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Direito Civil O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 1 www.cursoenfase.com.br Sumário 1. Transmissão de obrigações .................................................................................... 2 1.1 Cessão de créditos ............................................................................................ 2 1.1.1 Conceito ....................................................................................................... 2 1.1.2 Espécies de cessão de crédito ..................................................................... 3 1.1.2.1 Cessão pro soluto ................................................................................. 3 1.1.2.2 Cessão pro solvendo ............................................................................. 4 1.2 Assunção de dívida ........................................................................................... 4 1.2.1 Liberatória .................................................................................................... 4 1.2.2 Cumulativa ................................................................................................... 5 2. Teoria geral dos contratos ...................................................................................... 5 2.1 Natureza jurídica do contrato ........................................................................... 5 2.2 Classificação ...................................................................................................... 5 2.2.1 Unilateral ou bilateral .................................................................................. 5 2.2.2 Gratuito ou oneroso .................................................................................... 5 2.2.3 Real ou consensual ...................................................................................... 5 2.2.4 Aleatório ou comutativo .............................................................................. 5 2.2.5 Solene ou não solene ................................................................................... 5 2.2.6 Típico ou atípico........................................................................................... 5 Direito Civil O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 2 www.cursoenfase.com.br 1. Transmissão de obrigações 1.1 Cessão de créditos 1.1.1 Conceito É a alteração do polo ativo da relação obrigacional em razão da celebração de um negócio jurídico. O crédito é um direito. Todo direito é um bem incorpóreo. O direito como qualquer outro bem pode ser objeto de um negócio jurídico. Então, o credor pode fazer uma cessão de crédito em favor de um terceiro. Temos várias formas de alterar o polo ativo da relação obrigacional, mas aqui essa alteração ocorre devido à celebração de um negócio jurídico. A natureza da cessão de créditos é um negócio jurídico. Então, possui os mesmos requisitos que o negócio jurídico. O art. 286, CC estabelece uma regra geral a respeito da cessão de créditos. Exemplo de crédito que não pode ser cedido em razão de sua natureza: crédito trabalhista, alimentar. Exemplo de crédito que não pode ser cedido em virtude da lei: art. 298, CC; art. 426, CC; Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação. Art. 298. O crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora; mas o devedor que o pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro. Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva. O art. 287, CC aplica na cessão de crédito o princípio da gravitação universal, isso significa que quando se cede um crédito ele vai com todos os seus acessórios. Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios. O negócio jurídico é um negócio solene: Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar- se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1o do art. 654. Portanto, não é possível ceder o credito verbalmente. O art. 654, CC trabalha com o contrato de mandato. Direito Civil O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 3 www.cursoenfase.com.br Art. 654. Todas as pessoas capazes são aptas para dar procuração mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante. § 1o O instrumento particular deve conter a indicação do lugar onde foi passado, a qualificação do outorgante e do outorgado, a data e o objetivo da outorga com a designação e a extensão dos poderes conferidos. § 2o O terceiro com quem o mandatário tratar poderá exigir que a procuração traga a firma reconhecida. O art. 83, CC informa o que são bens móveis. Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: I - as energias que tenham valor econômico; II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. Portanto o crédito não apenas é um bem incorpóreo como também é um bem móvel por imposição legal (art. 83, III, CC). A cessão deve ser registrada no cartório de títulos e documentos, para produzir efeitos perante terceiros. O devedor não precisa autorizar a cessão de crédito. No entanto, ele precisa ser notificado dessa cessão, até porque ele precisa saber para quem ele vai pagar. Quem está cedendo o crédito é chamado de cedente, aquele que está recebendo o crédito é o cessionário e o devedor é o cedido. A notificação pode ser feita tanto pelo cedente como pelo cessionário. O art. 290, CC informa que a ausência de notificação faz com que a cessão de crédito seja ineficaz em relação ao devedor. Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. 1.1.2 Espécies de cessão de crédito 1.1.2.1 Cessão pro soluto É a regra geral (Arts. 295 e 296). Ela é aquela em que o cedente se responsabiliza perante o cessionário apenas pela existência do crédito e não pela solvência do devedor. Art. 295. Na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé. Direito Civil O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 4 www.cursoenfase.com.br Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor. O cedente apenas será responsabilizado nas cessões a título oneroso ou a títulogratuito que tenha tido má-fé. Não será responsabilizado nas cessões a título gratuito com boa-fé. A responsabilidade do cedente não é solidária com o devedor, é subsidiária! 1.1.2.2 Cessão pro solvendo Art. 297, CC. Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a cobrança. É aquela em que o solvente se responsabiliza ao cessionário pela existência do crédito e pela solvência do devedor. Observação: quando o devedor está solvente, o cedente apenas irá responder pelo que p cessionário recebeu pela cessão mais os juros mais despesas. Exemplo: O cedente tinha um crédito de 100 mil reais e cedeu esse crédito para o cessionário pelo valor de 60 mil reais. Se o devedor ficar insolvente, o cedente apenas deverá ser responsabilizado pelos 60 mil reais mais juros mais despesas. 1.2 Assunção de dívida É uma alteração do polo passivo da relação obrigacional em razão da celebração de um negócio jurídico. Através de um negócio jurídico, um terceiro assume o lugar do devedor. O credor precisa autorizar essa assunção de dívida. 1.2.1 Liberatória É aquela em que o devedor originário está exonerado do vínculo obrigacional. É a regra geral prevista no art. 299, CC. Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. Direito Civil O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 5 www.cursoenfase.com.br Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. 1.2.2 Cumulativa Art. 299, parte final, CC. O devedor primitivo continua vinculado à relação obrigacional. Esse vínculo é de subsidiariedade, não de solidariedade. 2. Teoria geral dos contratos 2.1 Natureza jurídica do contrato Contrato é um negócio jurídico, que pode ser unilateral ou bilateral. O contrato é um negócio jurídico bilateral, que é aquele que se aperfeiçoa pelo encontro de pelo menos duas vontades. 2.2 Classificação 2.2.1 Unilateral ou bilateral 2.2.2 Gratuito ou oneroso 2.2.3 Real ou consensual 2.2.4 Aleatório ou comutativo 2.2.5 Solene ou não solene 2.2.6 Típico ou atípico
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