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APRENDA ONDEESTIVER # APRENDA ONDEESTIVER # CADERNO DE REDAÇÃO seduc Redação Profa. Conceição Alencar Relembrando Conceitos A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO O Texto Dissertativo é um tipo de texto argumentativo e opinativo, uma vez que expõe a opinião sobre determinado assunto ou tema, por meio de uma argumentação lógica, coerente e coesa. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO A base de um bom texto é a organização. Ela é essencial para que você tenha sucesso no seu texto dissertativo – na verdade, ela é fundamental para qualquer texto. Existem três tipos de texto dissertativo: subjetiva, expositiva ou argumentativa. E é importante que você não confunda os três. O primeiro tipo, a dissertação subjetiva, é um texto em que você vai expressar somente sua opinião em primeira pessoa – e não é isso que os exames querem. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO O segundo tipo, a dissertação expositiva, é um texto em que dados são apresentados de forma expositiva, sem opinião explícita – por exemplo, uma notícia de jornal. Algumas pessoas confundem a dissertação expositiva com a argumentativa – mas veremos que elas não são a mesma coisa. Já a dissertação argumentativa é aquela em que, por meio dos argumentos que você apresentar, vai discutir uma ideia. É esse tipo que os exames mais cobram. Texto Dissertativo-Argumentativo Nessa modalidade, a intenção é persuadir o leitor, convencê-lo de sua tese (ideia central) a partir de coerente argumentação, exemplos, fatos. A dissertação argumentativa deve ter, no mínimo, três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. É importante que essas três partes estejam claramente divididas em pelo menos três parágrafos: um para a introdução, (no mínimo) um para o desenvolvimento e um para a conclusão. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO INTRODUÇÃO Na introdução, o autor – ou seja, você – vai chamar a atenção do leitor – os corretores da prova – para o assunto que você está abordando. É na introdução que a linha de argumentação que você está propondo é apresentada. A introdução deve ser apresentada em um parágrafo, que deve ter, no máximo, sete linhas. Ou seja, você precisa ser sucinto e direto. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO Informações para você colocar na introdução: Apresentação geral do tema proposto; Citações; Comparações; Contextualização filosófica e histórica; Informações que serão desenvolvidas; Questionamento e/ou refutação sobre o tema. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO DESENVOLVIMENTO Na dissertação argumentativa, você deverá tentar persuadir o seu leitor de forma explícita, expondo e explicando seus argumentos no desenvolvimento. É nesta parte que você desenvolverá o assunto, seja por meio de argumentação por citação, comprovação ou raciocínio lógico. Aqui, você vai tomar sua posição a respeito do que está sendo debatido – mas lembre- se: nunca na primeira pessoa. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO O conteúdo do desenvolvimento tem várias formas de ser organizado; isso vai variar conforme as propostas do texto e das informações que você tem ao seu dispor. Não se esqueça de que o desenvolvimento precisa ter, no mínimo, um parágrafo, mas o ideal é que tenha dois (mais comum) ou até três. Em geral, cada parágrafo aborda um argumento diferente. Geralmente, cada parágrafo tem entre seis e sete linhas. O que deve conter o desenvolvimento: Argumentos para convencimento do leitor; Dados estatísticos, fatos, repertório e exemplos para defender a tese. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO CONCLUSÃO Como o próprio nome já sugere, a conclusão é o fechamento do seu texto argumentativo. Ou seja: é preciso concluí-lo. É a hora em que fechará as ideias apresentadas ao longo do texto, e apresentará a sua tese para a resolução do problema (no caso do ENEM). Tenha em mente que a conclusão não é hora de trazer questionamentos que ainda não tenham aparecido nos parágrafos de argumentação. Em outras palavras, não é o momento de trazer frases interrogativas e pensamentos que ficarão sem uma sugestão de resolução. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO Em geral, a conclusão tem cerca de cinco até oito linhas. É bom que não passe muito disso, para não “roubar” espaço dos parágrafos de desenvolvimento. Na conclusão deve aparecer: Fechamento das ideias; Retomada da tese; Solução concreta para o problema. A ESTRUTURA DE UM TEXTO DISSERTATIVO Com base no que foi exposto, é preciso que fique claro para você que um dos pontos mais importantes para a estrutura de um texto dissertativo é saber exatamente o que você vai abordar em cada parágrafo antes de começar o texto. Além disso, tenha sempre em mente que você precisa desenvolver os parágrafos em número limitado de linhas, então nada de “encher linguiça”: você precisa ser sucinto na hora de expor as ideias. Afinal, seu texto final deve ser uma redação de até 30 linhas. INTRODUÇÃO NOTA 1000 NO ENEM A introdução do texto dissertativo-argumentativo é uma parte tão importante quanto o desenvolvimento, que também demanda estratégia, pois é a parte que pode fazer com que o leitor continue ou pare a leitura. Por isso, ela deve ser clara, objetiva e bem direcionada para o que será desenvolvido ao longo do texto. INTRODUÇÃO NOTA 1000 NO ENEM Trata-se de uma parte inicial da redação que apresenta três finalidades importantes: 1. Mostrar que entendeu o tema; 2. Demonstrar que tem posicionamento diante do tema; 3. Indicar um projeto de texto. Para mostrar à banca que você entendeu o tema, é necessário respeitar todas as expressões que compõem o tema apresentado por ela. Desse modo, se o tema for “O legado da crise hídrica no Brasil”, se você fala sobre “crise hídrica”, mas se esquece de “legado” (consequências) e de “Brasil”, sua redação não terá a maior pontuação possível. Isso porque a banca vai considerar que seu texto abordou o assunto (genérico) e não o tema (específico). Observe a estrutura a seguir (Contextualização) Carga tributária é toda fonte de renda que deriva da arrecadação estatal de tributos, as contribuições de melhoria e as contribuições especiais, todas prefixadas em lei. + (tese – posicionamento do estudante) Apesar de existir uma obrigatoriedade dessa contribuição, pouso se vê aplicação desses recursos públicos – é o caso das estradas esburacadas e postos policiais sem o devido acostamento, o que prejudica a segurança dos rodoviários no Brasil. 1. Frases nominais seguidas de explicação O primeiro modelo simplificado de se começar uma introdução na Redação do Enem e ganhar a confiança da banca é estruturar fórmulas sem verbos e com a presença de substantivos e adjetivos para marcar uma sequência de imagens que serão levadas à mente do leitor. Observe o exemplo: “Filas, descaso, falta de medicamentos e ausência de profissionais da saúde. Este é o atual retrato da saúde pública brasileira, que necessita de mais atenção dos órgãos públicos para a sua efetiva funcionalidade. + posicionamento do estudante (tese). “ 2. Alusão histórica Uma outra estratégia interessante que pode atrair a atenção do leitor para o direcionamento do seu texto é fazer alusões históricas. Nela, o recorte temático pode ser justificado pelo contexto histórico, fato ou hábito cultural. A finalidade é explicar que determinada situação permanece ou sofre transformações devido a esses fatores. Observe exemplo: “Nos anos 80, o Brasil se tornou o país da imigração. Nesta década, também chamada de perdida, registrou-se inúmeros casos de brasileiros que deixaram o país buscando melhores condições de vida. Já no século XXI, o processo se inverteu: o país recebeu um significativo contingente imigratório, com pessoas vindo de vários países, principalmente latino-americanos. + posicionamento do estudante (tese)”. 3. Citação Outro recurso interessante e que ganha bastante destaque é a estratégia de se utilizar citação deoutras áreas do conhecimento, como Filosofia, Sociologia, etc. A citação pode ser usada de forma direta, com o uso de aspas para grifar a fala do autor, ou com de forma indireta rearticulando a fala do autor com suas próprias palavras. Observe o exemplo: “Segundo Focault, “O panóptico é uma máquina maravilhosa que, a partir dos desejos mais diversos, fabrica efeitos homogêneos de poder”. + posicionamento de estudante (tese).” 4. Analogia Outras ferramentas que podem ser usadas para introduzir um texto são as analogias. Nesta estratégia, busca-se comparar situações distintas pra provar certa semelhança. No entanto, é preciso atenção para não tentar aproximar dois elementos descabidos. Observe o exemplo: “A Finlândia vem sendo referência em desenvolvimento autossustentável, trazendo um bom exemplo do que a educação é capaz de proporcionar para os jovens do país para além do ensino tradicional. + posicionamento do estudante (tese) Em contrapartida, no Brasil, a realidade tem sido bem distinta. A falta de coleta seletiva nas grandes cidades, aliada ao desconhecimento sobre auto sustentabilidade nas escolas, tem sido um fator impactante nas políticas públicas.” 5. Definição Esta estratégia, que também é simples, é uma das mais comuns e utilizadas pelos estudantes, e não deixa de oferecer credibilidade para o leitor. A definição pode ser de vários tipos: histórica, teórica, de dicionário e até mesmo pessoal — baseada em suas experiências de vida e visão de mundo. Observe o exemplo: “Racismo consiste no preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em diferenças biológicas entre os povos.+ Posicionamento do estudante (tese). “ Como você pode perceber, são vários recursos que você pode utilizar para estruturar aquela introdução interessante e que vá direcionar o leitor para os pontos importantes que serão discutidos no texto. 6. COMENTÁRIO CONTEXTUALIZADO Um outro recurso é o chamado “comentário contextualizado”. Na hora de redigir, o autor busca em sua memória traços, detalhes, visões gerais ou particulares relacionados ao tema proposto pela banca. Não precisa ser técnico: pode simplesmente revelar, por exemplo, a visão que o senso comum tem sobre o assunto. COMENTÁRIO CONTEXTUALIZADO Veja no exemplo: No Brasil, a expressão Lei Seca pode ser definida como uma denominação dada popularmente a um conjunto de medidas que visam a restringir a prática da direção de automóveis a quem esteja sob o efeito de álcool. Em nossos dias, pode-se dizer que tal imprudência gera consequências que envolvem a maior parte da sociedade. Isso se evidencia não só pelo número de famílias atingidas diretamente por acidentes como pelo alto gasto de dinheiro público em relação a essas vítimas Perceba que o candidato propõe algum tipo de definição ou apresentação do tema e só então, após revelar que entende sobre o que vai dissertar, revela seu posicionamento, sua tese. O desenvolvimento no texto dissertativo- argumentativo Os parágrafos de desenvolvimento de uma redação são os espaços destinados para as argumentações. É ali que você vai defender sua tese, expor seu repertório sociocultural e seus argumentos. O desenvolvimento de uma redação O primeiro passo para escrever a redação do Enem é planejar a ESTRUTURA DO TEXTO. A recomendação básica é para você fazer um esqueleto com quatro parágrafos: um de introdução, dois de desenvolvimento e um de conclusão. A partir dessa estrutura vamos traçar o passo a passo de como fazer o desenvolvimento. Disponível em: Blog do ENEM Tese ou objetivo do texto Antes de começar a escrever o desenvolvimento de uma redação, é importante ter estabelecido a tese ou objetivo do texto na introdução. A tese é a ideia central que você pretende defender ao longo da redação. É a partir dela que você vai formular as ideias que vai defender em cada parágrafo do desenvolvimento. Mas, como estabelecer a tese? Temos uma dica que pode te ajudar nessa tarefa: pergunte-se o que você acha sobre o tema da redação. Geralmente, o tema apresenta uma problemática. Então, você pode perguntar mentalmente: qual problema está inserido nesta temática? Por que é um problema? Por que eu acho isso? A partir das suas respostas, você vai conseguir elaborar a tese. Por exemplo: numa redação sobre redes sociais, você pode estabelecer como objetivo mostrar que há uma necessidade de debate sobre a privacidade dos dados na internet. Com a tese estabelecida, você já pode partir para o desenvolvimento. Para isso, você pode se fazer uma nova pergunta: por que eu acho isso? Partindo das suas respostas, você deve formular duas ideias: uma para o primeiro parágrafo de desenvolvimento, e outra para o segundo. Cada ideia será o objetivo do seu parágrafo. A primeira ideia poderia ser, por exemplo, que as crianças têm acesso cada vez mais cedo às redes sociais. Já a segunda poderia ser a veiculação de anúncios personalizados para cada usuário. Como escrever o desenvolvimento de uma redação? Depois de estabelecidos os objetivos dos parágrafos, você vai precisar de 4 elementos para construir cada um dos seus parágrafos de desenvolvimento: afirmação, explicação, exemplificação e conclusão. Afirmação ou tópico frasal O primeiro elemento do parágrafo deve ser um tópico frasal. Isso significa que é preciso iniciar o parágrafo de desenvolvimento com uma afirmação do que você se propõe a fazer como objetivo do parágrafo. Por exemplo: “O acesso das crianças à internet e às redes sociais ocorre de maneira cada vez mais precoce”. Explicação Em seguida, você vai explicar a afirmação. Ou seja, vai explicar por que as crianças estão entrando em redes sociais cada vez mais cedo. Você poderia escrever, por exemplo, que a popularização do acesso à internet por meio de smartphones contribuiu para a introdução das crianças no mundo digital. Para corroborar sua explicação, poderia utilizar dados estatísticos, por exemplo. Exemplificação Também é importante dar exemplos para enriquecer a sua argumentação. É nesse momento que você deve utilizar o seu repertório sociocultural, citando uma atualidade, um livro, um filme, uma fala de alguém, um estudo, uma música, etc. Exemplo de parágrafo de desenvolvimento Em seguida, veja o exemplo de um parágrafo de desenvolvimento de uma redação que obteve nota mil no Enem de 2018. O tema era “Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet”. “Primeiramente, vale ressaltar o efeito que a falta de informação possui na manipulação das pessoas. Consoante à Teoria do Habitus elaborada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, a sociedade possui padrões que são impostos, naturalizados e, posteriormente, reproduzidos pelos indivíduos. Nessa perspectiva, a possibilidade da coleta de dados virtuais, como sites visitados e produtos pesquisados, por grandes empresas ocasiona a divulgação de propagandas específicas com o fito de induzir a efetivação da compra da mercadoria anunciada ou estimular um estilo de vida. Assim, o desconhecimento dessa realidade permite a construção de uma ilusão de liberdade de escolha que favorece unicamente as empresas. Dessa forma, medidas são necessárias para alterar a reprodução, prevista por Bourdieu, dessas estratégias comerciais que afetam negativamente inúmeros indivíduos”. (Vanessa Tude, 19 anos) Análise do parágrafo de Desenvolvimento Antes de iniciar a análise do parágrafo, é importante apontar que a autora do texto escreveu o seguinte na sua introdução: “a má utilização dessas tecnologias contribui com a manipulação comportamental dos usuários que se desenvolve devido não só à falta de informação popular como também à negligência governamental”. Portanto, sua tese era que a má utilização das tecnologias contribui para a manipulação comportamental dos usuários. Em seguida, ela já apontou os objetivos dos seus dois parágrafos de desenvolvimento.O primeiro, que utilizamos como exemplo, tem o objetivo mostrar que a falta de informação das pessoas contribui para a sua manipulação. Já no segundo, o objetivo será mostrar que a negligência governamental também contribui para essa manipulação. A essência no desenvolvimento de uma redação Enem. Objetivo do parágrafo: “Primeiramente, vale ressaltar o efeito que a falta de informação possui na manipulação das pessoas” Explicações: “Nessa perspectiva, a possibilidade da coleta de dados virtuais, como sites visitados e produtos pesquisados, por grandes empresas ocasiona a divulgação de propagandas específicas com o fito de induzir a efetivação da compra da mercadoria anunciada ou estimular um estilo de vida. Assim, o desconhecimento dessa realidade permite a construção de uma ilusão de liberdade de escolha que favorece unicamente as empresas”. Exemplificações: “Consoante à Teoria do Habitus elaborada pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu, a sociedade possui padrões que são impostos, naturalizados e, posteriormente, reproduzidos pelos indivíduos”. Conclusão: “Dessa forma, medidas são necessárias para alterar a reprodução, prevista por Bourdieu, dessas estratégias comerciais que afetam negativamente inúmeros indivíduos”. A coesão e coerência são elementos essenciais para trazer sentido à sua redação. Possuem significados muitos parecidos e as duas competências dão unidade ao texto, mas na prática há algumas diferenças. Segundo o Manual de Redação do ENEM, a coerência se relaciona à estrutura mais profunda do texto e a coesão atua na superfície textual, com elementos linguísticos que ajudam a compreender o texto de forma profunda. COESÃO A coesão se refere ao encadeamento do seu texto, à ordem sequencial e ligação harmoniosa entre as frases e os parágrafos. Essa ligação deve ser feita com mecanismos linguísticos como os: • Artigos • Advérbios • Pronomes • Conjunções • Preposições Exemplo de frase sem coesão: Eu gostaria de tirar uma boa nota na redação do Enem. Eu ainda não sei escrever um texto coeso. Repare que não há o uso de conectivos para fazer a ligação entre as frases. Em todo seu texto, os períodos e parágrafos devem ter os conectivos, elementos que fazem uma ponte entre o que já foi escrito e as próximas palavras. O certo seria usar um conectivo de oposição. Assim, a frase ficaria: “Eu gostaria de tirar uma boa nota na redação do Enem, mas ainda não sei escrever um texto coeso”. COERÊNCIA Já a coerência diz respeito à lógica interna do texto. Não adianta um texto estar gramaticalmente correto e coeso se a mensagem transmitida por ele não for lógica. Em seu texto não podem haver argumentos sem explicação, contradições ou frases soltas sem sentido. Exemplo de frase sem coerência: Gostaria de tirar uma boa nota na redação do Enem, então vou faltar no dia da prova e ficar estudando em casa. Perceba que a frase está correta gramaticalmente e tem os conectivos necessários, porém não tem lógica. Não faz sentido querer um bom desempenho na redação do Enem sem nem comparecer à prova. Como são avaliadas na redação do ENEM A coerência e coesão são aspectos analisados pelos avaliadores das redações do Enem, nas competências 3 e 4, respectivamente. De acordo com o Manual de Redação do ENEM, a Competência 3 avalia a coerência do texto e se as ideias apresentadas são válidas. Já a Competência 4 irá analisar o uso dos recursos linguísticos para sequenciar as partes do texto. Disponível em: https://enem.inep.gov.br/ A seguir o exemplo de uma redação nota mil de 2017, publicada no Manual de Redação de 2018, com o tema “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”. A redação é coesa pois a autora utiliza vários recursos coesivos, grifados no texto, para emendar as frases e parágrafos. https://enem.inep.gov.br/ Imagine se ela escrevesse: “Na contemporaneidade, tal barbárie não ocorre mais, por isso há grandes dificuldades para garantir aos deficientes – em especial os surdos – o acesso à educação”. A troca do conectivo de oposição "porém” pelo conectivo de conclusão “por isso” mudou todo o sentido da frase e da proposta da aluna, dando a entender até que ela seria favorável ao que acontecia na Antiguidade. A candidata também mantém sua coerência na redação ao defender que “há grandes dificuldades para garantir aos deficientes o acesso à educação”. Ela justifica sua posição por dois pontos: o “preconceito ainda existente na sociedade” e a “falta de atenção do Estado à questão”, itens que ela argumenta no segundo e terceiro parágrafo, respectivamente. Por fim, ela apresenta uma proposta de intervenção que aponta soluções para os dois sujeitos citados, o Estado e a sociedade. A redação se tornaria incoerente e sem sentido se a candidata defendesse argumentos que não foram citados na introdução, que não tivessem base que os comprovem ou que fossem sem sentido lógico. O mesmo vale para a conclusão, que deve trazer ideias possíveis e que resolvam as questões apresentadas durante o texto. Disponível em: Blog Arrase ENEM As competências na redação do ENEM – Parte 1 Quais são as 5 competências da redação do ENEM que são avaliadas? Competência I: demonstrar domínio da norma culta da língua portuguesa; Competência II: compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo; Competência III: selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista; Competência IV: demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação; Competência V: elaborar proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. Como a pontuação é atribuída? Como vimos, a pontuação será atribuída com base na análise das competências da redação do Enem. No total, você pode tirar até 1000 pontos só nessa etapa, e ela tem peso de 20% no resultado final da prova. Portanto, dividindo o valor total dessa etapa entre as 5 competências da redação do Enem que vimos acima, cada uma delas vale 200 pontos. Então, para atribuir a nota de cada competência, o corretor irá avaliar em qual nível você se encontra. Eles são os seguintes: desclassificado: 0 pontos; precário: 40 pontos; insuficiente: 80 pontos; mediano: 120 pontos; bom: 160 pontos; ótimo: 200 pontos. Disponível em: Blog Imaginie Agora que já deu para saber quais critérios os corretores utilizam para avaliar sua redação, vamos ao próximo passo que é a fundo as competências da redação do Enem para saber como você pode tirar 200 pontos em cada uma delas. 1. Competência I Em linhas gerais, essa é uma das competências da redação do Enem que avalia se o candidato tem noções claras sobre a distinção da modalidade escrita e a oral. Vamos parar para pensar: com a internet, nós estamos sempre escrevendo. Seja para enviar uma mensagem de texto para um amigo, publicar o famoso textão nas redes sociais. O desafio é que, nas plataformas digitais, o uso da língua portuguesa é empregado de maneira mais coloquial do que formal, que é o exigido em avaliações como a do ENEM. Níveis da competência I O candidato tem a competência I desconsiderada (ou seja, quando tira nota zero nesse item) ao mostrar total falta de conhecimento da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa. O desempenho é considerado precário quando são notados desvios gramaticais graves e recorrentes, que passam pela: ortografia; pontuação; concordância; acentuação e assim por diante. É insuficiente o desempenho do candidato na competência I quando são notados muitos desvios gramaticais, como escolha de registro e de convenções de escrita, muitos traços de oralidade e algumas gírias ao longo da construção textual.A avaliação mediana considera que o aluno teve alguns desvios da língua portuguesa — mesmo que sejam poucos erros considerados graves ou gravíssimos, ou, ainda, vários deslizes leves. O fato de não haver uso adequado da concordância verbal ou nominal não impede o candidato de enquadrar-se nesse nível na competência I, desde que não sejam configuradas falta de domínio da norma culta. O candidato que possui um bom nível nessa competência traz no texto poucos desvios gramaticais leves. Por isso, se há uma falha ou outra de concordância verbal ou nominal na prova de redação, é dado um peso menor para esses erros, por entender que o aluno compreendeu o conteúdo e trata-se de uma falha eventual. No caso de um desempenho ótimo, o estudante demonstra um excelente domínio da língua portuguesa, com pouco ou nenhum desvio gramatical (são aceitos em caso de excepcionalidade, ou seja, quando não há reincidência do mesmo erro no texto). 2. Competência II Quando se trata da competência II, vários estudantes acabam apresentando falhas em suas redações. Por isso, é muito importante estar atento a ela! Esse critério avalia bem a capacidade de interpretação do texto que o candidato possui, pois, ao fugir do tema, ele demonstra um indício de não ter conseguido compreender a proposta da prova. Pelo fato de terem textos de apoio na exposição do tema, mesmo que não tenha domínio sobre o assunto, o aluno, em tese, tem condições de atender a esse pré-requisito. Níveis da competência II No caso dessa competência, o desempenho é desconsiderado completamente quando o autor do texto foge completamente do tema e não apresenta a estrutura completa da dissertação- argumentativa, tipo de texto exigido para a prova do Enem. O desempenho precário é percebido pelos avaliadores quando o inscrito apresenta o tema, mas tangencia o assunto. Trocando em miúdos: fica numa superficialidade que beira o desconhecimento grande sobre o tema (um forte indício de que faltou condições de interpretação). Outra característica da redação enquadrada neste nível é a apresentação de traços constantes de outros tipos textuais (tais como narração ou descrição, por exemplo). A avaliação é considerada insuficiente na competência II quando o candidato reproduz cópia de trechos do material de apoio (também conhecidos como textos motivadores). Outra percepção dos examinadores é a ausência da estrutura textual dissertativa-argumentativa, sem ter claros os aspectos de introdução, argumentação e conclusão. Mediana é a qualificação atribuída aos candidatos com argumentação óbvia ou previsível, mas com mais clareza sobre a estrutura de redação exigida na prova do Enem. Embora ainda sem apresentação com propriedade dos componentes desse tipo textual. O desempenho é considerado bom quando o inscrito possui uma argumentação consistente, com linha de raciocínio que atende ao formato do texto dissertativo-argumentativo , passando pela proposição, argumentação e conclusão. Já o desempenho máximo, ou ótimo, é atribuído pelos avaliadores quando há argumentação consistente, notada a partir de um repertório sociocultural produtivo, e com zelo e domínio das etapas que compõem o tipo de texto da prova do Enem. 3. Competência III Entre as competências da redação do Enem, a competência III está intimamente ligada à capacidade de compreensão do tema e à relação dele com o repertório sociocultural do inscrito. Por isso, ela tem bastante relação com a sua vivência e experiências adquiridas ao longo de sua vida escolar. Porém, você sempre pode potencializar essa qualidade a partir de exercícios de leitura, debates, dentre outras estratégias. Nessa competência do Enem é esperado que você organize o conhecimento que possui em defesa de um ponto de vista pessoal dentro do tema estipulado. Níveis da competência III Na competência III, a nota zero é atribuída à prova de redação do candidato que apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema, sem que haja defesa de ponto de vista. O desempenho é considerado precário quando há pouca relação dos dados apresentados com o tema e, ainda, opiniões incoerentes que levam o autor a não defender um ponto de vista. O nível insuficiente é entendido pelos examinadores quando há exposição de informações e fatos sobre o tema, mas de maneira desorganizada e contraditória. Outro elemento percebido é que o conhecimento apresentado restringe-se aos dados trazidos nos textos motivadores. É considerado mediano o texto que traz informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas ainda centrados apenas nos argumentos propiciados pelos textos de apoio. Já em uma avaliação considerada boa, o inscrito traz o conteúdo dentro do tema, de maneira organizada, e com indícios de autoria e defesa de ponto de vista. Por fim, o ótimo desempenho é notado quando o candidato traz os dados todos totalmente relacionados ao assunto proposto, de modo organizado e consistente. 4. Competência IV Um dos pontos fortes do texto dissertativo, a argumentação, recebe uma atenção especial nas competências da redação do Enem. Os 200 pontos da competência IV são destinados aos candidatos que apresentam uma excelente capacidade de estruturar o texto e apresentar, de maneira coesa e fundamentada, os argumentos. Esses requisitos facilitarão no processo de defesa do ponto de vista. Níveis da competência IV A nota zero é atribuída ao texto que não dispõe de marcas de articulação e com ideias totalmente fragmentadas, sem apresentar uma ordem lógica e clara. O desempenho precário é percebido nas redações cujos autores apresentam as informações de maneiras um pouco mais coesas, mas ainda bem fragmentadas. Já o nível insuficiente da competência IV é notado em textos que apresentam inadequações na formatação e pouco conhecimento de recursos coesivos (conjunto de mecanismos linguísticos que ajudam a estabelecer relações de sentido no texto). Os examinadores qualificam como mediana, nesta competência, a redação que apresenta articulação das partes do texto abaixo do adequado, cujo repertório do autor é pouco diversificado dos recursos que dão lógica e clareza. Diferente dos anteriores, o candidato que tem um desempenho bom neste item traz ao texto poucas inadequações de argumentação, inserindo as informações com clareza e repertório diversificado. E, como ótimo, está o inscrito que consegue articular muito bem o texto, utilizando-se de conhecimento diversificado sobre o assunto e com vários recursos que garantem a lógica e clareza da sua redação. 5. Competência V Essa faz parte das competências da redação do Enem que tem, nas últimas edições do Exame, apresentado o pior desempenho na média dos inscritos. A expectativa é a de que o candidato proponha alguma ideia para solucionar um problema relacionado no tema. Na competência V, os examinadores redobram as exigências para fazer com que as propostas estejam em concordância com os direitos humanos, considerando valores universais de cidadania, liberdade e diversidade sociocultural. Níveis da competência V Os textos que têm nota zero na competência V não apresentam proposta de intervenção ou a que é trazida pelo autor não tem relação nenhuma com o tema tratado. É encaixada no nível precário a redação que apresenta uma proposta de intervenção vaga ou muito abrangente, relacionada apenas ao assunto central. Já no nível insuficiente, o candidato traz uma proposta que não está articulada com a discussão desenvolvida no texto, fugindo da lógica presente previamente. O desempenho mediano é atribuído ao aluno que traz ao texto uma proposta de intervenção mais conectada ao tema e à argumentação trazida. O que difere dos que se enquadram na avaliação boa é que, nesse caso, a redação dispõe de uma proposta ligada ao tema e sintonizada ao que foi relacionado nas linhas anteriores. E, por fim, o desempenhoótimo é atribuído aos estudantes que apresentam uma proposta de intervenção muito boa, detalhada, e com total relação com o assunto central e aquilo que foi trazido por ele ao longo de seu texto. Como cumprir todas as competências da redação do Enem Primeiramente, conhecer como a sua redação será avaliada no Enem é fundamental para que você foque os seus estudos naquilo que precisa se desenvolver. Porém, saber o que o corretor leva em consideração para pontuar o seu texto não é suficiente para conseguir uma boa pontuação na prova. Assim como para as demais áreas de conhecimento, é fundamental que você se prepare para a etapa de redação do Enem. ANÁLISE DE REDAÇÕES NOTA 1.000 A estudante Luiza de Souza Mamede, 18, de Goiânia (GO), foi um dos 22 candidatos que atingiram a pontuação máxima na redação do Enem 2021. O tema proposto na edição foi “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”. O texto de Luiza segue o gênero de dissertação argumentativa, padrão do exame, e se divide em quatro parágrafos. Ao longo do texto, a estudante cita o despertar da democracia na cidade grega Atenas, o filósofo Aristóteles e o jornalista e escritor Gilberto Dimenstein. Disponível em: https://enem.inep.gov.br/ INTRODUÇÃO Uma referência quando o assunto é democracia é a antiga cidade grega Atenas, onde surgiu essa forma de governo com a participação popular na política e a valorização da cidadania, a qual, contudo, era bastante restrita, visto que excluía mulheres, estrangeiros e escravos. Nesse sentido, é possível observar que o Brasil atual vive uma situação análoga à ateniense, dado que, mesmo sendo uma democracia - neste caso, indireta - quase 3 milhões de brasileiros, segundo projeção do IBGE, não possuem registro civil, não sendo por isso, reconhecidos como cidadãos. Assim, torna-se imprescindível discutir essa situação, pois ela repete erros antigos ao privar grupos sociais da participação democrática e se perpetua por conta da morosidade do Estado que afeta direitos constitucionais. A introdução do texto cumpriu com a função fundamental dessa etapa da dissertação, que consiste em apresentar o tema proposto a partir de uma problematização e de um viés de análise. No caso específico do tema do Enem 2021, o candidato acerta ao indicar que o problema social proposto consiste na negação da cidadania à parcela populacional que não possui registro civil, interpretação sugerida na frase-tema da prova e cuja abordagem caberia aos candidatos. Além disso, ao estabelecer um paralelo com a cidade ateniense, o texto encontrou um meio para a apresentação da sua tese, que aponta para a privação de direitos e a morosidade do Estado como parte do detalhamento desse debate. Essa divisão da análise em duas partes corresponde à organização do detalhamento argumentativo que virá nos dois parágrafos de desenvolvimento a seguir. DESENVOLVIMENTO I Sob essa ótica, cabe frisar que a garantia de registro civil a todos os brasileiros é essencial e urgente porque permite a sua participação na sociedade. Acerca disso, o filósofo grego Aristóteles, segundo o conceito de Zoon Politikon, afirmava que o ser humano é um animal político e que a sua finalidade é a obtenção da felicidade, adquirida ao exercer o que lhe é substancial: pensar e viver em sociedade. Dessa forma, evidencia-se a problemática da falta de acesso à cidadania no Brasil, uma vez que as pessoas que não são reconhecidas pelo Estado, devido à falta de documentação, são, por conseguinte, privadas da participação política e negligenciadas pela sociedade, impedidas de exercer a sua finalidade e alcançar a felicidade. DESENVOLVIMENTO II Ademais, é válido apontar que essa exclusão política e social vem sendo perpetuada pela lentidão administrativa do Estado. Nesse contexto, relembra- se que o sociólogo Gilberto Dimenstein, em sua obra “O Cidadão de Papel”, afirma que, embora o Brasil possua um sólido aparato legislativo, ele mantém-se restrito ao plano teórico. Dessa maneira, verifica-se a materialização do apontado por Dimenstein no fato de que os direitos previstos na Constituição Cidadã de 1988 não são garantidos a todos os brasileiros na prática, o que ocorre em grande parte devido à burocracia e à morosidade do Estado, que dificultam o registro dessas pessoas. Logo, sem documento, esses cidadãos invisíveis são privados do pleno acesso aos seus direitos constitucionais. O candidato demonstra um bom domínio da articulação entre as partes do texto ao iniciar o terceiro parágrafo indicando a continuidade da sua linha argumentativa por meio do elemento coesivo aditivo “Ademais” (vale destacar que, ao longo de todo o texto, o candidato demonstra bom uso dos elementos articuladores da argumentação em geral). Quanto ao detalhamento argumentativo, como previsto na introdução, o terceiro parágrafo do texto se propôs a abordar o outro aspecto da tese, segundo o qual o Estado tem responsabilidade nesse problema social ao atuar de forma lenta e ineficiente no registro civil de seus cidadãos. A referência à obra do jornalista e escritor Gilberto Dimenstein serviu para a ilustração do ponto principal dessa etapa do texto, que consiste em destacar a contradição entre a teoria e a prática na garantia dos direitos aos cidadãos que vivem no Brasil. Assim, atingiu também outro aspecto importante que fora sugerido pelo tema do Enem 2021: a invisibilidade social. CONCLUSÃO Portanto, infere-se que é mister que o Estado - cumprindo seu papel de garantir a cidadania a todos os brasileiros e de efetivar a Constituição Federal - combata as razões de sua própria lentidão por meio do destino de verbas para a construção de novas zonas de registro e para a contratação de profissionais para esse fim. Isso deve ser feito a fim de que não mais existam grupos excluídos da participação democrática, como ocorria em Atenas, e se garantam cidadania e os direitos, além da plena vivência política, a toda a população do Brasil. Ao finalizar seu texto, cumprindo com a última etapa necessária à dissertação, o candidato reitera a tese defendida na introdução e organiza uma proposta de ação social. De forma adequada às expectativas da prova de redação do Enem, essa proposta aparece detalhada, pois apresenta os cinco elementos necessários à compreensão da medida defendida: o ator social (quem fará?), a ação propriamente dita (o que deve ser feito?), o meio ou modo de execução (como pode ser feito?), a finalidade (qual o efeito esperado?) e uma especificação de algum desses elementos (qual o melhor (qual o melhor detalhamento?). Após esse trabalho, o candidato arremata o texto com a retomada da referência a Atenas e, assim, encerra a reflexão em torno da superação da invisibilidade social e da consequente garantia da cidadania aos brasileiros. ANÁLISE DE REDAÇÕES NOTA 1.000 - PARTE 2 "Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil" foi o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio. Vamos analisar a redação nota 1000 da Evely Lima, 20 anos, de Lagoa dos Velhos/RN. Textos Motivadores Disponível em: https://enem.inep.gov.br/ INTRODUÇÃO A Constituição Federal de 1998, norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro, assegura os direitos e o bem-estar da população. Entretanto, quando se observa a deficiência de visibilidade do registro civil como forma de garantir o acesso à cidadania no Brasil, verifica-se que esse preceito é constatado na teoria e não desejavelmente na prática. Dessa forma, essa realidade se deve à inoperância estatal e à alienação social. DESENVOLVIMENTO (Parágrafo 1) Primeiramente, vale ressaltar que à débil ação do Poder Público, possui íntima relação com o revés. Acerca disso, Thomas Hobbes, em seu livro “Leviatã” defende a obrigação do Estado em proporcionar meios que auxiliem o progresso do corpo social. As autoridades, todavia, vãode encontro com a ideia de Hobbes, uma vez que possuem um papel inerte em relação a invisibilidade de pessoas sem o registro civil e, por consequência disso, dados de uma pesquisa estabelecida pelo IBGE, em 2015, estima-se que mais de 2 milhões de pessoas não possuem a certidão de nascimento, mostrando um alto teor de cidadãos em maioria pobres e negros, excluídos de existirem no corpo civil. Assim, parcela dessas vítimas vive à margem da sociedade, pois não existem políticas públicas eficazes como benefícios sociais. DESENVOLVIMENTO (parágrafo 2) Ademais, uma grande parcela da população se mostra alienada. O intitulado “Paradoxo da Moral”, é um livro escrito pelo musicólogo Vladimir Jankélévitch para exemplificar a cegueira ética do homem moderno, ou seja, a passividade das pessoas frente aos impasses enfrentados pelo próximo. De maneira análoga, percebe-se que a garantia de acesso à cidadania, encontra um forte alicerce na estagnação social. Essa situação ocorre porque, infelizmente, a sociedade não se movimenta em prol da erradicação dessa problemática, pelo contrário, ela adquire uma posição individualista por não mensurar como a falta de um registro civil causa como a impossibilidade de retirar outros documentos precisos. Logo, é essencial superar esses preceitos que atestam, sobretudo, um cenário intolerante. CONCLUSÃO Fica evidente, portanto, a necessidade de garantir o acesso à cidadania para todos no Brasil. Destarte, o governo federal, responsável por administrar o povo e os interesses públicos, com o apoio do Ministério da Cidadania, a partir de medidas governamentais destinadas à pasta, deve disponibilizar benefícios financeiros sociais para cidadãos que não tenham como pagar a retirada de um registro civil. Essa ação será realizada com o intuito de custear a posse desse documento importante, para que também, a sociedade não naturalize a intolerância que a permeia. Dessa maneira, com a conjuntura de tais ações, os brasileiros verão o direito garantido pela Constituição, como uma realidade. Disponível em: https://enem.inep.gov.br/ ANÁLISE DE REDAÇÕES NOTA 1.000 – PARTE 3 O tema da redação do Enem 2020 foi “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. Os candidatos tiveram que fazer um texto dissertativo-argumentativo, apresentar opiniões e organizar a defesa de um ponto de vista. Para os professores ouvidos pelo G1, o tema foi considerado "pertinente" e "acertado", mas os alunos devem ficar atentos à palavra "estigma" para desenvolver a argumentação. "O aumento de brasileiros buscando tratamento mental tem aumentado, e o cenário pandêmico ocasionado pela Covid-19 acentuou ainda mais o número de brasileiros que sofrem de algum transtorno mental, como a ansiedade. Há várias esferas de discussão e o estudante deve atentar para a carga que o termo "estigma" traz. (Vinícius Beltrão, professor de Linguagens e Integrador Pedagógico do SAS Plataforma de Educação) "Tema importante, pertinente e dentro do padrão esperado para o Enem. Eles apresentam uma situação problema dentro da realidade brasileira. Neste caso, candidatos deveriam propor caminhos para vencer o estigma que persegue vários brasileiros que têm doença mental", afirma. (Milton Costa, professor do Curso Pré-Vestibular Oficina do Estudante) Disponível em: https://enem.inep.gov.br/ Considerando os textos motivadores e a proposta de redação acima, que traz o tema “O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira”. A seguir iremos analisar a redação nota 1000 de Julia Vieira (MA). Disponível em: https://enem.inep.gov.br/ INTRODUÇÃO: No filme estadunidense “Coringa”, o personagem principal, Arthur Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um desafio a ser sanado. Isso ocorre, seja pela negligência governamental nesse âmbito, seja pela discriminação desta classe por parcela da população verde- amarela. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga social seja resolvida, a fim de que o longa norte- americano não mais reflita o contexto atual da nação. DESENVOLVIMENTO (Parágrafo 1) Nessa perspectiva, acerca da lógica referente aos transtornos da mente, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à omissão estatal neste caso. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país que apresenta o maior número de casos de depressão da América Latina e, mesmo diante desse cenário alarmante, os tratamentos às doenças mentais, quando oferecidos, não são, na maioria das vezes, eficazes. Isso acontece pela falta de investimento público em centros especializados no cuidado para com essas condições. Consequentemente, muitos portadores, sobretudo aqueles de menor renda, não são devidamente tratados, contribuindo para sua progressiva marginalização perante o corpo social. Este quadro de inoperância das esferas de poder exemplifica a teoria das Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, que as descreve como presentes na sociedade, mas que não cumprem seu papel com eficácia. Desse modo, é imprescindível que, para a refutação da teoria do estudioso polonês, essa problemática seja revertida. DESENVOLVIMENTO (PARÁRAFO 2) Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa questão, é fundamental o debate acerca da aversão de parte dos civis ao grupo em pauta, uma vez que ambos são impasses para sua completa socialização. Esse preconceito se dá pelos errôneos ideais de felicidade disseminados na sociedade como metas universais. Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos entre os “fortes” e os “fracos”, em que tais fracos, geralmente, integram a classe em discussão, dado que não atingem essas metas estabelecidas, como a estabilidade emocional. Por conseguinte, aqueles que não alcançam os objetivos são estigmatizados e excluídos do tecido social. Tal conjuntura segregacionista – os que possuem algum tipo de transtorno, nesse caso — na teia social. Dessa maneira, essa problemática urge ser solucionada para que o princípio da alemã seja validado no país tupiniquim CONCLUSÃO Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. Para isso, compete ao Ministério da Saúde investir na melhora da qualidade dos tratamentos a essas doenças nos centros públicos especializados de cuidados, destinando mais medicamentos e contratando, por concursos, mais profissionais da área, como psiquiatras e enfermeiros. Isso deve ser feito por meio de recursos autorizados pelo Tribunal de Contas da União – órgão que opera feitos públicos – com o fito de potencializar o atendimento a esses pacientes e oferecê-los um tratamento eficaz. Ademais, palestras devem ser realizadas em espaços públicos sobre os malefícios das falsas concepções de prazer e da importância do acolhimento dos vulneráveis. Assim, os ideais inalcançáveis não mais serão instrumentos segregadores e, finalmente, a cotação de Fleck não mais representará a dos brasileiros. COMO FAZER A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM A proposta de intervenção é uma exigência da redação do Enem na qual você precisa indicar uma ação que ajude a combater o problema exposto no tema. Ela possui 5 elementos: ação, agente, modo, efeito e detalhamentos. Como fazer uma proposta de intervenção É na conclusão do seu texto dissertativo- argumentativo que você terá de apontar uma saída para o problema exposto na introdução. A solução, portanto, deve estar de acordo com o restante do texto. Coesão e consistência valem pontos nesta hora. Mas, como fazer uma proposta de intervenção correta e completa? Elementos da proposta de intervençãoSua proposta de intervenção precisa ter 5 elementos: 1. Ação (o que?) 2. Agente (quem?) 3. Modo (como?) 4. Efeito (para quê?) 5. Detalhamento (explicação e exemplos) Portanto, não é suficiente citar uma intervenção de maneira genérica, sem explicar quem seria o responsável ou de que forma seria colocada em prática. Ação A sua proposta de intervenção deve partir de uma ação concreta para intervir no problema. Para isso, pergunte a si mesmo: “o que é possível fazer para intervir no problema apresentado no tema?”. Normalmente, essa ação vai ser marcada por um verbo propositivo. É comum que os candidatos pensem no verbo “conscientizar” como ação da proposta de intervenção. No entanto, esse não é um verbo válido como ação. Isso porque a conscientização não é uma ação visível. “Conscientizar” acaba sendo mais um efeito da proposta do que uma ação em si. Pense no que você poderia fazer para criar a conscientização. Por exemplo: “é preciso criar campanhas a fim de conscientizar a população”. Nesse caso, “criar campanhas” é a ação, e “conscientizar a população” é o efeito. Agente Depois de pensar na ação, você deve informar quem seria o responsável pelo seu planejamento e execução. É muito comum que a responsabilidade seja de órgãos governamentais, como ministérios, prefeituras e secretarias. Outras possibilidades de agentes são as famílias, escolas e ONGs. Modo Também é necessário deixar marcado de que modo a ação será colocada em prática. No caso da criação de campanhas, por exemplo, para apresentar o modo você poderia escrever que elas se efetivariam por meio da divulgação na televisão e rádio. Uma dica para você indicar o modo é utilizar a expressão “por meio de…”. Efeito O efeito se refere ao objetivo da ação que você está propondo. É o resultado que você espera obter com a sua intervenção. Se o tema da redação fosse “obesidade infantil”, por exemplo, você poderia escrever que “é importante criar campanhas a fim de diminuir a obesidade infantil”. “Diminuir a obesidade infantil” seria o efeito da ação escolhida. Detalhamento Você já deve ter ouvido falar que a proposta de intervenção do Enem precisa ser detalhada e ficou desesperado achando que teria que fazer várias propostas. Mas não precisa, viu? É necessário fazer uma única proposta completa e bem detalhada. Os detalhamentos nada mais são do que exemplos e explicações sobre os 4 elementos que vimos até aqui (ação, agente, modo e efeito). Vamos a um exemplo para que você entenda melhor. Suponha que a sua ação e agente sejam descritos da seguinte maneira: “É preciso que o Ministério da Saúde promova a criação de campanhas”. Com a adição de detalhamentos, a frase poderia ficar assim: “É preciso que o Ministério da Saúde promova a criação de campanhas que relacionem a ingestão de fast-food com a deficiência nutricional.” Pronto! Sua proposta já estará mais detalhada. Bastaria acrescentar o modo e o efeito. Disponível em: Blog do ENEM Os três passos de uma conclusão para a redação do Enem. Retrospectiva: os temas dos últimos anos Em suas edições mais recentes, o Enem trouxe temas importantes para as suas propostas de redação. Todos envolviam questões sociais, incentivando o diálogo e o posicionamento dos candidatos sobre os mais variados problemas da sociedade brasileira. Sendo assim, a característica mais marcante das redações do exame é a opção por temáticas atuais. Confira os dez últimos temas cobrados na redação do Enem: 2021: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil 2020: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira 2019: Democratização do acesso ao cinema no Brasil 2018: Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet 2017: Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil 2016: Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil 2015: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira 2014: Publicidade infantil em questão no Brasil 2013: Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil 2012: Movimento imigratório para o Brasil no século XXI 2011: Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado 2010: O trabalho na construção da dignidade humana 2009: O indivíduo frente à ética nacional Como se preparar para a redação? Além de conhecer as redações dos anos anteriores e as características-chave do exame, o candidato também deve estar atento ao seu processo de preparação, já que pequenos detalhes podem fazer toda a diferença no resultado final da prova. Confira algumas dicas: Conheça o edital Antes de iniciar os seus estudos, leia o edital do exame e a cartilha do participante. Atente às regras da redação e compreenda todas as questões técnicas importantes, como quantidade mínima de linhas e necessidade ou não de colocar título no texto, por exemplo. Além de conhecer a estrutura da prova, confira também quais são as competências cobradas pela banca examinadora e como elas serão avaliadas. Leia muito! Estar atento às atualidades é a maneira ideal de se preparar para a redação. Ao escrever o texto, a sua bagagem cultural e os seus conhecimentos adquiridos serão muito importantes! Portanto, leia muito, principalmente sobre os temas que podem ser cobrados no exame. Crie o hábito de acompanhar as notícias e as suas repercussões, procure por reportagens, documentários, filmes e textos reflexivos sobre os conteúdos e construa o seu posicionamento crítico sobre os assuntos. Pratique bastante Escrever uma dissertação argumentativa pode ser mais tranquilo quando você já está habituado a esse formato de texto. Então não deixe de praticar durante a preparação para a prova, OK? Procure escrever pelo menos uma redação a cada quinze dias e, quando a prova se aproximar, faça um ou dois textos por semana. Aproveite os temas das edições passadas e exercite as suas habilidades com eles, controlando também o tempo que você utiliza para executar a proposta. Fique atento aos textos motivadores Em algumas edições anteriores, o tema apresentado para a redação do Enem era muito amplo e poderia levar o candidato por um caminho que a banca não esperava. Por isso, treine também a sua percepção dos textos motivadores apresentados nas provas antigas. Esteja atento ao conteúdo dos trechos citados e sempre utilize-os para fundamentar o texto e auxiliar no recorte do tema em questão. A diferença entre Tema e Assunto na redação Constantemente percebe-se a confusão entre o que é assunto e o que é tema na Redação Enem. Você deve tomar cuidado, pois se isso não ficar bem claro, você poderá zerar sua redação. Vamos entender o que é cada um, então: Disponível em: Blog do ENEM O assunto tem um significado mais amplo, mais genérico e pode ser desdobrado em temas. Observe, por exemplo: Cidadania, Ecologia, Terrorismo, Horári o Político; todos são assuntos, não há delimitação. O que é o Tema? O tema é um recorte do assunto. Ele acarreta necessariamente um ponto de vista e dá margem à discussão. Não se esqueça de que nas redações são apresentados temas, portanto não fale da ideia geral, respeite o tema da Redação Enem. Suponhamos que na sua proposta de redação há uma abordagem sobre cidadania, que no final culmina no tema solicitado: O direito e o dever de votar do cidadão. Na introdução, para não fugir ao tema, você deverá contextualizá-lo dentro do assunto: Uma das formas do cidadão exercer sua cidadania é por meio do voto. A partir daqui, apresentar seu ponto de vista em relação ao voto e, por fim, apresentar os argumentos que sustentem sua tese na Redação Enem. Você observou que a discussão não será acerca da cidadania em si, mas sobre o poder do voto para defendê-la? Então, não é facinho, facinho? Boa preparação para você na Redação Enem agora que já esclareceu o que é o Tema, e o que é o Assunto. Veja as dicas para não se perder no Tema da RedaçãoO Tema está contido no assunto Tema x Assunto – Se ficou alguma dúvida, vai aqui uma nova forma de abordagem: O tema está contigo no assunto. Ou seja, o Assunto é de maior amplitude, tem característica mais global, enquanto o Tema é um determinado recorte ‘dentro do assunto’. O segredo está na boa capacidade de leitura e interpretação do Enunciado da Redação, que será o seu ponto de instigação, o seu ponto de partida. Tese é o ponto de vista do autor sobre o Tema. O que o autor pensa, defende e acredita sobre o assunto. A Tese será positiva (favorável) ou negativa (desfavorável) à ideia núcleo. Para fundamentar teoricamente a sua Tese, o redator fará uso de argumentos, fatos, exemplos, dados, citações, etc., na tentativa de convencer, persuadir o interlocutor a concordar com o seu pensamento crítico. Vamos a um exemplo, com a introdução de um texto sobre a violência: “Muitos discutem a crescente violência dos dias atuais como algo exterior e nunca como um movimento que inicia em si mesmo. Isso se dá por conta do individualismo exacerbado vivido hodiernamente e por conta da irreflexão de atos, como o consumo de drogas, que pioram ainda mais a situação”. A Tese é o que se diz do assunto, no caso, a violência como um movimento que começa dentro de cada um. Guia da Redação do Enem O MEC também colocou dentro do Guia da Redação do Enem exemplos de textos Nota 1000 avaliados como muito bons pela equipe do Ministério e do INEP, que é o orgão vinculado ao MEC e responsável pelo Enem. Depois do resumo você tem um botão para fazer o download se quiser fazer a leitura na íntegra. Elementos da Redação A síntese do MEC sobre a Redação do Enem envolve quatro focos para o seu texto: 1. Atenção ao Tema que estiver proposto no Enunciado; 2. Criar uma Tese a respeito da problemática apresentada; https://blogdoenem.com.br/wp-content/uploads/2013/12/reda%C3%A7%C3%A3o-enem-diferen%C3%A7a-entre-Tema-e-Assunto.jpg 3. Apresentar Argumentos em defesa da Tese que você criar; e, 4. Concluir com uma Proposta de Intervenção Social, considerando a perspectiva dos Direitos Humanos. Veja o que vale pontos A nota máxima é de 1000 pontos, que estão divididos em Cinco Competências, valendo 200 pontos cada uma delas: A – Domínio da escrita formal do Português; B – Compreensão e desenvolvimento do Tema no estilo do texto dissertativo-argumentativo; C – Selecionar fatos, informações e etc. em defesa do ponto de vista apresentado; D – Demonstrar conhecimento linguístico para construir a argumentação; e, E – Elaborar a Proposta de Intervenção Social na perspectiva dos Direitos Humanos. O texto de cada candidato será corrigido por dois professores, sem que um saiba da nota atribuída pelo outro. Se a diferença entre as notas for maior que 100 pontos, ou se em uma das cinco competências a diferença for superior a 80 pontos, um terceiro professor corrige também. 3. Competência III Porém, você sempre pode potencializar essa qualidade a partir de exercícios de leitura, debates, dentre outras estratégias. Nessa competência do Enem é esperado que você organize o conhecimento que possui em defesa de um ponto de vista pessoal dentro ... Níveis da competência III 4. Competência IV Níveis da competência IV 5. Competência V Níveis da competência V Como cumprir todas as competências da redação do Enem COMO FAZER A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO DA REDAÇÃO DO ENEM A proposta de intervenção é uma exigência da redação do Enem na qual você precisa indicar uma ação que ajude a combater o problema exposto no tema. Ela possui 5 elementos: ação, agente, modo, efeito e detalhamentos. Como fazer uma proposta de intervenção Elementos da proposta de intervenção Ação Agente Modo Efeito Detalhamento Retrospectiva: os temas dos últimos anos Como se preparar para a redação? Conheça o edital Leia muito! Pratique bastante Fique atento aos textos motivadores A diferença entre Tema e Assunto na redação O que é o Tema? Veja as dicas para não se perder no Tema da Redação O Tema está contido no assunto Guia da Redação do Enem Elementos da Redação
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