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2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3 2 SERVIÇO SOCIAL E O FAZER PROFISSIONAL ..................................... 4 2.2 Direitos Humanos e Suas Características .............................................. 8 3 EDUCAÇAO COMO DIREITO .............................................................. 12 3.1 O Processo Educativo .................................................................... 20 4 SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO .................................................... 24 4.1 A escola como Campo de Atuação do Assistente Social ............... 26 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 30 3 1 INTRODUÇÃO Prezado (a) aluno (a)! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula é raro, quase improvável um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 4 2 SERVIÇO SOCIAL E O FAZER PROFISSIONAL Fonte: pesquisei.club/mestrado-em-servico-social/ O Serviço Social é uma profissão que se legitima através da divisão social e do trabalho, a atuação do profissional se realiza no âmbito das políticas socioassistenciais, seja na esfera pública ou privada. O Serviço Social trabalha em prol das relações sociais, através do seu conhecimento teórico, investigativo e interventivo, afim de compreender o contexto histórico do cidadão e toda a complexidade. As demandas presentes na sociedade podem ser as mesmas ou se modificarem com o decorrer dos anos, o objetivo do fazer profissional do assistente social é o enfrentamento dessas mazelas, caracterizados como parte da questão social. O exercício da profissão se desenvolve através da implementação de propostas por meio das políticas públicas em meio as diversidades contextuais e os desafios existentes. Seu principal objeto de trabalho é a questão social e suas diversas expressões, o intuito é tentar 5 transformar a realidade do cidadão em situação de vulnerabilidade social face aos desafios presentes em sua realidade. Segundo CARVALHO e IAMAMOTO, (1983, p.77): A questão social se origina com base na contradição Capital x Trabalho. “A questão social não é senão as expressões do processo de formação e desenvolvimento da classe operária e de seu ingresso no cenário político da sociedade, exigindo seu reconhecimento como classe por parte do empresariado e do Estado. É a manifestação, no cotidiano da vida social, da contradição entre o proletariado e a burguesia, a qual passa a exigir outros tipos de intervenção mais além da caridade e repressão”. No surgimento do serviço social no Brasil era notório o vínculo existente com a igreja católica e sua doutrinação, era possível notar a alta parcela de mulheres vinculadas aos setores da classe burguesa, com o objetivo de promover a doutrina católica e política à família operária. Vale ressaltar, que nesse cenário a questão social era vista a partir de um pensamento social “católico”, as pessoas que viviam em situação de vulnerabilidade eram consideradas culpadas da própria condição, eram consideradas desajustadas e com desvio moral. Reconceituação tomada como movimento ou processo que emergiu em 1965, constituiu um marco inarredável e incontornável da história do Serviço Social. A Reconceituação rompe com as práticas do Serviço Social Tradicional trazendo uma nova roupagem e um verdadeiro significado no que diz respeito à atual identidade profissional. (VIANA e col, 2015) O profissional de Serviço Social é o responsável por intervir mediante as refrações da questão social que segundo Iamamoto (2010) é apreendida como o conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista. Serviço Social vive em constantes transformações, ao longo dos anos sua principal transformação incidiu na década de 1980 quando aconteceram a ruptura com o conservadorismo e a instauração do projeto ético-político que se tornou um divisor de águas para a profissão, trouxe uma nova roupagem e questionamentos 6 á pratica profissional e sua forma de atuação, consequentemente um novo modo de atuação almejando mais eficiência. 2.1 Projeto Ético Político Fonte: www.sympla.com.br/servico-social O projeto ético-político do serviço social não foi arquitetado no improviso, sua formação se deu na década de 70, onde a profissão teve um marco histórico, o III CBAS, que ficou conhecido como "Congresso da Virada", o mesmo se faz presente até a atualidade. O congresso da virada deu início a um processo de redemocratização na sociedade brasileira. O rompimento com um serviço social conservador, embora seja possível notar raízes do conservadorismo presentes na profissão. De acordo com Coutinho (1999) e Simionatto (1995) citado por Netto (1999): 7 Mais exatamente, todo corpo profissional é um campo de tensões e de lutas. A afirmação e consolidação de um projeto profissional em seu próprio interior não suprime as divergências e contradições. Tal afirmação deve fazer-se mediante o debate, a discussão, a persuasão – enfim, pelo confronto de ideias e não por mecanismos coercitivos e excludentes. Contudo, sempre existirão segmentos profissionais que proporão projetos alternativos; por consequência, mesmo um projeto que conquiste hegemonia nunca será exclusivo. O congresso da virada aconteceu na cidade de São Paulo, em 1979, a luta contra a ditadura e a sede por uma reforma de redemocratização foram marcantes. A elaboração e consolidação de um projeto profissional deve acontecer de forma consciente de que a diversidade é um fator enraizado na vida social, assim como da profissão, e não pode ser desrespeitado. No entanto é necessário também compreender, que embora haja o respeito, deve haver também a troca de ideias, respeitando as conquistas obtidas legitimamente. Como citou Netto (1999), lutar contra a ditadura afim de obter direitos e uma democracia política permitiu o rebatimento no interior do corpo profissional, da disputa entre projetos societários diferentes, que se confrontavam no movimento das classes sociais. Os anseios democráticos e populares, advindos dos interesses da classe trabalhadora, foram agrupados e energizados pelas vanguardas do Serviço Social. Foi possível pela primeira vez constatar a repercussão de projetos societários diferentes daqueles que respondiam aos interesses das classes e setores dominantes, portanto desnecessário dizer que esta repercussão não foi aceita com total facilidade, foi rodeada de problemáticas e contradições junto ao corpo profissional, algo que não deixa de ser interessante ao analisar a implicação de troca de ideias. No entanto existem algumas características em alguns profissionais do Serviço Social no Brasil que asseguram a defesa do projeto ético-político profissional, entretanto pode existir uma assimilação indevida de uma realidade palpável e dos reais desafios existentes ao exercícioprofissional. De fato, como cita o CRESS/RJ (2014) conceitos diversos, até mesmo contraditórios são observados em congressos e debates da categoria, embasados no projeto ético-político do Serviço Social, não é por outro motivo que mesmo 8 colegas que recebem denúncias éticas contra si argumentam que atuavam em defesa do projeto ético-político. O projeto seria uma espécie de escudo em defesa das diferentes perspectivas profissionais, que causaria ainda uma difícil reflexão em relação aos princípios fundamentais do Código de Ética para profissionais em sua atuação. De acordo com CRESS-RJ (2014) é possível perceber esses efeitos, assim como provavelmente em outros regionais do conselho, eventos em que o que o Código de Ética é visto apenas em seu comprimento “legal”: Seria um horizonte para que cada profissional soubesse que atitudes são esperadas de sua atuação, bem como (especialmente) aquelas que deveria evitar, de modo a não motivar denúncias éticas contra si. Esvazia- se o conteúdo conceitual, político e teleológico do Código, em nome de seu caráter “normativo”. CRESS-RJ (2014) É evidente que a preservação e o aprofundamento deste projeto, nas condições atuais, que parecem e são tão adversas, dependem da vontade majoritária do corpo profissional – porém não só dela: também dependem vitalmente do fortalecimento do movimento democrático e popular, tão pressionado e constrangido nos últimos anos. (Netto, 2006: 19) 2.2 DIREITOS HUMANOS E SUAS CARACTERÍSTICAS Com base no princípio da dignidade da pessoa humana – onde todo ser humano, independentemente de qualquer condição pessoal, deve ser reconhecido e respeitado, não podendo ser tratado como instrumento de poucos, mas sim como fim de toda organização social e política – é que se originaram os direitos humanos. Para que tais direitos fossem construídos foi necessária muita luta, que ainda hoje persiste para que sejam preservados e aplicados na prática, além da luta para que novos direitos sejam conquistados. Atualmente se vê o reconhecimento internacional dos direitos humanos através dos vários tratados e outros documentos assinados por muitos países e 9 também dos órgãos criados especificamente para proteger e fiscalizar sua prática ao redor do mundo. Assim, os direitos foram colocados acima das contingências políticas dos países, fazendo com que a luta contra os regimes autoritários, o imperialismo, o genocídio e a discriminação tomassem força; destarte a todas as pessoas devem ser garantidos os direitos humanos, estejam ou não em seu país de origem. Incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação. Fonte: /www.anf.org.br/ O Direito Internacional dos Direitos Humanos estabelece as obrigações dos governos de agirem de determinadas maneiras ou de se absterem de certos atos, a fim de promover e proteger os direitos humanos e as liberdades de grupos ou indivíduos. Os direitos humanos são comumente compreendidos como aqueles direitos inerentes ao ser humano. O conceito de Direitos Humanos reconhece que cada ser 10 humano pode desfrutar de seus direitos humanos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outro tipo, origem social ou nacional ou condição de nascimento ou riqueza. Os direitos humanos são garantidos legalmente por diversas leis de direitos humanos, protegendo indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. Estão expressos em tratados, no direito internacional consuetudinário, conjuntos de princípios e outras modalidades do Direito. A legislação de direitos humanos obriga os Estados a agirem de uma determinada maneira e proíbe os Estados de se envolverem em atividades específicas. Tratados e outras modalidades do Direito costumam servir para proteger formalmente os direitos de indivíduos ou grupos contra ações ou abandono dos governos, que interferem no desfrute de seus direitos humanos. Algumas das características mais importantes dos direitos humanos são: • Os direitos humanos são fundados sobre o respeito pela dignidade e o valor de cada pessoa; • Os direitos humanos são universais, o que quer dizer que são aplicados de forma igual e sem discriminação a todas as pessoas; • Os direitos humanos são inalienáveis, e ninguém pode ser privado de seus direitos humanos; eles podem ser limitados em situações específicas. Por exemplo, o direito à liberdade pode ser restringido se uma pessoa é considerada culpada de um crime diante de um tribunal e com o devido processo legal; • Os direitos humanos são indivisíveis, inter-relacionados e interdependentes, já que é insuficiente respeitar alguns direitos humanos e outros não. Na prática, a violação de um direito vai afetar o respeito por muitos outros; • Todos os direitos humanos devem, portanto, ser vistos como de igual importância, sendo igualmente essencial respeitar a dignidade e o valor de cada pessoa. 11 Fonte: revistaeducacao.com.br Os direitos humanos são preceitos mínimos imprescindíveis para uma vida digna, e traz consigo quatro características básicas, que se seguem: • Universalidade: Tais direitos valem para todas as pessoas, ou seja, nada justifica desrespeitar à dignidade humana. Independentemente do país que nasceu ou que vive, os direitos permanecem os mesmos, sendo também indisponíveis, ou seja, a pessoa não pode renunciá-los. • Indivisibilidade: Os direitos devem ser usufruídos pelas pessoas de forma total, sem fracionamento ou redução, sem ter que abrir mão de um direito em favor do outro. • Interdependência: Nenhum direito é mais importante do o que outro, sendo relacionados entre si, ou seja, um direito só pode ser realizado isoladamente se não desrespeita os demais. • Exigibilidade e Justiciabilidade: Quando os direitos forem violados ou desrespeitados é possível que sejam exigidos no âmbito jurídico, através. 12 Poder Judiciário e das Cortes Internacionais (Justiciabilidade), como por meio de mobilização social. 3 EDUCAÇAO COMO DIREITO Fonte: Ceert.org.br Quando falamos em educação como construção de conhecimento, existe um conjunto onde tudo se completa, se constrói e se reconstrói, tudo se faz atrás do nosso próprio conhecimento, e ao mesmo tempo em conjunto a outros. Na constituição da consciência, mundo e consciência se põem como consciência do mundo ou mundo consciente, e, ao mesmo tempo, se opõem como consciência de si e consciência do mundo. Na intersubjetivação, as consciências também se põem como consciências de um certo mundo comum e, nesse mundo, se opõem 13 como consciência de si e consciência do outro. Comunicamo-nos na oposição, que é a única via de encontro para consciências que se constituem na mundanidade e na intersubjetividade. FREIRE (1970) A educação é direito social, adquirido e assegurado pela Constituição de 1988, é dever do Estado, assim como da família e da sociedade fazer com que seja cumprido. A educação não é um direito a curto prazo, seu caráter é continuado e se inicia com o nascimento da criança, faz da parte de toda a sua existência, se desenvolve através das experiencias vivenciadas ao longo da vida, e assim se agregam os valores culturais e sociais. Fonte:portalindependente.com/ O conjunto de práticas sociais e experiências do ser humano, assim como os princípios que lhe são impressos por terceiros, e que podem ser através da escola, no convívio social ou no ambiente familiar, são considerados parte da educação e formação que adquirimos em nossa trajetória. 14 A coletividade, ou seja, a sociedade se constitui e incorpora atravésde valores comuns, onde ideias e princípios se posicionam de forma consensual á aquele determinado grupo. Transmitir valores entre as gerações é algo crucial para a perpetuação da do equilíbrio social, e a educação é a intermediária. O objetivo da educação é viabilizar condições para que cada ser humano explore suas potencialidades rumo ao seu autoconhecimento, a partir disso se encontrar eu seus ideais pessoais ou profissionais. revistazunai.com 15 “A educação problematizadora, que não é fixíssimo reacionária, é futuridade revolucionária. Daí que seja profética e, como tal, esperançosa. Daí que corresponda à condição dos homens como seres históricos e à sua historicidade. Daí que se identifique com eles como seres mais além de si mesmos – como “projetos” – como seres que caminham para frente, que olham para frente; como seres a quem o imobilismo ameaça de morte; para quem o olhar para traz não deve ser uma forma nostálgica de querer voltar, mas um modo de melhor conhecer o que está sendo, para melhor construir o futuro. Daí que se identifique com o movimento permanente em que se acham inscritos os homens, como seres que se sabem inconclusos; movimento que é histórico e que tem o seu ponto de partida, o seu sujeito, o seu objetivo.” FREIRE (1970) O direito à educação para crianças e adolescentes está em primazia absoluta conforme instituído pelo artigo 227 da Constituição Federal e se reafirma no artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Logo, educação é reconhecidamente um dos direitos humanos e está disposta no artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948: Artigo 26. 1.Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional dever ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito. 2.A educação deve visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, bem como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3.Aos pais pertence a prioridade do direito de escolher o género de educação a dar aos filhos. Quando identificamos a Educação como um direito humano, reconhecemos que não depende de condições econômicas, sociais, nacionais, culturais, de gênero ou ético-racial da pessoa, o primordial é que todos exerçam e estejam cientes de seu direito. 16 Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos, alguns documentos e eventos fortaleceram a relação da educação com o direito essencial da dignidade da pessoa humana, como por exemplo: A transmissão de citados valores entre as gerações humanas, indispensável para a manutenção de quadro de estabilidade social, ocorre justamente por intermédio da educação. Fonte:gilsonreis.com.br/ →Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais - Decreto nº 591, de 6 de julho de 1992 (artigos 13 e 14). Artigo 13. 1. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem o direito de toda pessoa à educação. Concordam em que a educação deverá visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e fortalecer o respeito pelos direitos humanos e liberdades fundamentais. Concordam ainda em que a educação deverá capacitar todas as pessoas a participar efetivamente de uma sociedade livre, favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações 17 e entre todos os grupos raciais, étnicos ou religiosos e promover as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 2. Os Estados Partes do presente Pacto reconhecem que, com o objetivo de assegurar o pleno exercício desse direito: a) A educação primaria deverá ser obrigatória e acessível gratuitamente a todos; b) A educação secundária em suas diferentes formas, inclusive a educação secundária técnica e profissional, deverá ser generalizada e torna-se acessível a todos, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino gratuito; c) A educação de nível superior deverá igualmente torna-se acessível a todos, com base na capacidade de cada um, por todos os meios apropriados e, principalmente, pela implementação progressiva do ensino gratuito; d) Dever-se-á fomentar e intensificar, na medida do possível, a educação de base para aquelas pessoas que não receberam educação primaria ou não concluíram o ciclo completo de educação primária; e) Será preciso prosseguir ativamente o desenvolvimento de uma rede escolar em todos os níveis de ensino, implementar-se um sistema adequado de bolsas de estudo e melhorar continuamente as condições materiais do corpo docente. 1. Os Estados Partes do presente Pacto comprometem-se a respeitar a liberdade dos pais e, quando for o caso, dos tutores legais de escolher para seus filhos escolas distintas daquelas criadas pelas autoridades públicas, sempre que atendam aos padrões mínimos de ensino prescritos ou aprovados pelo Estado, e de fazer com que seus filhos venham a receber educação religiosa ou moral que esteja de acordo com suas próprias convicções. 2.Nenhuma das disposições do presente artigo poderá ser interpretada no sentido de restringir a liberdade de indivíduos e de entidades de criar e dirigir instituições de ensino, desde que respeitados os princípios enunciados no parágrafo 1 do presente artigo e que essas instituições observem os padrões mínimos prescritos pelo Estado. Artigo 14. Todo Estado Parte do presente pacto que, no momento em que se tornar Parte, ainda não tenha garantido em seu próprio território ou territórios sob sua jurisdição a obrigatoriedade e a gratuidade da educação primária, se compromete a elaborar e a adotar, dentro de um prazo de dois anos, um plano de ação detalhado destinado à implementação progressiva, dentro de um número razoável de anos estabelecidos no próprio plano, do princípio da educação primária obrigatória e gratuita para todos →Convenção Relativa à Luta contra a Discriminação no Campo do Ensino - Decreto nº 63.223, de 6 de setembro de 1968 (artigo 5º). Artigo 5º. Os Estados Partes na presente Convenção convêm em que: a) a educação deve visar ao pleno desenvolvimento da personalidade humana e ao fortalecimento do respeito aos direitos humanos e das liberdades fundamentais e que deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações. Todos os grupos raciais ou religiosos, assim como o desenvolvimento das atividades nas Nações Unidas para a manutenção da paz; b) deve ser respeitada a liberdade dos pais e, quando for o caso, dos tutores legais: 18 1°) de escolher para seus filhos estabelecimentos de ensino que não sejam mantidos pelos poderes públicos, mas que obedeçam às normas mínimas que possam ser prescritas ou aprovadas pelas autoridades competentes; 2°) de assegurar, conforme as modalidades de aplicações próprias da legislação de cada Estado, a educação religiosa e moral dos filhos, de acordo com suas próprias convicções, outrossim, nenhuma pessoa ou nenhum grupo poderão ser obrigados a receber instrução religiosa incompatível com suas convicções; c) deve ser reconhecido aos membros das minorias nacionaisdo direito de exercer atividades educativas que lhes sejam próprias, inclusive a direção das escolas e Segundo a política de cada Estado em matéria de educação, o uso ou o ensino de sua própria língua desde que, entretanto: I - Esse direito não seja exercido de uma maneira que impeça os membros das minorias de compreender cultura e a língua da coletividade e de tomar parte em suas atividades ou que comprometa a soberania nacional; II - O nível de ensino nessas escolas, não seja inferior ao nível geral prescrito ou aprovado pelas autoridades competentes; e III - a frequência a essas escolas seja facultativa. 2. Os Estados partes na presente Convenção comprometem-se a tomar todas as medidas necessárias para assegurar a aplicação dos princípios enunciados no parágrafo 1° do presente artigo. →Convenção sobre os Direitos da Criança - Decreto nº 99.710, de 21 de novembro de 1990 (artigos 28 e 29). Artigo 28. 1. Os Estados Partes reconhecem o direito da criança à educação e, a fim de que ela possa exercer progressivamente e em igualdade de condições esse direito, deverão especialmente: a) tornar o ensino primário obrigatório e disponível gratuitamente para todos; b) estimular o desenvolvimento do ensino secundário em suas diferentes formas, inclusive o ensino geral e profissionalizante, tornando-o disponível e acessível a todas as crianças, e adotar medidas apropriadas tais como a implantação do ensino gratuito e a concessão de assistência financeira em caso de necessidade; c) tornar o ensino superior acessível a todos com base na capacidade e por todos os meios adequados; d) tornar a informação e a orientação educacionais e profissionais disponíveis e accessíveis a todas as crianças; e) adotar medidas para estimular a frequência regular às escolas e a redução do índice de evasão escolar. 2. Os Estados Partes adotarão todas as medidas necessárias para assegurar que a disciplina escolar seja ministrada de maneira compatível com a dignidade humana da criança e em conformidade com a presente convenção. 3. Os Estados Partes promoverão e estimularão a cooperação internacional em questões relativas à educação, especialmente visando a contribuir para a eliminação da ignorância e do analfabetismo no mundo e facilitar o acesso aos conhecimentos científicos e técnicos e aos métodos modernos de ensino. A esse respeito, será dada atenção especial às necessidades dos países em desenvolvimento. Artigo 29 1. Os Estados Partes reconhecem que a educação da criança deverá estar orientada no sentido de: a) desenvolver a personalidade, as aptidões e a capacidade mental e física da criança em todo o seu potencial; b) imbuir na criança o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais, bem como aos princípios 19 consagrados na Carta das Nações Unidas; c) imbuir na criança o respeito aos seus pais, à sua própria identidade cultural, ao seu idioma e seus valores, aos valores nacionais do país em que reside, aos do eventual país de origem, e aos das civilizações diferentes da sua; d) preparar a criança para assumir uma vida responsável numa sociedade livre, com espírito de compreensão, paz, tolerância, igualdade de sexos e amizade entre todos os povos, grupos étnicos, nacionais e religiosos e pessoas de origem indígena; e) imbuir na criança o respeito ao meio ambiente. 2. Nada do disposto no presente artigo ou no Artigo 28 será interpretado de modo a restringir a liberdade dos indivíduos ou das entidades de criar e dirigir instituições de ensino, desde que sejam respeitados os princípios enunciados no parágrafo 1 do presente artigo e que a educação ministrada em tais instituições esteja acorde com os padrões mínimos estabelecidos pelo Estado. →Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos em Matéria de Direitos Humanos Econômicos, Sociais e Culturais - Decreto nº 3.321, de 30 de dezembro de 1999 (artigo 13). Artigo 13. 1. Toda pessoa tem direito à educação. 2. Os Estados Partes neste Protocolo convêm em que a educação deverá orientar-se para o pleno desenvolvimento da personalidade humana e do sentido de sua dignidade e deverá fortalecer o respeito pelos direitos humanos, pelo pluralismo ideológico, pelas liberdades fundamentais pela justiça e pela paz. Convêm, também, em que a educação deve capacitar todas as pessoas para participar efetivamente de uma sociedade democrática e pluralista, conseguir uma subsistência digna, favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais, étnicos ou religiosos e promover as atividades em prol da manutenção da paz. 3. Os Estados Partes neste Protocolo reconhecem que, a fim de conseguir o pleno exercício do direito à educação: a) O ensino de primeiro grau deve ser obrigatório e acessível a todos gratuitamente; b) O ensino de segundo grau/ em suas diferentes formas, inclusive o ensino técnico e profissional de segundo grau, deve ser generalizado e tornar-se acessível a todos, pelos meios que forem apropriados e, especialmente, pela implantação progressiva do ensino gratuito; c) O ensino superior deve tornar-se igualmente acessível a todos, de acordo com a capacidade de cada um, pelos meios que forem apropriados e, especialmente/ pela implantação progressiva do ensino gratuito? d) Deve-se promover ou intensificar/ na medida do possível, o ensino básico para as pessoas que não tiverem recebido ou terminado o ciclo completo de instrução do primeiro grau; e) Deverão ser estabelecidos programas de ensino diferenciado para os deficientes, a fim de proporcionar instrução especial e formação a pessoas com impedimentos físicos ou deficiência mental. 4. De acordo com a legislação interna dos Estados Partes, os pais terão direito a escolher o tipo de educação a ser dada aos seus filhos, desde que esteja de acordo com os princípios enunciados acima. 5. Nada do disposto neste Protocolo será interpretado como restrição da liberdade dos particulares e entidades de estabelecer e dirigir instituições de ensino, de acordo com a legislação interna dos Estados Partes. 20 Nesse sentido, o tópico 2 do art. 26 da Declaração é fundamental na definição dos propósitos universais da educação. O direito à educação tem um sentido amplo, não se refere somente à educação escolar. Fonte:tjpa.jus.br Nesse sentido, o tópico 2 do art. 26 da Declaração é fundamental na definição dos propósitos universais da educação. O direito à educação tem um sentido amplo, não se refere somente à educação escolar. 3.1 O PROCESSO EDUCATIVO O processo educativo começa com o nascimento e termina apenas no momento da morte. A aprendizagem acontece em diversos âmbitos, na família, na comunidade, no trabalho, no grupo de amigos, na associação e também na escola. Por outro lado, nas sociedades modernas, o conhecimento escolar é quase uma condição para a sobrevivência e o bem-estar social. Sem ele, não se pode ter acesso ao conhecimento acumulado pela humanidade. Além de sua importância 21 como direito humano que possibilita à pessoa desenvolver-se plenamente e continuar aprendendo ao longo da vida, a educação é um bem público da sociedade, na medida em que possibilita o acesso aos demais direitos. A transmissão de citados valores entre as gerações humanas, indispensável para a manutenção de quadro de estabilidade social, ocorre justamente por intermédio da educação. Portanto, a educação é um direito muito especial: um “direito habilitante” ou “direito de síntese”. E sabe por quê? Porque uma pessoa que passa por um processo educativo adequado e de qualidade pode exigir e exercer melhor todos seus outros direitos. A educação contribui para que crianças, adolescentes, jovens, homens e mulheres saiam da pobreza, seja pela sua inserção no mundo do trabalho, seja por possibilitar a participação política em prol da melhoria das condições de vida de todos. Tambémcontribui para evitar a marginalização das mulheres, a exploração sexual e o trabalho infantil, possibilita o enfrentamento de discriminações e preconceitos, entre muitos outros exemplos que poderiam ser citados. Fonte:portalindependente.com/ 22 Os direitos humanos devem fazer parte do processo educativo das pessoas, para defender seus direitos, todas as pessoas precisam conhecê-los e saber como reivindicá-los na sua vida cotidiana. Além disso, a educação em direitos humanos promove o respeito à diversidade (étnico-racial, religiosa, cultural, geracional, territorial, de gênero, de orientação sexual, de nacionalidade, de opção política, dentre outras), a solidariedade entre povos e nações e, como consequência, o fortalecimento da tolerância e da paz. No caso da educação básica, esses princípios, características e dimensões precisam estar presentes na formação dos profissionais da educação, nos materiais didáticos, no conteúdo das aulas e até na gestão da escola e na sua relação com a comunidade. Tanto o que se ensina como o modo como se ensina precisam estar de acordo com os direitos humanos e estimular a participação e o respeito. Isso é o que propõe O Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, cuja segunda versão foi concluída em 2006. O direito educacional e o direito à educação O Direito Educacional que tem por objetivo compreender os princípios do direito aplicados à educação. É o conjunto de normas, princípios, leis e regulamentos que versam sobre as relações de alunos, professores, administradores, especialistas e técnicos, enquanto envolvidos, mediata ou imediatamente, no processo de aprendizagem. É o conjunto de normas, de todas as hierarquias: Leis Federais, Estaduais e Municipais, Portarias e Regimentos que disciplinam as relações entre os envolvidos no processo de ensino aprendizagem. O Direito Educacional enfatiza três contornos principais: • O conjunto de normas reguladoras dos relacionamentos entre as partes envolvidas no processo-aprendizagem; 23 • A faculdade atribuída a todo ser humano e que se constitui na prerrogativa de aprender, de ensinar e de se aperfeiçoar e; • O ramo da ciência jurídica especializado na área educacional. A Educação é direito público subjetivo, e isso quer dizer que o acesso ao ensino fundamental é obrigatório e gratuito; o não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público (federal, estadual, municipal), ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Quanto à competência, os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental e médio. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº. 9394/96, a Educação Básica compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. As suas modalidades são: educação especial, educação de jovens e adultos, educação profissional, educação indígena, educação do campo. "A construção do ser social, feita em boa parte pela educação, é a assimilação pelo indivíduo de uma série de normas e princípios - sejam morais, religiosos, éticos ou de comportamento - que baliza a conduta do indivíduo num grupo. O homem, mais do que formador da sociedade, é um produto dela" (Durkheim,1978). De acordo com (DURKHEIM,2013), citado por FERRARO, “A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre aquelas que ainda não maturas para a vida social. Ela tem coma objetivo suscitar e desenvolver na criança um certo número de estados físicos, intelectuais e morais exigidos tanto pelo conjunto da sociedade política quanto pelo meio específico ao qual ela está destinada em particular” 24 4 SERVIÇO SOCIAL E A EDUCAÇÃO Fonte:cress-sc.org.br Para compreender a viabilização de direitos e suas garantias na atualidade, foi necessário também a compreensão de um cenário de lutas e conquistas alcançadas até aqui. No entanto existem situações que perduram, vivencia-se uma sociedade onde a concentração de renda é exorbitante por um lado e por outro a grande maioria vive em condições onde mal conseguem o mínimo para a própria subsistência. De acordo com Jose Paulo Netto citado por CFESS (2000) as políticas públicas voltadas para efetivação de direitos, são as que mais sofrem danos por táticas e anulação de recursos destinados à população mais vulnerável, enquanto o processo de privatização só adquire força. Portanto em análise constata se que os 25 orçamentos públicos têm sido direcionados minimamente em prol das áreas como a assistência social, educação, trabalho, habitação dentre outras. CFESS (2000) cita também Yazbeck que assinala este fator enquanto um crescente condicionamento das políticas sociais em um mercado capitalista. "Com a crescente subordinação das Políticas Sociais a /6gica das reformas estruturais para a estabilização da economia, mesmo que não se avance para a privatização total da área social, constata-se uma redução das responsabilidades do Estado no campo das políticas sociais. A redução de recursos tem significado uma deterioração dos Serviços Sociais públicos, compreendendo a cobertura universalizada, bem como a qualidade e a equidade dos serviços." (Yazbeck,1997:9). O direito a educação, assim como o direito de permanecia na escola, são direitos garantidos legalmente pela constituição federal de (1988 ), assim como no Estatuto da Criança e do Adolescente(9.069/90) , além ser garantido também pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) em meio a tantas outras, todas com o objetivo de reafirmação do sujeito com ser de direitos. Fonte:gratispng.com/png 26 A atuação do profissional do serviço social na área da educação se configura como algo novo e desafiador, se faz necessária a construção e execução de uma forma de atuar, sendo efetiva no planejar e no executar como profissionais da área educacional, no entanto pautadas no código de ética profissional, onde o objetivo e obrigação como mesmo seja a assegurar a justiça social a todos sem distinção, assegurando o acesso as políticas públicas como garantia de direitos. A publicação da Lei 13.935/2019 é uma conquista de grande magnitude no âmbito da política de educação, mediante ao contexto contemporâneo onde retrocessos vem ocorrendo cotidianamente às políticas sociais, os esforços e mobilizações por parte dos psicólogos e assistentes sociais não podem cessar, precisam permanecer ativos para que a lei seja implementada. Art. 205 A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 4.1 A ESCOLA COMO CAMPO DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL A escola é um espaço onde as diversas expressões da questão social também se manifestam, portanto se faz necessária a presença do profissional da assistência social para que ações sejam elaboradas de forma a mediar politicas socias para o enfrentamento dessas mazelas. Vale ressaltar que a questão social é o objeto de estudo do assistente social, ela é o reflexo da vivência do homem perante a contradição capital x trabalho, através dela é possível identificar as inúmeras desigualdades sociais e políticas presente na sociedade ,assim como desigualdades de oportunidades, econômicas e culturais, salienta o lado da resistência de uma maioria e o outro de uma ‘minoria” com poder e aquisição econômica. Segundo IAMAMOTO (1997),as expressões da questão social são experimentos cotidianos em diversos campos da vida humana. “Os assistentes sociais trabalham com a questão social nas suas mais variadas expressões quotidianas, tais como os indivíduos as experimentam no trabalho, na família, na área habitacional, na saúde, na 27 assistência social pública, etc. Questão social que sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem, se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais, situados nesse terreno movido por interesses sociais distintos, aos quais não é possível abstrair ou deles fugir porque tecem a vida em sociedade. [...] ... a questão social, cujas múltiplas expressões são o objeto do trabalho cotidiano do assistente social”. Fonte: gsuas.com.br O assistente social como profissional atuante no campo educacional tem o papel de desenvolver atividades técnicas profissionais voltadas ao seu objeto de estudo, a questão social e suas expressões, algumas delas são: • Realização de pesquisa do contexto socioeconômico e familiar, como objetivo de compreender o perfil do público escolar; • Articulação e mediação com equipamentos e instituições, sejam elas públicas ou privadas, com vistas ao encaminhamento atendimento do aluno e familiares às suas necessidades. 28 • Desenvolver programas e ações voltadas para as classes especiais. • Realizar visitas sociais as famílias, com o intuito de compreender a realidade do ambiente familiar para a realização de encaminhamentos devidamente direcionados quando necessário. O assistente social além das inúmeras e ações que pode desenvolver no âmbito do sistema educacional, existe uma que é crucial para um atendimento eficaz, se trata do atendimento humanizado. http:viladeutopia O entendimento precisa ser acolhedor, fazer com que o aluno se sinta acolhido, de forma que compartilhe situações que são consideradas difíceis para ele. É necessária uma escuta qualificada, assim com um olhar amplo e sensível para compreender a profundidade e gravidade das mazelas causadas pelas expressões da questão social e como ela se reflete no indivíduo. O serviço social é uma profissão de caráter interventivo, onde a busca pela defesa e ampliação de direitos está em foco, as ações são desenvolvidas através 29 das políticas sociais, e a política educacional é uma grande preocupação da categoria. No núcleo educacional são inúmeras as ações e contribuições que pendem ser desenvolvidas a partir da perspectiva do assistente social, o reforço do serviço social para a garantia de direito a educação, é legitima e digna de discussão, a atenção a causa se sobrepõe acima de qualquer dificuldade menor, em prol do desafio em que se constitui a concretização como direito social. 30 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS IAMAMOTO, Marilda Vilela; CARVALHO, Raul. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo, Cortez, VIANA.B.B. e Col, O movimento de reconceituação do serviço social e seu reflexo, Santa Catarina 2015. IAMAMOTO, Marilda V. O Serviço Social na contemporaneidade; trabalho e formação profissional. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1999. CRESS, Projeto ético-político e exercício profissional em Serviço Social: Os princípios do Código de Ética articulados à atuação crítica de assistentes sociais. Rio de Janeiro, 2013 NETTO, A Construção do Projeto Ético-Político do Serviço Social.1999, Brasília NETTO, José Paulo (2009) contextualização. In: CFESS (Org.) 30 Anos do Congresso da Virada. CFESS, Serviço Social na Educação, 2001. IAMAMOTO, Marilda Vilela. O Serviço Social na contemporaneidade: dimensões históricas, teóricas e ético-políticas. Fortaleza, CRESS –CE, Debate n. 6, 1997 Durkheim, Educação e Sociedade, 2011 FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido, 17 edição, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987 31 BRASIL, Constituição Federativa do Brasil, 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm> BRASIL, DECRETO Nº 592, DE 6 DE JULHO DE 1992. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0592.htm>
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