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4° SEMESTRE DA FACULDADE DE MEDICINA VANESSA LUDWIG FARMACOLOGIA MÉDICA I PSICOLOGIA CLÍNICA I PROPEDÊUTICA MÉDICA FISIOPATOLOGIA EPIDEMIOLOGIA II SAÚDE DA FAMÍLIA IV FARMACOLOGIA PR1 VANESSA LUDWIG FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO—NEUROTRANSMISSOR COLINÉRGICO FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO—NEUROTRANSMISSOR ADRENÉRGICO MEDICAMENTO: É um produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com a finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Estuda o que o organismo faz com o fármaco É o estudo da velocidade com que os fármacos atingem o sítio de ação e são eliminados do organismo, bem como dos diferentes fatores que influenciam na quantidade de fármaco a atingir seu sítio. Propriedades farmacocinéticas determinam: Duração da ação do fármaco Velocidade do início da ação Intensidade do efeito DESTINO DOS FÁRMACOS NO ORGANISMOS 1. ABSORÇÃO: PARA CHEGAR A CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA O FARMÁCO DEVE PASSAR POR ALGU- MA BARREIRA DADA PELA VIA DE ADMINISTRAÇÃO, QUE PODE SER: CUTÂNEA, SUBCUTÂNEA, RESPIRATÓRIA, ORAL, RETAL, MUSCULAR. OU PODE SER INOCU- LADA DIRETAMENTE NA CIRCULAÇÃO PELA VIA INTRAVENOSA, SENDO QUE NES- SE CASO NÃO OCORRE ABSORÇÃO. 2. DISTRIBUIÇÃO: UMA VEZ NA CORRENTE SANGUÍNEA O FÁRMACO, POR SUAS CARACTERÍSTICAS DE TAMANHO E PESO MOLECULAR, CARGA ELÉTRICA, pH, SOLUBILIDADE, CAPA- CIDADE DE UNIÃO A PROTEÍNAS SE DISTRIBUI PELOS DISTINTOS COMPARTI- MENTOS CORPORAIS, 3. METABOLISMO (BIOTRANSFORMAÇÃO): MUITOS FÁRMACOS SÃO TRANSFORMADOS NO ORGANISMO POR AÇÃO ENZIMÁ- TICA. PODE CONSISTIR EM DEGRADAÇÃO: OXIDAÇÃO, REDUÇÃO, HIDRÓLISE), OU EM SÍNTESE DE NOVAS SUBSTÂNCIAS COMO PARTE DE UMA NOVA MOLÉCU- LA (CONJUGAÇÃO). O RESULTADO DO METABOLISMO PODE SER A INATIVAÇÃO COMPLETA OU PARCIAL DOS EFEITOS DO FÁRMACO OU SEU AUMENTO E AINDA MUDANÇAS NOS EFEITOS DEPENDENDO DA SUBSTÂNCIA SINTETIZADA. ALGUNS FATORES ALTERAM A VELOCIDADE DA BIOTRANSFORMAÇÃO, TAIS COMO, INIBI- ÇÃO ENZIMÁTICA, INDUÇÃO ENZIMÁTICA, TOLERÂNCIA FARMACOLOGICA, IDA- DE, PATOLOGIAS, DIFERENÇA DE IDADE, SEXO E ESPÉCIE. A METABOLIZAÇÃO DO FÁRMACO PREOCUPA-SE EM IDENTIFICAR SE O MESMO SOFRERÁ OU NÃO EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM E SE PASSA PELO CICLO ENTERO-HEPÁTICO. 4. EXCREÇÃO: FINALMENTE, O FÁRMACO É ELIMINADO DO ORGANISMO POR MEIO DE ALGUM ÓRGÃO EXCRETOR. OS PRINCIPAIS SÃO RINS E FIGADO, MAS TAMBÉM SÃO IM- PORTANTES A PELE, AS GLÂNDULAS SALIVARES E LACRIMAIS. OCORRE TAMBÉM A EXCREÇÃO PELAS FEZES. FARMACODINÂMICA É O ESTUDO DOS EFEITOS BIOQUÍMICOS E FISIOLÓGICOS DO FÁRMACO E SEUS MECANISMOS DE AÇÃO Receptores A molécula do fármaco interage com uma molécula específica no sistema biológico para desencadear um efeito – o receptor Interação Fármaco-receptor “quanto mais restrita a distribuição celular do receptor-alvo de determinado fármaco, maior a probabilidade de o fármaco ser sele- tivo” “quanto maior a diferença nos mecanismos de acoplamento recepto- refetor entre os vários tipos de células que expressam determinado alvo molecular para um fármaco, mais seletivo tende a ser o fárma- co.’’ “ Receptores Farmacológicos “São estruturas moleculares que tem no organismo afinidade de inte- ragir com substâncias endógenas com função fisiológica, e que podem reagir com substâncias exógenas, com características químicas e es- truturais comparáveis às substâncias que ocorrem naturalmente no organismo.“ Denominados receptores ionotrópicos Participam principalmente da transmissão rápida Proteínas oligoméricas dispostas ao redor de um ca- nal. A ligação do ligante e a abertura do canal ocorrem em milissegundos Alguns exemplos: nAch, GABAA Receptores metabotrópicos A proteína G é uma proteína de membrana que consiste em três subunidades (abg). Existem vários tipos de proteína G, que interagem com diferentes receptores e controlam diferentes efetores. Alguns exemplos: mAch, adrenorreceptores Efetores controlados por proteínas G Duas vias chaves são controladas por receptores através de proteínas G. Ambas podem ser ativadas ou inibidas por ligantes farmacológicos. Via da adenilato ciclase/cAMP: - AC catalisa a formação do mensageiro in- tracelular cAMP - O cAMP ativa várias proteínas quinases, fosforilando de vá- rias enzimas, transportadores e outras proteínas. Via da fosfolipase C/trifosfato de inositol/ diacilglicerol: Catalisa a formação de dois mensageiros intracelulares - IP3 e DAG O IP3 aumenta a conc. intracelular de cálcio O - [ ] intracelular de cálcio desencadeia eventos como: contração, se- creção, ativação enzimática e despolarização de membrana. O DAG ativa proteína quinase C que controla muitas funções celulares. Regulação Celular das interações Fármaco-receptor Tipos de ligantes As drogas que atuam sobre os receptores podem ser agonistas (substância capaz de se ligar a um receptor celular e ativá-lo para provocar uma resposta biológica, uma determinada ação na célula) ou antagonistas (bloqueia a ação do agonista) do receptor. Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor TRANSMISSÃO Colinérgica: Acetilcolina (Ach) Receptores Colinérgicos: § Muscarínicos § Nicotínicos TRANSMISSÃO Adrenérgica Noradrenalina (NA) Adrenalina (A) Receptores Adrenérgicos: § alfa -adrenoceptores § beta -adrenoceptores Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Efeitos Colinomiméticos Principal ação envolve células efetoras autonômicas inervadas pelos nervos parassimpáticos pós-ganglionares Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Ativam os Receptores Muscarínicos e Nicotínicos -> Amplificadores da acetilcolina endógena Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Produzem efeitos primários por inibição da acetilcolinesterase -> Amplificadores da acetilcolina endógena Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Fármacos que mimetizam a ação da Ach (acetilcolina) liberada pela estimulação do SN Parassimpático Antagonistas Colinoceptores: MUSCARÍNICOS E NICOTÍNICOS Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Agonistas Seletivos dos receptores a1-adrenérgicos: Envolve a ativação dos recepto- res ⍺-adrenérgicos no músculo liso vascular; - Aumento da RVP; - Tratamento de pacien- tes hipotensos; Fenilefrina - Ativa receptores b em altas doses; Provoca acentuada vasoconstrição arteri- al; Usada como descongestionante nasal e midriático; Agonistas Seletivos dos receptores a2-adrenérgicos: Usados no tratamento da hipertensão arterial sistêmica; promove vasoconstrição; mas, - Suprime a ativação dos receptores nos centros de controle cardiovascular do SNC, reduz atividade SNA simpático; Clonidina - Testada como vasoconstritor – descongestionante nasal; Efeitos adversos - Boca seca e sedação; disfunção sexual; Síndrome de abstinência; Usos Terapêuticos - Tra- tamento da hipertensão; - Tratamento de diarreias em pacientes diabéticos; - Tratamento de suspensão de narcóticos, álcool e tabaco; - Ação sedativa, ansiolítica e analgésica pré- cirúrgico; Metildopa - Agente anti-hipertensivo; - Indicado parahipertensão gestacional; - Mecanis- mos semelhantes a Clonidina; Agonistas Seletivos dos receptores b2-adrenérgicos - Utilizados no tratamento da asma ou DPOC - Poucos efeitos b1 no coração; Ação curta Terbutalina; - Broncodilatador; - Duração efeito 3-6 horas; - Tratamento de longa duração de doença obstrutiva da via respiratória; Salbutamol: - adm por inalação ou via oral; Efeito persistente 3-4h; - Efeito broncodilata- dor; - Efeito cardiovascular fraco; Ação Longa Salmeterol - Efeitos > 12horas (ligação forte com sítio ativo); - Atividade anti-inflamatória; - Não deve ser usado mais de 2x dia; - Não usado para sintomas agudos de asma; - Efeitos adversos: aumento da FC e da glicose plasmática; tremores; Formoterol - Ação após minutos, que permanece por mais de 12h; - Indicada pra asma noturna; Efeitos adversos resultam da ativação excessiva dos receptores: - Tremor; - Ta- quicardia; - Via parenteral, podem aumentar a concentração de glicose; lactato e ácidos graxos livres; - Diminuição da concentração K+. - Inquietação, apreensão e ansiedade; Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Outros Agonistas Simpaticomiméticos Anfetaminas e Metanfetaminas - Estimulantes potentes dos receptores ⍺ e ⍺ periféri- cos; Sistema Cardiovascular: - Aumento da PA; Arritmias cardíacas; SNC – Aumenta a li- beração de NA e DA. - Potente estimulantes do SNC; - Estimula o centro respiratório bul- bar; - Estado de alerta, menos sensação fadiga; elevação do humor; autoconfiança; capa- cidade de concentração; euforia; - Aumento da atividade motora; analgesia; Anfetaminas Depressão do apetite - Perda de peso (redução da ingestão de comida); - Pequeno aumento da atividade metabólica; - Rápida tolerância na supressão do apetite; Toxicidade e efeitos adversos - Resultantes da superdosagem; - Inquietação, tontura, tre- mor, reflexos hiperativos, tensão, irritabilidade, fraqueza, insônia, febre e euforia. - Confu- são mental, agressividade, alterações libido, ansiedade, delírio, alucinações, ataque de pâ- nico, tendência suicidas; - Arritmias cardíacas, calafrios, dor, hipertensão ou hipotensão; - Intoxicação fatal: convulsão e coma, hemorragias cerebrais. Outros Agonistas Simpaticomiméticos Metilfenidato - Estrutura química das anfetaminas - Estimulante leve do SNC, mais proeminente com atividade mental e menos motora; - Altas doses, está associada a crises convulsivas. - Indicado para o Tratamento do TDAH e narco- lepsia; Efedrina - Intensifica a liberação de NE; - Estimula a FC, DC e a RVP; - Broncodila- tação e resistência ao fluxo de urina; Farmacologia do Sistema Nervo Autônomo e Somático Motor Antagonistas dos receptores a1-adrenérgicos Propriedades farmacológicas: - Inibe a vasoconstrição e redução da PA; - Aliviar sintomas da Hiperplasia prostática benigna (HPB): resistência a emissão da urina – antagonismos permite o relaxamento do músculo liso e diminui a resistência da emissão. Fármacos: - Prezosina; Terazosina; Doxazosina; Tansulosina; Efeito adversos: - Hipotensão postural e síncope; Antagonistas dos receptores a2-adrenérgicos Propriedades farmacológicas: - Regulação do SNA-simpático; - Redução da PA (vasodilatação); Ioimbina (Pausinystalia yohimbe) - Antagonista competitivo; - Produz elevação da PA (resposta reflexa); - Aumento da atividade sexual; Antagonistas dos receptores b-adrenérgicos - Importantes no tratamento da hipertensão; cardiopatias isquêmicas, Insuficiência Cardíaca Congestiva e arritmias. Efeitos no Sistema Cardiovascular - Reduzem a FC e contratilidade do miocárdio; - Na atividade simpática, atenuam a elevação esperada da FC; - Diminuição do DC e RVP (início do tratamento); - Redução do SRAA pelos receptores ⍺1-adrenérgico; Efeitos no sistema pulmonar - Pouco efeito sobre a função pulmonar; - Pacientes com DPOC pode favorecer a Broncoconstrição (fatal); Efeitos no metabolismo - Modificam o metabolismo de carboidratos e lipídeos; Efeitos adversos e precauções - Induzir Insuficiência cardíaca; - Bradicardia; - Risco de Morte súbita; - Risco de resistência das vias respiratórias (pacientes com asma e DPOC); - Fadiga, distúrbios do sono; - Retardar a recuperação da hipoglicemia por insulina; - Dis- função sexual; FARMACOLOGIA PR2 VANESSA LUDWIG ANTI-INFLAMATÓRIOS (INFLAMAÇÃO, FEBRE E DOR. ESTEROIDES E NÃO ESTEROIDES) FARMACOLOGIA DOS ANALGÉSICOS OPIOIDES Farmacologia dos AINEs A farmacologia dos anti-inflamatórios não esteroidais (não há componentes esteroi- dais hormonais), ou AINEs, é ampla e diversificada, mas sua função pode ser resumida de forma bastante precisa. Os AINES têm três efeitos principais: • analgésico, • antipiréticos, • anti-inflamatórios. Por esse motivo, os AINEs são usados em condições como cefaleia e enxaqueca, condições artríticas inflamatórias (espondilite anquilosante, artrite psoriática), dor pós-operatória, dor nas costas e gota -... INFLAMAÇÃO: FENÔMENO NATURAL E BENÉFICO Resposta protetora destinada a livrar os organismos tanto da causa inicial da injúria ce- lular quanto das consequências dela. As manifestações clínicas ou os sinais do processo inflamatório são: CALOR, RUBOR (eritema/ avermelhamento), EDEMA (inchaço), DOR e; PERDA DA FUNÇÃO (limitação funcional). Fisiologicamente: uma célula sofre lesão, o fosfolipídio de membrana metabolizado pela enzima fosfolipase A2, resultando em ácido araquidônico. Por sua vez, o ácido araquidônico pode ser metabolizado pelas enzimas cicloxigenases ori- ginando os prostanóides (as prostaglandinas que são, em sua maioria, vasodilatadoras e os tromboxanos (TXA2) que possui ação trombótica e vasoconstritora. EFEITOS SISTÊMICOS DA INFLAMAÇÃO FEBRE: • Elevação da temperatura de 1° a 4° graus na fase aguda. • Produzidas em resposta às substâncias: PIROGÊNIOS (metaboliza os microrganismos ocasionando a febre). *pirogênios exógenos: produtos bacterianos, lipossacarídeos (LPS) *pirogênios endógenos: IL-1 e TNF; • Libera Interleucina-1 e interferon-gama, aumentando a síntese da enzima ciclo- oxigenasse (metabolismo AA) • Estimula a síntese de PGs nas células vasculares e perivasculares do hipotálamo. DOR PRESENÇA DE LESÃO TECIDUAL, AUSÊNCIA DE LESÃO TECIDUAL LESÃO CEREBRAL OU NERVO/ DOR NEUROPÁTICA O TRATAMENTO FARMACOLÓGICO VISA AMENIZAR OU ELIMINAR A DOR Vale analisar: função do tipo e da duração da dor, ponderando os possíveis riscos e benefícios. PG -> CORNO DA MEDULA ESPINHAL -> EXCITABILIDADE NEURAL: 1. HIPERALGESIA: Aumento da sensibilidade a dor 2. ALODINIA: Dor causada por estimulo que normal- mente não provocaria dor. UTILIZA-SE PARA: ALIVIAR OS INTOMAS E PRESERVAR A FUNÇÃO RETARDAR OU DETER O PROCESSO RESPONSÁVEL PELA LESÃO TECI- DUAL. MECANISMO DE AÇÃO DOS AINES As drogas anti-inflamatórias não-esteroidais - compartilham um modo de ação comum, que envolve a inibição das enzimas ciclo oxigenases (enzima COX). A INIBIÇÃO DA COX É VITAL, SÃO AS ENZIMAS COX RESPONSÁVEIS PELA GERAÇÃO DE PROSTANOIDES (são potentes mediadores pró- inflamatórios, produzidos a partir da ativação da Cicloxigenase) - SUBSTÂNCIAS QUE CONSISTEM EM TRÊS COMPONENTES PRINCIPAIS: • Prostaglandinas - responsáveis por reações inflamatórias / anafiláticas • Prostaciclinas - ativas na fase de resolução da inflamação • Tromboxanos - mediadores da vasoconstrição USOS TERAPÊUTICOS: Efeito Anti-inflamatório: Diminuição da produção de prostaglandinas derivadas da COX-2, levando a diminuição da vasodilatação, edema e dor; Efeito Analgésico: Diminuição da dor (principalmente a inflamatória), diminuiçãode prostaglandinas que sensibilizam nociceptores da DOR (PGE2 e PGI2); Efeito antipirético/antitérmico: reduz a temperatura corporal patologicamente elevada, e tem como mecanismo de ação a inibição da produção das prosta- glandinas PGE2, produzida a partir de IL-1, no hipotálamo. Ácido Carboxílico Salicilatos: Ácido acetil salicílico (AAS); Ácido acético: diclofenaco, indometacina; Ácido propiônico: Ibuprofeno; naproxeno; cetoprofeno; Ácidos Enólicos Oxicanos: piroxicam; meloxicam; Pirazolônicos: Dipirona; Fenilbutazona; Sulfimpirazona; Fenamatos: ácido mefenâmico; ácido meclofenâmico; Paraminofenol: Paracetamol Derivados Fenoximetanossulfanilida: Nimesulida (maior seletividade COX2) • IMPORTANTE RESSALTAR: • Todos os AINEs, incluindo o AAS, têm eficácia aproximadamente igual; • Uso concomitante de AINEs; • São diferenciados com base na sua toxicidade e custo-eficiência. Ex.: ASS e Ibuprofeno são menos tóxicos; • Para pacientes com alto risco de sangramento GI, recomenda-se uso de Inibidor seletivo de COX-2; • Considerar: Eficácia, custo-eficiência, segurança e fatores individuais; Os AINES, dividem-se em: NÃO-SELETIVOS (inibem COX-1 e COX2) SELETIVOS para COX-2. INIBIDORES NÃO SELETIVOS DA COX (AINE- anti-inflamatório não es- teroidal): Geralmente bloqueiam as duas isoformas da COX em diferentes graus e reversivelmente. São eles: Salicilatos: promove a inibição irreversível das COX, sendo necessário fa- bricar novas enzimas. (muito utilizado como antitrombogênico para profi- laxia de problemas coronarianos vascular encefálico.) Essa inibição irreversível da COX1 das plaquetas se prolonga por aproxi- madamente 10 dias, até que novas enzimas sejam fabricadas (esse longo período se deve as plaquetas não terem núcleo). O AAS não é indicado para o tratamento de crianças de pouca idade (em infecções com febre), pois há uma hipótese de que cause a Síndrome de Reye (marcada por en- cefalopatia e esteatose hepática). Derivados do ácido Propiônico: ibuprofeno, naproxeno, cetoprofe- no, flurbiprofeno. O ibuprofeno é analgésico potente usado no tratamento de artrites e o na- proxeno é 20 vezes mais potente que o AAS e causa menos efeitos adver- sos gastrointestinais. Derivados do ácido acético: indometacina, sulindaco e etodolaco (indolacéticos); diclofenaco e cetocoralaco (fenilacéticos). Muito utilizados em distúrbios musculoesqueléticos e artrites. O cetocora- laco tem propriedades analgésicas fortes. Derivados do oxicam: piroxicam. É tão eficaz quanto AAS, naproxeno e outros, mas é mais bem tolerado, além de ter ação longa podendo ser utilizado uma vez ao dia. Derivados das sulfonanilidas: nimesulida. Causa pouca inibição sobre a COX1. Paracetamol (acetaminofeno): Tecnicamente não é um AINE. Tem efeitos analgésicos e antipiréticos, mas efeito insignificante como anti- in- flamatório. Produz um metabólito tóxico quando metabolizado pelas enzimas do citocromo P450 no fígado que normalmente é neutralizado pela glutationa, ou seja, é potencialmente hepatotóxico. Intoxicações por paracetamol podem ser tratadas com N-acetilsisteína. Inibidores da COX-2: Celecoxibe, Meloxicam, Etoricoxibe. Inibem aproximadamente 100 vezes mais a COX2 do que a COX1. Possuem as mesma propriedades anti-inflamatórias dos AINE, porém sem o efeito de inibi- ção plaquetária. Esse detalhe tem se mostrado cada dia mais perigoso e pesquisas recentes têm descoberto que os coxibes podem causar trombose, hipertensão e proble- mas cardíacos severos quando em utilização prolongada. A princípio teriam sido criados porque não causariam tantos problemas a mu- cosa gástrica como os AINE, mas isso também está em estudo e discussão e alguns como o rofecoxibe e o valdecoxibe já foram retirados do mercado. X EFEITOS ADVERSOS DO USO DE ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS Irritação gástrica: Mediada pela inibição da COX-1, que inibe a síntese de prostaglandinas que atuam na produção de muco, atuando como protetores gástricos; Fluxo renal comprometido: Por inibir a PGE2 e PGI2 e por consequência di- minuir a vasodilatação. Efeito adverso importante para pacientes susceptíveis a insuficiência renal Tendência a prolongar o sangramento: Por inibição da função plaquetá- ria mediada por inibição da COX Plaquetária SALICILATOS ÁCIDO ACETIL-SALICÍLICO—ASS -> ANTI-INFLAMATÓRIO, ANTITÉRMICO E ANALGÉSICO -> ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO Clínica: analgesia (dores leves e moderadas), cefaleia, dismenorreia, mialgia, artralgias, neuralgias, desconforto pós-operatório; pós-parto. Procedimento ortopédico. O EFEITO GERA UMA INIBIÇÃO DA COX— IRREVERSÍVEL (dependente da rotatividade da cox, nos diferentes tecidos) Ex: plaquetas: 8 a 12 dias. Ex: prevenção de infarto do miocárdio Farmacocinética: Absorção VO (estômago e intestino delgado) Níveis plasmáticos em 30min; pico em 2 hrs Fatores que influenciam na absorção: Composição, velocidade de desintegração e dissolução, alimentos, ph, tempo de esvaziamento gástrico. Constante de dissociação (pKa = 3,5) Forma ionizada e não ionizada. Distribuição Livres e ligados a proteínas plasmáticas (albumina). PIROXICAN E TENOXICAM são inibidores não-seletivos da COX, que em, altas concen- trações, inibem a migração dos leucócitos, diminuem a produção de radicais de oxigênio e inibem a função leucocitária. Em comum: meia vida longa Eficácia Perfil de toxicidade INIBEM A COX, o que diminui a sensibilização de nociceptores. Mefenâmico é menos eficaz que o ASS, porém é mais tóxico. DOSES ALTAS DE ACETAMINOFENO ESTÃO RELA- CIONADAS COM A HEPATOTOXIDADE, PODENDO CAUSAR DEGENERAÇÃO DOS HEPATÓCITOS E IN- SUFICIÊNCIA HEPÁTICA GRAVE. COX1 COX2 CONSTITUTIVO (já está presente no organismo) * ANALGÉSICO * ANTI-PIRÉTICO -> antiagregante plaquetário INDUTIVO (precisa ocorrer uma inflamação LOCAL) * ANTI-INFLAMATÓRIO -> age diretamente na inflamação -> PRINCIPAIS: AAS Dipirona -> PRINCIPAIS: ANTI-INFLAMATÓRIO NÃO ESTERÓIDES *não hormonais Indicação: São utilizados com o fim de amenizar as do- res menos intensas e mais corriqueiras, mas durante um período de tempo curto. Ação: Agem, primordialmente, na inibição da enzi- ma ciclo-oxigenase, diminuindo a formação de precursores das prostaglandinas e dos tromboxanos a partir do ácido araquidônico. Igualmente, podem diminuir a ação destes mediadores no termostato hipotalâmico e nos receptores de dor (nociceptores). Exemplos: Ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e dipirona sódica. ANTI-INFLAMATÓRIO ESTERÓIDES *hormonais Indicação: Principalmente entre as doenças como as- ma e as inflamatórias autoimunes. Ação: São usados a fim de inibir as prostaglandi- nas e proteínas ligadas ao processo infla- matório. Exemplos: Corticoides. ANTI-INFLAMATÓRIO ESTERÓIDES (corticoides, corticosteroides ou glicocorticoides) agem semelhantemente ao cortisol endógeno, hormônio relacionado com o meta- bolismo da glicose e das proteínas, além de sua função antagonistadas respos- tas imunológicas e inflamatórias. Os glicocorticoides tornaram-se agentes importantes no tratamento de numerosos distúrbios inflamatórios, reumatológicos, alérgicos, hematológicos, dentre tantos outros. O HIPOTÁLAMO é o principal responsável por iniciar a cadeia de sinais que estimulam, por fim, o córtex da suprarrenal a secretar os respectivos hormônios de cadazona do mesmo. Por meio do fator liberador de corticotropina (CRF ou CRH), estimula grupos es- pecíficos de células produtoras de hormônios da adeno-hipófise, lobo anterior da glândula hipófise. Através deste estímulo, a adeno-hipófise passa a sintetizar ese- cretar o hormônio adreno corticotrófico (ACTH). Este hormônio, em nível do córtexda adrenal, estimula todas as células produtoras de hormônios das três zonas desta regi- ão. O próprio ACTH (seja ele endógeno ou exógeno), quando em excesso, tem a capaci- dade de inibir a secreção de CRF/CRH pelo hipotálamo, por meio da alça curta de feed- back negativo (ou retro alimentação negativa). SECREÇÃO DO CORTISOL: CRH E ACTH. CÓRTEX SUPRAREENAL -função: secretar hormônios esteroides (ALDOSTERONA. GLICOCORTICÓIDES, HORMÔNIOS SEXUAIS) GLICOCORTICOIDES SUPRARRENAIS (principal cortisol endógeno, é responsável pelo metabolismo da glicose e de proteínas. Trata-se de um “hormônio contra-insulínico” (hiperglicemiante), pois favore- ce a gliconeogênese. É produzido pelas células da zona fasciculada do córtex da medula da adrenal. Pacientes que fazem uso prolongado de corticoides exógenos podem desenvolver diabetes por cau- sa da ação hiperglicemiante deste hormônio.) CORTISOL Conhecido como o hormônio do estresse. É essencial a vida. Efeito global catabólico Principal efeito metabólico: protetor contra a hipoglicemia ‘’EFEITO PERMISSIVO’’: libera glucagon e catecolamina. A liberação maior ocorre pela manhã. VIA DE CONTROLE: Eixo Hipotalâmico-Hipofisário-adrenal (HPA) -> estimulado por um momento de estresse ou ritmo circadiano. Via de ativação: -> quando estimulado libera hormônio liberador de corticotrofina (CRH), por conseguinte estimula Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) ocorrendo a libe- ração de cortisol. Inicío de ação: 60 a 90 minutos após liberação. Transportados por proteínas carreadoras: chamada globulina ligadora de corticosteroides (CBG ou transcortina) Atua na célula-alvo: altera a expressão gênica, a transcrição e a tradução. ATUAM NO CONTROLE DA DOR, tratar. PROVEM DA SUBSTÂNCIA ‘’ÓPIO’’ a qual tem por função: insensibilização da dor -> controle descendente da dor PAG (SUBSTÂNCIA CINZENTA PERIAQUEDUTAL), NRPG (NÚCLEO PARAGIGANTOCELULAR RETICU- LAR), NMR (NÚCLEO MAGNO DA RAFE), LC (LOCUS CERULEUS), DLF (FUNÍCULO DORSOLATERAL) OPIOIDES são usados como analgésico, antidiarreiro, euforizante e ati- tussígeno. Não possuem efeito teto. -> OS RECEPTORES OPIOIDES FAZEM PARTE DO SISTEMA OPIOIDE ENDÓGENO, QUE INCLUI UM GRANDE NÚMERO DE PEPTÍDEOS OPIOIDES LIGANTES (ENCEFALINAS, ENDORFINAS E DINORFINAS) QUE PARECEM POSSUIR O PAPEL FI- SIOLÓGICO DE NEUROTRANSMISSORES, NEUROMODULADORES E NEURORMÔNIOS. PRINCIPAL RECEPTOR PARA A MORFINA, ENVOLVIDO TANTO NA PERCEPÇÃO QUANTO NO LADO EMOCIO- NAL DA DOR RECEPTORES INIBIDORES DOS CENTROS DA TOSSE, RESPIRAÇÃO, TGI. NÍVEL MEDULAR, AFERÊN- CIA ALGICA. Vias da dor X Vias da dor Sedação x Hipnose -Aliviar -Apagar Não perde a consciência -Perde a consciência VIA DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBICA: CONECTA ÁREAS ESPECÍFICAS DO CÉREBRO EN- VOLVIDAS COM A MOTIVAÇÃO, E É RECONHECIDO COMO A VIA RELACIONADA COM O COMPORTA- MENTO NORMAL DE RECOMPENSA. CODEÍNA: usado no tratamento da dor de leve à moderada e como antitússico - A codeína apresenta dois efeitos principais, o anti- tussígeno e o hipnoanalgésico, sendo considerada uma morfina moderada usada apenas em casos de dores de baixa intensidade. -> CODEÍNA, não possuiu relação com a ação analgé- sica. https://www2.ibb.unesp.br/Museu_Escola/2_qualidade_vida_humana/Museu2_qualidade_saude_drogas.htm#recompensa USOS TERAPÊUTICOS EFEITO EMÉTICO: provoca vômito DIAGNÓSTICO NA INTOXICAÇÃO POR OPIÓIDES -> MIOSE (constrição pupilar) SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO + OPIÓIDES EFEITOS ADVERSOS TEM POR FUNÇÃO BLO- QUEAR OS RECEPTORES OPIOIDES, IMPEDINDO OPIOIDES ENDÓGENOS DE ATUAR, SERVINDO ASSIM COMO ANTÍDOTOS. NALOXOMA: USADOS EM CASOS DE OVERDOSE PARA EVI- TAR DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA FATAL. USADA TAMBÉM PARA VERIFICAR DEPENDÊNCIA DE OPIOIDES -> SE SIM, CAUSA SÍNDROME FÍSICO DE DEPRIVA- ÇÃO IMEDIATAMENTO. TIPO DE FÁRMACO ANTI-HISTAMÍNICOS NÃO ESTEROIDES ANTI-HISTAMINICOS ESTEROIDES OPIÓIDES AÇÕES ACIDOS ORGÂNICOS FRACOS USADOS PRA TRATAR SINTOMAS DA INFLAMAÇÃO E DOR. AÇÕES: ANTI-INFLAMATÓRIO ANALGÉSICO ANTIPIRÉTICO CORTICOIDES CORTICOSTEROIDES GLICOCORTICÓIDES AÇÕES: IMUNOSUPRESSÃO ANTI-INFLAMATÓRIO ANALGÉSICO ANTIPIRÉTICO DERIVADA DO ÓPIO (INSENSIVÉL A DOR) AÇÕES: ANALGESIA PARA DOR CRÔNICA OU AGUDA. DO ESTADO HIPNÓTICO AO ES- TADO DE EUFORIA. MECANISMO DE AÇÃO AMBOS INIBEM A SÍN- TESE DE PROSTRA- GLANDINA. SENDO TAMBÉM FUNÇÃO DA ANALGÉSICA, INIBIR A LIBERAÇÃO DE MEDI- ADORES INFLAMATÓ- RIOS(HISTAMINA,CIT OCINA..) GLICOCORTICÓIDES DI- MINUEM A AÇÃO DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO, OS LEUCOTRIENOS E AS PROSTAGLANDINAS; ATRAVÉS DA INIBEM A FOSFOLIPASE A2 A PARTIR DA ATIVAÇÃO DA LIPO- CORTINA, INIBINDO A FORMAÇÃO DE ÁCIDO ARA- QUIDÔNICO NOCICEPTORES, ATUAM NO SNC. RECEPTORES U: PERCEPÇÃO E LADO EMOCIONAL DA DOR RECEPTORE K: NÍ- VEL MEDULAR RECEPTORES G: INIBIDORES DO CENTRO DA TOSSE PRINCIPAIS COMPOSTOS ÁCIDO CARBOXILICO: salicilatos (aas), ácido acético(diclofenaco), ácido propiôni- co(ibuprofeno) ÁCIDO ENÓLICOS: oxi- canos(piroxicam), pira- zolonicos(dipirona) FENAMATOS: ácido me- fenâmico PARAMINOFENOL: pa- racetamol DERIVADOS FENOXI- METANOSSULFANILDA: nimesulida PRINCIPAIS HORMÔ- NIOS SECRETADOS: AL- DOSTERONA, GLICOCORTI- COIDES (cortisol), HOR- MÔNIOS SEXUAIS. USO SISTÊMICO AGUDO: qualquer agente; USO SISTÊMICO CRÔNI- CO: prednisona ou metil- prednisolona; USO INALATÓRIO: beclo- metasona e budesonida; USO CUTÂNEO: hidrocor- tisona, triancinolona, be- tametasona, clobetasol. OPIOIDES SEMI- SINTÉTICOS: MORFINA (heroína, hidromorfona), CODEÍNA, TEBAÍNA (oxicodona, etor- fina). OPIOIDES SINTÉ- TICOS: fentanil, pentazocina, meta- dona, tramadol. OPIOIDES ENDÓ- GENOS: endorfi- nas, encefalinas e dinorfinas APLICAÇÃO CLÍNICA PROCESSOS INFLA- MATÓRIOS DORES OSTEOARTI- CULARES FRATURAS CEFALEIAS PRIMÁ- RIAS DISMENORREIA FEBRE. TRATAMENTO PRA ASMA REAÇÕES DE HIPERS- SENSIBILIDADE, TERAPIA DE DOENÇAS NEOPLÁSICAS, REDUÇÃO DE EDEMA CEREBRAL, DOENÇAS AUTOIMUNES DOR CRÔNICA (MORFINA -> FENTANIL) DOR AGUDA FORTE (TRAUMA) ANESTESIA SUPRESSÃO DE TOSSE DISPNEIA DIARREIA EFEITOS ADVERSOS TOXICIDADE GAS- TROINTESTINAL, TOXICIDADE RENAL, TOXICIDADE HEPÁTI- CA. EFEITOS SOBRE A PRESSÃO ARTERIAL. SUPRESSÃO DA RES- POSTA À INFECÇÃO; SUPRESSÃO DA SÍNTE- SE DE GLICOCORTICOI- DES ENDÓGENOS ALTERAÇÕES METABÓ- LICAS (GLICOSE) SÍNDROME DE CUSHING DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA E CARDÍACA. CIANOSE ABSTINÊNCIA CONSTRIÇÃO PUPILAR (INTOXICAÇÃO)
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