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SP 1.1 Positivo e agora? 1 🤰 SP 1.1 Positivo e agora? Rosemeire, 17 anos, mora com os tios em Alagoas há 6 meses. Chegou de uma pequena cidade no interior de Pernambuco. Trabalha como doméstica. Sua patroa, Alda, adora plantas e cultiva bromélias e orquídeas. A equipe da UBS já passou muitas vezes e orientou o cuidado com os vasos. Muitas vezes no final da tarde, quando está passando roupas, sente os mosquitos picarem suas pernas. Tem escutado falar que os mosquitos transmitem doenças. Há 5 dias Alda começou a sentir dor de cabeça e febre e hoje foi até a cozinha e perguntou a Rosimeire: - Você pode olhar estas manchas aqui perto da minha barriga? Rosimeire se aproxima, olha e diz: Nossa D. Alda... sua pele está cheia de manchas vermelhas, será que isso passa? Alda responde: Credo, Rose, acho que é da febre, o que será que eu tenho? Rosimeire ficou cismada... Ainda bem que era sábado! Ela tem um namorado e de fim de semana costumam sair para algumas baladinhas e adora beber. Inclusive já ficou embriagada várias vezes. Gosta também de fumar uns cigarros para relaxar. Ela usa anticoncepcional para evitar gravidez, porém algumas vezes se esquece de tomar. Rosimeire está achando estranho, deveria ter menstruado a cerca de 10 dias, quando terminou uma cartela, mas, teve apenas um sangramento diferente. No domingo pela manhã, comprou um teste de gravidez na farmácia e......POSITIVO! “Meu DEUS, e agora?" Na segunda-feira, Rosimeire foi à UBS e confirmou a gravidez. A enfermeira Luiza que fez o acolhimento, começa a orientação: - Rose, evite picadas de inseto...use calcas compridas e repelente. Lembrou-se dos mosquitos na casa da patroa e que D. Alda teve febre e manchas vermelhas na pele e ansiosa pergunta para Luiza se seu bebê poderia nascer com algum problema. Portfólio: Primeira aulinha de tutoria, e já fiquei muito feliz por ter como tutora a Prof Thaís a qual já conhecia do curso de biomedicina. Nesse dia vimos os pactos de trabalho e fizemos apresentações já que a prof não nos conhecia. E mesmo já conhecendo os colegas descobri algumas coisas que eu não sabia, é sempre bom conhecer as pessoas um pouquinho melhor, mesmo não tendo tanta proximidade as vezes para ter um melhor convívio, simpatia e até mesmo empatia. Problemas: Falta de cuidado de Alda com água parada SP 1.1 Positivo e agora? 2 Sintomas da dona Alda – febre, dor de cabeça e manchas vermelhas Doenças transmitidas por mosquitos Uso inadequado do anticoncepcional Menstruação atrasada e sangramento irregular Gravidez na adolescência - Consumo de cigarro e álcool na adolescência e na gravidez Preocupação com doenças de transmissão vertical Hipóteses: Dona Alda ficou doente por não seguir as orientações de USF. Possível caso de Dengue/arbovirozes da Dona Alda. Possível má formação fetal devido a dengue. Falta de educação sexual ocasionaram a gravidez de Rosimeire. A utilização inadequada de anticoncepcional causou a disfunção hormonal O uso substâncias teratogênicas gera má formação fetal e materna Doenças de tr QA’s Quais os cuidados para evitar má formação congênitas e parto prematuro? Malformação congênita: A malformação congênita, também chamada de anomalia congênita ou doença congênita é uma anomalia estrutural ou funcional que ocorre durante a gestação e pode ser identificada durante a gravidez, no nascimento ou após alguns dias de vida. Ela pode afetar quase todas as partes do corpo do bebê como coração, cérebro, pés etc., comprometendo a aparência, o funcionamento do corpo ou ambos. Causas de Malformações congênitas: Normalmente ocorrem no primeiro trimestre da gestação, na formação dos órgãos fetais. Podendo ter origem: genética, infecciosa, ambiental ou nutricional, embora em muitos casos não seja possível identificar sua causa. Além dos agentes infecciosos, há outros fatores que aumentam as chances de desencadear uma doença congênita: SP 1.1 Positivo e agora? 3 O uso de drogas lícitas ou ilícitas, consumo de bebidas alcoólicas ou cigarro durante a gravidez; Ter obesidade e ou diabetes não controlado antes e durante a gravidez; Fazer uso de medicamentos contra indicados no período gestacional; Ter alguém na família com malformação fetal; Gestante com idade acima de 35 anos. Muitas doenças congênitas podem ser prevenidas ou tratadas com medidas básicas na assistência pré-natal adequada. A suplementação com ácido fólico na pré-gravidez, o consumo de iodo durante a gestação, a vacinação contra a rubéola (que pode ser transmitida aos filhos durante a gestação) são algumas formas. Muitas drogas consideradas “simples” podem ter efeito teratogênico. (Teratógeno é qualquer substância que, estando presente no organismo materno durante a gestação, produz alterações de estrutura ou função no feto.) Por isso, o ideal é que a gestante não utilize nenhuma droga durante a gestação ou só o faça com expressa autorização médica. É importante também abster-se totalmente de álcool e de fumo. A gestante deve evitar todas as situações que a exponham às toxinas ambientais, evitar as infecções virais, vacinar-se antes de engravidar e tomar as doses recomendadas de ácido fólico. Malformação congênita: o que é e como prevenir, detectar e tratar? A malformação congênita, também chamada de anomalia congênita ou doença congênita é uma anomalia estrutural ou funcional que ocorre durante a gestação e pode ser identificada durante a gravidez, no https://adfp.org.br/blog/2021/03/02/malformacao-congenita-o-que-e-e-co mo-prevenir-detectar-e-tratar/ Parto Pré-termo: O parto pré-termo é um dos grandes problemas de saúde pública, que pouco evoluiu com o avanço da medicina, contribuindo com elevados números para a morbimortalidade infantil. Estudos epidemiológicos têm evidenciado o papel de diversos fatores de risco para a prematuridade, desde pré-natais, ginecológicos, sociais e maternos como raça, idade da mãe, fumo, estado civil, tipo de ocupação. O presente trabalho não encontrou significância estatística após regressão logística para relação idade materna inferior a 19 anos, ou seja, gravidez na adolescência com https://adfp.org.br/blog/2021/03/02/malformacao-congenita-o-que-e-e-como-prevenir-detectar-e-tratar/ SP 1.1 Positivo e agora? 4 parto pré-termo. Apesar da média de idade ter sido de 25 anos, ela variou de 16 a 41 anos de idade e os extremos da vida reprodutiva apresentaram maior prevalência no grupo prematuro. Este fato também ocorreu no centro de referência em obstetrícia da cidade de Afula, Israel, num estudo com aproximadamente 1.200 prematuros, no qual os extremos da vida reprodutiva (menos de 21 e mais de 40 anos) estiveram relacionados ao parto antes da 37a semana. Embora alguns trabalhos (16-18) citem a idade mater- na como fator de risco para o parto pré-termo, este parâ- metro não pôde ser correlacionado isoladamente devido aos achados contraditórios encontrados neste estudo. https://www.researchgate.net/profile/Thiago-Sakae-2/publication/237585301_Fatores_de_risco_associados_ao _parto_pre-termo_em_hospital_de_referencia_de_Santa_Catarina_Risk_factors_associated_with_pre-term_la bors_in_a_reference_hospital_in_Santa_Catarina/links/54c17b470cf2d03405c593f0/Fatores-de-risco-associad os-ao-parto-pre-termo-em-hospital-de-referencia-de-Santa-Catarina-Risk-factors-associated-with-pre-term-labo rs-in-a-reference-hospital-in-Santa-Catarina.pdf Quais as principais doenças que causam má formação congênitas e parto prematuro (ISTs, arboviroses, rubéola) e crescimento infantil inadequado? As anomalias congênitas (AC) podem ser definidas como todas as alterações funcionais ou estruturais do desenvolvimento fetal, cuja origem ocorre antes do nascimento. Elas possuem causas genéticas, ambientais ou desconhecidas. As principais causas das anomalias são os transtornos congênitos e perinatais, muitas vezes associados a agentes infecciosos deletérios à organogênese fetal, tais https://www.researchgate.net/profile/Thiago-Sakae-2/publication/237585301_Fatores_de_risco_associados_ao_parto_pre-termo_em_hospital_de_referencia_de_Santa_Catarina_Risk_factors_associated_with_pre-term_labors_in_a_reference_hospital_in_Santa_Catarina/links/54c17b470cf2d03405c593f0/Fatores-de-risco-associados-ao-parto-pre-termo-em-hospital-de-referencia-de-Santa-Catarina-Risk-factors-associated-with-pre-term-labors-in-a-reference-hospital-in-Santa-Catarina.pdfSP 1.1 Positivo e agora? 5 como os vírus da rubéola, da imunodeficiência humana (HIV), o vírus Zika, o citomegalovírus; o Treponema pallidum e o Toxoplasma gondii. O uso de drogas lícitas e ilícitas, de medicações teratogênicas, endocrinopatias maternas também podem ser citados como causa de AC. Agentes infecciosos deletérios à organogênese fetal: Segundo Costa et al.(2013)20, a transmissão vertical é aquela que ocorre entre a mãe (gestante/lactante) e seu fi- lho, podendo acontecer por diversas vias, como a ascenden- te (através do canal cervical), a hematogênica (através do aporte sanguíneo placentário) e o aleitamento materno. As infecções verticais hematogênicas resultam da presença na circulação placentária de diferentes agentes como bactérias (sífilis), protozoários (toxoplasmose) e vírus, como no caso da rubéola.20 vírus da rubéola, A rubéola é um doença infecto-contagiosa com sintomas leves e erupção generalizada, causada por um vírus da família Togaviridae e do gênero Rubivirus. Este possui simetria icosaédrica, é um vírus envelopado e de RNA fita simples com polaridade positiva. A transmissão ocorre por via aérea, e após a entrada no hospedeiro, pode se disseminar para di- versos órgãos, inclusive para a placenta. A rubéola congênita possui um efeito teratogênico, uma vez que o vírus infecta a placenta, atinge o feto, inibe a mitose e estimula apoptose, comprometendo assim a organogênese, sendo pior no primeiro trimestre gestacional. Quando acontece no primeiro trimestre, a infecção materna produz infecção fetal em mais de 90% dos casos. A evolução da forma congênita é crônica e grave. As principais manifestações são surdez, cataratas, glaucoma, retinopatia, cardiopatias, microcefalia, retardo mental, distúrbios motores, entre outros. imunodeficiência humana (HIV), Conforme o Manual Merck (2018), distúrbios no cérebro e na medula espinhal, também se fazem presentes na infecção por HIV-AIDS, o que provoca problemas de comportamento, desenvolvimento e cognição em crianças infectadas. Microrganismos oportunistas podem manifestar uma série de doenças no portador do vírus da AIDS, por exemplo, a pneumonia bacteriana e outras infecções bacterianas (como bacteremia e otite média recorrente), além disso, crianças infectadas por HIVpodem desenvolver o déficit de crescimento vírus Zika, O vírus Zika é um arbovírus de RNA, cuja circulação foi confirmada em 18 estados brasileiros no ano de 2015. A partir de então, houve um aumento inesperado de nascidos vivos (NV) com microcefalia, AC que ocorre devido a uma lesão neuronal SP 1.1 Positivo e agora? 6 que interfere no desenvolvimento cerebral, havendo redução do perímetro cefálico.25 No período de 2000 a 2014 o número de casos de NV com microcefalia era estável. Marinho et al. (2016)26 verificaram que o núme- ro de casos dessa AC no ano da confirmação da circulação do vírus aumentou nove vezes em relação a média anual do país. Poucos estudos comprovaram que a infecção pelo vírus Zika durante a gravidez está associada à microcefalia, porém grande parte destes sugeriram esse elo.26 sifilis A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causa- da pela bactéria T. pallidum. Durante a gestação, leva a sérias implicações para a mulher e seu concepto, podendo causar o abortamento, a morte intra-uterina, o óbito neonatal ou deixar sequelas graves nos recém-nascidos. A transmissão congênita faz-se da gestante infectada para o concepto, por via transplacentária, em qualquer momento da gestação.23 Segundo o Ministério da Saúde (2006)24, além da prema- turidade e do baixo peso ao nascimento, as principais carac- terísticas dessa síndrome congênita são hepatomegalia com ou sem esplenomegalia, lesões cutâneas (como por exem- plo, pênfigo palmo-plantar, condiloma plano), periostite ou osteíte ou osteocondrite (com alterações características ao estudo radiológico), pseudoparalisia dos membros, sofri- mento respiratório com ou sem pneumonia, rinite sero-san- guinolenta, icterícia, anemia e linfadenopatia generalizada (principalmente epitroclear). Outras características clínicas incluem petéquias, púrpura, fissura peribucal, síndrome nefrótica, hidropsia, edema, convulsão e meningite.24 hepatite B A hepatite viral é uma doença de distribuição mundial e de alta morbidade, constituindo um importante problema de saúde pública. Causada pelo vírus B (VHB), a hepatite do tipo B é a principal causa de hepatopatia crônica em todo o mundo. Acredita-se que cerca de 400 milhões de pessoas estejam infectadas por esse agente e que 15 a 40% dos indivíduos com a infecção irão desenvolver cirrose, insuficiência hepática ou carcinoma hepatocelular (Gonçalves Junior, 2007). Como o VHB está presente no sangue, na saliva e no esperma, sua transmissão ocorre por via sexual, vertical ou parenteral. Dados epidemiológicos demonstram que a transmissão vertical é responsável por 35 a 40% dos novos casos de hepatite B em todo o mundo e é por meio dela que o vírus é mantido na população. A transmissão vertical ocorre geralmente com exposição ao sangue durante o trabalho de parto, sendo que a transmissão do VHB no útero é rara (inferior a SP 1.1 Positivo e agora? 7 2% das infecções perinatais). O risco de transmissão vertical do VHB é de 70 a 90% para os bebês nascidos de mães HBsAg e HBeAg positivas, e de 5 a 20% para bebês nascidos de mães HBsAg positivas e HBeAg negativas, e que não receberam profilaxia pós-exposição em ambos os casos. Toxoplasma gondii. A toxoplasmose é uma doença causada pelo protozoário intracelular obrigatório T. gondii, e pode ser adquirida por meio da ingestão de oocistos liberados pelas fezes de felídeos, que podem estar presentes na água ou alimentos, ingestão de carne crua ou mal cozida, contendo cistos teciduais e da transmissão de taquizoítos por via transplacentária. Nesse último caso, o parasito atravessa a barreira placentária, atin- ge o feto, gerando infecção congênita e levando ao desenvol- vimento de complicações neurológicas, oculares, auditivas e morte intraútero.21 citomegalovírus O citomegalovírus (CMV), também conhecido como HHV-5, é um herpesvírus humano (HHV) e pertencente à família Herpesviridae. Possui simetria icosaédrica, en- velope e seu genoma é constituído por DNA. A infecção congênita pode ocorrer por transmissão vertical durante a gestação (via transplacentária), no momento do parto ou no período pós-natal (via leite materno). O CMV pode infectar o feto tanto durante a infecção primária materna, quanto durante a reativação da infecção materna presente antes da concepção. As crianças que apresentam a doença congênita por CMV podem possuir as seguintes manifestações: retar- do do crescimento intra-uterino, prematuridade, icterícia colestática, hepato-esplenomegalia, púrpura, plaquetopenia, pneumonite intersticial e manifestações neurológicas como microcefalia, calcificações intracranianas, crises convulsivas no período neonatal, coriorretinite e deficiência de acuidade visual e auditiva. A surdez neuro-sensorial é a sequela mais frequente, atingindo 57% dos lactentes infectados. A inci- dência da infecção congênita a CMV é elevada porque, co- mo já mencionado, a transmissão materno-fetal pode ocor- rer após a infecção primária ou recorrente.22 https://s3-us-west-2.amazonaws.com/secure.notion-static.com/a4de4087-8af5-4 fd0-910f-a57f3fb21dbb/Anomalias_congnitas_e_suas_principais_causas_evitvei s_uma_reviso_.pdf https://www.notion.so/signed/https%3A%2F%2Fs3-us-west-2.amazonaws.com%2Fsecure.notion-static.com%2Fa4de4087-8af5-4fd0-910f-a57f3fb21dbb%2FAnomalias_congnitas_e_suas_principais_causas_evitveis_uma_reviso_.pdf?table=block&id=572e9bd2-0dd1-4317-9d6e-8cb48e59a677&spaceId=a2e86749-21ee-4b4d-809a-245b66167cc3&userId=d279920f-7ce9-4f45-af87-3c553584a076&cache=v2 SP 1.1 Positivo e agora? 8 View of Congenital malformations caused by viruses Return to Article Details Congenital malformations caused by viruses https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14110/12873https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/9180/Mestrado.Remberto.2015.pdf?sequence=1&isAllowed=y Qual o efeito da gravidez na adolescência no desenvolvimento embrionário/fetal/ crescimento uterino e crescimento infantil? A adolescência corresponde ao período da vida entre os 10 e 19 anos, no qual ocorrem profundas mudanças, caracterizadas principalmente por crescimento rápido, surgimento das características sexuais secundárias, conscientização da sexualidade, estruturação da personalidade, adaptação ambiental e integração social. A análise do perfil de morbidade desta faixa da população tem revelado a presença de doenças crônicas, transtornos psico-sociais, fármaco-dependência, doenças sexualmente transmissíveis e problemas relacionados à gravidez, parto e puerpério. A gravidez neste grupo populacional vem sendo considerada, em alguns países, problema de saúde pública, uma vez que pode acarretar complicações obstétricas, com repercussões para a mãe e o recém-nascido, bem como problemas psico-sociais e econômicos. Quanto à evolução da gestação, existem referências a maior incidência de anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intra-parto, complicações no parto (lesões no canal de parto e hemorragias) e puerpério (endometrite, infecções, deiscência de incisões, dificuldade para amamentar, entre outros)2-5. No entanto, alguns autores sustentam a idéia de que, a gravidez pode ser bem tolerada pelas adolescentes, desde que elas recebam assistência pré-natal adequada, ou seja, precocemente e de forma regular, durante todo o período gestacional6, o que nem sempre acontece, devido a vários fatores, que vão desde a dificuldade de reconhecimento e aceitação da gestação pela jovem até a dificuldade para o agendamento da consulta inicial do pré-natal. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/14110/12873 https://app.uff.br/riuff/bitstream/handle/1/9180/Mestrado.Remberto.2015.pdf?sequence=1&isAllowed=y SP 1.1 Positivo e agora? 9 ❓ Se parar pra pensar tratamos atualmente gravidez na adolescência como um problema de saúde pública, mas a 50/60/70 anos a trás era extremamente normal engravidar na adolescência, não retirando o fato de isso hoje ser um problema, mas a incidência de problemas materno-fetais era menor que hoje, podendo correlacionar os problemas mais incidentes hoje em uma gravidez na adolescência com os problemas que essas mães adolescentes sofrem previamente a gravidez, como: doenças crônicas, transtornos psico- sociais, fármaco-dependência, doenças sexualmente transmissíveis ... Há evidências de que gestantes adolescentes podem sofrer mais intercorrências médicas durante gravidez e mesmo após esse evento que gestantes de outras faixas etárias. Algumas complicações como tentativas de abortamento, anemia, desnutrição, sobrepeso, hipertensão, (pré)eclampsia, desproporção céfalo-pélvica, hipertensão e depressão pós- parto estão associadas à experiência de gravidez na adolescência Além disso, a gestação em adolescentes pode estar re- lacionada a comportamentos de risco como, por exemplo, a utilização de álcool e drogas ou mesmo a precária realização de acompanhamento pré-natal durante a gravidez Por outro lado, no que tange à saúde do bebê, a gestação na adolescência encontra- se associada a situações de prema- turidade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, epilepsia, deficiência mental, transtornos do desenvolvimento, baixo quociente intelectual, cegueira, surdez, aborto natural, além de morte na infância O bebê prematuro apresenta maiores riscos na adaptação à vida extra-uterina devido à imaturidade dos órgãos e sistemas; além de uma maior vulnerabilidade ao de- senvolvimento de doenças. Os riscos da gestação na adoles- cência ainda estão associados à baixa adesão ao atendimento pré-natal demonstrado pelas adolescentes Gravidez na adolescência EDITORIAL Gravidez na adolescência Marta Edna Holanda Diógenes Yazlle Professora Doutora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Y4NtJBwZGYcvCngcWzsgnXj/ https://www.scielo.br/j/paideia/a/nFLk3nXXXsjWvSBndk6W5Ff/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/rbgo/a/Y4NtJBwZGYcvCngcWzsgnXj/ https://www.scielo.br/j/paideia/a/nFLk3nXXXsjWvSBndk6W5Ff/?format=pdf&lang=pt SP 1.1 Positivo e agora? 10 Qual efeito de teratogênicos durante a gestação (álcool e cigarro)/ crescimento uterino e crescimento infantil? Um agente teratogênico é definido como qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência que, estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz uma alteração na estrutura ou função da descendência. Podemos destacar algumas manifestações da ação de um agente teratogênico: morte do concepto ou infertilidade, malformações, retardo de crescimento intra-uterino e deficiências funcionais. O esclarecimento e orientações sobre os teratogênicos são fundamentais para o controle de práticas inapropriadas durante a gestação, tais como: medicalização sem consentimento do médico, consumo de álcool, cigarros e ausência de medidas profiláticas para doenças com potencial teratogênico. Além disso, cabe a gestante seguir os conselhos e orientações a ela prescritos, a fim de preservar o desenvolvimento e a integridade do feto em formação intra-uterina. (3-7). Cigarro estima-se que 9,14% de mulheres grávidas são fumantes, havendo um considerável risco para ela e pa- ra a saúde do feto. Esses riscos incluem gravidez ectópica, descolamento da placenta, membranas rompidas e placenta prévia. Problemas no desenvolvimento do sistema neuroló- gico do feto, com alterações no comportamento, prematu- ridade, baixo peso ao nascer e episódios de aborto também podem ser citados como sequelas do uso do cigarro durante a gestação. uso do cigarro durante a gestação associa-s Aborto Espontâneo Hipóxia Fetal Diminuição do Crescimento Fetal Baixo peso ao Nascer Problemas Respiratórios álcool O álcool é outra substância que, quando consumida na gravidez, pode ocasionar AC. Entre as possíveis sequelas geradas por esse consumo, estão a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) e suas formas incompletas; os defeitos congênitos relacionados ao álcool (ARBD) e as desordens de neurode- senvolvimento relacionadas ao álcool (ARND). A primeira gera um quadro de maior gravidade, cujas manifestações clí- nicas são determinadas por um complexo grupo de sinais e sintomas, variando de acordo com a quantidade de álcool ingerida e o período de gestação, além de outros fatores. A SAF ocasiona restrição do crescimento intrauterino e pós- -natal, disfunções do sistema nervoso central, microcefalia e alterações faciais características, afetando em torno de 33% das crianças nascidas de mães que fizeram uso de mais de 150g de etanol por dia.13 SP 1.1 Positivo e agora? 11 Já o uso do álcool tem seus malefícios conforme o período gestacional, os danos ao feto são diferentes: no primeiro trimestre, o risco é de anomalias físicas e dimorfismo; no segundo, há o risco de abortamento e, no terceiro, pode ocorrer diminuição do crescimento fetal, em especial, o perímetro cefálico verificamos que determinadas substâncias teratogênicas podem ultrapassar a barreira transplacentária. Sendo assim, a gestante deve possuir um acompanhamento pré- natal adequado, a fim de que possa ter esclarecimento quanto ao uso de algumas substâncias. O consumo de álcool e cigarro durante a gestação acarreta em inúmeros efeitos negativos sobre o organismo do feto, sendo piores quando associados. Foram observados a redução do peso, diminuição do perímetro cefálico e comprimento dos recém-nascidos. Além disso, o consumo do álcool durante a gestação pode acarretar em Síndrome Fetal Alcoólica. As gestantes também sofrem alterações no seu organismo, a exposição as drogas lícitas como o álcooltambém trazem agravos, como doenças cardiovasculares, câncer, depressão e distúrbios neurológicos. Está também associada ao ganho de peso gestacional insuficiente, menor número de consultas no pré-natal e aumento do risco de utilização de outras drogas. As gestantes que fazem uso de cigarro e álcool devem ser tratadas como de risco agrotóxicos a exposição ao agrotóxico e o aumento do risco de AC, quando foram consi- derados: ambos os pais trabalhando na lavoura e morando nas proximidades, moradia materna próxima à lavoura, pai trabalhando na lavoura, pai aplicando os produtos na lavou- ra e exposição de pelo menos um dos genitores. A exposi- ção paterna foi mais associada aos neonatos com AC (26%) quando comparados aos saudáveis (13%). Dessa forma, foi possível sugerir que existe uma tendência na associação entre a exposição dos pais aos agrotóxicos no período peri- concepcional e nascimentos com AC.Os sistemas nervosos e musculoesqueléticos foram descritos como os principais afetados. ilícitas Dentre as complicações que o feto podeapresentar devido à exposição ao uso de drogas pela mãe, durante a gestação, tem-se: prematuridade, baixo peso ao nascer, diminuição do perímetro cefálico, deslocamento de placenta, acarretando, emalguns casos, o aborto. Um estudo observou que gestantes usuárias de drogas em geral, iniciavam tardiamente o pré-natal, e que devido a isso apresentavam um menor SP 1.1 Positivo e agora? 12 acompanhamento da gestação, o que favorecia as diversas intercorrências clínicas, como anemia e desnutrição COCAÍNA/CRACK: Aborto Espontâneo, Crescimento intrauterino retardado, Problemas Respiratórios A cocaína no organismo materno provoca grave vasoconstrição e, por atravessar a barreira placentária, estende esse efeito maléfico ao feto. Grande parte da agressão ao concepto é resultado da ação da droga que, ao diminuir o fluxo sanguíneo para o útero, para a placenta e para o feto pode ocasionar abortamento espontâneo, trabalho de parto prematuro, deslocamento prematuro da placenta, crescimento intrauterino retardado e sofrimento fetal crônico grave. Além de propiciar essas anormalidades no desenvolvimento da gravidez, a cocaína é hoje considerada teratogênica já que se observa nas gestações de usuárias da droga, maior prevalência de malformações fetais principalmente as do trato geniturinário, do coração e dos vasos da base e da face. O consumo de drogas como a cocaína durante a gravidez estava intimamente associado a complicações no momento do parto, a saber: parto prematuro, descolamento prematuro de placenta, arritmias, baixo peso ao nascer para o feto e outros efeitos adversos Os prejuízos causados pelo uso de crack, além das dificuldades respiratórias, causada pela aspiração de partículas sólidas, seu efeito estimulante induz à perda de apetite, insônia e agitação motora, além disso, a dificuldade que o usuário tem para alimentar-se pode levar à desnutrição, desidratação e gastrite MACONHA Anencefalia, Crescimento Fetal Prejudicado, Retardo da Maturação do Sistema Nervoso A maconha provavelmente seja a droga ilícita mais frequentemente utilizada na gestação. Os efeitos alucinógenos são decorrentes do princípio ativo delta-9- tetra-hydrocannabinol (THC), que é altamente lipossolúvel, atravessando facilmente a barreira placentária. A utilização conjunta da maconha com outras drogas é frequente, o que torna, muitas vezes, difícil a identificação dos efeitosdiretos da maconha sobre o feto. Devido ao uso da maconha no período gestacionalpodemos perceber alguns efeitos como: diminuição da memória, perda da inibição, sensação de SP 1.1 Positivo e agora? 13 relaxamento ou euforia, alterações de percepção do tempo e espaço. Observam-se ainda coincidências entre o uso de maconha e o mau desenvolvimento do tubo neural do RN, além de possíveis anencefalias. Aparentemente, ela diminui a perfusão uteroplacentária e prejudica o crescimento fetal. Além disso, alguns estudos demonstraram que a utilização perinatal da maconha levaria ao retardo damaturação do sistema nervoso fetal, além do aumento dos níveis plasmáticos de norepinefrina ao nascimento, o que provocaria distúrbios neurocomportamentais precoces. Para a mãe, a inalação aguda da maconha determina descarga simpática, como taquicardia,congestão conjuntival e ansiedade, enquanto o uso crônico pode provocar letargia, irritabilidade, além de alterações no sistema respiratório, como bronquite crônica e infecções de repetição. Dessa forma, a inalação aguda pode potencializar a ação de drogas anestésicas no sistema cardiovascular e a ação depressora sobre o sistema nervoso central. ❓ Mães que usam canabis com objetivo medicinal, como anticonvulsivante por exemplo, sem o THC, também tem efeitos colaterais no feto? https://www.conic-semesp.org.br/anais/files/2015/trabalho-1000019877.pdf http://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/111/114 Voltar aos Detalhes do Artigo AS COMPLICAÇÕES CAUSADAS PELO CONSUMO DE DROGAS LÍCITAS E ILÍCITAS DURANTE A GESTAÇÃO: UM DESAFIO PARA A EQUIPE DE ENFERMAGEM http://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/111/114 Quais são os exames priorizados durante o pré-natal pelo ministério da saúde (doença de má formação congênitas)? Quais as vacinas durante a gestação? → O número mínimo de consultas é 6 conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde, devendo ser realizada 1 no 1º trimestre, 2 no 2º trimestre e 3 no 3º trimestre. Já a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomenda realizar consultas mensais até as 28 semanas, quinzenais entre 28 e 36 https://www.conic-semesp.org.br/anais/files/2015/trabalho-1000019877.pdf http://recien.com.br/index.php/Recien/article/view/111/114 SP 1.1 Positivo e agora? 14 semanas e semanais até o termo. Porém, conforme recomendação da desta última, a segunda consulta do pré-natal deve ser realizada no máximo 15 dias após, pois será neces- sário avaliar resultados de exames e adotar medidas necessárias. Vale ressaltar que, algumas gestantes irão demandar uma maior quantidade de consultas a depender de comorbidades associadas ou intercorrências. Exame Físico 1o trimestre Orientar esvaziamento vesical prévio. 2.1. Peso: O ganho ponderal relativo deve ser verificado a cada consulta e é mais eficiente do que o IMC para avaliar se o ganho de peso está adequado. Considera- se um ganho de peso adequado no primeiro trimestre de 0,5Kg a 2kg e para o segundo e terceiro trimestres espera-se um ganho médio de 400g por semana (200g/ sem se obesidade, 300 g/sem se sobrepeso e 500g/sem se baixo peso). 2.2. Sinais Vitais: Pressão arterial, Frequência cardíaca e respiratória e tempe- ratura axilar. 2.3. Exame clínico geral: atentar para as modificações gerais relacionadas à gestação. 2.4. Ginecológico: → A. Mamas: Inspeção estática e dinâmica (são sinais comuns na gestação os sinais de Hunter - pigmentação da aréola secundária; tubérculos de Montgomery - hipertrofia dos tubérculos de Morgagni; rede de Haller - circulação venosa superficial); Palpação da mama (aumento mamário e da densidade da mama dificultam pal- pação e aumentam sensibilidade - objetivo é buscar presença de nódulos mamários); Expressão do mamilo (observa-se saída de colostro a partir de 16 semanas, investigar caso demais achados); Palpação dos linfonodos axilares, supraclaviculares e infraclaviculares. B. Períneo e vulva: Observar integridade perineal, pigmentação, simetria de pe- quenos e grandes lábios, presença de abaulamentos, retrações, distopias, e ou- tras lesões. C. Exame especular: Deve ser realizado preferencialmente na primeira consulta, mesmo que a gestante não tenha queixas. Conferir tropismo, elasticidade, ca- racterísticas do conteúdo de secreção vaginal, coloração e presença de lesões na vagina ou colo uterino.Coletar material para citologia oncótica, quando necessária (a coleta da parte interna, a endocérvice, não deve ser realizada nas gestantes) SP 1.1 Positivo e agora? 15 D. Toque vaginal: Observar a partir do toque bimanual (vaginal + abdominal) a alteração da textura do colo do útero (amolecido) e mudança de formato de uterino de piriforme para globoso e de possíveis alterações anexiais. Observa- se ainda o preenchimento dos fundos de saco conforme o aumento volumétrico uterino. O colo uterino modifica sua consistência, no período fora da gravidez tem textura de ‘ponta de nariz’ e durante o período gestacional assume consis- tência de ‘lábio’ (regra de Goodel). O toque vaginal é importante para delimitar clinicamente a pelvimetria (estima as dimensões do trajeto ósseo). 2.5. Obstétrico A. Gestante deve estar em decúbito dorsal, com braços ao longo do corpo e pernas esticadas. Deve primeiramente ser avaliado o tônus uterino, presença de contrações e frequência dessas e ainda o volume uterino. B. Medida do fundo uterino em centímetros: O examinador deve estar à direita da paciente, com a mão direita fixando o marco zero da fita métrica na sínfise púbica e esticar a fita, com a mão esquerda e, tangenciando o fundo do útero, observar o valor. Deve ser mensurado a cada consulta e avaliado evolutivamente, comparando-o a valores esperados na curva de percentil. Espera-se aproximadamente que: Até a 10a semana: útero intrapélvico, palpação somente pelo toque bimanual. 10 - 12a semanas: palpável acima da sínfise púbica 16 semanas: entre a sínfise púbica e a cicatriz umbilical20 semanas: Tangenciar a cicatriz umbilical > 20 semanas: a cada semana deve estar cerca de 1cm maior (4cm / mês). C. Avaliar a circunferência abdominal: utilizar a cicatriz umbilical como referência. Auxilia para verificar polidramnia, macrossomia fetal, etc. D. Ausculta fetal: Se presta a diagnóstico de gravidez, para atestar vitalidade fetal, e avaliar o bem estar fetal. Deve ser auscultado na região de foco máximo, que se localiza na região interescapular fetal. A frequência cardíaca normal é de 110 - 160 bpm. O método de escolha deve ser o sonar doppler a partir de 10-12 semanas, sendo o estetoscópio de Pinard eficaz a partir de 20-22 se- manas. F. Idade gestacional (IG): Data da Última Menstruação (DUM): é o que define a IG inicialmente. Deve-se levar em consideração possibilidade de erro relacionado a falha de memória e possibilidade de ovulação tardia. SP 1.1 Positivo e agora? 16 Ultrassonografia: entre 6-13 semanas utiliza-se o comprimento cabeça-nádega (CCN) para mensurar a IG, com erro de 5 dias para mais ou menos. Seguir a IG por essa USG se a diferença para a IG calculada pela DUM for de mais de 5 dias. A partir do segundo trimestre, a IG é considerada a partir da mensuração do diâmetro biparietal (DBP) e do comprimento de ossos longos (principalmente fêmur - CF). Nessa fase a diferença para a IG calculada pela DUM é de 10 dias para mais ou menos, sendo que, se menos de 10 dias de diferença, seguir pela DUM e se mais de 10 dias, seguir pela USG. Após definição do método de contagem da IG (ou DUM ou USG) não trocar o método. Existem ainda formas complementares de avaliar a idade gestacional, durante o exame físico, como se segue: 2.6. Percepção de movimentos fetais (primíparas em torno de 22 semanas e multíparas em torno de 18). 2.7. Batimentos cardiofetais: auscultados a partir de 12 semanas com o sonar doppler e a partir de 20 semanas com o estetoscópio de Pinard. 2.8. Palpação abdominal do fundo de útero: palpável a partir de 12 semanas. Com cerca de 16 semanas encontra-se entre a cicatriz umbilical e o púbis; na cicatriz umbilical com 20 semanas e a partir daí espera-se um crescimento de cerca de 4cm / mês acima da cicatriz umbilical. 2.9. Cálculo da data provável do parto: A partir da última menstruação, a gestação dura em média cerca de 280 dias ou 40 semanas. Regra de Nagële: consiste em somar 9 meses (ou subtraindo 3 meses) e 7 dias à DUM. Lembrar meses que tenham 28,29,30 ou 31 dias. 2.10. Uso de medicações: Orientar sobre risco de uso de medicações. Avaliar o custo-benefício para as medicações em uso regular e substituí-las se necessário. Avaliar ainda necessidade de suplementação multivitamínica, de ferro e de ácido fólico (até 12 a 14 semanas, de modo a reduzir defeitos de fechamento do tubo neural). Exames 1o trimestre Tipagem sanguínea Hemograma completo SP 1.1 Positivo e agora? 17 hb >11,5 ✅ sem anemia (pedir nos 3 semestres, indicar Fe 40mg a partir da 20°) Glicemia em jejum- verificar diabetes gestacional Coombs indireto quantitativo(repetir a cada 4 semanas) (avalia o soro do sangue, identificando os anticorpos ali presentes, verificar a possibilidade do sangue materno ser incompatível com o fetal, RH+ ou RH-. Ele serve para detectar possíveis incompatibilidades do organismo contra determinado fator RH através dos anticorpos anti-D presentes na corrente sanguínea da mãe.) se coombs positivo deve pedir ultrassom Doppler com pico de velocidade sistólico - bb com anemia ou não Sorologia identificar a presença de antígenos pertencentes a vários microrganismos e de anticorpos que são desenvolvidos como resposta à presença destes agentes infecciosos no sangue da paciente. Sorologia para doenças infecciosas (sífilis, hepatite B e C, HIV, Rubeola {Igg}, Toxoplasmose {Igg e IgM toda consulta se não for imune}, Passar informações e orientar como não pegar) Dosagem de TSH, Hormonio tireoideoestimulante 2,5 1° e 2° s e no 3° 3 Urocultura (1/2/3 semestre) Citologia cérvicovaginal (papanicolau) (Não pedir tanto Ultrassom quando pedem, pedir sempre o básico primeiro) Risco Gestacional SP 1.1 Positivo e agora? 18 Indicações: SP 1.1 Positivo e agora? 19 Ultrassom ideal 11 a 13 semanas para calcular a idade gestacional, transnucencia nucal, cromossomospatia, DUM, Ultrassom 80% dos abortamentos questão genética no 1° semestre Exame físico 2o tri direcionado (bem-estar materno e fetal); Consultas seguintes- Altura de fundo uterino, Pcfs, Peso e pressão arterial (controlar a pressão) 3.1. Pesar e calcular o índice de massa corporal (IMC) materno (monitorar ganho de peso) 3.2. Medida da pressão arterial 3.3. Exame obstétrico: Palpação (manobras de Leopold) e medida da altura ute- rina (avaliação do crescimento fetal). Realizar ausculta dos batimentos cardiofe- tais e avaliar movimentos fetais percebidos pela mulher e/ou detectados duran- te exame. 3.4. Exame ginecológico, incluindo das mamas, para observação do mamilo 3.5. Pesquisa de edema 4. Verificar calendário de vacinação e checar os exames complementares; 5. Revisar e atualizar o Cartão da Gestante e da Ficha de Pré-Natal 6. Orientar sobre hábitos de vida, sobre o parto, aleitamento e outras possíveis dúvidas da gestante. 7. Oriente a gestante sobre os sinais de risco e a necessidade de assistência em cada caso; Exames 2o tri TOTG (exame da curva glicêmica ou TOTG Teste Oral de Tolerância a Glicose) 75g pra ver DM gestacional Ecocardiograma fetal (mães cardiopatas, diabética gestacional, com problemas de formação) - sus não cobre Exame Morfológico do 2° semestre Hemograma SP 1.1 Positivo e agora? 20 TSH abaixo de 2,5✅ 25microg de levotiroxina VDRL (Estudo Laboratorial de Doenças Venéreas - sífilis) EAS de urina sorologia para doenças infecciosas (HIV, Hepatite B e C, Rubeola, sífilis e toxoplasmose) Exames 3o tri Solicita tudo novamente, menos Tipagem sanguínea e streptococcus do grupo B a partir da 35° semana SWAB anal e vaginal Importante!! → Ultrassom 1 por trimestre já é o suficiente; → O exame morfológico 21 - 24 semanas (sus n disponibiliza) → O ultrassom transvaginal pra ver o medida do colo do útero - 2,4cm normal abaixo disso parto prematuro → Feto com mais de 4kg pode gerar sequelas no parto normal Vacinas e exames → H1N1 - qualquer fase da gestação pode fazer → DTPA - tétano neonatal - 28° semanas→ Hepatite B - 28° semanas → Covid-19 (coronavac/Pfiser) - qualquer fase da gestação pode fazer → Febre amarela - A gestante não deve receber, mas em casos de Surtos, se a gestante reside em regiões endêmicas ela deve ser vacinada se o risco de adoecer for maior do que o risco de receber a vacina. → Coleta do preventivo - mais indicado somente espátula → Vacina contra raiva humana - Em situações de pós-exposição, a vacina não é contraindicada durante a gestação. → Vacina dTPa - com o componente Pertussis acelular - após 20 semanas. → Vacinas com o vírus vivo atenuado são contra indicas (BCG/ Tríplice viral) Medicamentos permitidos → dipirona SP 1.1 Positivo e agora? 21 → buscopan → paracetamol → tramal → cefalexina (infecção urinária) → fluxetina → certralina → para asma todas podem ser ultilizadas → gardenal → levotirozetan → azitromicina (c) → amoccilina → tamiflu → tuberculose trata sempre mesmo com os riscos pois tuberculose fetal = mortalidade 100% → insulina antiPH (1° escolha) → Metformina → levtiroxina Medicamentos contraindicados → quinolonas → nitrofinatonina (infecção urinária 34° só) → lítio tetralogia de falot → anti-inflamatórios todos Qual a importância do pré-natal durante a gestação para identificação de má formações congênitas? Qual a importância da puericultura para identificação e acompanhamento de má formações congênitas (incluir amparo SUS). Quais os impactos socioeconômico e culturais na incidência de doenças na gravidez? Qual a diferença da menstruação e sangramento durante a gravidez?
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