que bloqueiem a absorção de iodo ou por deficiência de enzimas formadoras dos hormônios tireóideos.
	Ocorre a presença de bócio, com altos níveis de TSH e alta atividade da tireóide.
HIPERTIREOIDISMO ---- comum em gatos velhos, associado a tumores tireóideos, com produção de Ig, estimulando constantemente a tireóide bócio.
	Há baixos níveis de TSH e altos de hormônios tireóideos (devido à ação das Ig).
 5. GLÂNDULAS ADRENAIS
	São 2 órgãos endócrinos simétricos, bilaterais, localizados exatamente anteriores aos rins (primatas = supra-renais, sobre os rins).
	Cada glândula divide-se em duas unidades separadas, que produzem diferentes hormônios:
 CÓRTEX ---- origina-se do epitélio celômico mesodérmico e produz hormônios esteróides (CORTICÓIDES):
	CORTISOL
	CORTICOSTERONA
	ALDOSTERONA
 MEDULA ---- provém do ectoderma e produz aminas (CATECOLAMINAS):
	 NORADRENALINA
	 ADRENALINA
	O córtex adrenal é o órgão mais importante na indução de resposta inespecífica. Numa situação de lesão, os glicocorticóides, por ex., promovem a mobilização de glicose.
	A adaptação dos animais a ambientes estressantes é, freqüentemente, acompanhada de hipertrofia do córtex adrenal. Ex: galináceosdomésticos criados em aglomeração; animais silvestres vivendo em densidade relativamente alta.
5.1. CÓRTEX ADRENAL
	Nos mamíferos, possui 3 zonas:
	 ZONA GLOMERULAR: mais externa, relativemente estreita; arranjo celular em espiral;
	 ZONA FASCICULADA: central, relativamente larga; células dispostas em colunas; em bovinos e ovinos divide-se em INTERNA e EXTERNA;
	 ZONA RETICULAR: mais interna, adjacente à medula adrenal, com tamanho intermediário; organização celular mais ao acaso.
CÉLULAS DO CÓRTEX ADRENAL: aspectos intracelulares característicos de síntese hormonal:
	 abundância de gotículas lipídicas (contendo ésteres de colesterol);
	 mitocôndrias;
	 retículo endoplasmático liso.
SUPRA-RENAIS (humanos): têm também a ZONA FETAL (na vida fetal e no primeiro ano de vida) que participa, com a placenta, na produção de estrógeno durante a gestação.
	O córtex adrenal produz 2 tipos de hormônios:
 MINERALOCORTICÓIDES ---- produzidos pela zona glomerular, com importante papel no equilíbrio eletrolítrico e, conseqüentemente, na regulação da pressão sangüínea. O principal deles é a ALDOSTERONA.
 GLICOCORTICÓIDES ---- produzidos pelas zonas fasciculada (maior parte) e reticular (menor quantidade), e são importantes na regulação do metabolismo, diretamente ou por meio de interação com outros hormônios. O principal deles é o CORTISOL.
5.1.1. SÍNTESE DE CORTICÓIDES
	A síntese de esteróides hormonais envolve a biossíntese esteróide por vias clássicas, tendo o colesterol como a principal substância precursora. Este colesterol fica armazenado dentro das células sintetizadoras de esteróides, em grandes quantidades, nas gotículas lipídicas, sob a forma de éster.
	A hidrólise do éster é mediada por uma enzima de clivagem lateral pregnenolona, no interior da mitocôndria.
	A diferença entre os mineralocorticóides (ALDOSTERONA) e os glicocorticóides (CORTISOL) é um grupo hidroxila no C-17, que faz parte da molécula dos glicocorticóides. As células das zonas fasciculada e reticular têm a enzima 17 -HIDROXILASE, enquanto que as da zona glomerular não a possuem.
	Na síntese de ALDOSTERONA, 2 compostos intermediários apresentam atividade adrenocortical significativa:
 11-DESOXICORTICOSTERONA (DOC) ---- atividades mineralocorticóides; secretado em pequenas quantidades;
 CORTICOSTERONA ---- precursor imediato da aldosterona, glicocorticóide com potência inferior à do cortisol.
 Existem vias biossintéticas em células corticais adrenais que permitem alguma síntese de ESTRÓGENOS e ANDRÓGENOS.
5.1.2. TRANSPORTE DE CORTICÓIDES
	São lipofílicos, necessitando de ligação à proteínas plasmáticas para transporte no sangue.
	 GLOBULINA LIGADORA DE CORTICOSTERÓIDE (GLC) ---- alta afinidade para o cortisol;
	TRANSCORTINA ---- espécie humana.
 CORTISOL TRANSPORTADO NO PLASMA:
	75% ligado à GLC
	15% ligado à ALBUMINA
	10% LIVRE ou não-ligado
 ALDOSTERONA TRANSPORTADA NO PLASMA:
	50% ligado à ALBUMINA
	10% ligado à GLC
	40% LIVRE ou não-ligado
	Os hormônios esteróides entram na célula por difusão, e seus receptores estão localizados no citoplasma. Estes hormônios não ficam armazenados dentro da célula, mas são liberados à medida em que são produzidos.
	O colesterol é transportado até a adrenal por lipoproteínas de baixa densidade.
5.1.3. METABOLISMO DOS CORTICÓIDES
CORTISOL ---- meia vida média de 60 minutos
ALDOSTERONA ---- meia vida média de 20 minutos
	Esta diferença é devida à diferença na ligação proteica desses hormônios no plasma.
	O metabolismo é realizado por redução de cadeias duplas e configurações cetônicas, o que a atividade biológica das moléculas.
	O fígado é o órgão essencial para a modificação destes hormônios e para a conjugação dos esteróides com sulfatos e glicuronídeos reduz a potência biológica hidrossolubilidade excreção na urina.
5.1.4. FUNÇÕES DOS CORTICÓIDES
	Como são lipofílicos, penetram na membrana celular e interagem no citoplasma com RECEPTORES CITOSÓLICOS forma-se um complexo que é transferido para o núcleo transcrição de genes + síntese de proteínas específicas ação biológica.
	Apesar de serem classificados, quanto a sua atividade, em duas categorias, estes hormônios apresentam SOBREPOSIÇÃO DE ATIVIDADE. Por ex., ao mesmo tempo que o cortisol é o glicocorticóide dominante, também apresenta efeitos mineralocorticóides, ainda que numa potência reduzida.
 GLICOCORTICÓIDES ---- mediadores do metabolismo intermediário, diretamente ou por associação a outros hormônios.
	 estimulação da neoglicogênese hepática conversão de a-ác. em CHO glicogênio hepático tendência de na glicose sangüínea (lactato e glicerol são os precursores de glicose);
	Estes efeitos ocorrem mais em animais sob má nutrição ou com deficiência de insulina.
	O glicocorticóide é necessário para as ações neoglicogênica do glucagon e glicogenolítica da adrenalina, no metabolismo dos CHO.
	 inibição da absorção de glicose e o metabolismo nos tecidos periféricos (células musculares e adiposas) ---- ao contrário do efeito da insulina;
	 da lipólise por efeito direto sobre o tecido adiposo, ác. graxos livres no plasma e do glicerol da neoglicogênese no fígado;
	 inibição da síntese proteica (tecido muscular);
	O catabolismo proteico é intensificado, com liberação concomitante de a-ác. da neoglicogênese hepática. No fígado há da síntese proteica.
	No estresse, o nível de proteínas plasmáticas não se altera.
	 da excreção hídrica (diurese hídrica) ---- inibem a atividade da vasopressina no túbulo distal, mas o efeito mais importante é o da taxa de filtração glomerular;
	 inibição da resposta inflamatória, com a prevenção da dilatação capilar, extravasamento de líquido em espaços teciduais, migração leucocitária, deposição de fibrina e síntese de tecido conjuntivo.
	A administração de glicocorticóide + antibioticoterapia perda de tecido funcional por inibição do desenvolvimento de tecido conjuntivo.
	Inibem a formação das substâncias que produzem a inflamação (prostaglandinas, tromboxanos, leucotrienos), com origem no metabolismo do ác. araquidônico estabilização de membranas lisossômicas impede a ação da fosfolipase A (importante para o início do metabolismo do ác. araquidônico).
	EFEITOS DE GLICOCORTICÓIDES E TECIDOS ALVO
	EFEITO
	LOCAL DE AÇÃO
	estimula neoglicogênese
	fígado
	 glicogênio hepático
	fígado
	 glicose sangüínea
	fígado
	facilita lipólise
	tecido adiposo
	catabólico (equilíbrio de N2 negativo)
	músculo, fígado
	inibe a secreção de ACTH
	hipotálamo, hipófise anterior
	facilita a excreção hídrica
	rim
	bloqueia a resposta inflamatória
	múltiplos locais
	suprime o sistema imunitário
	macrófagos, linfócitos
	estimula a secreção de ác. gástricos
	estômago
 CONTROLE DA SECREÇÃO DE GLICOCORTICÓIDES
	 ACTH MECANISMO DE RETROALIMENTAÇÃO NEGATIVA
	Os glicorticóides inibem a liberação do hormônio hipotalâmico liberador de corticotrofina (CRH) menor secreção de ACTH pela hipófise.
	O cortisol tem efeitos de retroalimentação negativa mais potentes do que a corticosterona, pois os seus efeitos glicocorticóides também são maiores.
	Há um RITMO CIRCADIANO neste mecanismo de retroalimentação. As concentrações de glicocorticóides são mínimas à noite e máximas nas primeiras horas da manhã. O estresse também afeta este mecanismo. A resposta glicocorticóide ao estresse é imediata concentração de cortisol até valores várias vezes mais altos, em minutos (resposta ---- proporcional à intensidade do estresse).
 MINERALOCORTICÓIDES ---- equilíbrio eletrolítico e homeostasia da pressão sangüínea, ao nível dos túbulos distais dos rins.
	promover a retenção de Na+ e secreção de K+ e H+;
	resposta celular síntese da proteína que a permeabilidade da superfície celular luminal ao influxo de Na+ do filtrado renal e a atividade da ATPase Na+/K+ na superfície celular contraluminal movimento de Na+ para fora da célula, no tecido intersticial.
	Quando há excesso de mineralocorticóide maior retenção de Na+ volume de líquido extracelular hipertensão. Também pode ocorrer perda excessiva de H+ alcalosemetabólica. Na hipersecreção de mineralocorticóides maior retenção de H+ acidose metabólica.
	EFEITO DE MINERALOCORTICÓIDES E TECIDOS ALVO
	EFEITO
	LOCAL DE AÇÃO
	estimula a reabsorção de Na+
	rins, glândulas salivares, glândulas sudoríparas
	estimula a secreção de K+
	rins, glândulas salivares, glândulas sudoríparas
	estimula a secreção de H+
	rins
 CONTROLE DA SECREÇÃO DE MINERALOCORTICÓIDES
	 fatores produzidos no rim, nas células do aparelho justaglomerular enzima RENINA (em resposta à quedas na pressão sangüínea) age sobre o ANGIOTENSINOGÊNIO (globulina produzida pelo fígado e presente na circulação) ANGIOTENSINA I hidrólise ANGIOTENSINA II estimula a zona glomerular MINERALOCORTICÓIDES.
	 ANGIOTENSINA II ---- também a resistência periférica do sistema vascular sangüíneo vasoconstrição da musculatura lisa dos vasos sangüíneos;
	 Na+ nos líquidos teciduais liberação de renina (mácula densa);
	 Na+ nos líquidos teciduais liberação de renina (mácula densa);
	 CÉLULAS DA MÁCULA DENSA (origem do túbulo distal do rim) ---- controle do sistema renina-angiotensina;
	concentração sangüínea de K+ ---- K+ secreção de mineralocorticóides e vice-versa;
	 ACTH ---- na zona glomerular existem receptores para ACTH.
5.2. MEDULA ADRENAL
	Ocupa a parte central da glândula adrenal. Produz CATECOLAMINAS.
	 ADRENALINA (Ad) ---- mediador da atividade pós-ganglionar do Sistema Nervoso Simpático.
	 NORADRENALINA (NorAd) ---- neurotransmissor do Sistema Nervoso Simpático.
5.2.1. SÍNTESE DE CATECOLAMINAS
	 CÉLULAS CROMAFINS ---- as células que produzem Ad são diferentes daquelas que produzem NorAd; o tipo de GRÂNULO CROMAFIN (formação de pigmentos coloridos) presente em cada tipo de célula também é diferente.
	Inicia-se com os a-ác. FENILALANINA ou TIROSINA. Como a tirosina é mais comum, responsabiliza-se pela maior parte da síntese.
TIROSINA converte-se, pela ação da TIROSINA HIDROXILASE DOPA (diidroxifenilalanina) que, por ação da DOPA DESCARBOXILASE DOPAMINA (no citosol da célula).
	No grânulo cromafin, por ação da DOPAMINA HIDROXILASE, a DOPAMINA NORADRENALINA.
	Se a célula for secretora de NorAd ---- termina a via bioquímica e o hormônio permanece no grânulo de NorAd, pronto para secreção.
	Se a célula for secretora de Ad, a NorAd move-se novamente para o citosol onde, por ação da PNMT (feniletanolamina -N-metil-transferase) ADRENALINA, que move-se para os GRÂNULOS DE ADRENALINA, onde fica armazenada até a sua liberação.
	De um modo geral, produz-se mais Ad que NorAd.
	Estes hormônios são liberados por exocitose (= hormônios proteicos, via simpático).
5.2.2. TRANSPORTE DE CATECOLAMINAS
	São transportadas na forma livre, sem precisar estar ligadas às proteínas.
5.2.3. METABOLISMO DAS CATECOLAMINAS
	 rápido (2 min. ---- NorAd; 1 min. ---- Ad)
	 fígado e rins.
5.2.4. MECANISMO DE AÇÃO DAS CATECOLAMINAS
	 regulação do metabolismo intermediário;
	 respostas de adaptação às condições de estresse;
	mediado por RECEPTORES ADRENÉRGICOS situados nos tecidos alvo ---- e 1, 2, 1, 2 (respostas diferenciais às duas catecolaminas);
	não entram nas células, pois os seus receptores estão localizados na membrana e ativam AMPc, cálcio, calmodulina e fosfolipídeos.
	Ad concentrações sangüíneas de glicose (fígado) promove a glicogenólise e a neoglicogênese hepáticas;
	Ad estimula a glicogenólise no músculo esquelético produção de lactato;
	 inibe a secreção de insulina e a estimulação da secreção de glucagon pelo pâncreas concentrações sangüíneas de glicose;
	Ad lipólise de ác. graxos livres no sangue (efeito potencializado pelos glicocorticóides);
	 estimulam a função cardíaca força de contração e freqüência cardíaca;
	Ad SNC excitação;
	 sudorese e piloereção.
	
5.2.5. CONTROLE DA SECREÇÃO DE CATECOLAMINAS
	A estimulação do Sistema Nervoso Simpático produz efeito estimulatório na medula da adrenal secreção de catecolaminas efeitos fisiológicos.
	 hipoglicemia concentrações de glicose sangüínea estimula o Sistema Nervoso Simpático secreção de Ad.
	 pressão sangüínea secreção de Ad.
	 temperatura (exposição ao frio) secreção de Ad produção de calor.
	 estresse estimula o Sistema Nervoso Simpático secreção de Ad.
	 ESTIMULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO 
					 + (estresse/frio/hipoglicemia)
			 MEDULA ADRENAL
					
			 CATECOLAMINAS EFEITO FISIOLÓGICO
	RESPOSTAS DE TECIDOS ALVO ÀS CATECOLAMINAS
	TECIDOS ALVO
	RECEPTOR
	RESPOSTA
	fígado
	2
	glicogenólise, lipólise, neoglicogênese
	tecido adiposo
	2
	lipólise
	músculo esquelético
	2
	glicogenólise
	pâncreas
	2
2
	 secreção insulina
 secreção insulina
	sistema cardiovascular
	1
2
	 freq. card., contrat., veloc. cond.
vasoconstrição
vasodilatação
	musculatura brônquica
	2
	relaxamento
	vias gastrointestinais
	2
	 contratilidade
contração esfíncter
	bexiga
	
2
	contração esfíncter
relaxamento detrusor
	útero
	
2
	contração
relaxamento
	órgãos sexuais masc.
	
2
	ejaculação, detumescência
ereção?
	olho
	1
2
	contração musc. radial
 relax. musc. ciliar
estimulação
	pele
	
	piloereção, produção suor
	secreção de renina
	1
	estimulação
 6. HORMÔNIOS DO PÂNCREAS
	O pâncreas localiza-se abaixo do estômago, geralmente com formato alongado.
	São hormônios proteicos, polipeptídeos.
	A primeira comprovação prática da importância do pâncreas para o metabolismo de CHO foi verificada em 1889, quando um pesquisador extirpou o pâncreas de um cão, que desenvolveu diabetes mellitus e morreu.
	O pâncreas possui duas funções:
	 FUNÇÕES ENDÓCRINAS ---- Ilhotas de Langerhans
	 FUNÇÕES NÃO ENDÓCRINAS ---- resultado da atividade da parte exócrina do pâncreas (ácinos), associada à função gastrointestinal (digestão) e incluem enzimas digestivas e secreção de bicarbonato.
ILHOTAS DE LANGERHANS ---- porção endócrina do pâncreas (2-3% do peso total da glândula), contendo 4 tipos de células, cada qual produzindo um hormônio diferente, sob forma de agrupamentos arredondados:
	 CÉLULAS : mais numerosas, produzem INSULINA.
	 CÉLULAS : produzem GLUCAGON.
	 CÉLULAS D: produzem SOMATOSTATINA, em grânulos relativamente grandes (300-500 m).
	 CÉLULAS F ou PP: produzem POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO, em grânulos pequenos (100-200 m).
A. QUANTIDADE DE ILHOTAS DE LANGERHANS:
 variável entre espécies (> nos eqüinos; bovinos acentuadamente durante o desenvolvimento.
	PROPORÇÃO DE TECIDO INSULAR:
		 BOVINOS ADULTOS: 2 ilhotas/mm2
		 BOVINOS JOVENS: 7,9 ilhotas/mm2
		 OVINOS: 6,3 ilhotas/mm2
		 SUÍNOS: 2,7 ilhotas/mm2
		 EQÜINOS: 3,5 ilhotas/mm2
 relação entre células e ---- variável entre espécies.
 FUNÇÃO GERAL DOS HORMÔNIOS PANCREÁTICOS:
	 controle do metabolismo
	 homeostasia da glicose
	Os hormônios pancreáticos circulam na forma livre, sem estarem ligados à proteínas.
6.1. INSULINA
	É uma proteína composta por duas cadeias de a-ác., A (, 21 a-ác.) e B (, 30 a-ác.), unidas por pontes dissulfídicas.
	As atividades biológicas da insulina não são altamente específicas da espécie, em função das pequenas diferenças que existem entre as composições de a-ác. nas diferentes espécies.
6.1.1. SÍNTESE DA INSULINA
	 hormônio peptídico, sintetizado nas células , com alto teor de zinco.
		
		PRÉ- e PRÓ-INSULINA (formação no retículo endoplasmático rugoso)
				 ribossomos
			PRÓ-INSULINA
				 aparelho de Golgi
			PROCESSADA/ARMAZENADA (grânulos)
		Os grânulos contêm INSULINA e PEPTÍDIO C (peptídio de ligação, liberado da PRÓ-INSULINA, usado para a dosagem da insulina; não se sabe se exerce função).
 Bovinos/suínos ---- possuem, no plasma, a PRÓ-INSULINA e a INSULINA.
 CINÉTICA BIFÁSICA ---- em resposta a estímulos apropriados.
	A liberação inicial de insulina, aguda, envolve a EXOCITOSE da insulina pré-formada dos grânulos de secreção.
	Após a fase aguda, ocorre uma fase crônica de secreção, que envolve a síntese de proteína e de insulina.
	A QUANTIDADEDE SECREÇÃO de insulina depende da concentração de glicose (nos ruminantes também da concentração de propionato e butirato) no sangue.
 após curtos períodos de fome insulina .
	Os receptores de insulina estão na membrana, porque ela não é permeável a estes hormônios. Nas células alvo, a insulina entra por ENDOCITOSE e sofre ação de enzimas lisossomais.
6.1.2. METABOLISMO DA INSULINA
	 fígado e rins (pode ser metabolizada na própria célula alvo);
	 enzimas (PROTEASES) que reduzem as pontes dissulfídicas que ligam as cadeias A e B proteases atuam sobre as cadeias redução dos peptídeos e a-ác.
	 meia-vida ---- 10 minutos.
6.1.3. FUNÇÕES DA INSULINA
	É o primeiro hormônio a atuar na absorção para estocagem de substratos (glicose, a-ác., TG) no trato digestivo.
	 promover a conversão de glicose, ác. graxos e a-ác. em sua forma de armazenamento;
	 fígado ---- órgão alvo fundamental (o efluente venoso pancreático passa diretamente para o fígado);
	 EFEITO FINAL ---- as concentrações sangüíneas de glicose ( captação de pelos tecidos periféricos ---- músculo, tecido adiposo), ác. graxos e a-ác. e promover a conversão intracelular desses compostos em suas formas de armazenamento (respectivamente GLICOGÊNIO, TRIGLICERÍDEOS e PROTEÍNAS).
	A presença de insulina é importante para o movimento da glicose através da membrana plasmática da célula, pois a glicose somente consegue penetrar no cérebro, fígado, glóbulos vermelhos e brancos (necessidades constantes de glicose).
	 glicólise ---- facilitada pela insulina (oxidação da glicose por enzimas piruvato e lactato;
	 produção de glicogênio (fígado, tecido adiposo e musculatura esquelética);
	 neoglicogênese ---- promoção de síntese proteica em tecidos periféricos os a-ác. disponíveis para a neoglicogênese;
	 síntese de triglicerídeos ---- no tecido adiposo;
	 lipólise ---- no tecido adiposo e, portanto, a formação de gordura;
	 metabolismo proteico ---- absorção de a-ác., a síntese proteica e a degradação da proteína (manutenção de equilíbrio de N2 positivo).
6.1.4. CONTROLE DA SECREÇÃO DE INSULINA
	 concentração da glicose sangüínea ---- concentração de glicose no sangue síntese e liberação de insulina pelas células das ilhotas pancreáticas (2 teorias):
 ao nível da membrana plasmática ---- glicose interage com uma proteína de receptor de membrana, responsável pelos eventos intracelulares de síntese e liberação de insulina (retroalimentação positiva);
 hormônios gastrointestinais que afetam a secreção de insulina (GASTRINA, PANCREOZIMINA-COLECISTOCININA, SECRETINA, PEPTÍDIO INIBIDOR GÁSTRICO) ---- verificada esta ação em função da alta resposta insulínica à administração oral da glicose.
	presença de a-ác. e ác. graxos nas vias gastrointestinais estimulam a secreção de insulina (- potência que a glicose);
	 glucagon ---- efeito estimulador direto sobre as células secreção de insulina (efeito estimulatório sobre o sistema adenilato ciclase);
	somatostatina ---- inibe a secreção de insulina (efeito inibitório sobre o sistema adenilato ciclase);
	catecolaminas ---- secreção de insulina por interação com receptores -adrenérgicos sobre as células (o pâncreas tem inervação adrenérgica pelo SNA e também colinérgica ---- esta última a secreção de insulina por liberação de Ach).
6.1.5. ALTERAÇÕES NA SECREÇÃO DE INSULINA
	 DIABETES MELLITUS ---- ausência de insulina;
		 concentração sangüínea de glicose por:
			 < absorção por tecidos orgânicos
			 glicogenólise
			 neoglicogênese
					
		aparecimento de glicose na urina (ultrapassa a capacidade de reabsorção renal) 
					
				 poliúria (diurese aumentada por alteração osmótica)
	Ex.: cadelas velhas, sede, poliúria, turvação do cristalino ocular.
	Há também do metabolismo dos triglicerídeos da concentração de ác. graxos no sangue formação de corpos cetônicos no fígado (ânions ácidos acidose).
6.2. GLUCAGON
	Hormônio proteico polipeptídico, produzido pelas células das Ilhotas de Langerhans (29 a-ác.).
	Sua denominação deve-se à estimulação que exerce sobre a formação de glicose, a partir do glicogênio.
	O estômago produz uma molécula idêntica ao glucagon pancreático (GLUCAGON INTESTINAL) e o intestino delgado possui uma molécula imunologicamente semelhante (GLICENTINA).
6.2.1. SÍNTESE DE GLUCAGON
	 hormônio polipeptídico, primeiramente sintetizado no retículo endoplasmático, como parte de uma molécula precursora (PRÉ- e PRÓ-HORMÔNIOS) aparelho de Golgi grânulos secretores exocitose.
6.2.2. METABOLISMO DO GLUCAGON
	 fígado (via sistema porta) e rins proteases (atuam nos a-ác.)
	 meia-vida plasmática ---- 5 minutos.
6.2.3. FUNÇÕES DO GLUCAGON
	 ações fisiológicas opostas às da insulina, com a maior parte de seu efeito centralizado no fígado;
	 produção de AMPc (fígado):
		 síntese glicogênica
		 glicogenólise
		 da neoglicogênese (efeito sobre o metabolismo proteico)
				
		 concentrações sangüíneas de glicose
	 lipólise ---- estimula + ác. graxos livres fontes de energia e + glicerol livre para a neoglicogênese;
	 proteínas ---- somente atua em concentrações suprafisiológicas;
	 GLUCAGON X INSULINA ---- balanço da ingestão diária de alimentos e o intervalo entre estes períodos de ingestão.
	Após o consumo de alimentos secreção de insulina conservação de energia por formação de CHO, gorduras e proteínas armazenadas.
	Com a ingestão de alimentos início da secreção de glucagon com o prolongamento do intervalo de ingestão de alimentos e tendência de das concentrações de glicose sangüínea.
	Este equilíbrio ---- mobilização de reservas de enrgia para a manutenção da homeostasia da glicose, evitando hipoglicemia.
	 estresse ---- estimula secreção (Ad, glicocorticóides, glucagon) glicose e de ác. graxos livres no plasma.
	A percepção da glicemia é feita diretamente pela concentração, com a entrada de glicose na célula.
6.2.4. CONTROLE DA SECREÇÃO DE GLUCAGON
	 concentração da glicose plasmática ---- glicose estímulo à síntese e liberação de glucagon (sistema de retroalimentação negativa);
	 atua juntamente com a insulina equilíbrio da concentração de glicose;
	 hormônios intestinais (exceto secretina) ---- estimulam a síntese de glucagon e de insulina; prepara o organismo para a utilização da glicose; ocorre após o processo de absorção;
	 somatostatina ---- efeito inibitório; atua na liberação e não na síntese, por inibir a entrada de cálcio na célula;
	 estimulação simpática e parassimpática ---- estimulam a secreção de glucagon (catecolaminas).
6.3. SOMATOSTATINA
	Possui vários locais de produção:
	 no cérebro ---- inibe a secreção de GH
	 vias gastrointestinais
	 células D do pâncreas
	2 tipos: 14 a-ác. e 28 a-ác.
6.3.1. SÍNTESE DA SOMATOSTATINA
	 hormônio proteico
	 PRÉ- e PRÓ-HORMÔNIO HORMÔNIO ATIVO EXOCITOSE
6.3.2. METABOLISMO DA SOMATOSTATINA
	 fígado e rins
	 rápido ( 5 minutos)
6.3.3. FUNÇÕES DA SOMATOSTATINA
	 inibidoras;
	 inibe os processos digestivos absorção digestiva e a digestão;
	 motilidade e atividade secretora gastrointestinal;
	 regulação das células endócrinas do pâncreas inibição de todas as células endócrinas das ilhotas pancreáticas, incluindo células D ( + do que ).
6.3.4. CONTROLE DA SECREÇÃO DE SOMATOSTATINA
	 por nutrientes (glicose, a-ác.) e neurotransmissores do SNA (Ad, Nor, Ach);
	 glucagon ---- estimula a secreção de somatostatina.
6.4. POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO
	Produzido pelas células F do pâncreas (36 a-ác.), em cujo órgão tem sua ação limitada.
6.4.1. FUNÇÕES DO POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO
	 vias gastrointestinais (efeitos conhecidos);
	 inibe secreções de enzimas pancreáticas e a contração da vesícula biliar;
	 motilidade intestinal e esvaziamento gástrico.
6.4.2. CONTROLE DA SECREÇÃO DE POLIPEPTÍDEO PANCREÁTICO
	 estimulada por hormônios intestinais (COLECISTOCININA, SECRETINA, GASTRINA);
	 estimulação do nervo vago ---- estimula secreção;
	 ingestão de proteína ---- estimula secreção (CHO e gorduras ---- pouco efeito);
	 somatostatina ---- inibe secreção.
6.5. EXTIRPAÇÃO DO PÂNCREAS
	 ruminantes ----causa - transtornos (até anos sem alterações clínicas), pois o rúmen permite ampla digestão microbiana dos alimentos (oxidação de ác. graxos em lugar da glicose);
	 aves ---- pouco sensíveis;
	 carnívoros e suínos diabete morte.
 7. METABOLISMO DE CÁLCIO E FOSFATO
	O cálcio é importante para uma série de reações intracelulares, incluindo contração muscular, atividade celular nervosa, liberação de hormônios por exocitose e ativação de muitas enzimas. Também é essencial para a coagulação sangüínea e manutenção da estabilidade de membranas celulares e ligação entre células, assim como para a integridade estrutural dos ossos e dentes.
	O fosfato inorgânico no sangue serve como fonte de fosfato, importante para a estrutura de ossos e dentes. O fosfato inorgânico também funciona como sistema tampão de íon H2 no sangue. É parte fundamental da célula, tanto da membrana plasmática quanto dos componentes intracelulares (ác. nucleicos, ATP, AMP). Entra no processo de fosforilização de enzimas, tornando-as ativas.
7.1. RESERVATÓRIOS DE CÁLCIO NO ORGANISMO
	 ossos ---- 99% das reservas orgânicas (80% de fosfato); cristais de hidroxiapatita, contendo cálcio, fosfato e água;
	 compartimento intracelular (1% restantes, juntamente com o líquido extracelular) ---- resposta celular (ex.: secreção de hormônios);
	Quando a célula está inativa ---- cálcio em concentrações relativamente baixas no citosol, ligado à proteínas ou contido nas mitocôndrias ou grânulos do retículo endoplasmático.
	Quando a atividade celular ---- cálcio em concentrações elevadas intracelularmente.
	 líquido extracelular ---- < reservatório; + importante para o controle fisiológico das concentrações de cálcio no sangue (cálcio intersticial + cálcio sangüíneo + uma pequena parte, 0,5%, do reservatório de cálcio ósseo).
	 concentração de cálcio na célula ---- 10-7 M
	 concentração de cálcio fora da célula ---- 10-3 M (+fora que dentro)
	 FONTES DE CÁLCIO ---- leite, farinha de ossos, casca de ovo;
	 FONTES DE FOSFATO ---- carne, forragens.
7.2. REGULAÇÃO DO CÁLCIO
	Envolve o controle do movimento de cálcio entre o líquido extracelular e 3 órgãos, os ossos, as vias gastrointestinais e os rins.
	A absorção de cálcio das vias gastrointestinais dá-se por difusão passiva e transporte ativo (este depende da ligação do cálcio às proteínas carreadoras, com ativação de vit. D).
	Através da mucosa intestinal difusão passiva de cálcio (quando em altas concentrações).
	O transporte ativo envolve o movimento de cálcio na célula intestinal, ao longo de um gradiente de concentração, facilitado por proteínas carreadoras das células	da mucosa líquido intersticial por um mecanismo de BOMBA DE CÁLCIO.
	Este sistema adapta-se à quantidade de cálcio na dieta:
 dieta pobre em cálcio sistema mais ativo;
 dieta rica em cálcio sistema menos ativo.
	A excreção de cálcio também ocorre nas vias gastrointestinais. O rim também funciona como via de excreção de cálcio mas, a maior parte do cálcio que passa no rim é reabsorvida (excreção de somente 2%) nos túbulos proximais e distais e alça de Henle. Os túbulos distais estão sob o controle hormonal e, portanto, são o local de regulação de cálcio nos rins.
	osso X líquido extracelular ---- porção solúvel do osso (+ importante).
	A absorção de fosfato é favorecida pela absorção de cálcio. 
	Depois de absorvido, o cálcio pode ser transportado na forma livre ou ligado à albumina. O fosfato é transportado na forma de FOSFATO MONOBÁSICO (H2PO4-) e FOSFATO DIBÁSICO (H2 PO42-).
	O principal destino do cálcio/fosfato é o tecido ósseo.
	Se a concentração de cálcio no citosol alta atividade metabólica da célula (o cálcio fica na mitocôndria, RE).
7.3. GLÂNDULA PARATIREÓIDE 
	 principal órgão envolvido no controle do mecanismo de cálcio e fosfato;
	 4 pares de glândulas, localizadas nos 2 pólos das tireóides (exceção ---- suíno com 1 par, anterior à tireóide);
	 CÉLULAS PRINCIPAIS ---- células em processo ativo de secreção hormonal; produção quase total do PTH;
	 CÉLULAS OXIFÍLICAS ---- células inativas ou degeneradas; baixa capacidade de produção do PTH.
	 anfíbios, répteis e peixes ---- paratireóides são conhecidas como glândulas ultimobranquiais, e não se localizam próximas à tireóide, e produzem calcitonina.
7.3.1. HORMÔNIO PARATIREÓIDEO (PTH)
7.3.1.1. SÍNTESE DO PTH
	 hormônio proteico (84 a-ác.)
	 PRÉ- (115 a-ác.) e PRÓ-PTH (perde 25 a-ác.) sintetizado no retículo endoplasmático rugoso PRÓ-PTH aparelho de Golgi PTH (perde + 6 a-ác.) exocitose.
	 transportado na forma livre.
	
7.3.1.2. METABOLISMO DO PTH
	 fígado e rins
	 meia-vida no sangue ---- 10 minutos.
7.3.1.3. FUNÇÕES DO PTH
	 concentrações de cálcio e as concentrações de fosfato nos líquidos extracelulares;
	 efeitos diretos sobre o metabolismo ósseo e renal do cálcio;
	 efeitos indiretos sobre o metabolismo gastrointestinal de cálcio;
	 osso ---- PTH promove a transferência de cálcio através da membrana de osteoblasto-osteócito (ação sem movimento de fosfato ---- não tem efeito sobre as concentrações de fosfato no sangue); estimula a ação dos osteócitos (efeito rápido) cálcio do reservatório lábil;
	 promove reabsorção óssea por da atividade de osteoclastos (enzimas cristais) e inibição da atividade de osteoblastos liberação de cálcio e fosfato (efeito lento);
	 estimula a formação de novos osteoclastos (efeito demorado);
	A renovação do tecido ósseo confere a dureza do osso. A OSTEOPOROSE, em que há < densidade do osso, é mais comum em fêmeas (estradiol).
	 túbulos contorcidos distais dos rins ---- absorção de cálcio e reabsorção de fosfato renal (por efeito nos túbulos proximais);
	 ativa a vitamina D em nível renal;
	 intestino ---- medeia a absorção de cálcio (forma indireta ---- ação sobre a vit. D), por da taxa de formação desta vitamina (1,25 diidroxicolecalciferol).
7.3.1.4. CONTROLE DA SECREÇÃO DE PTH
	concentrações de cálcio livre (ionizado) no sangue ---- cálcio PTH e vice-versa (mediados por AMPc);
	 ADRENALINA ---- estimula a secreção de PTH por estímulo a receptores -adrenérgicos;
	Mg ---- - influente em afetar a secreção de PTH;
	 sono ---- valores máximos de PTH no início da manhã.
	 prenhez e crescimento ---- paratireóide constantemente estimulada a produzir PTH.
7.4. CALCITONINA
	Hormônio produzido pelas células C ou parafoliculares da glândula tireóide (34 a-ác.), que também afeta o metabolismo do cálcio.
	 CÉLULAS PARAFOLICULARES ou C ---- espalhadas por toda a glândula tireóide e, nitidamente, diferentes das células sintetizadoras de hormônios tireóideos.
	 GLÂNDULAS ULTIMOBRANQUIAIS ---- peixes, anfíbios e répteis.
7.4.1. SÍNTESE DE CALCITONINA
	PRÉ- e PRÓ-HORMÔNIO exocitose de grânulos.
	Devido a sua estrutura química é necessária uma separação enzimática adicional para a formação do HORMÔNIO ATIVO.
7.4.2. FUNÇÕES DA CALCITONINA
	 contrapeso com PTH;
	Em condições fisiológicas, serve para conservar os sais minerais dos ossos, limitando a dissolução óssea, o desdobramento do colágeno.
	 causa hipocalcemia e hipofosfatemia;
	 efeito sobre o metabolismo mineral ---- principalmente sobre o osso movimento de cálcio ósseo para o líquido extracelular e a reabsorção óssea (inibição dos osteoclastos);
	 movimento de fosfatos do líquido extracelular para o osso; inibe a atividade dos osteoclastos e osteócitos e estimula osteoblastos;
	 a atividade gastrointestinal diretamente, por inibição do ác. gástrico e, indiretamente, por inibição da gastrina;
	 excreção renal de cálcio e fosfato.
	 aves ---- calcitonina escassa durante o período de postura manutenção de altas concentrações de cálcio no sangue formação da casca do ovo.
7.4.3. CONTROLE DE SECREÇÃO DA CALCITONINA
	 cálcio ---- cálcio calcitonina;
	 hipercalcemia calcitonina e PTH;
	Na hipocalcemia, inibe-se a secreção de calcitonina e o PTH restabelece as concentrações normais de cálcio nos líquidos extracelulares;hormônios gastrointestinais (GASTRINA, COLECISTOCININA, SECRETINA, GLUCAGON) ---- estimulam a secreção de calcitonina (gastrina + potente).
	Não atua na concentração de cálcio.
	Não se sabe se a vit. D interfere com a calcitonina.
7.5. VITAMINA D
	importante para a absorção de cálcio do intestino; dependente do PTH;
	molécula semelhante a esteróide, elaborada na pele;
	produzida num tecido e transportada pelo sangue para um local distante (como hormônio).
	age no tecido ósseo, intensificando a ação do PTH.
7.5.1. SÍNTESE DA VITAMINA D
	CÉLULAS EPITELIAIS ACETATO
	 CUTÂNEAS 
					7, DESIDROXICOLESTEROL (precursor imediato)
							 raios ultravioleta na pele
					VITAMINA D (INATIVA) ou COLECALCIFEROL
							 transformada
						 fígado (25 hidroxilase)
						 rins (1 hidroxilase)
							
						BIOLOGICAMENTE ATIVA
						1,25-(OH)2-VITAMINA D
							
						 proteína fixadora de cálcio
							
						 concentração de cálcio plasmático
 HIDROXILASE C-1 no rim (PTH) ---- controle mais importante:
	 concentrações de cálcio estimula PTH favorece a síntese de vit. D ativa > absorção intestinal de cálcio;
 fosfato ---- concentrações P sérico estimula processos enzimáticos no rim uma molécula inativa de vit. D;
 molécula ativa de vit. D regula a si própria enzimaticamente.
7.5.2. TRANSPORTE DE VITAMINA D
	natureza lipídica; ligada à proteínas do plasma;
	TRANSCALCIFERINA ---- globulina específica sintetizada pelo fígado.
7.5.3. FUNÇÕES DA VITAMINA D
	 absorção de cálcio pelas vias gastrointestinais;
	 estimula a síntese de proteínas pelas células mucosas, auxiliando o movimento de cálcio para estas células;
	 estimula, principalmente, transporte ativo de cálcio (estimulação da síntese proteica), mas também a transferência passiva de cálcio;
	 osso ---- movimento de íons cálcio nos líquidos extracelulares e reabsorção óssea, e o dos efeitos do PTH sobre o metabolismo ósseo do cálcio.
7.5.4. CONTROLE DA SECREÇÃO DE VITAMINA D
	 PTH e fosfato
		 cálcio PTH vit. D ativa absorção intestinal de cálcio;
		 fosfato vit. D ativa > absorção fosfato.
7.6. CONTROLE TOTAL DA HOMEOSTASIA DO CÁLCIO-FOSFATO
	 PTH ---- tecido alvo ---- reservatório lábil do osso.
7.7. ALTERAÇÕES DO METABOLISMO CÁLCIO-FOSFATO
	 HIPOCALCEMIA ---- parto (cadela, vaca) ---- decúbito + disfunção neuromuscular (cadela ---- contrações ---- TETANIA ou ECLÂMPSIA) ---- alta demanda;
	
	 HIPERPARATIREOIDISMO SECUNDÁRIO ---- excesso de PTH devido à concentrações de cálcio cronicamente baixas (dietas inadequadas).

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