Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pólipos de Vesícula Definição - Pólipo é qualquer lesão que se projeta da parede vesicular para seu interior - São diagnosticados em cerca de 5% da população em geral - O significado das lesões polipoides não é muito entendido pela maioria dos médicos e, por isso, a conduta é controversa Classificação 1. Pólipos Benignos: • Representados por: • Pólipos de colesterol • Pólipos inflamatórios • Colesterolose • Hiperplasia • Adenomas • Tumores mesenquimatosos (fibroma, lipoma, hemangioma) • Os benignos representam a maioria dos pólipos da vesícula biliar • Dentre eles, os pólipos de colesterol apresentam uma incidência maior de 60% • Eles surgem devido a descompensação da colesterina, com acumulação de colesterol nos histiócitos recobertos por epitélio colunar. 2. Pólipos Malignos: • Representados pelo carcinoma Colesterolose Vesicular - É caracterizada por depósitos de ésteres de colesterol e lipídios nos macrófagos da lâmina própria Pólipos Inflamatórios - Consistem numa reação inflamatória local de proliferação epitelial com infiltrado de células inflamatórias Adenoma - Normalmente é uma lesão solitária e pediculada - Pode estar associado a litíase ou colecistite crônica - Apesar de ser um pólipo benigno poderá apresentar um comportamento pré- maligno, provenientes do epitélio displásico - Pode evoluir de adenoma para adenocarcinoma Diagnóstico - O grande desafio é distinguir as lesões não-neoplásicas, neoplásicas e potencialmente malignas - A principal preocupação no manuseio da lesão polipoide da vesícula biliar é identificar e tratar lesões malignas que ainda estão em estágio relativamente precoce e adequado para cura cirúrgica - Os pólipos são um achado acidental em cerca de 1% das colecistectomias por cálculo (por isso sempre são mandados para avaliação anatomopatológica) - O tamanho da lesão polipoide > 10mm predizem malignidade (a prevalência de malignidade aumenta de 30-80% quando a lesão polipoide excede 10mm) - Exames de Imagem: • Ecografia: • É o exame de primeira linha para o diagnóstico das lesões • Identifica a localização em relação ao fígado, tamanho, número de lesões, associação com cálculos e alteração da parede da vesícula • A sensibilidade da ecografia é variável (30-95%), pois, além de ser operador- dependente, a colelitíase e o próprio espessamento da vesícula podem mascarar a presença do pólipo • O cálculo impactado na parede vesicular pode ser confundido com uma lesão polipoide • Ecografia Endoscópica: • Demonstra claramente as três camadas da parede da vesícula biliar, sendo, portanto, mais sensível, porém menos acessível • A agregação de pontos ecogênicos parece ser patognomônico de pólipos de colesterol. • Tomografia computadorizada: • Pode ser utilizada para diagnóstico diferencial de lesões neoplásicas e não- neoplásicas • Tomografia com emissão de pósitrons (PET): • Pode ser utilizada para lesões maiores de 5mm e pode diferenciar lesões benignas de malignas naquelas maiores de 10mm Tratamento - Generalidades: • Todos os pacientes sintomáticos (excluído outras doenças) devem ser submetidos a tratamento cirúrgico, independente do tamanho da lesão • O acesso videolaparoscópio é o padrão ouro para a colecistectomia e pode ser aplicado para casos de câncer precoce (T1) • Pólipos > 20mm = cirurgia aberta + material para congelação (anatomopatológico) - Quando Operar? • Lesão > 10mm de diâmetro • Lesões com tendência a aumentar de tamanho em pequeno intervalo de tempo • Pacientes com mais de 50 anos • Lesão polipoide única de base larga (sésseis), mesmo que menores do que 10mm • Coexistência de cálculos ou colecistite • Pedículos largos, longos ou pólipos localizados no colo da vesícula biliar dificultando seu esvaziamento, frequentemente associados a cólica biliar • Lesão polipoide associada a espessamento local da parede da vesícula biliar • Lesão localizada junto ao parênquima hepático
Compartilhar