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73415_Resumo-Aula6P2_Direito-Civil

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Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
1 
www.cursoenfase.com.br 
Sumário 
2.7 Evicção .............................................................................................................. 2 
2.8 Extinção dos contratos ...................................................................................... 3 
 
 
 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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2.7 Evicção 
Continuação... 
Exemplo1: Uma pessoa vendeu um carro para outra. Após a tradição do veículo, 
descobre-se que o verdadeiro dono do bem era o seu pai. Em um contrato de compra e venda, 
além de entregar a coisa, o alienante tem o dever de transmitir a propriedade do bem. Assim, 
o alienante não cumpriu o contrato, pois apesar de entregar a coisa, ele não a transferiu. O 
pai do alienante ingressou com uma ação de reintegração de posse em face do adquirente, 
tendo essa ação sido julgada procedente. Assim, o adquirente perdeu o direito em face do 
bem. O adquirente pode ingressar com uma ação contra o alienante, no entanto, neste caso 
isso não será uma evicção, pois ele irá demandar contra o alienante pelo inadimplemento, 
propondo uma ação de resolução do contrato com pedido de perdas e danos. 
Para falar em evicção, o alienante deve ter cumprido a parte que lhe cabe no contrato, 
caso contrário se fala em inadimplemento e não em evicção. 
Exemplo2: Uma pessoa ocupou um terreno que não era seu. Essa pessoa é um mero 
possuidor, então ele não pode vender a casa que construiu nesse terreno, o máximo que ele 
pode fazer é uma cessão de posse. Depois que ele cedeu essa posse, o proprietário do terreno 
apareceu e ingressou com uma ação possessória, tendo o pedido sido julgado procedente. 
Nesse caso houve evicção. 
Quem reivindica direito anterior é chamado de evictor (é o 3º). Quem perde os direitos 
sobre as coisas é o evicto (cessionário). 
Através da denunciação à lide o cedente será chamado a integrar a lide. O evictor pode 
exigir na denunciação a lide todas as hipóteses do art. 450, CC. 
Código Civil, art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da 
restituição integral do preço ou das quantias que pagou: 
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir; 
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente 
resultarem da evicção; 
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído. 
Parágrafo único. O preço, seja a evicção total ou parcial, será o do valor da coisa, na época 
em que se evenceu, e proporcional ao desfalque sofrido, no caso de evicção parcial. 
E se o evictor, enquanto estivesse na posse do bem, tivesse realizado benfeitorias? art. 
453, CC. 
Código Civil, art. 453. As benfeitorias necessárias ou úteis, não abonadas ao que sofreu a 
evicção, serão pagas pelo alienante. 
 As partes podem inserir em um contrato uma cláusula de exoneração pela evicção? 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros doutrinários 
e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Código Civil, art. 448. Podem as partes, por cláusula expressa, reforçar, diminuir ou excluir 
a responsabilidade pela evicção. 
Portanto, é permitida a cláusula de exoneração pela evicção. 
Observação: se essa cláusula estiver em uma relação de consumo, ela será nula, 
abusiva. 
 Quando mesmo com a cláusula de evicção será possível o cessionário exigir do cedente 
pelo menos o preço pelo que pagou pela coisa? 
Código Civil, art. 449. Não obstante a cláusula que exclui a garantia contra a evicção, se 
esta se der, tem direito o evicto a receber o preço que pagou pela coisa evicta, se não 
soube do risco da evicção, ou, dele informado, não o assumiu. 
Observação1: A denunciação a lide é facultativa, esse é o atual posicionamento 
doutrinário e jurisprudencial. 
Observação2: O art. 73, CPC proíbe a denunciação a lide em face dos alienantes 
anteriores, determinando que deva ser em face do alienante imediato. No entanto, no caso 
do vício redibitório, há uma exceção, ou seja, é possível a denunciação per saltum. Observe o 
art. 456, caput, CC: 
Código de Processo Civil (Lei nº 5.869/1973), art. 73. Para os fins do disposto no art. 70, o 
denunciado, por sua vez, intimará do litígio o alienante, o proprietário, o possuidor 
indireto ou o responsável pela indenização e, assim, sucessivamente, observando-se, 
quanto aos prazos, o disposto no artigo antecedente. 
 
Código Civil, art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o 
adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando 
e como lhe determinarem as leis do processo. 
(...) 
 
2.8 Extinção dos contratos 
A extinção do contrato pode se dar através de: 1) anulação; 2) resilição; 3) resolução; 
4) resolução. 
A anulação ocorre quando um dos elementos essenciais do negócio jurídico está 
viciado. Aqui ainda deve haver a aplicação da teoria das nulidades. 
 A rescisão é a extinção do contrato em razão da evicção. 
A resilição é a extinção dos contratos por vontade de uma ou ambas as partes. Se for 
por vontade de apenas uma das partes, há a resilição unilateral (denúncia). Se for por vontade 
Direito Civil 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
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e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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de ambas as artes será resilição bilateral (distrato). O distrato deve ser da mesma forma 
exigida para o contrato. A denúncia está disciplinada no art. 473, CC. 
Código Civil, art. 473. A resilição unilateral, nos casos em que a lei expressa ou 
implicitamente o permita, opera mediante denúncia notificada à outra parte. 
Parágrafo único. Se, porém, dada a natureza do contrato, uma das partes houver feito 
investimentos consideráveis para a sua execução, a denúncia unilateral só produzirá efeito 
depois de transcorrido prazo compatível com a natureza e o vulto dos investimentos. 
Então, para que haja denúncia, será necessária uma lei autorizando. Exemplo: Lei 8.245 
(locação de imóvel urbano) - denúncia cheia e denúncia vazia; contrato de mandato -
revogação e renúncia. 
A resolução é a extinção dos contratos em razão do seu inadimplemento. A resolução 
pode se dar em razão de uma cláusula resolutiva, que pode ser expressa ou tácita; ou a 
resolução pode se dar por uma onerosidade excessiva. 
Em relação à resolução por onerosidade excessiva, deve-se ler e o art. 474, CC. 
Código Civil, art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita 
depende de interpelação judicial. 
Portanto, quando há cláusula resolutiva expressa, é contrato por prazo determinado, 
devendo aplicar tudo relacionado à mora ex re. Já a com cláusula tácita é por prazo 
indeterminado e deve-se aplicar tudo da mora ex persona. 
Em relação à resolução por onerosidade excessiva, o contrato será resolvido porque o 
contrato se tornou excessivamente onerosos para uma das partes. A teoria que irá balizar a 
onerosidade excessiva será a teoria da imprevisão, queestá no art. 478, CC. Pela teoria da 
imprevisão, o contrato pode ser resolvido ou revisado pela ocorrência de um evento futuro e 
imprevisível que o torne excessivamente oneroso para uma das partes. 
Código Civil, art. 478. Nos contratos de execução continuada ou diferida, se a prestação 
de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com extrema vantagem para a 
outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis, poderá o devedor 
pedir a resolução do contrato. Os efeitos da sentença que a decretar retroagirão à data 
da citação. 
Observação1: A teoria da imprevisão é aplicada apenas aos contratos bilaterais, 
onerosos, comutativos e de trato sucessivo. 
Observação2: A teoria da imprevisão não é aplicada às relações de consumo. Nas 
relações de consumos é aplicada a teoria da base objetiva do negócio jurídico, disciplinada no 
art. 6º, V, CDC. Pela teoria da base, o contrato de consumo pode ser resolvido ou revisado 
pela ocorrência de um evento futuro, previsível que o tornem excessivamente oneroso para 
uma das partes.

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