Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

TÍTULO VI DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
CAPÍTULO I DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso: 
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos: 
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. 
§ 2o Se da conduta resulta morte: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos 
· Crime comum: não exige qualidade especial do autor, o crime pode ser praticado por qualquer pessoa, homem ou mulher; 
· Crime material: para a consumação do crime exige a ocorrência do resultado, que é a conjunção carnal ou a prática de ato libidinoso; 
· Crime doloso: o agente pratica a conduta de forma livre e consciente, com o desejo de obter o prazer sexual. Não é punível o crime na modalidade culposa; 
· Crime comissivo: embora possa ser praticado por omissão imprópria, quando envolve a figura do garantidor, em rega o verbo constranger é uma ação; 
· Crime de forma vinculada: a conduta é praticada mediante o emprego de violência ou grave ameaça; 
· Crime instantâneo: a consumação não se alonga no tempo; 
· Crime unissubjetivo: pode ser praticado por uma única pessoa, mas também pode ser praticado em concurso de agentes, com coautoria ou participação; Crime plurissubsistente: é composto por vários atos, viabilizando a tentativa; 
· Crime Pluriofensivo: tutela mais de um bem jurídico fundamental: a liberdade sexual e a integridade física. Ele é formado pela fusão de mais de um delito, é um constrangimento ilegal voltado para uma finalidade específica sexual.
OBJETO JURÍDICO: LIBERDADE SEXUAL, O DIREITO DE ESCOLHA, VONTADE LIVRE.
OBJETO MATERIAL: PESSOA CONTRA QUEM SE DIRIGE A CONDUTA CRIMINOSA
VERBO NÚCLEO: “CONSTRANGER”, COAGIR, FORÇAR. VERBO DE AÇÃO, CRIME COMISSIVO, PODE SER POR OMISSÃO IMPRÓPRIA QUANDO ENVOLVE A FIGURA DO GARANTIDOR.
SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA, NA CONJUNÇÃO CARNAL TEM QUE SER SEXO OPOSTO “CÚPULA”.
SUJEITO PASSIVO: HOMEM OU MULHER
- +18 ESTUPRO SIMPLES CAPUT
- - 18 +14 ESTUPRO QUALIFICADO (§ 1)
- - 14 ANOS OU ENFERMA, DEFICIENTE MENTAL QUEM NÃO POSSUI DISCERNIMENTO ESTUPRO VULNERAVEL (ART 217-A)
ELEMENTO SUBJETIVO DA CONDUTA: CRIME DOLOSO, SATISFAÇÃO DA LASCÍVIA, MAS A MOTIVAÇÃO DO AGENTE É IRRELEVANTE PRA CONFIGURAR O DOLO.
O ESTUPRO EM TODAS AS SUAS FORMAS (ATÉ OS TENTADOS) SÃO CONSIDERADOS CRIME HEDIONDO (ART 1 V DA LEI 8.072/90), O QUE ACARRETA SER UM CRIME INAFIANÇÁVEL, INICIALMENTE REGIME FECHADO 
CONSUMAÇÃO: CRIME MATERIAL SE CONSUMA COM A OBTENÇÃO DE RESULTADO.
PROVA DE MATERIALIDADE: CORPO DELITO, NOS CRIMES NÃO TRANSEUNTES (QUE DEIXAM VESTÍGIOS), CASO DEIXE VESTÍGIOS SE FAZ NECESSÁRIO O CORPO DELITO.
TENTATIVA: QUANDO EMPREGA VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA INICIA A EXECUÇÃO DO DELITO, SE INTERROMPIDO POR CIRCUNSTÂNCIA ALHEIA A VONTADE DO AGENTE, CRIME TENTADO ART 14, II DO CP.
- SE DESISTE APÓS EMPREGO DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA RESPONDE SÓ PELOS ATOS PRATICADOS ATÉ AQUELE MOMENTO.
- NÃO OCORRE CRIME DE ESTUPRO EM INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL POIS NÃO HÁ VIOLAÇÃO DA LIBERDADE SEXUAL.
- TRATA-SE DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA (ART 225 DO CP).
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA: ART 226 CP, de metade se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima. De 1/3 a 2/3 se o crime é praticado por estupro coletivo (2 ou mais agentes), ou estupro corretivo (para controlar o comportamento social ou sexual da vítima).
ESTUPRO QUALIFICADO: § 1 E 2, A FORMA QUALIFICADA DO DELITO É HIPÓTESE DE CRIME PRETERDOLOSO, OU SEJA, O RESULTAD DA LESÃO CORPORAL OU MORTE NÃO É DESEJADO, OCORRE POR CULPA. AGORA CASO QUEIRA LESIONAR RESPONDE LESÃO CORPORAL E ESTUPRO EM CONCURSO MATERIAL.
- Na redação anterior deste artigo existiam dois tipos penais, o estupro AONDE SOMENTE A MULHER PODERIA SER VÍTIMA e o atentado violento ao pudor, quando a vítima fosse forçada a praticar ou a se submeter á pratica de ato libidinoso diverso da conjunção carnal (ex: obrigara fazer sexo oral) ERA OUTRO ARTIGO (SEPARADOS).
- Com o advento da Lei 12.015/09, os crimes de atentado violento ao pudor foi absorvido pelo estupro, passaram a ser um só, se o agente força a vítima a conjunção carnal e em seguida submete a ato libidinoso comete SOMENTE CRIME DE ESTUPRO (art 213 É UM TIPO MENAL MISTO ALTERNATIVO), a pluralidade de condutas deve ser levada em consideração no momento da aplicação da pena, nos termos do art 59 do CP. Se for praticado atos em momentos distintos o réu responde por vários estupros, em continuidade delitiva (art 71 do CP) ou em concurso material (art 69, caput do CP).
- NÃO OCORREU “ABOLITIO CRIMES” DO ATENTATO AO PUDOR já que a conduta foi transferia para o art 213, trata-se agora de crime de estupro, trata-se da APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE TÍPICO NORMATIVA.
- FALSO NÃO não configura estupro pois foi relação consentida.
-COAUTORIA E PARTICIPAÇÃO: divisão de tarefas, coautoria, ex, enquanto um pratica violência ou grave ameaça o outro faz a conjunção carnal ou atos libidi., ambos concorreram com suas condutas para consumação do crime de estupro portanto COAUTORES DO CRIME.
OBS: SITUAÇÃO DE REVEZAMENTO, nesse caso cada um dos sujeitos deve ser responsabilizado por dois crimes de estupro em coautoria, concurso de crimes, concurso material ou continuidade delitiva.
ESTUPRO DE VULNERÁVEL
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos.
Pena: reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
CRIME DE AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
INCORRE NA MESMA PENA QUEM PRATICA AS AÇÕES DESCRITAS NO CAPUT COM ALGUÉM QUE, POR ENFERMIDADE OU DEFICIENCIA MENTAL NÃO TEM DISCERNIMENTO PARA PRÁTICA DO ATO E NÃO PODE OFERECER RESISTÊNCIA.
CRIME COUMUM, MATERIAL, FORMA LIVRE, INSTANTÃNEO, COMISSIVO, UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
- OBJETIVIDADE JURÍDICA: GARANTIR A LIBERDADE SEXUAL E INTEGRIDADE/ INTANGIBILIDADE SEXUAL DAS PESSOAS VULNERÁVEIS.
-CONCEITO DE VULNERÁVEIS: AQUELES QUE NÃOTEM CAPACIDADE SUFICIENTE DE DISCERNIMENTO PRA CONSERTIR DE FORMA VÁLIDA.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA, PODE SER COMETIDO COM CONCURSOS DE AGENTES.
-SUJEITO PASSIVO: MENORES DE 14, RAZÃO DA CONDIÇÃO DA PESSOA, PESSOAS ENFERMAS, DEFICIENTES MENTAIS OU QUE POR OUTRA CAUSA NÃO CONSEGUEM OFERECER RESISTÊNCIA.
EX: CASO DE IMOBILIZAÇÃO, IDADE AVANÇADA, HIPNOSE OU EMBRIAGUEZ COMPLETA, USO DE DROGAS.
OBS: O FATO INDEPENDE DA VÍTIMA TER MANTIDO RELAÇÕES SEXUAIS ANTERIORMENTE AO CRIME (PARÁGRAFO 5º ART 217-A).
-OBJETO MATERIAL: PESSOA VULNERÁVEL, VÍTIMA.
-NÚCLEOS: CONJUNÇÃO CARNAL OU PELA PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO DIVERSO.
NÃO PRECISA DE VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA PARA CONFIGURAR O CRIME.
O AGENTE NÃO PRECISA SER PEDÓFILO PARA A CONFIGURAÇÃO DO CRIME (IRRELEVANTE).
RESULTADOS AGRAVADORES: CRIME PRETERDOLOSO (DOLO SEGUIDO DE CULPA), LESÃO CORPORAL NATUREZA GRAVE (P 10 A 20 ANOS), MORTE (P 12 A 30 ANOS).
BASTA QUE O AGENTE TENHA CONHECIMENTO DE QUE A VÍTIMA É MENOR DE CATORZE ANOS DE IDADE E DECIDA COM ELA MANTER CONJUNÇÃO CARNAL OU QUALQUER OUTRO ATO LIBIDINOSO.
Consumação, segundo o STJ: “Para a consumação do crime de estupro de vulnerável, não é necessária a conjunção carnal propriamente dita, mas qualquer prática de ato libidinoso contra menor. Jurisprudência do STJ.” (STJ, AgRg no REsp 1244672 / MG, Rel. Ministro CAMPOS MARQUES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PR), j. 21/05/2013). Observação: o julgado não esclarece a questão. De fato, o crime pode se consumar independentemente da conjunção carnal, desde que o ato libidinoso diverso seja a intenção do agente.
AUSÊNCIA DE EXAME DE CORPO DE DELITO: “(...) nos crimes sexuais a ausência de laudo pericial não afasta a materialidade do delito, tendo em vista que, praticado na clandestinidade e muitas vezes não deixando vestígios, a palavra da vítima em consonância com a prova testemunhalautoriza a condenação” (STJ, HC 240393 / BA, Rel. Ministra MARILZA MAYNARD, j. 18/06/2013).
ESTELIONATO SEXUAL, VIOLÊNCIA SEXUAL MEDIANTE FRAUDE.
Art. 215: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima.
Pena: Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.
CRIME COMUM, MATERIAL, COMISSIVO, CONDUTA MISTA/ALTERNATIVA, DOLOSO
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
BEM JURÍDICO: LIBERDADE SEXUAL
-VERNO NÚCLEO: TER/PRATICA
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA, CRIME COMUM
-SUJEITO PASSIVO: QUALQUER PESSOA, SE MENOR DE 14 É ESTUPRO DE VULNERAVEL.
-CONSUMAÇÃO: COM CONJUNÇÃO CARNAL; ATO LIBIDINOSO.
FRAUDE É UM MEIO ARDIL QUE VICIA A VONTADE DA VÍTIMA.
Ex: Curandeiro com o pretexto de curar a vítima mantém relação sexual com ela (JOÃO DE DEUS).
-TENTATIVA: Admite-se (a vítima percebe o erro antes da prática do delito).
Parágrafo Único do Art. 215: Se o crime é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também a pena de multa.
Exemplo: Irmão gêmeo faz uma aposta de certa quantia em dinheiro com terceiro, para enganar a namorada de seu próprio irmão, lubridiando a vítima ao se colocar no lugar do seu irmão, com a finalidade de manutenção de relação sexual com ela.
IMPORTUNAÇÃO SEXUAL
Art. 215-A: Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou de terceiro:
Pena: reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais grave.
CRIME COMISSIVO, SUBSIDIÁRIO, COMUM, DOLOSO, MATERIAL.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: TUTELA-SE A LIBERDADE SEXUAL DA VÍTIMA.
- CRIME SUBSIDIÁRIO: APLICA-SE SOMENTE CASO NÃO CONFIGURE CRIME MAIS GRAVE.
Assédio praticados contra alguém dentro do transporte coletivo; Beijos forças em alguém.; passar a mão em corpo alheio sem a permissão; desnudar ou despir alguém sem sua permissão.; A simples “cantada” por mais imprópria que venha a ser, não configura o crime.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA
-SUJEITO PASSIVO: QUALQUER PESSOA.
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA COM A PRÁTICA DO ATO LIBIDINOSO.
Este tipo penal foi acrescentado ao código pela lei nº 13.718 de 2018,
ASSÉDIO SEXUAL
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função.
Pena: detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.
CRIME PLURIOFENSIVO, PRÓPRIO, COMISSIVO, DOLOSO, FORMAL.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: LIBERDADE SEXUAL DA PESSOA SUBORDINADA A UMA RELAÇÃO DE PODER. ENVOLVE A HONRA E A INTIMIDADE NO EXERCÍCIO DE TRABALHO.
-PLURIOFENSIVO POIS LESIONA MAIS DE UM BEM JURÍDICO FUNDAMENTAL,
-SUJEITO ATIVO: HOMEM OU MULHER, MAS CRIME ESPECIAL PRÓPRIO, EXIGE QUALIDADE PESSOAL DO AGENTE, DEVE SER SUPERIOR HIERÁRQUICO OU TER ASCENDENCIA SOBRE A VÍTIMA INERENTE AO EXERCÍCIO DO EMPREGO, CARGO OU FUNÇÃO.
CARGOS = NÃO CONFIGURA CRIME.
-SUJEITO PASSIVO: HOMEM OU MULHER DESDE QUE SOB FIGURA DE INFERIORIDADE HIERÁRQUICA OU SUBMETIDA A ASCENDÊNCIA DO AGENTE.
-CONDUTA VERBO NÚCLEO: CONSTRANGER, TEM QUE EXISTIR O TEMOR DA VÍTIMA EM PERDER O EMPREGO OU DE SER PREJUDICADA NA RELAÇÃO.
Ascendência: não exige a existência de uma carreira funcional, mas apenas uma relação de domínio, de influência, de respeito ou de temor reverencial. (Exemplo: a relação de professor e aluno em sala de AULA).
TEM QUE TER A FINALIDADE DE SATISFAZER A LASCÍVIA OU A CONCUPISCÊNCIA DO AGENTE.
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA COM A PRÁTICA DO ATO CONSTRANGEDOR NÃO PRECISA SER SEXUAL, ADMITE-SE TENTATIVA QUANDO POR ESCRITO E NÃO CHEGA NA VÍTIMA.
É UM CRIME FORMAL, NÃO PRECISA DE RESULTADO QUE É MERO EXAURIMENTO DO CRIME.
INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (LEI DOS JUIZADOS).
REGISTRO NÃO AUTORIZADO DA INTIMIDADE SEXUAL (INSERIDO PELA LEI 13.772 DE 2018).
Art. 216-B: Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes:
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e multa.
CRIME DOLOSO, FORMAL, COMUM, COMISSIVO.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
- BEM JURÍDICO: RESGUARDAR A INTIMIDADE SEXUAL
- NÚCLEO: TIPO ALTERNATIVO MISTO, PLURALIDADE DE VERBOS (PRODUZIR, FOTOGRAFAR, FILMAR, REGISTRAR).
-CONSUMAÇÃO: EXIGE-SE A EXISTÊNCIA DE UMA CENA DE NUDEZ OU ATO SEXUAL OU LIBIDINOSO DE CARÁTER INTIMO E PRIVADO.
PRECISA SER SEM AUTORIZAÇÃO.
-S ATIVO: CRIME COMUM, ADMITE COAUTORIA E A PARTICIPAÇÃO
-S PASSIVO: QUALQUER PESSOA.
Se a vítima for criança ou adolescente, aplica-se o art. 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em razão do princípio da especialidade.
-CONSUMAÇÃO: CRIME FORMAL, SE CONSUMA NA SIMPLES CONDUTA, CRIME INSTANTÂNEO DE CONSUMAÇÃO IMEDIATA.
Crime plurissubsistente: sua realização comporta o fracionamento. Com isso, admite-se a tentativa.
O ato de divulgar ou publicar, o conteúdo em cena de sexo ou de nudez, sem consentimento da vítima tipifica o Art. 218-C.
CONDUTA EQUIPARADA NO PARAGRAFO ÚNICO: CONSISTE NA REALIZAÇÃO DA MONTAGEM, DE COLOCAR A PESSOA NA CENA ERÓTICA.
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.
CORRUPÇÃO DE MENORES
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem.
Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
CRIME COMUM, DOLOSO, MATERIAL, COMISSIVO, FORMA LIVRE, INSTÃNTANEO.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: INTANGIBILIDADE SEXUAL (AQUILO QUE NÃO PODE SER TOCADO), VISA PRESERVAR A INTEGRIDADE E AUTONOMIA SEXUAL DO MENOR DE 14 ANOS.
-VERBO NÚCLEO: INDUZIR, CONVENCER, COLOCAR UMA IDEIA QUE NÃO EXISTIA.
-S ATIVO: QUALQUER PESSOA
-S PASSIVO: MENOR DE 14 HOMEM OU MULHER
-CONDUTA: AÇÃO DE INDUZIR O MENOR A SATISFAZER A LASCÍVIA DE TERCEIRO (NÃO É O PRÓPRIO AGENTE), VÁRIOS MEIOS, PALAVRAS, REPRESENTAÇÕES, FOTOGRAFIAS, PUBLICAÇÕES TUDO QUE É IDÔNEO Á PERSUASSÃO E AO CONVENCIMENTO.
Se existe erro comprovado quanto a idade da vítima, não há crime. Mas, se há dúvida em relação a idade, configura o crime com dolo eventual.
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA COM A REALIZAÇÃO PELO MENOR DO ATO DESTINADO A SATISFAZER A LASCÍVIA DE OUTREM, CRIME MATERIAL, CONSUMA-SE COM O RESULTADO.
*Não é preciso que o terceiro tenha sentido satisfeito para configurar o crime, basta que o menor tenha praticado o ato.*
ADMITE-SE TENTATIVA.
- ELEMENTO SUBJETIVO: DOLO
SATISFAÇÃO DA LASCÍVIA MEDIANTE PRESENÇA DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
Art. 218-A. Praticar, na presença de
alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo a
presenciar, conjunção carnal ou outro
ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia
própria ou de outrem. Pena: reclusão, de
2 (dois) a 4 (quarto) anos.
CRIME COMUM, FORMAL, DE FORMA LIVRE, INSTANTÂNEO, COMISSIVO (EM REGRA), UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
-S ATIVO: CRIME COMUM
-S PASSIVO: MENOR DE 14 ANOS
-CONSUMAÇÃO: QUANDO O AGENTE PRATICA ATO LIBIDINOSO OU CONJUNÇÃO NA PRESENÇA DO MENOR, OU QUANDO O MENOR FOR INDUZIDO, ASSISTE A PRÁTICA DOS ATOS.
A CRIANÇA É ESPECTADORA NESSE CRIME
É essencial, para a configuração do crime do art. 218-A, que a vítima não se envolva fisicamente no ato – ela apenas assistirá ao ato sexual. Caso contrário, o crime será o de estupro de vulnerável - CP, art. 217-A.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE VULNERÁVEL
Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) ANOS.
CRIME COMUM (EXCETO NA HIPÓTESE DO § 2, II), MATERIAL, DE FORMA LIVRE, INSTANTÂNEO (“SUBMETER”, “INDUZIR”, “ATRAIR” E “FACILITAR”) OU PERMANENTE (“IMPEDIR” E “DIFICULTAR”), COMISSIVO (EXCEPCIONALMENTE, OMISSIVO IMPRÓPRIO), UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
-S ATIVO: QUALQUER PESSOA 
Contudo, é possível que alguém venha a praticá-lo poromissão (omissão imprópria), na hipótese do art. 13, § 2º do CP, quando o agente tem o dever legal de impedir a ocorrência do delito (ex.: mãe em relação aos filhos menores de idade)
-S PASSIVO: PESSOA MENOR DE 18 OU AQUELE QUE NÃO TEM DISCERNIMENTO, A VÍTIMA JÁ PROSTITUÍDA PODE SER VÍTIMA.
-CONSUMAÇÃO: O CRIME SE CONSUMA NO MOMENTO QUE SE INSERE NA SITUAÇÃO DE EXPLORAÇÃO SEXUAL OU QUANDO A VÍTIMA NÃO CONSEGUE SAIR.
FORMA QUALIFICADA: PARAGRAFO 1 SE É PRATICADO COM O FIM DE OBTER VANTAGEM ECONOMICA (APLICA-SE PENA DE MULTA)
FORMA EQUIPARADA: QUEM PRATICA A CONJUNÇÃO COM ALGUÉM MENOR 18 E 14 ANOS NA SITUAÇÃO E O DONO DO ESTABELECIMENTO OU GERENTE (PERDE LICENÇA DO FUNCIONAMENTO).
AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA.
DIVULGAÇÃO DE CENA DE ESTUPRO OU DE CENA DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL, DE CENA DE SEXO OU PORNOGRAFIA: ART. 218-C
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, inclusive por meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia.

Pena: reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Em razão da complexidade e da extensão do tipo, apesar da existência de muitos pontos em comum, é possível se constatar a existência de três crimes distintos: o crime de divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, o crime de divulgação de cena com apologia ao estupro e o crime de divulgação de cena de sexo ou de pornografia.
-BEM JURÍDICO: DIGNIDADE SEZUAL DA VÍTIMA QUE É VIOLADA PELA DIVULGAÇÃO DAS CENAS
-CRIME SUBSIDIÁRIO: SE APLICA SOMENTE EM CASOS DE NÃO CONSTITUIR CRIME MAIS GRAVE.
A) Se o agente invadir dispositivo de informática alheio, conectado ou não a rede de internet, violando mecanismo de segurança para obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização configura o crime do Art. 154-A do CP.
B) Se a vítima é criança ou adolescente se aplica os crimes os crimes do Art. 241 e Art. 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente.
- TIPO ALTERNATIVO MISTO: BASTA PRATICAR UM DOS VERBOS PARA REALIZAÇÃO DA CONDUTA.
- OBJETOS MATERIAIS DO CRIME: FOTOGRAFIA, VÍDEO OU REGISTROS AUDIOVISUAIS, DEVE CONTER CONTEÚDO DE CENDA DE ESTUPRO SIMPLES OU DE VUMNERÁVEL, CENAS DE APOLOGIA OU QUE INDUZA A PRÁTICA DOS DELITOS ACIMA CITADOS, CENAS DE SEXO, NUDEZ OU PORNOGRAFIA SEM O CONSENTIMENTO.
-S ATIVO: QUALQUER PESSOA, CRIME COMUM.
-S PASSIVO: QUALQUER PESSOA.
MODO EXECUTÓRIO: QUALQUER MEIO, INCLUSIVE POR COMUNICAÇÃO EM MASSA.
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA COM A PRÁTICA DE UMA OU MAIS CONDUTAS DESCRITAS NO TIPO, CRIME FORMAL.
Admite-se a tentativa, quando iniciada a execução, o crime não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA: 1/3 a 2/3 SE O CRIME É PRATICADO POR AGENTE QUE MANTÉM OU TENHA MANTIDO RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO COM A VÍTIMA OU COM FIM DE VINGANÇA E HUMILHAÇÃO.
Excludente de Ilicitude: O agente não comete o crime quando reunidos os seguintes requisitos:
A) a publicação é de natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica;
B) adota recursos que impossibilite a identificação da vítima;
C) obtém a prévia da vítima autorização, caso seja maior de 18 anos.
CAPÍTULO V: Do Lenocínio e do Tráfico de Pessoas para Exploração Sexual.
LENOCÍNIO: TODA AÇÃO QUE VISA FACILITAR OU PROMOVER A PRÁTICA DA PROSTITUIÇÃO DE PESSOAS OU DELA TIRAR PROVEITO.
O CRIMINOSO ATUA COMO INTERMEDIADOR, FORNECEDOR, AUXILIA A LIBIDINAGEM ALHEIA.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: CRIMES QUE TUTETAL A DIGNIDADE SEXUAL DA VÍTIMA E A MORALIDADE SEXUAL DA SOCIEDADE.
MEDIAÇÃO PARA SERVIR A LASCÍVIA DE OUTREM
Art. 227 – Induzir alguém a satisfazer a lascívia de outrem:
Pena – reclusão, de um a três anos.
CRIME COMUM, MATERIAL, DE FORMA LIVRE, INSTANTÂNEO, COMISSIVO (EM REGRA), UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
-NÚCLEO DO TIPO: LENOCÍNIO
-S ATIVO E PASSIVO: qualquer pessoa. Se a vítima for maior de 14 (catorze) ou menor de 18 (dezoito) anos, o crime será qualificado (art. 227, § 1º). Também incidirá a qualificadora se o agente é, em relação à vítima, seu ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins de educação, de tratamento ou de guarda. O terceiro beneficiado pela conduta do proxeneta não responde pelo delito.
Pessoa determinada: Uma característica fundamental do delito de mediação para servir à lascívia de outrem, inserida no núcleo do tipo, é que a pessoa ofendida – vítima – seja determinada. (TJMG, Ap. Cr. 0698132-88.2004.8.13.0479, Relatora Desembargadora Jane Silva, j. 16.06.2005).
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA NO MOMENTO QUE A VÍTIMA PRATICAR O ATO COM O INTUITO DE SATISFAZER OUTREM (MATERIAL) A MERA CONDUTA DE INDUZIR NÃO CONFIGURA.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
FORMAS QUALIFICADORES: INCISOS 1,2 E 3.
FAVORECIMENTO DA PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE EXPLORAÇÃO SEXUAL
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir ou dificultar que alguém a abandone:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.
§ 2º – Se o crime, é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude:
Pena – reclusão, de quatro a dez anos, além da pena correspondente à violência.
§ 3º – Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.
CRIME COMUM, MATERIAL, DE FORMA LIVRE, INSTANTÂNEO OU PERMANENTE, COMISSIVO, UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
-TIPO PENAL MISTO ALTERNATIVO.
-S ATIVO E PASSIVO: QUALQUER PESSOA (COMUM).
SE FOR MENOR DE 18 ANOS RESPONED AO 218-B DO CP
PESSOA JÁ PROSTITUÍDA É ATÍPICO, O TIPO PENAL FOCA EM IMPEDIR O INGRESSO NO INDIVÍDUO NA PROSTITUIÇÃO.
-CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: se não houver habitualidade da prostituição, o crime do art. 218-B ficará na esfera da tentativa. De qualquer forma, seja qual for o posicionamento adotado, algo não se discute: para a consumação do delito, não é necessário que a vítima venha a, de fato, ter relações sexuais, bastando a oferta à prostituição. (SEGUNDO CAPEZ).
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONAADA.
FORMAS QUALIFICADORAS: INCISOS ACIMA.
CASA DE PROSTITUIÇÃO
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
CRIME COMUM, FORMAL, DE FORMA LIVRE, COMISSIVO (EM REGRA), HABITUAL, UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
-BEM JURÍDICO: LIBERDADE SEXUAL, MORALIDADE.
NÚCLEO DO TIPO: MANTER ESTABELECIMENTO.
NÃO É NECESSÁRIO A INTENÇÃO DE LUCRO PARA A PRÁTICA.
SUJEITO ATIVO: QUAM MANTEM A CASA, QUALQUER PESSOA.
SUJEITO PASSIVO: A COLETIVIDADE (CRIME VAGO).
CONSUMAÇÃO: CRIME HABITUAL E PERMANENTE, SE EFETIVA COM A MANUTENÇÃO DO ESTABELECIMENTO NÃO PRECISA DOS ENCONTROS SEXUAIS, NÃO ADMITE TENTATIVA.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
O TERCEIRO CITADO NO CAPUT PRECISA TER CONHECIMENTO DA OCORRÊNCIA.
RUFIANISMO
Art. 230 – Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de 14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 2o Se o crime é cometido mediante violência,grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da vítima:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.
RUFIÃO É AQUELE QUE VIVE A EXPENSAS DE PESSOA, TIRA SUA SOBREVIVÊNCIA DA LIBIDINAGEM ALHEIA, OU AQUELE QUE PARTICIPA DO COMÉRCIO SEXUAL OU RECEBE LUCROS DESSA ATIVIDADE.
CRIME COMUM, MATERIAL, DE FORMA LIVRE, COMISSIVO (EM REGRA), HABITUAL, UNISSUBJETIVO E PLURISSUBSISTENTE.
-NÚCLEOS DO TIPO: CAFETÃO E GIGOLÔ
Distinção entre o rufião e o proxeneta: o proxeneta é o intermediador de encontros sexuais (ex.: art. 227 do CP), bem como quem mantém local apropriado à prática da exploração sexual. O rufião (gigolô ou cafetão), por outro lado, é aquele que tira vantagem, habitualmente, da prostituição alheia, sem que influencie a vítima a continuar se prostituindo.
-SUJEITO ATIVO E PASSIVO: COMUM (QUALQUER PESSOA), o passivo, no entanto, é a pessoa já prostituída. Caso o agente alicie alguém à prostituição, o crime será o do art. 228 do CP (se menor de 18 anos, o do art. 218-B).
-CONSUMAÇÃO: MATERIAL, PRECISA TIRAR PROVEITO ECONÕMICO, É HABITUAL POIS A CONDUTA DEVE SER REITERADA.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
A LEI 13344 DE 2016 REVOGOU OS TIPOS PENAIS DOS ARTIGOS 231 E 231-A DO CÓDIGO PENAL, E INTRODUZIU O ART. 149-A.
Art. 149-A, Inciso V: Agenciar, aliciar recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de exploração sexual.
OBJETIVIDADE JURÍDICA: Esse crime protege a própria condição humana, a dignidade da pessoa humana, repudiando o comércio e o tráfico de pessoas, como se fossem objetos, reprimindo ações de exploração sexual de pessoas.
Tipo Misto Alternativo: condutas múltiplas.
Modo de execução: mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso
Sujeito Ativo: Qualquer Pessoa. Crime Comum. O Traficante sexual é aquele que traz pessoas de outros lugares para serem exploradas sexualmente.
A vítima é qualquer pessoa. Sua anuência ou o consentimento não exclui esse crime.
Crime Doloso. Dolo Específico. No caso é a vontade consciente de realizar a exploração sexual.
Consumação. Crime formal. Consuma-se no momento que se pratica os verbos do tipo penal, não precisando do resultado.
PROMOÇÃO DE MIGRAÇÃO ILEGAL
Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa
-BEM JURÍDICO: SOBERANIA NACIONAL, PROTEÇÃO DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMADA, PROTEGE O DIREITO DOS IMIGRANTES.
-SUJEITO ATIVO E PASSIVO: CRIME COMUM, PASSIVO É O DETENTOR DA POLÍTICA MIGRATÓRIA É O ESTADO QUE É SUJEITO PASSIVO.
QUALQUER MEIO, VÁRIAS FORMAS.
CRIME DOLOSO, CONSUMA-SE COM A DESLOCAÇÃO ILEGAL DAS FRONTEIRAS DOS PAÍSES.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR ATO OBSCENO
Art. 233. Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público.
Pena: detenção, de três meses a um ano, ou multa.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: MORALIDADE PÚBLICA E O PUDOR PÚBLICO (QUESTÕES SEXUAIS).
CRIME COMISSIVO, DOLOSO, COMUM, VAGO, MATERIAL.
-SUJEITO ATIVO E PASSIVO: CRIME COMUM, PASSIVO É A COLETIVIDADE, Crime Vago. O crime é vago quando a vítima é um ente despersonalizado, que não tem personalidade jurídica.
-CONSUMAÇÃO: CONSUMA-SE COM A SIMPLES PRÁTICA DO ATO OBSCENO, CRIME DE MERA CONDUTA, NÃO PRECISA TER PESSOAS PARA ASSISTIR.
INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO (2 ANOS)
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
ESCRITO OU OBJETO OBSCENO
rt. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público qualquer dos objetos referidos neste artigo;
II - realiza, em lugar público ou acessível ao público, representação teatral, ou exibição cinematográfica de caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que tenha o mesmo caráter;
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público, ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsceno.
-BEM JURÍDICO: MORALIDADE E PUDOR PÚBLICO.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER UM, CRIME COMUM.
-SUJEITO PASSIVO: A COLETIVIDADE E O BEM TUTELADO É O PÚBLICO.
- ELEMENTO OBJETIVO: A COISA OBSCENA DIRIGIDA Á LASCÍVIA, ETC.
- ELEMENTO SUBJETIVO: QUALQUER PESSOA
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA NO MOMENTO PELA PRÁTICA.
TÍTULO VII- DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA
CAPÍTULO I- DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO.
CONCEITO: pode-se definir a família por todas aquelas pessoas ligadas por um vínculo de sangue, ou seja, todas aquelas pessoas provindas de um tronco ancestral comum. Mas no sentido restrito, entende-se como família o conjunto de pessoas compreendidas pelos pais e sua prole, ou por qualquer dos pais e seus descendentes (§4º do art. 226 da CF). A família não tem personalidade jurídica, havendo alguns autores que a consideram como pessoa moral. Em rigor, ela é encarada pelo legislador como uma instituição, responsável pela perpetuação do gênero humano, preparando as pessoas para a vida em sociedade.
BIGAMIA
Art. 233. Contrair alguém, sendo casado, novo
casamento. Pena: - reclusão, de dois a seis
anos.
CRIME SIMPLES, DOLOSO, PRÓPRIO, MATERIAL.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: O CASAMENTO MONOGÃMICO.
SÓ PODE CASAR NOVAMENTE SE O PRIMEIRO CASAMENTO FOR DISSOLVIDO 
§ 1º - Aquele que, não sendo
casado, contrai casamento com pessoa
casada, conhecendo essa circunstância,
é punido com reclusão ou detenção, de
um a três anos.
 COAUTORIA: A PENA É MENOR PARA O
SOLTEIRO QUE CONTRAI CASAMENTO COM PESSOA CASADA, CONHECENDO ESTE FATO.
CRIME BILATERAL.
SUJEITO ATIVO: PESSOA CASADA OU PESSOA SOLTEIRA, VIÚVA QUE CASA COM CASADO SABENDO QUE ELE OU ELA É CASADO.
SUJEITO PASSIVO: ESTADO, CÕNJUGE DO PRIMEIRO CASAMENTO OU CONJUGE DE BOA FÉ DO NOVO CASAMENTO.
-CONSUMAÇÃO: CONSUMA NO RESULTADO, OU SEJA, NO SEGUNDO CASAMENTO.
ADMITE-SE TENTATIVA NO CASO DE ALGUÉM IMPEDIR O CASAMENTO APÓS INICIALIZADO SUA CELEBRAÇÃO.
FALSIDADE IDEOLÓGICA VS BIGAMIA (BIGAMIA ABSORVE).
INDUZIMENTO A ERRO ESSENCIAL E OCULTAÇÃO DE IMPEDIMENTO
ART. 236: Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior.
Pena: detenção, de 6 meses a dois anos.
Norma penal em branco: é aquela que para ser aplicada necessita de um complemento, que se encontra em outra norma de igual ou inferior hierarquia jurídica da norma penal.
A norma penal se classifica em:
A) Norma Penal em Sentido Lato: é a norma que precisa de complemento que advém de outra norma de mesmo patamar da lei penal.
B) Norma Penal em Sentido Estrito: é a norma que precisa de complemento que advém de outra norma inferior a lei penal.
O artigo 236 é Norma Penal em Sentido Lato: o complemento está no Código Civil.
É aquele que se refere à pessoa do outro ou sobe suas qualidades essenciais.
Previsão do art. 1557 do Código Civil.
CRIME DE AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA: PARAGRAFO ÚNICO, DEPENDE DA QUEIXA DO CONTRAENTE.
É erro essencial:
A) o que diz respeito a identidade do outro cônjuge, sua honra e boa fama, tornando com o conhecimento do erro ulterior insuportável a vida em comum.
B) ignorância de crime anterior, que torne o conhecimento do fato insuportável a vida em comum.
C) ignorância de defeito físico irremediável ou de moléstia grave.
D) ignorância de doença mental que torne insuportável a vida comum.
EX: CASAR COM ASCENDENTE, DESCENTENDE.
SE OS DOIS CONTRAENTES CONHECEM O FATO O CRIME É 237.
CRIME COMISSIMO, DOLOSO, COMUM, MATERIAL.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: TUTELA A CONSTITUIÇÃO REGULAR DA FAMÍLIA POR MEIO DO CASAMENTO.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA CRIME COMUM.
-SUJEITO PASSIVO: O ESTADO E TAMBÉM O OUTRO CONTRAENTE DO CASAMENTO ENGANADO.
-CONSUMAÇÃO: MATERIAL, COM A REALIZAÇÃO DO CASAMENTO,ADMITE-SE TENTATIVA.
CONHECIMENTO PRÉVIO DE IMPEDIMENTO.
ART. 237: Contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta.
Pena: detenção, de 3 meses a 1 ano.
-CRIME COMUM, NORMA PENAL EM BRANCO, COMISSIVO, DOLOSO, MATERIAL.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: A REGULARIDADE FORMAL DO MATRIMÕNIO.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA, CRIME COMUM, SE OS DOIS SABEM COAUTORIA.
-SUJEITO PASSIVO: O ESTADO E O OUTRO CONJUGE QUE DESCONHECE.
É uma norma penal em branco. Precisa de complemento: Impedimento que cause nulidade absoluta no casamento. Art. 1521 do Código Civil.
NORMA SUBSIDIÁRIA EM RELAÇÃO AO TIPO PENAL DO ART 256 DO CP.
-CONSUMAÇÃO: COM O EFETIVO CASAMENTO.
INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.
SIMULAÇÃO DE AUTORIDADE PARA A CELEBRAÇÃO DE CASAMENTO
Art. 238. Atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento.
Pena: detenção, de um a três anos, se o fato não constitui crime mais grave.
CRIME COMUM, DOLOSO, MATERIAL, COMISSIVO POR OMISSÃO
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: TUTELA A REGULARIDADE DO CASAMENTO
É SUBSIDIÁRIO POIS APLICA-SE SOMENTE SE NÃO EXISTIR CRIME PRIMÁRIO É um delito de usurpação de função especial, como pena superior do crime de usurpação de função pública do art. 328 do Código Penal.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA, CRIME COMUM
-SUJEITO PASSIVO: O ESTADO E O CONTRAENTE DE BOA FÉ.
-CONSUMAÇÃO: É NECESSÁRIO ENGANAR ALGUÉM, CONSUMA-SE NO MOMENTO DA CELEBRAÇÃO DE CERIMONIA E ADMITE TENTATIVA.
SIMULAÇÃO DE CASAMENTO
Art. 239. Simular casamento mediante engano de outra pessoa.
Pena: detenção, de 1 a 3 anos, se o fato não constitui elemento de crime mais grave.
CRIME DOLOSO, COMUM, MATERIAL.
AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: TUTELA A REGULARIDADE FORMAL DO CASAMENTO.
-CRIME SUBSIDIÁRIO: Pode constituir crime mais grave, como por exemplo, violação sexual mediante fraude do art. 215.
É INDISPENSÁVEL A UTILIZAÇÃO DE MEIO ENGANOSO PARA A PRÁTICA DO CRIME.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA QUE SIMULE, OS QUE PARTICIPAM TENDO CIENCIA DA SIMULAÇÃO RESPONDEM EM CONCURSO COMO PARTÍCIPE.
Entende parte da doutrina que se os dois contraentes simulam o casamento, não se configura este crime, pois o engano do outro contraente é indispensável.
A simples representação de casamento para pregar uma peça nos amigos, não é suficiente para configurar este crime.
-SUJEITO PASSIVO: ESTADO E PESSOA ENGANADA.
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA NO MOMENTO DA EFETIVA REALIZAÇÃO DA SIMULAÇÃO, MATERIAL, ADMITE-SE TENTATIVA.
CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILICIAÇÃO
tutela a regular formação da família, em especial o a segurança do estado de filiação, como a paternidade, a maternidade e a própria condição de filhos, e a fé pública dos documentos públicos.
Art. 241. Promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente. Pena: reclusão, de dois a seis anos.
AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA
CRIME COMUM, MATERIAL, COMISSIVO POR OMISSÃO, DOLOSO.
-BEM JURÍDICO: PROTEGER O INTERESSE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO REGULAR DA FAMÍLIA, PROTEGER O ESTADO DE FILICAÇÃO.
-SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA, INCLUSIVE PESSOA ESTRANHA A FAMÍLIA DOS QUE SÃO APONTADOS COMO PAIS DA PESSOA INEXISTENTE, OFICIAL DE REGISTRO PODE PRATICAR O CRIME
PARTÍCIPE: TESTEMUNHAS, MEDICO DO ATESTADO.
-S PASSIVO: O ESTADO, QUALQUER PESSOA QUE O REGISTRO GERA DANOS.
falsidade material e ideológica integra a conduta do agente.
Exemplo: registrar filho de mulher que não teve o parto, ou registrar filho que não nasceu vivo como fosse vivo.
- CONSUMAÇÃO: CRIME MATERIAL, MOMENTO DA INSCRIÇÃO.
Admite-se a tentativa quando realizada a declaração, o oficial desconfia e não faz o registro.
Em razão do princípio da especialidade não se aplica a falsidade documental.
Na hipótese de ter ocorrido o nascimento e o estado civil do recém-nascido é alterado é crime de falsidade ideológica.
PARTO SUPOSTO, SUPRESSÃO OU ALTERAÇÃO DE DIREITO INERENTE AO ESTADO CIVIL DE RECÉM NASCIDO
Art. 242: Dar parto alheio como próprio (1) ; registrar como seu o filho de outrem (2) ; ocultar recém-nascido (3) ou trocá-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado (4) civil. Pena: reclusão, de dois a seis anos.
AÇÃO PENAL PUBLICA INCONDICIONADA
OBJETIVIDADE JURÍDICA: ESTADO DE FILIAÇÃO E REGISTROS PÚBLICOS.
(1): SUJEITO ATIVO: CRIME PRÓPRIO, NECESSARIAMENTE A MULHER, PASSIVO: CRIANÇA E O ESTADO, SE CONSUMA NO MOMENTO QUE É CRIADO UMA SITUAÇÃO QUE ALTERE O ESTADO CIVIL DO RECÉM NASCIDO.
(2): SUJEITO ATIVO: QUALQUER PESSOA E O PASSIVO SÃO OS INDIVÍDUPS LESADOS COM O REGISTRO E O ESTADO, SE CONSUMA COM A EFETIVA INSCRIÇÃO.
(3): SUJEITO ATIVO E PASSIVO: CRIME COMUM, PASSIVO ESTADO E O NASCIDO, SE CONSUMA COM A SITUAÇÃO MATERIAL OU FORMAL DE SUPRIMIR O ESTADO CIVIL DO NEONATO.
ADMITE-SE TENTATIVA.
Forma privilegiada: Parágrafo Único: Se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza. Pena: detenção, de um a dois anos, podendo o juiz deixar de aplicar a pena.
Houve casos de reconhecer erro de proibição afastando a culpabilidade, no registro de menor abandonado como filho próprio por motivo de reconhecida nobreza, que achava estar atuando licitamente.
SONEGAÇÃO DO ESTADO DE FILIAÇÃO
Art. 243: Deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil. Pena: reclusão, de um a cinco anos e multa.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
CRIME OMISSIVO, DOLOSO, FORMAL.
É necessário que o agente oculte a filiação do menor ou a altere, ou não a declare. O agente deixa o menor em asilo, não revelando a filiação ou lhe atribuindo filiação falsa.
DOLO ESPECÍFICO, FINALIDADE DE PREJUDICAR DIREITO INERENTE AO ESTADO CIVIL.
-S ATIVO: FILHO PRÓPRIO PODE SER PAI OU A MÃE, FILHO ALHEIO QUALQUER UM
-S PASSIVO: FILHO E O ESTADO.
-CONSUMA-SE COM O EFETIVO ABANDONO NO LOCAL E CONDIÇÕES PREVISTAS NO TIPO PENAL, VERIFICANDO A OCULTAÇÃO OU ALTERAÇÃO DO ESTADO CIVIL, FORMAL, ADMITE TENTATIVA.
CAPÍTULO III- DOS CRIMES CONTRA ASSISTÊNCIA FAMILIAR:
ABANDONO MATERIAL
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover à subsistência do cônjuge ou de filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo.
Pena: detenção, de um a quatro anos, e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no país.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
CRIME OSSIMIVO
-BEM JURÍDICO: TUTELA A PRESERVAÇÃO DA FAMÍLIA, RELATIVA AO AMPARO MATERIAL.
AMPARO MATERIAL ALIMENTOS E TODOS OS RECURSOS NECESSARIOS PARA UMA VIDA DIGNA.
TRÊS FIGURAS PREVISTAS:
1 PARTE: DEIXAR DE PROVER A SUBSISTÊNCIA
-SUJEITO PASSIVOT: CONJUGE, MENOR DE 18 ANOS OU INAPTO PARA TRABALHO, ASCENDENTE INVÁLIDO OU MAIOR DE 60 ANOS E O ESTADO.
2 PARTE: FALTAR COM O PAGAMENTO DE PENSÃO ALIMENTÍCIA.
3 PARTE: DEIXAR DE SOCORRER SEM JUSTA CAUSA.
PARAGRAFO ÚNICO: FORMA EQUIPARADA, Nas mesmas penas incide quem, sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive po abandono injustificado de emprego ou função, o pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.
-BEM JURÍDICO: ASSISTENCIA FAMILIAR E PROTAÇÃO Á FAMÍLIA.
SUJEITO ATIVO: CRIME PRÓPRIO, CONJUGES, GENITORES, ASCENDENTE OU DESCENDENTE, QUEM TEM DEVER DE SUSTENTO.
S PASSIVO: QUEM TEM DIREITO DE RECEBER SUSTENTO
CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA COM A SIMPLES RECUSA DO AGENTE, A SIMPLES OMISSÃO DOLOSA CONSUMA O CRIME, CRIME PERMANENTE RESULTADO SE ESTENDE COM O TEMPO.
EM CRIME OMISSO NÃO ADMITE TENTATIVA.
O crime de abandono material exige dolo próprio, não podendo ser confundido com mero inadimplemento da obrigação.
A justa causa configura a exclusão do crime.
O socorro dado por terceiros não exclui a responsabilidade do agente.
ENTREGA DE FILHO MENOR DE 18 ANOS A PESSOA INIDÔNEA.
Art. 245. Entregar filho menor de 18 anosa pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o menor fica moral ou materialmente em perigo.
 Pena: detenção, de um a dois anos
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: TUTELA O MENOR NO QUE SE REFERE A SUA CRIAÇÃO E EDUCAÇÃO.
-S ATIVO: CRIME PRÓPRIO, PAI, MÃE OU RESPONSÁVEL.
-S PASSIVO: MENOR DE 18.
CRIME DOLOSO.
-CONSUMAÇÃO: COM A ENTREGA DO MENOR A PESSOA INIDÕNEA.
É crime de perigo abstrato, independe da lesão, exige apenas a colocação em risco do menor de 18 anos.
Forma Qualificada: Parágrafo 1º. A pena é de um a quatro anos de reclusão, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o menor é enviado para o exterior. Dolo específico, que é a obtenção do lucro.
Forma Equiparada: Parágrafo 2º: Incorre, também, na pena do parágrafo anterior quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro. Neste caso se consuma com o auxílio para enviar o menor ao exterior.
ABANDONO INTELECTUAL
Art. 246. Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar. Pena: detenção de quinze dias a um mês, ou multa.
A obrigação legal está prevista nos artigos: 227 e 229 da Constituição Federal, no art. 55 do Estatuto da Criança e do Adolescente e no art. 1634 do Código Civil.
AÇÃO P P INCONDICIONADA
-BEM JURÍDICO: A FORMAÇÃO EDUCACIONAL
-S ATIVO: PAI, MAE OU RESPONSAVEL, CRIME PRÓPRIO.
-S PASSIVO: FILHO EM IDADE ESCOLAR 7 A 14 ANOS
CRIME DOLOSO
-CONSUMAÇÃO: OMISSIVO PRÓPRIO, SE CONSUMA COM A OMISSÃO POR TEMPO JURIDICAMENTE RELEVANTE.
PENA DE NATUREZA PECUNIÁRIA.
CAPÍTULO IV: Dos crimes contra o pátrio poder, tutela ou curatela.
A Expressão pátrio poder foi alterada por Poder Familiar, que pode ser conceituado como o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos país, em relação a pessoa e aos bens dos filhos não emancipados.
Art. 248: Induzir menor de 18 anos ou interdito, a fugir do lugar em que se encontre por ordem de quem sobre ela exerça autoridade; confiar a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador alguém menor de 18 anos ou interdito, ou deixar sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclama. Pena: detenção de um mês a um ano, ou multa.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA TUTELA OS DIREITOS DOS TÍTULOS DE PÁTRIO PODER, TUTELA E CURATELA.
1º) induzir: incitar que menor de 18 anos ou Interdito realize uma fuga, por seus próprios meios. Conduta Comissiva.
2º) confiar: entregar a outrem o incapaz, de modo arbitrário. Conduta Comissiva.
 3º) deixar de entregar o incapaz a quem é de Direito, sem justa causa. Conduta Omissiva.
CRIME DOLOSO, NAS 3 CONDUTAS É INDIFERENTE O CONSENTIMENTO DO INCAPAZ
-S ATIVO: CRIME COMUM, QUALQUER UM
-S PASSIVO: AQUELES QUE DETÉM O DIREITO AO EXERCÍCIO DO PODER FAMILIAR, DA TUTELA E DA CURATELA, OS PAIS, TUTORES E CURADORES, COMO TAMBÉM, O MENOR DE 18 ANOS OU INCAPAZ.
CONSUMAÇÃO: 
1) Induzimento a fuga: a consumação ocorre com a fuga, e não no simples convencimento. Crime se consuma no resultado. Crime material. Admite tentativa.
2) Entrega arbitrária: a consumação ocorre na entrega do incapaz a outrem. Crime de mera conduta. Admite tentativa.
3) Sonegação de incapaz: a consumação ocorre com a omissão, na não entrega. Crime de mera conduta. Não admite tentativa.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA. INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO.
SUBTRAÇÃO DE INCAPAZES:
Art. 249. Subtrair menor de 18 anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial. Pena: detenção, de dois meses a dois anos, se o fato não constitui elemento de outro crime.
Parágrafo 1º: O fato de ser o agente pai ou tutor do menor ou curador do interdito não exime de pena, se destituído ou temporariamente privado do pátrio poder, tutela, curatela ou guarda.
Na palavra pai também se entende a mãe.
-OBJETIVIDADE JURÍDICA: TUTELA A FAMILIA, OS DIREITOS DO PODER FAMILIAR, DA TUTELA, CURATELA E GUARDA DO MENOR
Para configurar o crime é preciso que a conduta inviabilize o poder, guarda ou vigilância do responsável.
O CONSENTIMENTO DO INCAPAZ É IRRELEVANTE, MAS HAVENDO O CONSENTIMENTO DO RESPONSÁVEL NÃO HÁ CRIME.
MODO EXECUTÓRIO: FORMA LIVRE, JUIZ LEVA EM CONSIDERAÇÃO A FORMA APENAS NA DOSIMETRIA DA PENA
CRIME DOLOSO.
-S ATIVO: QUALQUER UM, COMUM, PODE SER PAI, MÃE, ETC.
- S PASSIVO: PAIS, TUTORES E CURADORES E O MENOR DE 18.
-CONSUMAÇÃO: SE CONSUMA COM A EFETIVA SUBTRAÇÃO DO MENOR, CRIME MATERIAL.
TEM TENTATIVA.
Se o menor fugir sozinho e depois procurar a companhia do agente, não se constitui crime, pois não ocorreu a subtração.
Parágrafo 2º: No caso de restituição do menor ou do interdito, se este não sofreu maus tratos ou privações, o juiz pode deixar de aplicar pena.
CAUSA DE EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA.
CÁLCULO DE PENA MULTA: 
 1 PASSO: FIXA A QUANTIDADE DE DIAS MULTA
(10 DM – 360 DM).
2 PASSO: DEFINIR O VALOR EM REAIS DE CADA DIA MULTA:
MÍNIMO 1/30 DO SM.M – DM- R$ 40,40
MÁXIMO 5X SM – DMAX – R$ 6060,00
MULTA CALCULA: N DE DIAS X VALOR DO DIA MULTA
(10 DM – 360 DM) X (1/30 SM – 5X SM) 
EX: 360 X 6.060,00= R$ 2.181.600,00 MAIOR VALOR DE MULTA PENAL ATUALMENTE.
SE FOR PEQUENO PERANTE O PATRIMONIO DO CONDENADO PODE MULTIPLICAR ESSE VALOR EM ATÉ 3X.
RECLUSÃO: FECHADO, SEMI-ABERTO E ABERTO
DETENÇÃO: SEMI-ABERTO; ABERTO
PRISÃO SIMPLES: CONTRAVENÇÕES PENAIS.
DAS CONSEQUÊNCIAS:
CRIMES HEDIONDOS (LEI 8.072/90) ROL TAXATIVO.
CRIMES ASSEMELHADOS: TRÁFICO, TERRORISMO E TORTURA
1) SÃO INAFIANÇÁVEIS, NÃO CABE FIANÇA, MAS PODE TER LIBERDADE PROVISÓRIA
2) NÃO CABE ANISTIA, GRAÇA, INDULTO (PERDÃO COLETIVO, DO ESTADO)
3) PROGRESSÃO DIFERENCIADO ART 112 LEP
4) LIVRAMENTO CONDICIONAL – 2/3
5) PRISÃO TEMPORÁRIA 30 DIAS PRORROGADO DE 30.