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Glicocorticoide� � Analgésic� Opioide� � Agonista� d� Histamin� GLICOCORTICOIDES Glândulas Suprarrenais Os glicocorticoides são hormônios produzidos nas glândulas suprarrenais. O hipotálamo libera o CRH (hormônio liberador de corticotrofina) para a hipófise que libera ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) para o córtex suprarrenal que produz: Glicocorticoides - cortisol ou cortisona: metabolismo dos carboidratos e proteína. Mineralocorticoides - aldosterona: equilíbrio hidroelétrico. Hormônios sexuais-androgênios adrenais: originam testosterona e estrógeno nos tecidos periféricos. Biossíntese de Glicocorticoides Os glicocorticoides endógenos são produzidos a partir de colesterol, capturado ou sintetizado. Os glicocorticoides sintéticos são produzidos a partir do ácido cólico, que pode ser obtido do gado ou de algumas plantas. O cortisol é responsável pela regulação de diversos processos metabólicos humanos. Sua forma sintética, a hidrocortisona, é usada no combate a inflamações e alergias. Farmacocinética Administração por via oral, IM, IV, via tópica e inalatória. Transportados no plasma ligados à alfa-globulina específica (pouca afinidade pela albumina). São moléculas pequenas: penetram nas células-alvo por difusão. Alcançam os receptores citoplasmáticos e chegam ao núcleo. Os corticosteroides são biotransformados no fígado e eliminados na urina. Classificação dos glicocorticoides: ● Ação curta(<12H) - Cortisona, hidrocortisona ● Ação intermediária (12-36h) - Prednisona, Prednisolona, Metilprednisolona ● Ação prolongada (>48h) - Dexametasona, Betametasona Farmacodinâmica Os glicocorticoides têm ação em quase todo o organismo, pois influenciam no funcionamento da maioria das células. Interagem com receptores citoplasmáticos específicos - formam um complexo que se dirige ao núcleo e parte do receptor se liga em porções específicas do genoma: mecanismo de transativação, com transcrição de genes que codificam mediadores anti-inflamatórios, como a lipocortina. A lipocortina inibe a enzima fosfolipase A2 do metabolismo do ácido araquidônico. Na transrepressão ocorre a inibição do fator nuclear NF-kB e do AP1, que são fatores essenciais na resposta inflamatória. Efeitos metabólicos Metabolismo dos carboidratos: Levam à hiperglicemia, atuando na absorção, no consumo periférico e na produção. Estimulam a gliconeogênese hepática a partir de aminoácidos provenientes da inibição da síntese proteica periférica. Metabolismo das proteínas: Inibem a síntese proteica nos tecidos periféricos. Estimulam o catabolismo proteico aumentando a concentração de aminoácidos que serão usados na gliconeogênese. Metabolismo dos lipídeos: Aumentam a lipólise através da inibição da síntese de ácidos graxos de cadeia longa. Liberação de ácido graxo e glicerol: substratos na gliconeogênese. Efeitos farmacológicos Ocorrem quando os glicocorticoides são administrados em doses superiores à quantidade produzida endogenamente. Efeitos - extensões daqueles produzidos fisiologicamente. As principais indicações são com base em seus efeitos anti-inflamatórios e imunossupressor: ● Casos de deficiência da suprarrenal congênita ou adquirida (doses de reposição) ● Terapia anti-inflamatória e imunossupressora: asma,hipersensibilidade, usos tópicos, imunossupressão ● Em neoplasias ● Inflamação: inibem ou retardam os passo do processo inflamatório por meio da redução de PGs e leucotrienos Efeitos colaterais Sistema imune: infecções em geral (redução de ativ. bactericida e fúngica) Aparelho digestivo: úlcera peptídica (risco potencializado quando associado com AINEs) Ocular: Catarata subcapsular e glaucoma (aumento da pressão intraocular) Cutâneo: Acne, pele fina e formação de púrpura (alteração na matriz intersticial, atrofiando o tecido subcutâneo) Outros: neurológicos, endócrinos, osteomusculares e circulatórios Síndrome de Cushing Conjunto de anormalidades clínicas resultantes de altas concentrações crônicas de cortisol ou glicocorticoides exógenos. Pode ser causada quando há uma hiperfunção da adrenal, seja por um adenoma/carcinoma adrenal, tumor hipofisário ou carcinoma de pequenas células pulmonares (secreção atópica de ACTH). O uso exagerado de glicocorticoides pode levar a síndrome de Cushing iatrogênica. Interações medicamentosas Considerações importantes A retirada abrupta da corticoterapia, principalmente se o uso for a longo prazo, está associada a um risco significativo de insuficiência de adrenal. A suspensão pode ser feita com um esquema de redução de 25% por semana, até alcançar níveis de substituição. A partir disso, mantém-se algum tempo o esquema em dias alternados, a fim de estimular a produção de hormônios pela suprarrenal, até que o medicamento possa ser retirado totalmente. ANALGÉSICOS OPIOIDES Ópio: mistura de substâncias (alcaloides) extraída da papoula - Papaver somniferum Opioide: qualquer composto natural, semissintético ou sintético que se ligue especificamente aos receptores opioides e possua propriedades similares às dos opioides endógenos. Opiáceo: qualquer opioide natural derivado do ópio (ex:Morfina). Peptídeos opioides Endorfinas, dinorfinas e encefalinas: neurotransmissores inibitórios no SNC Receptores opioides: Mi, Delta, Kappa e Sigma Funções relevantes: emoções e processamentos dos estímulos de dor, humor e estado de consciência A estimulação desses receptores pode suprimir a tosse e a respiração. Receptores Mi1: efeitos analgésicos e eufóricos dos opioides, encontrados no SNC Receptores Mi2: encontrados no SNC - envolvidos na depressão respiratória causada pelos analgésicos opioides e no trato GI - causando constipação. Classificação dos opioides Farmacocinética dos analgésicos opioides Podem ser administrados via: oral, parenteral, intratecal, IM e IV Opioides são bases fracas, sendo bem absorvidos no intestino delgado. Muitos opioides sofrem metabolismo de primeira passagem hepática e intestinal, resultando em baixa disponibilidade oral. A elevada lipossolubilidade dos opioides facilita a sua disponibilidade para a biofase (sítio efetivo), assim quanto maior a lipossolubilidade, mais rápido o início de ação. Os opioides são metabolizados no fígado em metabólitos ativos e inativos que são excretados na urina e bile. Mecanismo de ação dos opioides Os receptores opioides são ligados às proteínas G inibitórias. A ativação dessa proteína desencadeia uma cascata de eventos: ● fechamento de canais de cálcio voltagem dependentes ● redução na produção de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc) ● estímulo ao efluxo de potássio resultando em hiperpolarização celular Efeito final: redução da excitabilidade neuronal, resultando em redução da neurotransmissão de impulsos nociceptivos. Efeitos farmacológicos Receptores Mi - são responsáveis pela maioria dos efeitos opioides Efeitos colaterais - Receptores Mi e Sigma Principais efeitos farmacológicos: ● Analgesia ● Euforia e sedação ● Depressão respiratória e supressão da tosse ● Náuseas e vômitos ● Constrição pupilar ● Constipação intestinal ● Liberação de histamina Efeitos mais problemáticos: constipação e depressão respiratória. Agonistas Mi causam contração da musculatura lisa - paralisia espástica do intestino delgado. Analgésicos opioides O Tramadol é agonista parcial nos receptores Mi, que apresenta efeitos mínimos sobre os outros receptores opioides. Agonistas totais Mi: risco de dependência Metadona pode ser usada para aliviar sintomas de abstinência - agonista fraco e de ação longa Codeína e Tramadol: opioides fracos - menores problemas de dependência. Utilizados para dor moderada. Morfina: opioide forte. Utilizada para dor intensa ou refratária à farmacoterapia. O Antagonista competitivo Naloxona é usado em casos de intoxicação. Tolerância e dependência Tolerância ● Desenvolve em poucos dias ● Doses maiores são necessárias (em uso crônico) ● Acontece também para os efeitos colaterais ● Não ocorre na constipação, logo, o aumento da dose pode agravar esse efeito Dependência: síndrome de abstinência ● Dura dias ousemanas ● Agressividade, irritação, diarreia, perda de peso, coriza, piloereção, tremores… ANTAGONISTAS DA HISTAMINA Afetam mecanismos inflamatórios e alérgicos Antagonista do receptor H1 Ações: diminuem contração da musculatura lisa (brônquios, intestino,, mediadas pela histamina) 1ª geração: efeitos colaterais no SNC (sedação). Ex:Difenidramina, prometazina 2ª geração: Não alcançam o SNC. Ex: Cetirizina, terfenadina, loratadina
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