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Abordagem e Prevenção de Infecções Odontogênicas

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INFECCÇÕES
· Infecção não necessita necessariamente de antibiótico (ex.: cárie, doença periodontal)
· Usar antibiótico por, no mínimo, 2 dias após a regressão completa dos sinais e sintomas. O uso de antibiótico por 7 dias é cultural.
· Se faz profilaxia quando não tem infecção 
· Usamos uma dose alta na profilaxia para matar a bactéria na entrada, fazendo com que esteja em alto nível plasmático na hora que a bactéria entrar. Quando for tratamento, utilizar dose usual
· O uso de antibiótico deve ser resolutivo
· Equilíbrio saúde-doença: patógeno não se sobrepõe ao hospedeiro. O paciente precisa ter capacidade de resolver o processo infeccioso, necessitando de nutrição, hidratação e repouso. O antibiótico não elimina isoladamente o processo infeccioso
PRINCIPIOS DA ABORDAGEM E PREVENÇÃO DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
· Microbiologia das infecções odontogênicas: sempre são infecções mistas, não somente uma bactéria que causa. Sempre o estreptococos vão estar preponderantes na boca (70%) e na pele são os estafilococos 
· As penicilinas são as melhores para matar estreptococos. Em infecções cutâneas, é melhor utilizar cefalosporinas 
· As bactérias entram por meio periapical ou periodontal.
· De acordo com a origem, as infecções têm comportamento diferente
PRINCÍPIO DA TERAPIA DAS INFECÇÕES ODONTOGÊNICAS
1) Determinar a gravidade da infecção (fazer história completa, exame físico, diferenciar se existe risco de celulite/abcesso). Celulite é o processo agudo, grave, sendo o início da agressão. O abcesso é quando o processo está cronificando, fazendo com que o hospedeiro se defenda
2) Avaliar o estado dos mecanismos de defesa do hospedeiro: defesas locais (barreira anatômica intacta e bactérias indígenas) e defesas humorais (imunoglobulinas e sistema complemento). As defesas celulares (fagócitos, granulócitos, monócitos e linfócitos) vão acabar com a infecção. 
3) Tratamento por dentista clínico ou especialista: critérios para encaminhamento: progressão muito rápida, dificuldade de respiração, dificuldade de deglutição e envolvimento dos espaços
4) Tratamento cirúrgico da infecção: remoção da causa (exodontia e endodontia). Nunca fazer exodontia em quadro agudo de infecção. A drenagem pode ser via canal ou via cirúrgica. Fazer incisão com lâmina e pegar uma pinça hemostática, abrindo em todas as direções. Em seguida, colocar dreno de látex (deixa a ferida aberta, irritando-a, gerando uma reação ao corpo estranho, atraindo muitos elementos de defesa. Dreno de Penrose). Suturar o dreno na ferida. Anestesiar alguns pontos da pele pra fazer drenagem. Sempre que for drenar, buscar o ponto mais inferior por causa da gravidade e com a característica mais estética possível. O dreno deve ficar 2 dias, porque depois o dreno vira caminho de entrada. Sempre que for abcesso anterior, vai ser do incisivo lateral por causa da curvatura. O curativo não pode ser com pressão (gaze e micropore). Em abcessos, dar penicilina (origem bucal) com metronizadol (anaeróbio). Se o paciente não melhora, pode ser ineficácia do antibiótico ou o paciente está com o sistema de defesa imunocomprometido 
5) Suporte médico para o paciente: comprometimento dos mecanismos de defesa. Cuidados pós-operatórios. Revisão clínica e controle laboratorial determina se o paciente esta melhorando ou não
6) Escolher e prescrever os antibitioticos aprorpriados: necessidade de administração. Uso rotineiro de terapia empírica
· Antibiótico para anaeróbios: metronidazol (flagil)
· Paciente hospitalar: que não consegue engolir e está com o sistema gastrointestinal está desidratado 
· Critérios para encaminhamento: temperatura corporal elevada (+ que 38º), trismo acentuado (menos que 10 mm de abertura), aparência tóxica, comprometimento das defesas
· Disseminação das infecções odontogênicas: quando o ápice do dente superior estiver mais alto que a inserção do musculo bucinador, esse abcesso vai para a gordura subcutânea. Quando o ápice estiver mais baixo que a origem do músculo, o músculo funciona como barreira e a infecção irá para boca (fundo de vestíbulo). No caso da mandíbula, quando o musculo está voltado para lingual, e o musculo milohiodeo estiver amis baixo que o ápice, a infecção irá para o pescoço. Se for para palatal, é so quando o ápice estiver virando muito para a palatina, como os incisivos laterais. Para ir para vestibular, tem relação com o bucinador e para ir para lingual é com o milohioideo
· Infecções em espaços faciais se disseminam com mais facilidade 
· Quando se tem celulite, se faz um procedimento de drenagem, criando um trajeto. Em casos de 3º molares, deixa o alvéolo aberto 
· Angina de Ludwig: celulite grave. Espaços faciais submandibular, sublingual, submentoniano. É bilateral e pode ser letal. A língua é projetada para anterior e o paciente fica obstruído. Frequentemente tem infecção de pericárdio e de pleura. Toda angina de Ludwig já foi uma lesão endodôntica de um molar inferior um dia

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