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DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
 
 
1 
 
Copyright © Portal Educação 
2012 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842a Avaliação nutricional / Portal Educação. - Campo Grande: Portal Educação, 
2012. 
 147p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-282-4 
 1. Avaliação nutricional. 2. Nutrição – Avaliação. I. Portal Educação. II. 
Título. 
 CDD 612.3 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ........................................................................ 5 
1.1 ESTADO NUTRICIONAL ............................................................................................................ 5 
1.2 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL ................................................................................ 6 
1.2.1 História Social ............................................................................................................................. 8 
1.2.2 História Clínica ........................................................................................................................... 8 
1.2.3 História Dietética ........................................................................................................................ 9 
2 INQUÉRITOS ALIMENTARES.................................................................................................. 10 
2.1 RECORDATÓRIO DE 24 HORAS ............................................................................................. 10 
2.2 REGISTRO ALIMENTAR .......................................................................................................... 11 
2.3 FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR ............................................................................ 12 
3 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG) ............................................................................. 14 
4 ANTROPOMETRIA ................................................................................................................... 17 
4.1 PESO CORPORAL.................................................................................................................... 17 
4.2 PESO TEÓRICO OU IDEAL (PT) .............................................................................................. 20 
4.2.1 Compleição Corporal ................................................................................................................. 21 
4.2.2 Estimativa de Peso Atual .......................................................................................................... 24 
4.2.3 Peso Ideal para Amputados ...................................................................................................... 26 
4.2.4 Estimativa de Peso - Pacientes com Edema e/ou Ascite .......................................................... 27 
4.2.5 Importância da Mudança de Peso ............................................................................................. 28 
5 ESTATURA ............................................................................................................................... 30 
5.1 ALTURA DO JOELHO ............................................................................................................... 33 
5.2 EXTENSÃO DOS BRAÇOS ...................................................................................................... 34 
5.3 ESTATURA RECUMBENTE ..................................................................................................... 35 
6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ............................................................................................. 36 
7 ALTERAÇÕES .......................................................................................................................... 37 
7.1 ALTERAÇÃO DE PESO – ASG................................................................................................. 37 
7.2 ALTERAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR – ASG ................................................................... 37 
7.3 CAPACIDADE FUNCIONAL – ASG .......................................................................................... 38 
7.4 EXAME FÍSICO ......................................................................................................................... 39 
 
 
3 
 
7.5 MODELO AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL .......................................................................... 40 
8 COMPOSIÇÃO CORPORAL .................................................................................................... 43 
8.1 MÉTODOS DIRETOS ................................................................................................................ 44 
8.2 MÉTODOS INDIRETOS ............................................................................................................ 44 
8.2.1 Pesagem Hidrostástica .............................................................................................................. 44 
8.2.2 Absorciometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA) ............................................................. 46 
8.2.3 Pletismografia ............................................................................................................................ 47 
8.2.4 Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética ......................................................... 47 
8.3 MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS ................................................................................... 47 
8.3.1 Circunferências Corporais ......................................................................................................... 48 
8.3.2 Razão Cintura-Quadril ............................................................................................................... 49 
8.3.3 Circunferência do Braço (CB) .................................................................................................... 52 
8.3.4 Circunferência Muscular do Braço – CMB ................................................................................. 53 
8.3.5 Área Muscular do Braço corrigida – AMBc ................................................................................ 54 
8.3.6 Dobras Cutâneas ....................................................................................................................... 55 
8.3.7 Dobra Cutânea Tricipital – DCT ................................................................................................. 59 
8.3.8 Dobra Cutânea Bicipital – DCB ................................................................................................. 61 
8.3.9 Dobra Cutânea Suprailíaca – DCSI ........................................................................................... 61 
8.3.10 Dobra Cutânea Subescapular – DCSE ...................................................................................... 62 
8.4 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA .................................................................................................... 65 
9 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS .......................................................................... 68 
9.1 CRESCIMENTO INFANTIL ....................................................................................................... 6810 ANTROPOMETRIA ................................................................................................................... 70 
11 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO RECÉM-NASCIDO E LACTENTE ...................................... 72 
11.1 RECÉM-NASCIDO .................................................................................................................... 72 
11.2 LACTENTE, PRÉ-ESCOLAR, ESCOLAR E ADOLESCENTE .................................................. 73 
11.2.1 Perímetro Cefálico (PC), Torácico (PT) e Braquial .................................................................... 79 
11.2.2 Dobras Cutâneas ....................................................................................................................... 80 
11.2.3 Indicadores de Crescimento ...................................................................................................... 81 
11.2.4 Curvas de Crescimento ............................................................................................................. 86 
11.2.5 Índice de Massa Corporal – IMC ............................................................................................... 88 
11.2.6 Puberdade – Maturação Sexual ................................................................................................ 89 
12 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE ......................................................................... 94 
 
 
4 
 
12.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E GESTACIONAL .............. 95 
12.2 CURVA DE ROSSO .................................................................................................................. 99 
12.3 CURVA PERCENTILAR ........................................................................................................... 100 
12.4 NOMOGRAMA E CURVA ÍNDICE DE MASSA CORPORAL ................................................... 101 
13 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS .............................................................................. 105 
14 PARÂMETROS BIOQUÍMICOS ............................................................................................... 112 
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 121 
ANEXO I ............................................................................................................................................. 125 
ANEXO II ............................................................................................................................................ 132 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO À AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
 
1.1 ESTADO NUTRICIONAL 
 
 
Definição: “Condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo de 
nutrientes, identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, 
clínicos e dietéticos” (VASCONCELOS, 2000, p.67-81). 
O estado nutricional de um indivíduo é o equilíbrio entre a ingestão e necessidade de 
nutrientes influenciados por diversos fatores, dentre eles: condições econômicas, 
comportamento alimentar, influências culturais, alteração do apetite, capacidade de consumir e 
absorver nutrientes adequadamente, estresse fisiológico, processos crônicos ou agudos de 
doenças, crescimento, gravidez e estresse psicológico. 
 
 
 
O consumo adequado e suficiente de nutrientes promove o crescimento e 
desenvolvimento, atendendo as necessidades diárias do organismo e prevenindo possíveis 
agravos à saúde. Dessa forma, a avaliação do estado nutricional visa a identificar os pacientes 
em risco nutricional, promover suporte nutricional adequado e monitorar sua evolução. 
Em pacientes hospitalizados observa-se cerca de 19% a 80% de desnutrição protéico- 
 
 
6 
 
calórica. Indivíduos que apresentaram desnutrição após a admissão hospitalar e/ou pacientes 
inicialmente desnutridos podem apresentar piora do seu estado nutricional durante o período de 
hospitalização. Dessa forma, torna-se necessário estabelecer o diagnóstico nutricional de 
indivíduos em decorrência da associação da desnutrição e complicações à saúde. 
O método para a avaliação do estado nutricional é realizado por meio da avaliação 
nutricional, que utiliza técnicas apropriadas de antropometria, anamnese alimentar, história 
clínica, parâmetros bioquímicos e dados psicossociais. 
A avaliação nutricional é uma importante ferramenta para determinar a presença de 
fatores, condições ou diagnósticos que possam afetar o estado nutricional do indivíduo. 
Dessa forma, são fatores determinantes do Estado Nutricional: 
 
» Fatores econômicos (renda, acesso); 
» Fatores sociais (hábitos, modismos, estéticos, mídia, colegas, etc.); 
» Fatores culturais (descendência, costumes); 
» Fatores religiosos (mitos, tabus, crenças); 
» Fatores psicológicos (necessidade, prazer, desconforto, insegurança); 
» Fatores fisiopatológicos. 
 
 
1.2 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
 
 
Segundo Christakis (1973, p.), a Avaliação do Estado Nutricional é a “condição de 
saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes, identificada pela 
correlação de informações obtidas de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos”. A 
definição de Avaliação do Estado Nutricional pela “American Dietetic Council” é uma abordagem 
completa realizada pelo nutricionista para determinar o estado nutricional utilizando histórico 
médico, social, nutricional, exame físico, medidas antropométricas e dados bioquímicos. 
A avaliação do estado nutricional tem como objetivo identificar os distúrbios nutricionais 
possibilitando realizar uma intervenção de forma a auxiliar na recuperação e/ou manutenção do 
estado de saúde do indivíduo por meio da coleta de dados clínicos, dietéticos, bioquímicos e da 
composição corpórea, com a finalidade de identificar e tratar as alterações do estado nutricional. 
Como parâmetro isolado não classifica o estado nutricional geral de um indivíduo, 
 
 
7 
 
sendo necessária a associação de vários indicadores para melhorar a precisão do diagnóstico 
nutricional. 
A avaliação nutricional tem como objetivo: 
1. Identificar indivíduos que necessitem de apoio nutricional intenso; 
2. Recuperar ou manter o estado nutricional do indivíduo; 
3. Identificar a terapia nutricional adequada; 
4. Monitorar a eficácia da terapia aplicada. 
 
A Avaliação Nutricional é realizada por meio de métodos diretos e indiretos, que são 
complementares entre si e não há um único que possa ser considerado completo por si só, por 
isso devem ser interpretados conjuntamente. 
Os métodos utilizados para a realização da avaliação nutricional são os métodos 
diretos e métodos indiretos. Os métodos diretos são aqueles que exploram as manifestações 
biológicas do organismo humano, por meio de análises antropométricas, bioquímicas e clínicas. 
Os métodos indiretos são aqueles que poderão ser determinantes da situação de nutrição e 
alimentação dos indivíduos, por meio de dados de consumo alimentar, estatísticas vitais e 
socioeconômicas. A tabela 1 mostra os métodos de avaliação nutricional. 
 
TABELA 1 - MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL. 
MÉTODOS DIRETOS MÉTODOS INDIRETOS 
Anamnese Alimentar Inquérito de Consumo Alimentar 
Dados Antropométricos Estudos Demográficos 
Exame Físico Inquéritos socioeconômicos e culturais 
Dados Bioquímicos 
 
 
A avaliação do estado nutricional é realizada por meio da Anamnese Alimentar, uma 
ficha utilizada para coletar informações importantes relativas ao indivíduo que está sendo 
avaliado. 
A Anamnese Alimentar abrange três etapas: 
 
» História Social; 
» História Clínica; 
 
 
8 
 
» História Dietética; 
 
 
1.2.1 História Social 
 
 
Deve-se investigar aspectos importantes que podem afetar a aderência ao tratamento. 
Na História Social deve conter: 
» Nome completodo paciente; 
» Idade e Sexo; 
» Estado Civil; 
» Profissão ou Ocupação; 
» Número de componentes na família, tipo de moradia, renda familiar; 
» Vícios, como drogas, álcool (etilismo) e fumo (tabagismo); 
» Atividade Física (tipo, frequência e duração). 
 
 
 
1.2.2 História Clínica 
 
 
A história clínica deve obter Informações necessárias para diagnosticar e realizar o 
tratamento. 
Os componentes da história clínica são: 
» História da doença atual (queixa principal); 
» Perda ou ganho de peso recente; 
» Hábito intestinal e diurese; 
» Sinais de doenças gastrintestinais (náuseas, vômito, etc.); 
» Saúde bucal; 
» Fatores que limitam a ingestão de nutrientes (odinofagia, disfagia, anorexia, etc.); 
» Uso de medicamentos; 
» Antecedentes médicos (número de cirurgias, doenças crônicas). 
 
 
 
9 
 
1.2.3 História Dietética 
 
 
A história dietética é utilizada para identificar o padrão de ingestão alimentar do 
indivíduo, sendo composta por: 
» Hábito alimentar (frequência, tipo, horário, quantidade, etc.); 
» Alimentos prediletos, alimentos excluídos; 
» Alergias, aversões e intolerâncias alimentares; 
» Ingestão hídrica; 
» Local em que se realizam as refeições (restaurante, casa). 
 
A técnica mais conhecida é o “Recordatório de 24 horas”, método qualitativo que 
investiga tudo o que o paciente consumiu em um período de 24 horas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
2 INQUÉRITOS ALIMENTARES 
 
 
 
 São vários os métodos utilizados para avaliar o consumo alimentar em um período 
estabelecido. Os métodos para avaliação do consumo alimentar são classificados em 
Quantitativos e Qualitativos. 
Possibilitam relacionar a dieta ao estado nutricional do indivíduo e pode ser o primeiro 
passo para identificar deficiências nutricionais. 
 » Métodos Quantitativos permitem conhecer quantidade de macronutrientes, 
micronutrientes e calorias ingeridas pelo indivíduo. 
 » Métodos Qualitativos permitem conhecer o hábito alimentar do indivíduo. 
 A escolha do método dependerá de recursos disponíveis, do objetivo do entrevistador, 
população alvo, dentre outros. 
 O entrevistador deve ter cautela quanto a dois fatores importantes durante a aplicação 
do inquérito alimentar: 
1º Indução da resposta pelo entrevistador. O entrevistador não deve influenciar na 
resposta do indivíduo entrevistado. Dessa forma, o entrevistador deve realizar questionamentos 
diretos, sem expor sua opinião ao entrevistado. 
 2º Super ou subestimação de ingestão de alimentos. O entrevistado pode omitir ou 
ressaltar alimentos conhecidos como “ruins” e ‘bons”. Dessa forma é importante observar 
contradição na resposta e depois, refazer a pergunta. 
 
 
 
2.1 RECORDATÓRIO DE 24 HORAS 
 
 
 
 Nesse método o indivíduo é questionado sobre todos os alimentos ingeridos num 
período de 24 horas, geralmente avalia-se o dia anterior ao inquérito. 
 É importante registrar o tipo e quantidade de cada alimento ingerido, bebidas ingeridas 
durante todo o período e horário em que foram realizadas. 
 
 
11 
 
 Segundo Duarte (2007, p65), para facilitar as respostas do indivíduo, é aconselhado 
iniciar os questionamentos pela última refeição e terminar pela primeira refeição realizada nesse 
período. 
 
Vantagens Desvantagens 
Fácil e rápido de ser aplicado Depende da memória 
Baixo custo 
Requer treinamento do investigador para evitar 
indução 
Quando realizado em série, fornece estimativas 
da ingestão usual do indivíduo 
A ingestão prévia das últimas 24 horas pode ser 
atípica 
Não altera a dieta usual Bebidas e lanches tendem a ser omitidos 
Pode ser utilizado em grupos de baixo nível de 
escolaridade 
Não fornece dados quantitativos precisos sobre a 
ingestão de nutrientes 
Pode ser usado para estimar o valor energético 
total da dieta e a ingestão de macronutrientes 
Não reflete as diferenças entre a ingestão de dias da 
semana e o final de semana 
- Pode ocorrer sub ou superestimação 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
 
 
2.2 REGISTRO ALIMENTAR 
 
 
 
 Esse método é utilizado para registrar todos os alimentos e bebidas consumidas em um 
período estabelecido pelo entrevistador. O registro é realizado pelo próprio indivíduo. Quando o 
registro é realizado por criança e indivíduo impossibilitado de escrever, a mãe ou responsável faz 
a anotação do consumo de alimentos. 
 O tempo para realizar o registro varia de três a cinco dias, sendo o mais comum o 
registro alimentar de três dias. O indivíduo deve realizar o registro alimentar de pelo menos um 
dia no final de semana, por ser um dia atípico. 
 
 
12 
 
 O registro alimentar pode ser realizado de duas maneiras: 
 1ª Através da estimativa de consumo de alimentos. O indivíduo estimará em medidas 
caseiras as quantidades consumidas em cada refeição durante o dia. 
 2º Através da quantificação exata das quantidades consumidas durante o dia, por meio 
de pesagem em balança. 
 
Vantagens Desvantagens 
Não depende da memória Pode interferir no padrão alimentar 
Proporciona maior acurácia e precisão quantitativa 
dos alimentos 
Requer tempo 
Identifica tipos de alimentos e preparações 
consumidos e horários das refeições 
Exige que o indivíduo saiba ler e escrever 
- A subestimação é comum 
- Exige alto nível de motivação e colaboração 
- 
 
Apresenta dificuldade para estimar a 
quantidade ingerida 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
 
 
2.3 FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR 
 
 
 
 Esse método permite avaliar o indivíduo conforme o consumo usual de alimentos ou 
nutrientes. 
 O questionário é realizado utilizando uma lista de alimentos predefinidos baseada nos 
grupos alimentares com espaço para inclusão de alimentos. A lista de alimentos pode sofrer 
alterações considerando o objetivo do estudo proposto pelo entrevistador. 
 A utilização de frequência semanal (1 vez/semana, 2 a 3 vezes/semana), minimiza erros 
 
 
13 
 
de aferição desse método. 
 
 O inquérito dietético permite identificar deficiências de nutrientes e hábitos alimentares 
do indivíduo. Não existe um método de avaliação dietética ideal, os fatores determinantes para a 
escolha do método dependerá do propósito a ser estudado e a partir disso, obter melhores 
resultados. 
 
 
Vantagens Desvantagens 
Pode ser auto-administrado ou utilizado por 
outros profissionais 
Não fornece informações sobre a quantidade 
consumida 
Baixo custo 
Não é possível saber sobre a hora ou circunstância 
em que o alimento foi consumido 
Rápido 
Listas complicadas para a população geral podem 
não ser úteis para grupos com diferentes padrões 
alimentares 
Pode descrever padrões de ingestão 
alimentar 
Bebidas e lanches tendem a ser omitidos 
Gera resultados padronizados 
A análise fica difícil sem o uso de computadores e 
programas especiais 
Pode ser utilizado para estudar a associação 
de alimentos ou nutrientes específicos com 
alguma doença 
- 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3 AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG) 
 
 
 
 Inicialmente a ASG foi desenvolvida para avaliar clinicamente pacientes cirúrgicos, 
determinando moderado ou alto risco nutricional. Por apresentar boa correlação com morbidade 
pós-operatória, hoje, a avaliação é utilizada em diversas condições clínicas. 
 A ASG é realizada por meio de questões e baseada na história clínica e no exame físico 
do paciente. 
1 ª Questão: Alteração de peso 
Verificar de que maneira ocorreu a perda de peso: contínua, em um período de seis 
meses ou intermitente, com períodos de recuperação. A percepção por parte dos familiares 
desta perda de peso é importante para confirmação dos dados obtidos com o paciente. O 
acúmulo ou perda de líquido não deve ser considerado como mudança real no peso corporal. 
 2ª Questão: Alteração da ingestão alimentar 
 Classificar se ocorreu alteração na ingestão alimentar e qual a severidade e duração da 
mudança.Caso tenha havido alteração, avaliar a duração (em semanas) e o tipo de modificação da 
ingestão alimentar. A modificação poder ser classificada em quantitativa, em que ocorre 
diminuição da quantidade de alimentos ingerida, ou no tipo da dieta (de sólida para líquida, 
normocalórica, hipocalórica e até mesmo o jejum). Quanto mais severa a redução, ou quanto 
mais longa a duração do declínio da ingestão alimentar, mais próximo da desnutrição grave o 
paciente deve ser classificado. 
 3ª Questão: Presença de sintomas gastrintestinais significativos 
 Serão classificados como significativos caso ocorram diariamente em um período de 
duas semanas. 
 A diarréia será caracterizada como sintoma significativo caso haja três evacuações 
líquidas diárias. 
A hiporexia (menos apetite que o normal) ou mesmo a anorexia (ausência de apetite) 
somente será significativa uma vez que apresente modificações quantitativas ou do tipo de 
alimentação. 
4º Questão: Capacidade funcional do paciente 
Avalia modificações ocorridas em conjunto com as alterações dietéticas e 
 
 
15 
 
antropométricas. 
A perda de peso sem modificações funcionais representa um melhor prognóstico 
nutricional. 
A modificação será leve caso o paciente relate apenas maior cansaço ou grau de 
dificuldade para exercer as atividades cotidianas normais. Moderada, se o paciente se vir restrito 
ao ambiente domiciliar, com suas atividades cotidianas interrompidas e necessite permanecer 
sentado a maior parte do tempo. Grave se o paciente permanecer acamado na maior parte do 
tempo. 
5ª Questão: Exame físico 
É utilizado para avaliar a perda de gordura, massa muscular e a presença de líquidos. O 
exame físico deve ser feito de maneira objetiva utilizando a inspeção e palpação. 
A perda de gordura é classificada: 
» Ausência de alteração 0; 
» Alterações: 
Leves +, Moderadas ++ e Graves +++ 
Verifica-se perda de gordura subcutânea nas seguintes regiões: 
Tríceps 
Observar sobra de pele sobre o braço. 
A palpação da região do tríceps e bíceps fornece dados sobre a intensidade da perda 
de gordura. Visualizar os tendões do músculo tricipital representa importante perda de gordura 
subcutânea. 
Nos idosos a inspeção da sobra da pele deve ser completada pela palpação, a fim de 
não se confundir a perda da elasticidade cutânea com a perda de gordura subcutânea, sentindo 
através da palpação tecido adiposo. 
Linha média axilar no nível das últimas costelas 
Visualizar os arcos costais ou a palpação da dobra cutânea nesta região dá sinais de 
perda significativa de gordura. 
Ombro 
A aparência retangular dos ombros em virtude da visualização da clavícula é sinal de 
perda significativa de gordura, como também da musculatura da região. 
Posicione os braços do paciente para baixo, ao lado do corpo. 
Deve ser possível pinçar o tecido muscular da junção do ombro. 
Quadríceps 
 
 
16 
 
Embora não seja tão sensível quanto aos grupos musculares da parte superior do corpo, 
ele também pode ser examinado para avaliar a deterioração muscular. 
Posicionar o paciente sentado, pinçar o quadríceps para diferenciar tecido muscular do 
gorduroso. 
Na palpação deve-se avaliar o volume da massa muscular assim como o seu tônus. A 
perda do tônus muscular pode ser trazida pela sensação de empastamento da musculatura (* 
importante excluir os fatores comuns que levam à atrofia muscular, como as alterações 
neurológicas). 
Têmporas 
Para visualizar este músculo, vire a cabeça do paciente para o lado (em alguns casos, 
esta região é melhor observada de frente). 
Região interna da perna: 
Observar o grau de definhamento destes músculos e se houve perda ao redor dos 
joelhos. 
Edema 
A presença de líquido no espaço extravascular é avaliada pela presença de edema na 
região do tornozelo e na região sacral, para aqueles que permanecem a maior parte do tempo 
acamado. Quanto maior o cacifo, maior será o edema. 
 
Após obtenção de todas as informações necessárias, o paciente será classificado em: 
A – bem nutrido; 
B – moderadamente desnutrido ou com suspeita de desnutrição; 
C – gravemente desnutrido. 
 
A ASG é um método de fácil execução e pode ser realizado por todos os profissionais da 
equipe mutidisciplinar. Ao mesclar informações sobre alterações de peso, ingestão alimentar, 
sintomas gastrintestinais, ser indicador de pacientes que possam sofrer maior risco de 
complicações associados ao estado nutricional, a ASG pode ser classificada como um 
instrumento tanto prognóstico quanto diagnóstico. 
Ao final do módulo, encontram-se em anexo parâmetros para avaliação do estado 
nutricional e exame físico para a realização da ASG. 
 
 
 
 
17 
 
4 ANTROPOMETRIA 
 
 
Antropometria é a medida das dimensões corpóreas. As medidas antropométricas mais 
empregadas na avaliação do estado nutricional são: peso, altura, circunferências (braço e 
cintura) e dobras cutâneas (tríceps, bíceps, subescapular, suprailíaca). 
Constitui-se em um método de investigação científica em nutrição que se ocupa da 
medição das variações nas dimensões físicas e na composição global do corpo humano em 
diferentes idades e em distintos graus de nutrição. A antropometria apresenta as seguintes 
vantagens: método não invasivo, de fácil execução, baixo custo, simples e alta confiabilidade. No 
entanto, pode sofrer algumas interferências em situações limítrofes do estado nutricional, na 
presença de ascite ou edema. 
 
A interpretação das medidas antropométricas exige o uso de padrões de referência e 
de pontos de corte definidos, distinguindo os que necessitam e os que não necessitam de 
intervenção, permitindo ainda discriminar níveis de malnutrição. 
Por meio das medidas antropométricas pode-se estimar massa corporal total 
expressada pelo peso, massa corporal gordurosa expressada pelas dobras cutâneas e a massa 
corporal proteica expressada pela circunferência e área muscular do braço. 
 
 
 
4.1 PESO CORPORAL 
 
 
 
O peso é a soma dos componentes corpóreos e reflete o equilíbrio das reservas totais 
de energia do corpo. Mudanças no peso refletem alterações no equilíbrio entre ingestão e 
consumo de nutriente. 
 
Pesando crianças maiores de 2 anos e adultos: 
 
- Após o calibramento da balança (nivelamento da agulha do braço e do fiel), ela deve 
 
 
18 
 
ser travada e só então a criança/adulto subirá na plataforma para ser pesado; 
 
 
 
 
 
 
- Posicionar a criança/adulto de costas para a balança, descalço, com o mínimo de 
roupa possível, no centro do equipamento; 
- Mantê-lo ereto, com os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo; 
 
 
 
 
 
 
- Destravar a balança e mover os cursores sobre a escala numérica: primeiro, o maior 
para os quilos; depois, o menor para os gramas; 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
- Assim que a agulha do braço e o fiel estiverem nivelados, travar a balança novamente 
e realizar a leitura de frente para o equipamento. 
 
 
 
 
 
 
 
O peso corpóreo pode ser medido por três formas: peso teórico ou ideal, peso habitual 
ou usual e peso atual. A seguir, veremos como é realizado o cálculo do peso corporal por meio 
desses três tipos citados anteriormente. 
 
 
 
20 
 
4.2 PESO TEÓRICO OU IDEAL (PT) 
 
 
 
É aquele peso que o indivíduo deveria ter de acordo com sexo, altura e estrutura 
óssea. O método mais utilizado para o cálculo do peso ideal é o Índice de Massa Corporal (IMC). 
 
 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
Quando o peso habitual for desconhecido ou quando não há possibilidade de registrar 
o peso atual, o peso teórico pode ser determinado por meio do IMC médio, segundo dados 
abaixo: 
 
 
O cálculo do peso teórico ou ideal também pode ser calculado pelo biótipo, levando em 
consideração o sexo e a altura (cm). Dessa forma, o paciente pode ser classificado em 
Brevilíneo (tórax largo e membros curtos), Normolíneo (apresenta harmonia entre tórax e 
membros) e Longilíneo(apresenta escassez de tecido subcutâneo e musculatura, sendo alto e 
esguio). O cálculo do peso teórico ou ideal por meio do biótipo é realizado conforme tabela 
abaixo. 
 
TABELA 2 - TABELA PARA CÁLCULO DO PESO TEÓRICO SEGUNDO BIÓTIPO 
Biótipo Homens (Variação Peso) Mulheres (Variação Peso) 
Brevelíneo h-100 até (h-100)-5% (h-100)-5% até (h-100)-10% 
Normolíneo (h-100)-5% até (h-100)-10% (h-100)-10% até (h-100)-15% 
HOMEM = altura x 22 
 
MULHER = altura x 20,8 
Peso Ideal ou Desejável = IMC desejado X Altura2 
 
 
 
21 
 
 
Longilíneo 
(h-100)-10% até (h-100)-15% (h-100)-15% até (h-100)-20% 
* h = altura (cm). FONTE: Augusto, 1999 apud Duarte, 2007. 
 
 
4.2.1 Compleição Corporal 
 
 
A estimativa de peso ideal pela compleição é realizada pela relação (r) entre a 
circunferência do punho (cm) do braço não dominante e a altura (cm), obtida por meio da 
fórmula: 
 
 
 
 
Os valores de r para a classificação da compleição são determinados conforme tabela 
abaixo: 
 
 
 
 
Compleição (r) = Altura (cm) 
 Circ. do punho (cm) 
 
 
22 
 
TABELA 3 - CLASSIFICAÇÃO DA COMPLEIÇÃO CORPORAL 
Compleição (r) Pequena Média Grande 
Homens > 10,4 9,6 a 10 < 9,5 
Mulheres > 11 10,1 a 11 < 10,1 
FONTE: Grant et al, 1981. 
 
Após a determinação da compleição corporal, encontrar o peso ideal na tabela abaixo: 
 
TABELA 4 - TABELA DE PESO ESTIMADO DE ACORDO COM A 
COMPLEIÇÃO CORPORAL 
ESTATURA (cm) HOMENS ESTATURA (cm) MULHERES 
 OSSATURA OSSATURA 
 Pequena Média Grande Pequena Média Grande 
155 50,0 53,6 58,2 142 41,8 45 49,5 
156 50,7 54,3 58,8 143 42,3 45,3 49,8 
157 51,4 55,0 59,5 144 42,8 45,6 50,1 
158 51,8 55,5 60,0 145 43,2 45,9 50,5 
159 52,2 56,0 60,5 146 43,7 46,6 51,2 
160 52,7 56,4 60,9 147 44,1 47,3 51,8 
161 53,2 56,8 61,5 148 44,6 47,7 52,3 
162 53,7 57,2 62,1 149 45,1 48,1 52,8 
 
 
23 
163 54,1 57,7 62,7 150 45,5 48,6 53,2 
164 55,0 58,5 63,4 151 46,2 49,3 54 
165 55,9 59,5 64,1 152 46,8 50 54,5 
166 56,5 60,1 64,8 153 47,3 50,5 55 
167 57,1 60,7 65,6 154 47,8 51 55,5 
168 57,7 61,4 66,4 155 48,2 51,4 55,9 
169 58,6 62,3 67,5 156 48,9 52,3 56,8 
170 59,5 63,2 68,6 157 49,5 53,2 57,7 
171 60,1 63,9 69,2 158 50 53,6 58,3 
172 60,7 64,4 69,8 159 50,5 54 58,9 
173 61,4 65,0 70,5 160 50,9 54,5 59,5 
174 62,3 65,9 71,4 161 51,1 55,3 60,1 
175 63,2 66,9 72,3 162 52,1 56,1 60,7 
176 63,8 67,5 72,9 163 52,7 56,8 61,4 
177 64,4 68,2 73,5 164 53,6 57,7 62,3 
178 65,0 69,0 74,1 165 54,5 58,6 63,2 
179 65,9 69,9 75,3 166 55,1 59,2 63,8 
180 66,8 70,9 76,4 167 55,7 59,8 64,4 
181 67,4 71,7 77,1 168 56,4 60,5 65 
182 68,0 72,5 77,8 169 57,3 61,4 65,9 
183 68,6 73,2 78,6 170 53,2 62,2 66,8 
184 69,8 74,1 79,8 171 58,8 62,8 67,4 
 
 
24 
185 70,9 75,0 8,1 172 59,4 63,4 68 
186 71,5 75,8 81,7 173 60 64,1 68,6 
187 72,1 76,6 82,5 174 60,9 65 69,8 
188 72,7 77,3 83,2 175 61,8 65,9 70,9 
189 73,3 78,0 83,8 176 62,4 66,5 71,7 
190 73,9 78,8 84,4 177 63 67,1 72,5 
191 74,5 79,5 85,0 178 63,9 67,7 73,2 
FONTE: Silva, 1998. 
 
 
4.2.2 Estimativa de Peso Atual 
 
 
Em razão da dificuldade de se obter o peso atual de pacientes hospitalizados ou 
pacientes impossibilitados de se levantar, pode-se estimar o peso atual, por meio das seguintes 
equações: 
 
FONTE: Chumlea, 1985 apud Cuppari, 2005. Onde: CP – circunferência da panturrilha; AJ – 
altura do joelho; CB – circunferência do braço; PCSE – prega cutânea subescapular. 
 
 
 
Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] 
 
Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] 
 
 
25 
 
Após a obtenção do peso ideal e do peso atual é realizada a adequação de peso. A 
adequação de peso indicará quanto adequado ou inadequado está o peso atual do indivíduo em 
relação ao peso ideal. 
 
A adequação de peso é calculada a partir da fórmula: 
 
 
 
 
TABELA 5 - CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ACORDO COM A 
ADEQUAÇÃO DO PESO 
Adequação do peso (%) Estado Nutricional 
≤ 70 Desnutrição Grave 
70,1 a 80 Desnutrição Moderada 
80,1 a 90 Desnutrição Leve 
90,1 a 110 Eutrofia 
110,1 a 120 Sobrepeso 
> 120 Obesidade 
FONTE: Blackburn; Thornton, 1979 apud Cuppari, 2005. 
 
 
Quando a adequação de peso for inferior a 95% ou superior a 115%, realiza-se a 
determinação da necessidade energética e de nutrientes por meio da correção do peso ideal. 
Essa correção é obtida pela fórmula do Peso Ajustado. 
 
 
Adequação de peso (%) = peso atual x 100 
 peso ideal 
 
 
26 
 
 
 
 
 
4.2.3 Peso Ideal para Amputados 
 
 
 
A correção do peso corpóreo de amputados é realizada subtraindo o peso da 
extremidade amputada do peso ideal calculado. É importante ressaltar que para amputações 
bilaterais as porcentagens dobram o valor. A tabela 6 mostra a porcentagem de peso 
correspondente a cada membro amputado. 
 
 
TABELA 6 - PORCENTAGEM DO PESO CORRESPONDENTE A CADA SEGMENTO DO 
CORPO 
Membro Amputado Proporção de Peso (%) 
Mão 0.8 
Antebraço 2.3 
Braço até ombro 6.6 
Pé 1.7 
Perna abaixo do joelho 7.0 
Perna acima do joelho 11.0 
Perna inteira 18.6 
FONTE: Osterkamp, L.K., apud Cuppari, 2005. 
 
 
Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual 
 
 
27 
 
A partir dos valores encontrados na tabela 6, faz-se o cálculo do peso corrigido e 
posteriormente o IMC corrigido para amputados, conforme dados abaixo: 
 
 
FONTE: Isosaki, M.; Cardoso, E. 2004. 
 
 
 
4.2.4 Estimativa de Peso - Pacientes com Edema e/ou Ascite 
 
 
 
Para que os dados de peso sejam mais precisos em pacientes edemaciados e/ou 
ascíticos (apresentam retenção hídrica), deve-se descontar do peso atual os valores 
apresentados nas tabelas 7 e 8 para edema e ascite, respectivamente, afim de que seja obtido o 
peso “seco”. 
 
 
TABELA 7 - ESTIMATIVA DE PESO PARA PACIENTES COM EDEMA 
Grau de Edema Local Atingido Peso a ser subtraído 
+ Tornozelo 1 Kg 
++ Joelho 3 a 4 Kg 
+++ Raiz da coxa 5 a 6 Kg 
++++ Anasarca 10 Kg 
FONTE: Isosaki, M.; Cardoso, E., 2004. 
 
 
 
 
Peso Corrigido = 100% - % segmento amputado x Peso Ideal 
 100 
 
 
IMC Amputados = peso corrigido(kg) 
 altura (m2) (1 - % amputação) 
 
 
28 
 
TABELA 8 - ESTIMATIVA DE PESO DE ACORDO COM A 
INTENSIDADE DA ASCITE 
Grau de Ascite Peso Ascítico Edema Periférico 
Leve 2,2 Kg 1 Kg 
Moderada 6 Kg 5 Kg 
Grave 14 Kg 10 Kg 
FONTE: James, 1989. 
 
 
 
4.2.5 Importância da Mudança de Peso 
 
 
 
A perda de peso é uma informação importante para avaliar a gravidade do problema de 
saúde do indivíduo. Pode-se verificar se a alteração de peso é significativa em relação ao tempo 
em que ocorreu. Em indivíduos hospitalizados, deve-se levar em consideração vários fatores 
como a patologia e o tratamento utilizado. A fórmula para o cálculo da mudança de peso segue 
abaixo: 
 
 
 
A porcentagem obtida determina a significância da redução de peso em relação ao 
tempo, como mostra a tabela 9. 
 
TABELA 9 - SIGNIFICADO DA PERDA DE PESO EM RELAÇÃO AO TEMPO 
Tempo Perda significativa de peso (%) Perda grave de peso (%) 
1 semana 1 a 2 >2 
1 mês 5 >5 
 
Perda de Peso (%) = (peso usual – peso atual) x100 
 peso usual 
 
 
29 
3 meses 7,5 >7,5 
6 meses 10 >10 
FONTE: Backbum, G.L.& Bistrian, B.R.,1977 apud Cuppari, 2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
5 ESTATURA 
 
 
Segundo Acunã e Cruz (2004), a estatura representa o maior indicador do tamanho 
corporal e do comprimento dos ossos. Pode ser utilizada em associação ao peso corporal para 
compor o Índice de Massa Corporal. É medida utilizando-se o estadiômetro. 
 
 
 
Medindo crianças maioresde 2 anos e adultos: 
 
- Descrever as partes do equipamento: parte móvel, escala numérica, ponto para 
leitura das medidas. 
- Enfatizar a importância do antropômetro: 
* Estar fixado numa parede lisa e sem rodapé; 
* Estar posicionado numa distância correta do chão, de modo a garantir uma leitura 
fidedigna da estatura. 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Posicionar a criança/adulto, descalço, no centro do equipamento, com a cabeça livre 
de adereços; ele deve se manter: 
- De pé, ereto, com os braços estendidos ao longo do corpo, a cabeça erguida, 
olhando para um ponto fixo na altura dos olhos (1° passo). 
 
 
 
- Calcanhares, ombros e nádegas em contato com o antropômetro e parede (2° 
passo). 
 
 
 
- Ossos internos dos calcanhares devem se tocar, bem como a parte interna de ambos 
 
 
32 
 
os joelhos; os pés unidos mostram um ângulo reto com as pernas (3° passo). 
 
 
 
 
- Abaixar a parte móvel do equipamento, fixando-a contra a cabeça, com pressão 
suficiente para comprimir o cabelo. Retirar a criança/adulto, quando tiver certeza de que o 
mesmo não se moveu (4° passo). 
 
 
 
 
- Realizar a leitura da estatura, sem soltar a parte móvel do equipamento (5° passo) e 
anotar o resultado na ficha da Vigilância Alimentar e Nutricional/prontuário (6° passo). 
 
 
 
33 
 
 
 
Alguns métodos alternativos são utilizados para estimar a altura de indivíduos 
impossibilitados de utilizar o método convencional. Dentre eles, são utilizadas a altura do joelho, 
a extensão dos braços e a estatura recumbente. A seguir determinaremos a medida de cada um 
dos métodos de estimativa de altura. 
 
 
 
5.1 ALTURA DO JOELHO 
 
 
 
Para a estimativa de estatura utiliza-se a altura do joelho (AJ), que com o paciente 
sentado com os pés apoiados no chão ou em posição supina, mede-se a altura do joelho em 
relação à altura do chão, a partir do ponto ósseo externo logo abaixo da rótula (cabeça da tíbia) 
até a superfície do chão. 
 
FONTE: Disponível em: http://www.rxkinetics.com/height_estimate.html. Acesso em: 25 set. 
2009. 
 
 
34 
 
A partir da AJ calcula-se o equivalente de estatura: 
 
*Altura do joelho em cm. 
 
FONTE: Chumlea, 1985 apud Cuppari, 2005. 
 
 
 
5.2 EXTENSÃO DOS BRAÇOS 
 
 
 
Pode-se obter a estimativa de altura de duas formas: 
 
1ª - O paciente deverá estar sentado, em posição ereta, encostado em uma parede, 
com os braços estendidos no nível dos ombros; medir a distância entre as pontas dos dedos 
médios. Este será a altura do paciente. 
 
2ª - Esta medida é utilizada para pacientes que possuem alguma deformidade em uma 
das extremidades ou presença de acesso venoso: com um dos braços estendido na altura do 
ombro, medir a distância da ponta do dedo médio até o esterno, multiplicar o valor obtido por 2, 
obtendo assim a altura estimada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HOMENS = 64.19 - (0,04 x idade) + (2,02 x AJ) 
 
MULHERES = 84.88 - (0,24 x idade) + (1,83 x AJ ) 
 
 
35 
 
5.3 ESTATURA RECUMBENTE 
 
 
 
É utilizada nos casos em que o paciente não consegue dobrar o joelho para fazer a 
altura do joelho ou com incapacidade de movimento dos braços. 
Medida realizada com o indivíduo no leito. Posiciona-se o avaliado em posição supina, 
com o leito completamente na posição horizontal. Fazer marcas no lençol na altura do topo da 
cabeça e da base do pé e medir comprimento entre as marcas, utilizando fita métrica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
6 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 
 
 
O IMC ou Índice de Quetelet é o indicador simples de estado nutricional, obtido por 
meio da relação entre o peso (em quilos) e a altura (em metros) elevada ao quadrado. 
É considerado por diversos autores o melhor indicador de massa corporal no adulto, 
porém outros autores chamam atenção para três limitações do IMC: 
1. Relação com a proporcionalidade do corpo, pessoas com as pernas curtas para a 
sua altura terão IMC aumentado; 
2. Relação com a massa livre de gordura, especialmente em homens, pois atletas e 
indivíduos musculosos podem ter IMC na faixa da obesidade; 
3. Relação com a estatura, que, apesar de baixa, pode ser significativa, especialmente 
em menores de 15 anos. 
 
Em 1995, os pontos de corte do IMC foram modificados para emagrecimento e, em 
1998, para obesidade, preconizando sua utilização tanto para diagnóstico de desnutrição quanto 
de obesidade. A classificação do estado nutricional segundo o IMC é, tabela 10: 
 
TABELA 10 - CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL 
Classificação IMC (Kg/m2) 
Desnutrição Grave < 16 
Desnutrição Moderada 16 a 16,99 
Desnutrição leve 17 a 18,49 
Eutrófico 18,5 a 24,99 
Sobrepeso 25 a 29,99 
Obesidade Grau 1 30 a 34,99 
Obesidade Grau 2 35 a 39,99 
Obesidade Grau 3 > 40 
FONTE: OMS, 1998. 
A combinação entre peso e altura são as variáveis mais utilizadas em estudos 
epidemiológicos, no entanto não distingue massa muscular de adiposidade, sendo necessária a 
utilização de métodos complementares para a determinação do diagnóstico nutricional. 
 
 
37 
 
7ALTERAÇÕES 
 
 
7.1 ALTERAÇÃO DE PESO - ASG 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA PERDA DE PESO. 
 
Estado Nutricional Eutrófico Desnutrição 
leve/moderada 
Desnutrição grave 
Categoria A 
(perda de peso não 
significativa). 
B 
(perda de peso 
potencialmente 
significativa) 
 C 
(perda de peso significativa). 
Parâmetros *Perda < 5% 
*Perda > 10% nos 
últimos 6 meses, 
porém com ganho 
durante o último mês. 
*Perda de 5 a 10 % 
*Declínio de rápido 
peso e > 10%, porém 
com recuperação 
evidente. 
*Perda > 10% 
*Declínio grave, rápido e 
contínuo, principalmente no 
mês anterior e, sem sinais de 
recuperação. 
 
 
 
7.2 ALTERAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR - ASG 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA INGESTÃO ALIMENTAR 
 
Estado Nutricional Eutrófico Desnutrição 
leve/moderada 
Desnutrição grave 
Categoria A B 
 
 C 
 
 
38 
 
Parâmetros  Ingestão 
alimentar boa. 
 
 Melhorando a 
ingestão. 
 Redução 
moderada na 
ingestão, sem 
melhora aparente. 
 
 Consumo de dieta 
líquida exclusiva 
 Redução severa na 
ingestão e em 
declínio 
 
 Jejum ou ingestão 
de líquidos hipo- 
 calóricos 
 
 
 
7.3 CAPACIDADE FUNCIONAL - ASG 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DA CAPACIDADE FUNCIONAL 
 
Estado Nutricional Normal Desnutrição 
leve/moderada 
Desnutrição grave 
Categoria A B C 
Parâmetros - Nenhuma perda de 
gordura subcutânea 
- Sinais de perda em 
algumas regiões 
- perda grande de 
gordura subcutânea 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
7.4 EXAME FÍSICO 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL A PARTIR DO EXAME FÍSICO 
 
Estado Nutricional Normal Desnutrição 
leve/moderada 
Desnutrição grave 
Categoria A B C 
Músculos - Sem evidências de 
perda 
- Sinais de perda em 
algumas regiões. 
- sinais de perda 
severa em todas ou na 
maioria das regiões. 
Têmporas - Músculo aparente 
através da têmpora. 
 
- depressão leve 
próxima às têmporas 
- Depressão grande e 
profunda próxima às 
têmporas 
 - Região reta e plana 
Clavícula - H: a clavícula não é 
visível 
- Difícil de distinguir - Clavícula bastante 
proeminente 
 - M: a clavícula visível 
Ombros - Ombros redondos, 
especialmente na 
junção entre o 
pescoço e o ombro. 
- Embora os ombros 
não estejam 
quadrados, a protusão 
do acrômio pode estar 
evidente. 
- Ombros quadrados 
- A protusão do 
acrômio é bastante 
proeminente 
Escápula - escápula não 
proeminente 
- Os músculos podem 
parecer definhados. 
- Escápula visível 
 - Não existem 
depressões ao redor 
do osso 
- Pode haver 
depressões em todas 
as regiões ao redor do 
osso 
- Perda evidente de 
tecidos nas 
depressões acima da 
escápula, entre estas e 
a articulação do 
ombro, eentre esta e a 
espinha dorsal. 
 
 
40 
Costelas 
 
- As costelas não 
aprecem 
- As costelas podem 
estar aparentes, mas 
as depressões não 
estão tão profundas. 
- As costelas estão 
muito aparentes 
Dorso das mãos - H: músculo 
proeminente 
 - A depressão é 
pequena 
- Depressão profunda 
entre os dedos polegar 
e indicador. 
 - M: músculo 
normalmente plano 
 
Quadríceps - Aparência normal - Pouca redução - Significativamente 
reduzido 
Região interna da 
perna 
- Aparência normal ao 
redor dos joelhos 
- Perda moderada ao 
redor dos joelhos 
- Ossos dos joelhos 
protraídos 
Panturrilha - aparência normal - Difícil de detectar -Redução acentuada 
deste tecido 
 
 
 
7.5 MODELO AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL 
 
 
 
41 
 
 
 
42 
 
 
Para a obtenção da massa magra, subtrai-se a gordura corpórea do peso total do 
indivíduo. 
 
 
 
 
43 
 
8 COMPOSIÇÃO CORPORAL 
 
 
A avaliação da composição corporal é realizada para quantificar os principais 
componentes do organismo humano: ossos, musculatura e gordura corporal. Dessa forma, 
indivíduos considerados com excesso de gordura por apresentarem elevado peso corporal 
podem ser indivíduos com maior desenvolvimento muscular, como no caso dos atletas. 
A composição corpórea é dividida em dois grupos: massa magra (livre de gordura e 
constituída por proteínas, água intra e extracelular e conteúdo mineral ósseo) e massa gorda 
(gordura corpórea). Dessa forma, a análise dos compartimentos corpóreos possibilita 
compreender as modificações resultantes de alterações metabólicas e identificar riscos à saúde. 
 
 
FONTE: Cuppari, 2005 
 
Verifica-se a necessidade da utilização de estratégias que permitam a estimativa da 
quantidade deste componente corporal, a fim de identificar quais as reais necessidades dos 
indivíduos, pois nem sempre seus objetivos ou anseios coincidem com o que realmente 
precisam. Existem várias técnicas para a determinação da composição corporal. Estes 
 
 
44 
procedimentos de determinação podem ser classificados em métodos diretos, indiretos e 
duplamente indiretos. 
 
 
8.1 MÉTODOS DIRETOS 
 
 
São considerados os mais precisos para identificação dos componentes corporais, no 
entanto, envolvem procedimentos de dissecação de cadáveres sendo sua aplicabilidade inviável. 
 
 
8.2 MÉTODOS INDIRETOS 
 
 
Há vários métodos para aferição dos compartimentos corpóreos, entretanto, muitos 
apresentam custo elevado, requerem alta tecnologia e são métodos invasivos, tornando a sua 
aplicabilidade limitada. A seguir, discorreremos rapidamente sobre os métodos indiretos de alta 
tecnologia e logo após será apresentada a utilização dos dois métodos mais utilizados para 
avaliação da composição corporal. 
 
 
8.2.1 Pesagem Hidrostática 
 
 
 
 
 
45 
 
Este método é realizado seguindo o princípio proposto por Arquimedes, a mensuração 
do volume corporal pode ser calculada por meio do deslocamento d’água. Dessa forma, busca-
se estimar o percentual de gordura corporal a partir da relação entre o peso corporal mensurado 
e o volume corporal (na água). O indivíduo é submerso em água com a ajuda de um 
equipamento específico. 
Mudanças na composição dos fluidos corpóreos interferem negativamente nos cálculos 
da massa magra. 
 
FIGURA 1 - PESAGEM HIDROSTÁTICA 
 
FONTE: Fitness & Performance Journal, setembro de 2009. 
 
 
 
 
 
 
46 
 
8.2.2 Absorciometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA) 
 
 
A quantidade de massa magra ou gorda do organismo é medida pelo densitômetro, 
que traduz para porcentagens as imagens obtidas por um tipo especial de raios X dos diferentes 
compartimentos do corpo: tecido ósseo, muscular, de gordura e fluidos. Seu uso é limitado para 
avaliação de pessoas muito magras (em que a proporção de ossos é maior em relação à de 
tecidos moles) ou com desnutrição crônica. 
 
 
FIGURA 2 - ABSORCIOMETRIA RADIOLÓGICA DE DUPLA ENERGIA (DEXA) 
 
FONTE: <www.easternshorephysicians.com/dexa>. Acesso em: 28 set. 2009. 
 
 
 
 
 
 
47 
 
8.2.3 Pletismografia 
 
Determina o volume corporal medindo uma pequena câmara vazia e em condições 
isotérmicas e logo após mede-se o volume da câmara com o indivíduo em seu interior, 
avaliando-se o deslocamento de ar. 
 
 
8.2.4 Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética 
 
 
A Tomografia computadorizada apresenta alta precisão na configuração da massa 
tecidual e gordura corporal, principalmente na região abdominal. 
Por meio da emissão de radiação identifica-se o tecido adiposo total e subcutâneo do 
tecido muscular. 
Em anexo segue tabela com dados dos métodos indiretos não-convencionais de 
avaliação nutricional. 
 
 
8.3 MÉTODOS DUPLAMENTE INDIRETOS 
 
 
São os métodos mais utilizados por apresentarem baixo custo, não serem invasivos e 
de fácil aplicabilidade, a Antropometria, por meio da utilização das circunferências corporais e 
dobras cutâneas e a Bioimpedância elétrica. 
 
 
48 
 
Apesar de serem menos precisos do que os métodos indiretos possuem erros de 
estimativa de composição corporal aceitáveis. 
 
 
8.3.1 Circunferências Corporais 
 
 
A distribuição da gordura corporal é considerada um indicador de risco à saúde, 
principalmente para considerar os riscos relacionados à obesidade A classificação do tipo de 
gordura corpórea é determinado de acordo com a sua distribuição, sendo elas do tipo androide e 
ginoide. Determina-se a distribuição corporal do tipo androide quando o tecido adiposo está 
concentrado na área abdominal. A classificação do tipo androide pode ser subdividida em 
gordura abdominal subcutânea e visceral. O acúmulo de gordura na região abdominal está 
relacionado ao aumento de risco de doenças cardiovasculares, principalmente pela gordura 
visceral (armazenada na cavidade abdominal ao redor dos principais órgãos) e alterações 
metabólicas como dislipidemias, diabetes tipo II, resistência à insulina e síndrome metabólica. A 
distribuição corpórea do tipo ginoide é determinada quando a concentração de tecido adiposo 
está localizada nos quadris, glúteos e coxas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
 
FIGURA 3 - OBESIDADE ANDROIDE E GINOIDE 
 
FONTE: <www.adam.com>. Acesso em: 28 set. 2009. 
 
Para avaliar o risco de doenças cardiovasculares e metabólicas, utiliza-se o indicador 
razão cintura-quadril (RCQ). 
 
 
8.3.2 Razão Cintura-Quadril 
 
 
A razão cintura-quadril é o indicador mais utilizado para identificar o tipo de distribuição 
corpórea, sendo determinada pela seguinte equação: 
 
 
RCQ = circunferência da cintura 
 circunferência do quadril 
http://www.adam.com/
 
 
50 
 
TABELA 11 - RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS POR MEIO DA RAZÃO 
CINTURA-QUADRIL 
 
Risco de desenvolvimento de 
doenças 
Homens Mulheres 
> 1 0,85 
 
A utilização da medida da cintura isolada é muito utilizada para avaliar melhor o tecido 
adiposo abdominal visceral quando comparado à razão cintura-quadril. Dessa forma, a medida 
da circunferência da cintura deve ser realizada com o indivíduo em pé utilizando uma fita métrica 
que deve circundar o paciente no ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca 
(aproximadamente dois dedos acima do umbigo), conforme mostra Figura 4. 
 
 
FIGURA 4 - MEDIDA DA CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA 
 
 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
 
 
51 
 
É importante ressaltar que pequenas diferenças na medida da cintura podem levar a 
interpretações errôneas, principalmente em obesos e idosos, por isso a técnica deve ser 
padronizada. 
Os dados mostrados na tabela 12 são referentes à circunferência da cintura 
associados ao desenvolvimento de riscos relacionados à obesidade. 
 
TABELA 12 - RISCO DE COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS À OBESIDADE 
Risco de complicações associadas à obesidade 
Sexo Elevado Muito Elevado 
Homens ≥ 94 cm ≥ 102 cm 
Mulheres ≥ 80 cm ≥ 88 cm 
 
 
A medida da circunferênciado quadril é realizada circundando a região de maior 
perímetro entre a cintura e a coxa (meio dos glúteos), conforme demonstrado na figura 5. 
FIGURA 5 - MEDIDA CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL 
 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
 
52 
 
8.3.3 Circunferência do Braço (CB) 
 
 
Essa medida representa o somatório dos tecidos ósseo, muscular e gorduroso do 
braço. 
Para iniciar a aferição da circunferência do braço, deve-se localizar o “ponto médio do 
braço”. 
 
Técnica de aferição do ponto médio do braço: 
 
O ponto médio do braço é obtido a partir da mensuração com uma fita métrica 
apropriada da distância do acrômio até o olécrano. O braço deve formar um ângulo de 90º e 
deve estar flexionado em direção ao tórax. 
Após a localização do ponto médio, obtém a circunferência do braço. 
O braço deve ficar estendido ao longo do corpo com a palma da mão voltada para a 
coxa. Com a fita métrica, contornar o ponto marcado, evitando a compressão da pele, de forma 
que a medida fique ajustada, conforme mostra a figura 6. 
FIGURA 6 - CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 
 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
 
53 
 
O valor obtido poderá ser interpretado pelos valores de referência do NHANES I 
(National Health and Nutrition Examination Survey) demonstrados na tabela de percentis 
(FRISANCHO, 1990) e por meio da adequação da CB, sendo determinada pela equação abaixo: 
 
 
 
O estado nutricional é classificado de acordo com a tabela 13. 
 
TABELA 13 - ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO A 
CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO 
 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% >120% 
 
 
 
8.3.4 Circunferência Muscular do Braço - CMB 
 
 
Este parâmetro avalia a reserva de tecido muscular, no entanto, não corrige a área 
óssea. É obtida a partir dos valores da circunferência do braço e da prega cutânea tricipital por 
meio da equação: 
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50 
 
 
54 
 
 
 
A adequação da CMB é realizada segundo fórmula abaixo e o estado nutricional 
classificado conforme tabela 14. 
 
 
 
TABELA 14 - ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO A CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO 
BRAÇO. 
 
 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia 
CMB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90% 
 
 
 
8.3.5 Área Muscular do Braço corrigida – AMBc 
 
 
Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 
 CMB percentil 50 
 
CMB (cm) = CB (cm) - π x [PCT (mm) / 10] 
 
 
55 
 
Esse parâmetro avalia a reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea, dessa 
forma, reflete adequadamente as mudanças do tecido muscular. É obtida por meio das fórmulas: 
 
 
 
A classificação do estado nutricional é realizada com base nos valores de referência 
estabelecidos por Frisancho, conforme tabela 15. 
 
TABELA 15 - ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO A ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO 
CORRIGIDA 
AMBc 
Normal 
Desnutrição 
Leve/Moderada 
Desnutrição Grave 
Percentil >15 Percentil entre 5 e 15 Percentil < 5 
 
 
 
8.3.6 Dobras Cutâneas 
 
 
 
 
Homem: AMBc (cm2) = [CB (cm) – 3,14 x DCT mm) / 10 ] 2 - 10 
 4 x 3,14 
 
 
Mulher: AMBc (cm2) = [CB (cm) – 3,14 x DCT (mm) /10] 2 - 6,5 
 4 x 3,14 
 
 
56 
 
A gordura subcutânea corresponde a 50% da gordura armazenada do corpo, e pode 
refletir de maneira acurada o conteúdo de gordura corporal total. A espessura da dobra cutânea 
reflete a espessura da pele e tecido adiposo subcutâneo. 
 
FIGURA 7 - MEDIDA DA DOBRA CUTÂNEA 
 
 
FONTE: Heyward & Stolarczyk, 2000. 
 
As medidas são aferidas em pontos anatômicos específicos do organismo com o 
auxílio de um compasso chamado de: adipômetro, plicômetro, paquímetro, espessímetro ou 
cáliper. Há várias marcas disponíveis no mercado e o custo varia de acordo com o material 
utilizado em sua composição e a precisão e exatidão de sua escala de medida. Adipômetros de 
plástico não possuem a mesma confiabilidade e precisão e não devem ser utilizados em estudos 
científicos. 
Alguns modelos são mostrados abaixo. 
 
 
 
 
57 
 
FIGURA 8 - ADIPÔMETROS DISPONÍVEIS NO MERCADO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <www.sanny.com.br>. Acesso em: 28 set. 2009. 
 
Há várias medidas de dobras cutâneas que podem ser utilizadas na avaliação 
antropométrica, dentre elas, as mais utilizadas são dobras cutâneas: bicipital, tricipital, 
subescapular e suprailíaca. 
As instruções citadas abaixo irão garantir a exatidão das medidas. 
Instruções gerais para aferição de dobras cutâneas: 
 
1. Identificar e marcar o local a ser aferido; 
2. Segurar a prega formada com os dedos polegar e indicador da mão esquerda 
(caso seja destro) ou direita (caso seja canhoto) a 1 cm do ponto marcado; 
Sanny® Harpenden® 
Lange® Cescorf® 
 
 
58 
 
3. Pinçar a dobra exatamente no local marcado; 
4. Manter a dobra pressionada com os dedos durante a aferição; 
5. A leitura deve ser realiza no milímetro mais próximo, em segundos; 
6. As hastes do compasso estejam perpendiculares à superfície da pele no local da 
medida; 
7. Para melhor confiabilidade dos dados, as medidas devem ser coletadas de 
preferência em triplicata; 
8. Não realizar a aferição das dobras após exercício físico, pois o deslocamento de 
fluidos corporais em direção a pele tende a aumentar a espessura da dobra 
cutânea. 
 
Aferição das Dobras Cutâneas: 
 
FIGURA 9 - LEITURA DO ADIPÔMETRO 
 
 
FONTE: Flores, 2005. 
1. O ponteiro indicador “PA” (relógio maior) e “PB” (relógio menor) deverão estar 
sobre o número 0. 
 
 
 
59 
 
2. O deslocamento do “PA” deverá ser no sentido horário e do “PB” no sentido anti-
horário. Todos em uma medida crescente. 
3. Cada divisão na escala de graduação “A” corresponde a 0,10 mm. 
4. Cada divisão na escala de graduação “B” corresponde a uma volta completa, ou 
seja, 10,0 mm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.3.7 Dobra Cutânea Tricipital – DCT 
 
 
Utilizando o mesmo ponto médio para a circunferência do braço, separar levemente a 
dobra desprendendo-a do tecido muscular e pinçá-la formando um ângulo reto. O braço deve 
estar relaxado e solto ao lado do corpo. 
 
 
 
 
 
Você tem dificuldade em realizar a leitura dos ponteiros do adipômetro?? A Sanny 
(www.sanny.com.br) possui um “Teste de Leitura do Adipômetro” e com ele você pode 
treinar a leitura das dobras cutâneas. Acesse o link abaixo e quando a janela de 
download de arquivos aparecer, clique em “executar”. 
http://www.sanny.com.br/downloads//mat_cientificos/LEITURA.EXE 
 
http://www.sanny.com.br/
http://www.sanny.com.br/downloads/mat_cientificos/LEITURA.EXE
 
 
60 
 
FIGURA 10 - DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL 
 
Sua medida isolada é comparada ao padrão de referência de Frisancho (1981) 
conforme sexo e idade. A adequação da dobra cutânea tricipital é calculada de acordo com a 
fórmula: 
 
 
 
A classificação do estado nutricional é realizada conforme a tabela 16. 
 
TABELA 16 - ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO A DOBRA 
CUTÂNEA TRICIPITAL 
 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
PCT < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a110% 110 a 120% >120% 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 
 PCT percentil 50 
 
 
 
 
 
 
61 
 
8.3.8 Dobra Cutânea Bicipital – DCB 
 
 
A aferição deve ser feita no mesmo nível da dobra tricipital, na parte anterior do braço. 
Segurar a dobra na posição vertical e pinçá-la. É utilizada em equações de predição de gordura 
corporal. 
 
FIGURA 11 - DOBRA CUTÂNEA BICIPITAL 
 
 
 
8.3.9 Dobra Cutânea Suprailíaca – DCSI 
 
 
Obtida na direção oblíqua, sobre a linha média axilar no ponto em que se encontra logoacima da crista ilíaca, na posição diagonal. 
 
 
 
 
 
62 
 
FIGURA 12 - DOBRA CUTÂNEA SUPRAILÍACA 
 
 
 
 
8.3.10 Dobra Cutânea Subescapular – DCSE 
 
 
Medida logo abaixo do ângulo inferior da escápula, seguindo a orientação dos arcos 
costais. 
 
FIGURA 13 - DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR 
 
 
 
 
 
63 
 
Após a aferição das quatro dobras cutâneas, estima-se a composição corporal 
utilizando a somatória das quatro dobras cutâneas, segundo a equação de Durnin e Womersley 
(1974): 
 
*Coeficientes elaborados de acordo com idade e gênero para cálculo da Densidade Corpórea. 
 
TABELA 17 - CÁLCULO PARA DENSIDADE CORPÓREA UTILIZANDO A SOMATÓRIA DAS 
QUATRO DOBRAS CUTÂNEAS 
Homens (Idade em anos) Mulheres (Idade em anos) 
17 – 1 9 D = 1,1620 – 0.0630 x (log E) 17 - 20 D = 1,1549 – 0,0678 x (log E) 
20 - 29 D = 1,1631 – 0,0632 x (log E) 20 - 29 D = 1,1599 – 0,0717 x (log E) 
30 - 39 D = 1,1422 – 0,0544 x (log E) 30 - 39 D = 1,1423 – 0,0632 x (log E) 
40 - 49 D = 1,1620 – 0,0700 x (log E) 40 - 49 D = 1,1333 – 0,0612 x (log E) 
+ 50 D = 1,1715 – 0,0779 x (log E) + 50 D = 1,1339 – 0,0645 x (log E) 
FONTE: Durin e Womersley, 1974 apud Cuppari, 2005. 
 
 
A partir do valor obtido da DC, determina-se a porcentagem de gordura corporal total 
utilizando a fórmula de Siri (1961): 
 
 
 
Densidade Corpórea (DC) = (*A-B) x log ∑ 4 pregas. 
 
 
 
64 
 
 
 
Os valores de referência de gordura corpórea para homens é de até 25% e para 
mulheres de até 30% do peso corpóreo. 
Para a obtenção da massa magra, subtrai-se a gordura corpórea do peso total do 
indivíduo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gordura Corpórea (%) = 4,95 – 4,50 X 100 
 DC 
 
 
65 
 
8.4 BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA 
 
 
É um método rápido, não invasivo e relativamente barato para avaliar a composição 
corporal. Utiliza-se a condutividade elétrica para realizar a estimativa dos compartimentos 
corpóreos. 
Os tecidos magros são altamente condutores de corrente elétrica em razão da grande 
quantidade de água e eletrólitos, apresentando baixa resistência à passagem da corrente 
elétrica. Por outro lado, a gordura, o osso e a pele constituem um meio de baixa condutividade 
apresentando, portanto, elevada resistência. Dessa forma, a bioimpedância elétrica é utilizada 
para determinar a água corporal total e posteriormente estimar a massa livre de gordura e o 
percentual de gordura. 
A avaliação é realizada com o paciente deitado, com as pernas afastadas e braços 
paralelos ao corpo. Uma corrente elétrica é introduzida por eletrodos distais e captada pelos 
eletrodos proximais, gerando vetores de resistência e reactância. Após identificar os níveis de 
resistência e reactância do organismo à corrente elétrica, o analisador avalia a água corporal 
total e, assumindo uma hidratação constante, prediz a quantidade de massa magra. 
Para a realização da BIA, deve-se estar atento para aspectos metodológicos 
importantes: 
» As medidas devem ser realizadas do lado direito do corpo, com o indivíduo 
deitado em decúbito dorsal sobre uma superfície não condutora, em uma sala com temperatura 
ambiente normal (~22°C); 
» A pele onde serão fixados os eletrodos deve estar íntegra e a fixação dos 
mesmos deve ser precedida de limpeza com álcool, para garantir a adesão; 
» Os eletrodos proximais devem ser colocados na superfície dorsal da articulação 
do punho direito, e na superfície dorsal do tornozelo direito; 
» Conectar os cabos de ligação aos eletrodos apropriados. Os cabos vermelhos 
são ligados às articulações do punho e do tornozelo, e os cabos pretos à mão e ao pé; 
» Não deve haver contato entre as coxas e entre os braços e o tronco. 
 
 
66 
Ligar o aparelho e fazer a leitura correspondente às medidas de resistência e 
reactância. 
 
FIGURA 14 - POSIÇÃO DOS ELETRODOS PARA REALIZAÇÃO DA BIOIMPEDÂNCIA 
ELÉTRICA 
 
 
Se o indivíduo apresentar hiper-hidratação o valor da massa magra será 
superestimado, dessa forma, qualquer alteração no estado de hidratação é a principal limitação 
deste método. Dessa forma, devem ser tomados alguns cuidados para a realização da 
avaliação, são eles: 
 
» Não comer ou beber a menos de quatro horas do teste; 
» Não fazer exercícios a menos de doze horas do teste; 
» Urinar a menos de 30 minutos do teste; 
» Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste; 
» Não tomar medicamentos diuréticos a menos de sete dias do teste; 
» Pacientes do sexo feminino que percebam que estão retendo água durante 
aquele estágio de seu ciclo menstrual não devem realizar o teste. 
 
O uso da bioimpedância elétrica apresenta eficiência na aferição da composição 
corporal em diversas situações clínicas como desnutrição, pré e pós-operatória, insuficiência 
renal, gestação, crianças e atletas. 
 
 
67 
 
A bioimpedância elétrica é um método de avaliação da composição corporal altamente 
aceito e muito utilizado, no entanto, pode ocorrer alteração nos resultados por meio da 
alimentação, exercício físico e a ingestão de líquidos em períodos que antecedem a avaliação, 
desidratação, retenção hídrica, uso de diuréticos e ciclo menstrual. 
É importante conhecer as aplicações de cada método de avaliação da composição 
corporal. Todas as medidas requerem treinamento e conhecimento das técnicas de aferição e 
medidas para obter um diagnóstico nutricional correto em conjunto com outros métodos de 
avaliação nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
68 
 
9AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS 
 
 
9.1 CRESCIMENTO INFANTIL 
 
 
Os padrões de crescimento constituem um dos instrumentos mais amplamente 
utilizados na assistência à saúde da criança, tendo como objetivo monitorar e promover o 
crescimento, identificar o período adequado para introduzir a alimentação complementar ao leite 
materno, avaliar performance da lactação e auxiliar o diagnóstico da falta ou excesso de 
crescimento. 
Conforme citado por Vitolo (2003), o crescimento (estatura) é proporcionalmente mais 
lento que o aumento de peso. Dessa forma, no primeiro ano de vida, uma criança triplica o seu 
peso de nascimento ao passo que a estatura aumenta em 50% no mesmo período. 
É importante que a criança mantenha um peso adequado, pois em casos de déficit 
nutricional, o peso sofre alteração imediata e a estatura não. 
 
 
 
 
69 
 
As principais modificações começam a acontecer do primeiro ao terceiro ano de vida, 
ocorrendo desenvolvimento de massa muscular e perda de gordura corporal. A erupção dentária, 
quando atrasada, está relacionada ao atraso no crescimento, portanto, aos 12 meses a criança 
tem de 6 a 8 dentes e aos 3 anos de idade, passa a ter a dentição completa (22 dentes). 
A criança apresenta crescimento constante a partir dos 3 anos de idade, apresentando 
ganho de peso de 2 a 3 Kg e de 5 a 7 cm de comprimento ao ano (VITOLO, 2003). Já a idade 
escolar apresenta maior ganho de peso, nesse período é importante observar se há 
predisposição para obesidade, se não houver, a intervenção nutricional não é necessária 
contanto que o consumo de alimentos energéticos não prejudique a ingestão de 80% dos 
nutrientes necessários para um crescimento adequado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
10 ANTROPOMETRIA 
 
 
Os dados antropométricos para cada faixa etária seguem abaixo: 
 
» Antropometria do recém-nascido e lactente (0 a 1 ano) 
 
 Peso ao nascer e peso atual; 
 Comprimento; 
 Perímetro cefálico e torácico; 
 Dobras cutâneas tricipital e subescapular. 
 
» Antropometria do pré-escolar ( > 1 a 7 anos) 
 
 Peso; 
 Estatura; 
 Circunferência cefálica e torácica (até os 5 anos); 
 CB (pode ser usada isoladamente quando não se pode obter peso e estatura), 
CMB, PCT, PSE; 
 IMC (a partir de 5anos). 
 
» Antropometria do escolar ( ≥ 7 a < 10 anos) 
 
 Peso; 
 Estatura; 
 
 
 
71 
 
 CB, CMB, DCT, DSE; 
 IMC. 
 
» Antropometria do adolescente (≥ 10 a < 20 anos) 
 
 Peso; 
 Estatura; 
 CB, CMB, DCT, DSE; 
 IMC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
72 
 
11 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DO RECÉM-NASCIDO E LACTENTE 
 
 
11.1 RECÉM-NASCIDO 
 
 
Os fatores maternos que mais influenciam o crescimento fetal são: paridade, nível 
socioeconômico, raça, altura, fumo, estado nutricional e hormônios. Por esse motivo, podemos 
avaliar a condição do estado nutricional do recém-nascido por meio da idade gestacional, 
descrita abaixo: 
 
 
TABELA 18 - ESTADO NUTRICIONAL DO RECÉM-NASCIDO 
Idade gestacional Condição Nutricional 
< 37 semanas pré-termo 
38 a 42 semanas a termo 
> 42 semanas pós-termo 
FONTE: Vitolo, 2003. 
 
Após a classificação do recém-nascido por idade gestacional, utiliza-se o peso 
correspondente ao nascimento, conforme tabela abaixo: 
 
 
 
 
73 
 
TABELA 19 - CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO DE ACORDO COM A IDADE 
GESTACIONAL 
Percentil Classificação 
Percentil < 10 Pequeno para a idade gestacional (PIG) 
Entre 10 e 90 Adequado para a idade gestacional (AIG) 
>Percentil 90 Grande para a idade gestacional (GIG) 
 
 
De acordo com o seu estado nutricional, o recém-nascido pré-termo é classificado em: 
 
» Proporcionado ou crônico: nasce com baixo peso, mas é proporcional ao 
comprimento. Essa classificação é resultado de deficiências nutricionais crônicas durante a 
gestação. 
» Desproporcionado ou agudo: nasce com baixo peso e apresenta comprimento 
desproporcional. Nesse caso, problemas gestacionais agudos é que levam ao 
desproporcionamento. 
 
 
11.2 LACTENTE, PRÉ-ESCOLAR, ESCOLAR E ADOLESCENTE 
 
 
As medidas mais utilizadas para a avaliação nutricional do lactente são: peso, 
comprimento e perímetro cefálico. 
 
 
 
74 
 
Veremos a seguir a medida de aferição do peso e comprimento para crianças menores 
de 2 anos conforme cartilha sobre Antropometria publicada pelo Ministério da Saúde. 
 
Pesando crianças menores de 2 anos: 
 
- Descrever as partes do equipamento: cursores maior e menor, fiel, agulha do braço, 
trava, calibrador e prato da balança. 
- A balança deve estar apoiada sobre uma superfície plana, lisa e firme. 
- O prato da balança deve ser forrado com uma proteção (papel descartável ou fralda) 
antes da calibragem, para evitar erros na pesagem. 
 
 
- Destravar a balança e verificar se está calibrada (a agulha do braço e o fiel devem 
estar na mesma linha horizontal). Caso contrário, calibrá-la, girando lentamente o calibrador até 
que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 
 
 
75 
 
 
 
- Colocar a criança sentada ou deitada no centro do prato, de modo a distribuir o peso 
igualmente. Logo após, destravar a balança, mantendo a criança parada o máximo possível 
nessa posição. 
 
 
 
- Mover os cursores da balança até que a agulha do braço e o fiel estejam nivelados. 
- Travar a balança e realizar a leitura de frente para o equipamento, com os olhos no 
mesmo nível da escala, a fim de visualizar melhor os valores apontados pelos cursores. 
 
 
 
 
76 
 
 
Medindo crianças menores de 2 anos: 
 
- Descrever as partes do equipamento: parte fixa, parte móvel, escala numérica, ponto 
para leitura da medida. 
 
 
 
 
- Enfatizar que o antropômetro deve estar apoiado em uma superfície plana, firme e 
lisa. 
- Ressaltar que a fita métrica de costura não deve ser utilizada, pois tende a esgarçar e 
desgastar com o tempo, alterando, assim, a medida. Recomendar o uso de fita métrica 
inelástica, que apresenta uma maior durabilidade. 
 
 
77 
 
- Deitar a criança no centro do antropômetro, descalça e com a cabeça livre de 
adereços. 
 
 
 
- Manter, com a ajuda da mãe/outra pessoa: 
 A cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o 
pescoço reto e o queixo afastado do peito; 
 Os ombros totalmente em contato com a superfície de apoio do antropômetro; 
 Os braços estendidos ao longo do corpo (2° passo); 
 
 
 
 As nádegas e os calcanhares da criança em pleno contato com a superfície que 
apoia o antropômetro (3° passo). 
 
 
 
 
 
78 
 
 
 
- Pressionar, cuidadosamente os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de 
modo que eles fiquem estendidos; juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a 
parte móvel do equipamento até a planta dos pés, com cuidado para que não se mexam. 
 
 
- Fazer a leitura do comprimento quando estiver seguro de que a criança não se moveu 
da posição indicada. 
 
 
 
 
79 
 
A aferição de peso e estatura para crianças maiores de 2 anos está descrita no Módulo 
II. 
 
 
11.2.1 Perímetro Cefálico (PC), Torácico (PT) e Braquial 
 
 
A medida de perímetro cefálico e torácico é realizada até os cinco anos de idade, pois 
reflete o crescimento cerebral. Para a aferição dessa medida, utiliza-se uma fita métrica flexível e 
inelástica. Deve-se medir posicionando a fita métrica, na parte anterior, as bordas 
supraorbitárias, e, na parte posterior, a proeminência occipital em seu ponto mais saliente. 
 
 
FIGURA15 - MEDIDA PERÍMETRO CEFÁLICO 
 
FONTE: Disponível em: <www.bebesymas.com>. Acesso em> 28 set. 2009. 
 
O Perímetro Torácico deve ser medido com a criança deitada e a fita métrica deve 
permanecer ao nível dos mamilos. 
 
 
80 
 
A relação PT/PC quando igual a 1 ( = 1) é indicativo de eutrofia e quando menor que 1 
(< 1) é indicativo de desnutrição energético-proteica. 
O Perímetro Braquial é uma medida complementar, utilizada em crianças com idade 
entre 1 e 5 anos quando não podem ser obtidas as medidas de peso e altura. Entretanto, a sua 
utilização isolada limita a obtenção do diagnóstico nutricional. 
 
 
11.2.2 Dobras Cutâneas 
 
 
As medidas de dobras cutâneas avaliam a quantidade de tecido adiposo subcutâneo. 
Para crianças de até um ano de idade utiliza-se a dobra cutânea tricipital e subescapular. As 
técnicas de aferição das medidas são as mesmas descritas para indivíduos adultos, no entanto, 
os valores para classificação são diferentes. 
 
TABELA 20 - INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO DE DOBRAS CUTÂNEAS TRICIPITAL E 
SUBESCAPULAR 
Dobras Cutâneas Classificação 
 
Tricipital (DCT) < P 5 – redução significativa dos depósitos de gordura 
 < P10 – redução provável 
 P 10 – 90 – eutrofia 
 > P90 – provável obesidade 
 > P 95 – obesidade acentuada 
 
 
81 
( principalmente se P/A > 95) 
Subescapular (DSE) < P 5 – redução significativa 
< P 95 – obesidade acentuada 
(principalmente se P/A > 95) 
 
 
Os valores destas dobras também podem ser aplicados nas fórmulas para obtenção da 
porcentagem da gordura ou da massa magra (% de gordura ou % de massa magra). Utilizando a 
mesma fórmula para adultos, mas somente com a somatória das duas dobras cutâneas. 
 
 
 
11.2.3 Indicadores de Crescimento 
 
 
 
Os indicadores para avaliação do crescimento de crianças são: 
» Peso por idade (P/I); 
» Peso por altura (P/A) ou peso por estatura (P/E); 
» Altura por idade (A/I). 
 
Peso por idade (P/I) 
 
Reflete o peso em relação à idade cronológica. É muito utilizado para diagnosticar a 
desnutrição em crianças. Entretanto, sua utilização não reflete a real condição nutricional da 
criança que apresenta déficit de estatura. Utilizar peso adequado para idade por meio do 
percentil 50 da tabela do NCHS. 
 
 
 
 
 
 
 
82 
 
 
 
É classificada baseando-se nos padrões de Gomez (1956): 
 
TABELA 21 - CLASSIFICAÇÃO P/I 
Classificação de Gomez 
≥ 90% Eutrofia 
75 – 90% Desnutrição leve 
60 – 75% Desnutrição moderada 
< 60% Desnutrição grave 
 
Quando se desconhece a idade, utiliza-se a fórmula: 
 
 
 
Após o resultado, verificar a tabela de estatura, encontrar a atual e o peso 
correspondente. Utilizar a fórmula de P/Ie classificar conforme a tabela de Gomez. 
Peso por altura (P/A) ou (P/E) 
 
Reflete a harmonia do crescimento e não requer informação sobre a idade. É 
considerado um ótimo indicador do estado nutricional e o mais utilizado para avaliar a 
recuperação nutricional em crianças. Sua classificação é baseada no padrão de Jelliffe. Utilizado 
em idade de 0 a 20 anos. 
 
 peso observado X 100 
 peso esperado 
 para altura 
 
 
 
P/I = estatura observada X 100 
 estatura esperada 
 para idade no percentil 50 
 
 
 
 
83 
 
 
 
 
Você deverá procurar a coluna da estatura ignorando a idade. Depois, verificar qual o 
peso adequado para a estatura, sendo esse o valor do peso esperado. A classificação é 
realizada conforme tabela abaixo: 
 
TABELA 22 - CLASSIFICAÇÃO PARA P/E DE JELLIFFE 
Classificação de Jelliffe 
< 90% Desnutrição ou baixo peso 
90 – 110% Eutrofia 
110 – 120% Sobrepeso 
≥ 120% Obesidade 
(Até 130 %: obesidade leve; 130 – 140%: moderada; > 140% : mórbida) 
 
Altura por idade (A/I) e Peso por altura (P/A) 
 
Reflete o crescimento linear alcançado para uma idade específica e valores abaixo do 
esperado indicam déficits de longa duração, como consequência de agravos à saúde e de 
natureza nutricional. 
 
P/E = peso observado X 100 
 peso esperado (para 
 estatura observada) 
 no percentil 50 
 
 
 
84 
 
Com esses dados, Waterlow (1973) elaborou uma classificação do estado nutricional: 
 
TABELA 23 - CLASSIFICAÇÃO DE WATERLOW 
Critério de Classificação de Waterlow 
 Estatura/idade 
Peso/estatura ≥ 95% < 95% 
≥ 90% eutrófico desnutrido pregresso 
< 90% desnutrido atual ou agudo desnutrido crônico ou 
evolutivo 
 
 
- Desnutrido Atual ou agudo: apresenta comprometimento do peso, porém estatura 
normal, esse dado indica a presença de deficiência nutricional recente, uma vez que não houve 
alteração na estatura da criança. 
 
- Desnutrido Pregresso: apresenta comprometimento da estatura, mas possui 
atualmente o peso adequado para a estatura, esse dado indica que a criança foi desnutrida, mas 
recuperou sua estatura. Em saúde pública essa classificação reflete a presença de desnutrição 
intrauterina ou presença de desnutrição crônica. 
 
- Desnutrido Crônico ou evolutivo: apresenta baixo peso e estatura. Esses dados 
indicam que a criança apresenta características da desnutrição pregressa e crônica. 
 
Estatura por idade (E/I) 
 
 
85 
 
Reflete a estatura adequada para a idade. Para a avaliação da estatura em relação à 
idade utiliza-se a fórmula: 
 
 
Crianças que apresentam o indicador E/I entre 2 e 3 DP ou entre os percentis 3 e 10 
são consideradas de risco para atraso no crescimento. Sua classificação é realizada conforme 
mostra tabela 24. 
 
TABELA 24 - CLASSIFICAÇÃO PARA ESTATURA 
Classificação para estatura 
 Adequada Baixa estatura 
E/I (%) ≥ 95% < 95% 
Escore-Z ≥ 2DP < 3 DP 
Percentis ≥ 10 < 3 
 
 
O Escore-Z avalia quanto o indivíduo se aproxima ou se afasta da mediana em desvio 
padrão (DP). É um método muito utilizado para estudo de grupo populacional. No entanto, há 
uma limitação quanto à sua utilização, pois é necessário os valores individuais de desvio padrão 
de cada medida analisada de acordo com a faixa etária. 
 
 
E/I = estatura observada X 100 
 estatura esperada 
 para a idade no percentil 50 
 
 
86 
 
Pode-se realizar o cálculo do peso ideal de crianças e adolescentes, conforme mostra 
tabela abaixo: 
TABELA 25 - PESO IDEAL SEGUNDO WEECH 
Cálculo do Peso Ideal (Weech) 
Idade Fórmula 
3 - 12 meses PI = idade (meses) + 9 
 2 
1 – 6 anos PI = (idade x 2) + 10 
6 – 12 anos PI = (idade x 7) - 5 
 2 
Adolescentes PI = { A (cm) + idade } x 0,9 
 10 
 
 
 
11.2.4 Curvas de Crescimento 
 
 
As curvas de crescimento são elaboradas a partir de estudos com indivíduos 
considerados normais, em condições ambientais favoráveis ao crescimento e desenvolvimento. 
Representam padrões de crescimento de crianças normais, sendo o instrumento mais utilizado 
pelos profissionais de saúde para avaliar as condições de saúde da população infantil. Como 
referências podem ser utilizadas, as curvas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do 
National Center for Health Statistics (NCHS). 
 
 
87 
 
As curvas do NCHS (2000) foram construídas com base em amostras representativas 
da população americana. Todas as curvas do NCHS estão disponíveis em 
http://cdc.gov/GrowthCharts/ e são atualmente utilizadas por muitos profissionais da área da 
saúde, inclusive em serviços de referência no atendimento a crianças e adolescentes obesos. No 
entanto, as curvas não expressavam corretamente o crescimento de crianças amamentadas em 
aleitamento materno exclusivo, uma vez que os lactentes que fizeram parte da amostra 
combinavam alimentação com fórmulas e leite materno. 
Ao contrário da referência NCHS/OMS, as novas curvas da OMS (2006) foram 
construídas com base em um estudo populacional realizado com crianças de até cinco anos de 
idade em cinco países: Brasil, Gana, Índia, Omã e Estados Unidos. Essa pesquisa foi 
denominada Estudo multicêntrico de referência do crescimento (MGRS). As crianças que 
participaram desse estudo recebiam aleitamento materno exclusivo e viviam em condições 
ambientais favoráveis, dessa forma, a OMS considera as novas curvas de crescimento mais 
adequadas para utilização e implementação. Publicadas em 2006, as curvas podem ser 
acessadas em www.who.int/childgrowth/en. 
As curvas de crescimento da OMS são mais adequadas para avaliação de crianças, já 
que demonstram o crescimento quando condições necessárias estão presentes. Em estudo 
realizado por Silveira et al. (2009), observou-se diferenças importantes durante a avaliação de 
crianças nas duas curvas. São vários os estudos que afirmam que fatores ambientais são 
importantes para um crescimento e desenvolvimento saudável e partindo desse princípio, as 
novas curvas da OMS (2006) devem ser divulgadas e utilizadas por profissionais de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estudo comparativo entre as Curvas de Crescimento do NCHS e OMS foi realizado por 
Silveira, J.F., Lamounier, J.A., intitulado “Avaliação nutricional de crianças do Vale do 
Alto Jequitinhonha com a utilização das novas curvas de crescimento do NCHS e 
da OMS”. Acesse o artigo na íntegra através do link 
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n2/03.pdf 
 
http://www.scielo.br/pdf/rpp/v27n2/03.pdf
 
 
88 
 
11.2.5 Índice de Massa Corporal – IMC 
 
 
A utilização do IMC como indicador de estado nutricional de crianças e adolescentes 
está disponível em percentil a partir dos dois anos de idade pelo NCHS e tabelas em percentis 
do nascimento aos cinco anos e dos cinco aos 19 anos disponível pela OMS. 
 
A classificação do IMC de acordo com os percentis é: 
 
TABELA 26 - CLASSIFICAÇÃO DO IMC DE ACORDO COM PERCENTIS 
 
< P5 Baixo peso 
P5 – P15* Risco para baixo peso 
P15 – P85 Eutrofia 
P85 – P95 Sobrepeso 
≥ P95 Obesidade 
*A OMS não considera a faixa de risco entre os percentis 5 e 15. 
 
 
 
 
 
 
 
89 
 
11.2.6 Puberdade – Maturação Sexual 
 
 
A adolescência é a transição entre a infância e a vida adulta, por isso é marcada por 
intensas modificações físicas, comportamentais e sociais. De acordo com a Organização 
Mundial da Saúde, compreende as idades entre 10 e 19 anos. 
Caracteriza-se a puberdade por mudanças biológicas desencadeadas por estímulos 
hormonais. A partir da atividade dos hormônios sexuais, as transformações físicas ocorridas são 
diferentes entre meninos e meninas, que podem ser observadas diante do estirão do 
crescimento. 
São estabelecidos critérios de maturação sexual durante esse processo de estirão, 
denominados Estágios de Tanner. 
Os estágios de Tanner são numerados de 1 a 5 e consideram as mamas (M), pelospubianos (P) e a genitália masculina (G). A tabela 27 apresenta as características puberais de 
acordo com o sexo e os estágios de Tanner. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
90 
 
TABELA 27 - CARACTERÍSTICAS DO ADOLESCENTE CONFORME SEXO E ESTÁGIOS DE 
TANNER 
 
 
O estágio 1 corresponde sempre à fase infantil, impúbere, e o estágio 5 à fase pós-
puberal, adulta. Portanto, são os estágios 2, 3 e 4 que caracterizam o período puberal 
(CHIPKEVITCH, 2001). 
Abaixo segue imagem dos critérios de Tanner do desenvolvimento das mamas e pelos 
pubianos em meninas e para desenvolvimento da genitália e pelos pubianos para meninos. 
 
 
 
 
91 
 
FIGURA 16 - CRITÉRIOS DE TANNER PARA MENINAS 
 
 
 
FONTE: “Orientação para o atendimento à saúde do Adolescente”. 
 
 
 
 
92 
 
FIGURA 17 - CRITÉRIOS DE TANNER PARA MENINOS 
 
 
 
FONTE: “Orientação para o atendimento à saúde do Adolescente”. 
 
 
 
93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O material completo “Orientação para o atendimento à saúde do Adolescente” você 
pode conferir em: 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/prancha_masculino_14102009.pdf 
O material completo “Orientação para o atendimento à saúde da Adolescente” você 
pode conferir em: 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/prancha_feminino_14102009.pdf 
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/prancha_feminino_14102009.pdf
 
 
94 
 
12 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DA GESTANTE 
 
 
A gestação é uma das etapas em que a mulher apresenta maior vulnerabilidade 
nutricional, dessa forma, muitos estudos demonstram a importância da nutrição materna durante 
a evolução da gestação. Para isso, identificar o estado nutricional antes e durante a gravidez é 
de fundamental importância tanto para a mãe quanto para o bebê, garantindo assim o bem-estar 
e saúde de ambos. 
Para a realização da anamnese nutricional da gestante avalia-se: medidas 
antropométricas, alimentar, clínica e bioquímica. A análise conjunta desses parâmetros dará o 
diagnóstico nutricional da gestante. 
A investigação dietética e clínica auxiliam na obtenção de informações sobre fumo, 
consumo de bebidas alcoólicas, peso pré-gestacional, número de gestações, paridade, bebê 
com baixo peso, amamentações anteriores e anamnese dietética detalhada (aversão, 
intolerância, número de refeições e frequência alimentar). Por meio desses dados, podemos 
identificar erros alimentares que possam prejudicar a saúde da mãe e do bebê. 
A avaliação nutricional identificará ganhos de peso abaixo ou acima do recomendado, 
proporcionando condutas adequadas para manter e/ou recuperar o estado nutricional materno. 
Os dados antropométricos para avaliação nutricional da gestante são: 
 
» Antropometria da Gestante 
 
 Peso pré-gestacional; 
 Peso atual; 
 Altura; 
 IMC pré-gestacional; 
 Circunferência do braço; 
 
 
95 
 
 Adequação percentual de peso por estatura; 
 Circunferência muscular do braço; 
 Dobra cutânea tricipital. 
 
 
12.1 AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PRÉ-GESTACIONAL E GESTACIONAL 
 
 
Têm como objetivo conhecer o estado nutricional da gestante antes da gravidez e 
programar o ganho de peso durante a evolução da gestação. 
O peso pré-gestacional influenciará diretamente no tamanho do bebê ao nascimento. 
Para avaliar o estado nutricional, deve-se utilizar o peso anterior à gestação. Caso o 
peso seja desconhecido, utilizar o peso do primeiro trimestre da gestação. 
O indicador mais utilizado para determinar o estado nutricional da gestante é o IMC. 
 
 
 
 
Os valores para a classificação do estado nutricional pelo IMC para gestantes são 
diferentes do habitualmente utilizado para indivíduos adultos: 
 
 
TABELA 32 - CLASSIFICAÇÃO IMC PRÉ-GESTACIONAL 
Classificação IMC pré-gestacional 
Classificação IMC (kg/m2) 
Baixo peso < 19,8 
 
IMC = peso pré-gestacional (kg) 
 altura2 
 
 
96 
Eutrofia 19,8 a 26 
Sobrepeso 26,1 a 29 
Obesidade >29 
 
O estado nutricional da gestante também pode ser determinado pela adequação do 
peso para a estatura. 
 
 
 
O peso esperado para altura é obtido por meio de tabelas de referências de grupos 
populacionais de adultos. A tabela utilizada nesse material é a Metropolitan Life (1959). 
Entretanto, é necessário encontrar a compleição corporal da mulher, realizada da seguinte 
forma: 
 
 
 
O valor encontrado é classificado de acordo com as categorias: compleição corporal 
grande, média e pequena, conforme mostra tabela abaixo: 
 
TABELA 33 - CATEGORIAS DE COMPLEIÇÃO CORPORAL PARA MULHERES 
Compleição Corporal para Mulheres 
Compleição Corporal Grande Média Pequena 
< 10,1 10,1 a 11 >11 
A partir desses dados, encontra-se o peso esperado para mulheres de acordo com a 
altura e a compleição: 
Compleição = altura (cm) 
 circunferência 
 do punho 
P/E = peso pré-gestacional (kg) 
 peso esperado para a altura 
 
 
97 
 
TABELA 34 - PESO ESPERADO PARA ALTURA 
 
Este cálculo pode ser obtido pelo Nomograma de Rosso, em que se faz uma relação 
entre o peso atual com a altura para encontrar a relação porcentagem P/A por meio de uma linha 
diagonal. 
 
 
98 
 
O Ministério da Saúde sugeriu esse método durante muitos anos, porém, em 2000, 
propôs a utilização da curva percentilar de ganho de peso que atualmente faz parte do cartão da 
gestante e está em validação. 
As críticas realizadas em decorrência do uso desse método devem-se ao fato de que 
não permite avaliar o ganho de peso, apenas classifica a adequação de peso da gestante, mas, 
é importante ressaltar que a sua utilização é válida para avaliar a populações em que a 
prevalência de desnutrição é alta. 
 
FIGURA 18 - NOMOGRAMA DE ROSSO 
 
 
 
 
 
99 
 
12.2 CURVA DE ROSSO 
 
 
Deve-se medir a altura da gestante na primeira consulta e aferir o peso a cada 
consulta, marcando na curva o valor encontrado conforme a idade gestacional, monitorando, 
assim, o ganho de peso da paciente. O ponto de encontro das linhas determinará o estado 
nutricional atual da gestante, sendo classificado em: 
 
Faixa A: baixo peso; 
Faixa B: eutrofia; 
Faixa C: sobrepeso; 
Faixa D: obesidade. 
 
A Curva de Rosso é recomendada pelo Ministério da Saúde e faz parte do cartão da 
gestante. 
 
FIGURA 19 - CURVA DE ROSSO 
 
 
100 
 
 
 
12.3 CURVA PERCENTILAR 
 
 
Para que sua utilização seja adequada, a gestante deverá iniciar o período gestacional 
eutrófica, limitando o uso da curva percentilar. Esse gráfico permite monitorar o pouco ou 
excessivo ganho de peso, no entanto, gestantes que inicialmente estão nos extremos do estado 
nutricional podem ser avaliadas erroneamente, uma vez que o gráfico considera o ganho de 
peso até o momento e não o estado nutricional prévio. 
 
FIGURA 20 - CURVA PERCENTILAR DE GANHO DE PESO 
CONFORME A IDADE GESTACIONAL 
 
 
101 
 
 
 
12.4 NOMOGRAMA E CURVA ÍNDICE DE MASSA CORPORAL 
 
 
O Chile em parceria com o Ministério da Saúde do país desenvolveu uma nova tabela 
para avaliar o estado nutricional de gestantes com base no IMC específico para esse grupo, na 
tentativa de minimizar e corrigir as falhas apresentadas por outros métodos de avaliação. 
Entretanto, é um método não recomendado por órgãos oficiais brasileiros, mas muito aceito e 
utilizado por profissionais de saúde. 
Para facilitar a determinação do IMC é utilizado um nomograma específico em que 
correlacionam-se a altura (com o auxílio de uma régua) e o peso da gestante para obtenção do 
IMC por meio da coluna central representada abaixo. 
 
 
102 
 
FIGURA 21 - NOMOGRAMA PARA OBTENÇÃO DO ÍNDICE DE 
MASSA CORPORAL – IMC 
 
A Curva do IMC é composta por quatro categorias. O valor encontrado no nomograma 
deve ser localizado nesse gráfico considerando a idade gestacional. O diagnóstico nutricional 
será realizadoapós o encontro entre as linhas correspondentes de IMC e idade gestacional. 
 
FIGURA 22 - CURVA DE IMC DE ACORDO COM A IDADE GESTACIONAL 
 
 
103 
 
 
O peso pré-gestacional e o ganho de peso materno durante a gravidez são aspectos 
importantes que influenciam os resultados da gestação. Estudos afirmam os efeitos positivos do 
ganho de peso adequado durante a gestação, no entanto baixo peso e excesso de peso durante 
a gravidez devem ser monitorados. 
No primeiro trimestre, a perda de peso de até 3 Kg ou o ganho ponderal de até 2 Kg 
não compromete a saúde mãe/bebê. No entanto, caso a gestante apresente perda e/ou excesso 
de peso, deve-se ter atenção especial, pois essas gestantes apresentam risco de intercorrências 
durante a evolução da gestação. 
No 2º e 3º trimestre, recomenda-se que gestantes abaixo do peso ganhem em torno de 
15 Kg, eutróficas ganhem entre 10 e 12 Kg e mulheres sobrepeso e obesas ganhem entre 6 e 7 
Kg durante toda a gestação. 
 
 
 
104 
 
Recomenda-se o ganho de 12 a 18 kg para gestantes adolescentes, pois geralmente 
apresentam um baixo ganho de peso. Para adolescentes com obesidade pré-gestacional 
recomenda-se ganho de peso de até 9,1 kg. 
Abaixo segue tabela de ganho de peso da gestante pelo IMC: 
 
TABELA 35 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DA GESTANTE PELO IMC 
 
 
 
 
 
 
Para estudar um pouco mais sobre gestantes adolescentes, leia o artigo “Risco 
Nutricional entre Gestantes Adolescentes” acessando o link a seguir 
http://www.scielo.br/pdf/ape/v22n2/a09v22n2.pdf 
 
Para obter informações adicionais, selecionamos um artigo sobre cuidados para 
gestantes gemelares. Acesse o artigo “Avaliação e recomendações nutricionais 
específicas para a gestante e puérpera gemelar” pelo link 
http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/486-Einstein%20v6n2%20p212-20.pdf 
http://www.scielo.br/pdf/ape/v22n2/a09v22n2.pdf
http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/486-Einstein%20v6n2%20p212-20.pdf
 
 
105 
 
13 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE IDOSOS 
 
 
O envelhecimento é considerado um processo natural em que ocorrem inúmeras 
alterações do organismo, que podem influenciar direta ou indiretamente no estado nutricional do 
idoso. 
É de fundamental importância conhecer as mudanças corpóreas normais que ocorrem 
durante o processo de envelhecimento. 
As alterações biológicas próprias deste processo incluem a progressiva diminuição da 
massa corporal magra e de líquidos corpóreos e o aumento da quantidade de tecido gorduroso. 
Durante 50 anos, numa faixa etária de 20 a 70 anos, ocorre uma perda de 11 Kg de massa 
muscular em homens e 4 Kg em mulheres. Observam-se alterações gástricas, intestinais 
metabólicas e redução de atividade física. Dessa forma, a busca de condutas e diagnósticos 
nutricionais deve ser realizada para melhorar a qualidade de vida desse grupo. 
As medidas antropométricas recomendadas na avaliação nutricional do idoso são: 
 
» Antropometria do Idoso 
 
 Peso (caso haja impossibilidade de medir o peso, utilizar a estimativa de peso); 
 Altura (caso haja impossibilidade de aferir a altura, utilizar altura do joelho ou 
envergadura do braço); 
 IMC; 
 Circunferência do Braço; 
 Dobras cutâneas tricipital e subescapular; 
 Circunferência da Cintura; 
 Circunferência do Quadril; 
 Circunferência da Panturrilha; 
 
 
106 
 
 Circunferência Muscular do Braço; 
 Área Muscular do Braço; 
 Bioimpedância elétrica. 
 
Estas medidas de forma isolada ou em associação buscam a determinação da 
composição corporal com relação ao tecido adiposo e muscular. 
A seguir veremos algumas considerações quanto à antropometria do idoso. 
 
Peso Corporal 
 
O peso apresenta um declínio com a idade, variando conforme o sexo. Dados da OMS 
mostram que o ganho de peso de homens tende a atingir o efeito platô aos 65 anos e em 
mulheres esse efeito ocorre aos 75 anos. Logo após, o peso tende a diminuir em ambos os 
sexos. Caso o paciente esteja impossibilitado de medir o peso, utiliza-se a estimativa de peso 
proposta por Chumlea et al. (1985). A equação de estimativa de peso encontra-se no Módulo I 
do Curso. 
Quando não há possibilidade de mensurar ou estimar o peso corporal, o valor do peso 
habitual pode ser utilizado. 
 
Altura 
 
A altura tende a diminuir com o avanço da idade em função do achatamento dos discos 
intervertebrais. Estima-se um declínio de 0,5 a 2 cm/década, embora ainda não haja um 
consenso a respeito desses valores. A impossibilidade de aferição da altura faz com que sejam 
utilizados métodos alternativos como a altura do joelho e extensão dos braços, ambos descritos 
no Módulo I do Curso. 
 
 
 
107 
 
Dobras Cutâneas Tricipital e Subescapular 
 
As dobras cutâneas tricipital e subescapular fornecem uma estimativa do tecido 
adiposo corporal e podem ser utilizadas para a avaliação da composição corporal. 
Em casos de incapacidade de permanecer em pé para a aferição das medidas, o 
examinador poderá realizá-las com o indivíduo deitado em decúbito lateral, utilizando a mesma 
técnica, descrita no Módulo II do Curso. 
 
Circunferência da Cintura e Circunferência do Quadril 
 
A circunferência da cintura não é utilizada como parâmetro para avaliação do estado 
nutricional, e sim como indicador de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como o 
diabetes e doenças cardiovasculares. A circunferência da cintura associada à circunferência do 
quadril é utilizada para o cálculo da relação cintura/quadril, que identifica a distribuição de 
gordura corporal e, assim como a circunferência da cintura, é utilizada como indicador de risco 
para doenças crônicas não transmissíveis. 
 
Circunferência da Panturrilha 
 
A circunferência da panturrilha é a medida mais sensível de massa muscular nos 
idoso, pois indica alterações na massa magra que ocorrem com a idade e com a diminuição de 
atividade física. Essa medida pode ser realizada com o indivíduo deitado em posição supina ou 
sentado. 
Técnica no indivíduo sentado: o indivíduo deve sentar e com a perna esquerda formar 
um ângulo de 90º com o joelho. O examinador agachado do lado esquerdo do paciente mensura 
a maior porção da região da panturrilha sem comprimi-la. A aferição em posição supina é 
 
 
108 
 
realizada com o indivíduo deitado com a perna esquerda formando um ângulo de 90º com o 
joelho, utilizando-se da mesma técnica citada anteriormente. 
 
Índice de Massa Corporal – IMC 
 
O IMC não distingue os compartimentos de massa magra, tecido muscular e tecido 
adiposo. Situações de edema e ascite podem conduzir a erros no diagnóstico, dessa forma, 
deve-se ter cautela quanto à utilização desse método. 
O estado nutricional dos idosos é classificado conforme tabela abaixo: 
 
TABELA 36 - ESTADO NUTRICIONAL SEGUNDO IMC 
Estado Nutricional de Idosos segundo IMC 
Classificação IMC (kg/m2) 
< 22 Magreza 
22 a 27 Eutrofia 
>27 Excesso de peso 
FONTE: Cuppari, 2005. 
 
Os idosos constituem um grupo vulnerável em razão das alterações que ocorrem com 
o processo de envelhecimento, por isso a avaliação nutricional é importante para identificar 
distúrbios e realizar a intervenção nutricional adequada. 
 
 
109 
 
 
FIGURA 23 
 
A miniavaliação vem sendo utilizada como método de avaliação nutricional para 
detectar precocemente a desnutrição em idosos. Quer saber mais? Leia o artigo 
“Miniavaliação nutricional como indicador de diagnóstico em idosos de 
asilos”, clicando no link a seguir: 
http://www.sbnpe.com.br/revista/V21-N3-38.pdf 
 
http://www.sbnpe.com.br/revista/V21-N3-38.pdf
 
 
110 
 
 
Padrão de referência para dobra cutânea tricipital (DCT) e circunferência muscular do 
braço (CMB) para idosos de acordo com NHANES III, 1991. 
 
 
 
111 
 
TABELA 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 
 
14 PARÂMETROS BIOQUÍMICOS 
 
 
As medidas bioquímicas permitem auxiliar na avaliação do estado nutricional,evidenciando alterações bioquímicas precocemente. O uso de parâmetros laboratoriais tem 
como objetivo informar a quantidade e a qualidade de determinados nutrientes e funções que 
poderiam estar prejudicados por deficiência ou excesso no organismo. A utilização de algumas 
drogas, estado fisiológico, condições ambientais, inflamação ou lesão podem limitar o uso 
desses indicadores. Dessa forma, eles não devem ser utilizados isoladamente para estabelecer 
o diagnóstico nutricional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
113 
 
TABELA 38 
 
 
 
114 
 
TABELA 39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
115 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
116 
 
TABELA 40 
 
 
TABELA 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117 
 
TABELA 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
118 
 
TABELA 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
119 
 
TABELA 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
120 
 
TABELA 45 
 
 
 
 
 
 
121 
 
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VITOLO, M.R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso 
Editores, 2003. 
 
WERUTSKY, N.M.A.; FRANGELLA, V.S.; PRACANICA, D.; SEVERINE, A.N.; TONATO, C. 
Avaliação e recomendações nutricionais específicas para a gestante e puérpera gemelar. 
Einstein, v. 6, n. 2, p. 212-220, 2008. 
 
WHO MULTICENTRE GROWTH REFERENCE STUDY GROUP. WHO Child Growth 
Standards: Length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and 
body mass index-for-age: Methods and development. Geneva: World Health Organization, 
2006. 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO/OMS. Disponível em: <http://www.who.int/en/>. 
Acesso em: 15 set. 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
125 
 
ANEXO I 
 
 MÉTODOS NÃO-CONVENCIONAIS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
 
 
 PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO - CB 
 
 
126 
 
 
 
 PERCENTIS DA CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO – CMB 
 
 
127 
 
 
 
 
 PERCENTIS DA ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO CORRIGIDA – AMBc 
 
 
128 
 
 
 
 PERCENTIS DA ÁREA DE GORDURA DO BRAÇO 
 
 
129 
 
 
 
 PERCENTIS PARA DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL 
 
 
130 
 
 PORCENTAGEM ESTIMADA DA GURDURA CORPÓREA OBTIDA PELA SOMA DAS 
QUATRO DOBRAS CUTÃNEAS (BICIPITAL, TRICIPITAL, SUBESCAPULAR E SUPRA-
ILÍACA) 
 
 
 
131 
 
 
 
 
 
 
 
132 
 
ANEXO II 
 
ANEXOS CURVAS DE CRESCIMENTO E TABELAS COM PERCENTIS NCHS E OMS 
 
 
 CURVAS DE CRESCIMENTO NCHS COM OS PERCENTIS (3, 5, 10, 25, 50, 75, 90, 95 
E 97) 
 
Percentil peso por idade – Meninos do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart01.pdf 
 
Percentil peso por idade – Meninas do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart02.pdf 
 
Comprimento por idade – Meninos do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart05.pdf 
 
Comprimento por idade – Meninas do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart06.pdf 
 
Peso por comprimento – Meninos do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart11.pdf 
Peso por comprimento – Meninas do nascimento aos 36 meses 
 
 
133 
 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart12.pdf 
 
Circunferência cefálica por idade – Meninos do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart09.pdfCircunferência cefálica por idade – Meninas do nascimento aos 36 meses 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart10.pdf 
 
Peso por idade – Meninos de 2 a 20 anos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart03.pdf 
 
Peso por idade – Meninas de 2 a 20 anos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart04.pdf 
 
Estatura por idade – Meninos de 2 a 20 anos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart07.pdf 
 
Estatura por idade – Meninas 2 a 20 anos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart08.pdf 
 
Peso por estatura – Meninos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart13.pdf 
 
 
134 
 
Peso por estatura – Meninas 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart14.pdf 
 
Índice de Massa Corporal por idade – Meninos de 2 a 20 anos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart15.pdf 
 
Índice de Massa Corporal por idade – Meninos de 2 a 20 anos 
http://www.cdc.gov/growthcharts/data/set1/chart16.pdf 
 
 
 
 TABELAS DO NCHS COM TODOS OS PERCENTIS (3, 5, 10, 25, 50, 75, 90, 95 E 97) 
 
Observação: A tabela está disposta em Microsoft Office Excel. Para diferenciar o sexo 
masculino do feminino, valores utilizados como 1 (= meninos) e valores utilizados como 2 (= 
meninas). Os arquivos estão em Percentil e Escore-Z, você pode obtar por realizar o download 
de ambos. Abaixo, segue a página do CDC e o nome dos arquivos para que você realize 
download das tabelas. 
Acessar: http://www.cdc.gov/growthcharts/data_tables.htm 
 
 
Para visualizar demais gráficos com percentis de 5 a 95 e de 3 a 97, acesse a página 
do Centers for Disease Control and Prevention, National Center for Health Statistics. 
CDC growth charts: United States. http://www.cdc.gov/growthcharts/. 
 
http://www.cdc.gov/growthcharts/
 
 
135 
 
 Arquivo 1: Peso por idade – do nascimento aos 36 meses. 
 Arquivo 2: Comprimento por idade – do nascimento aos 36 meses. 
 Arquivo 3: Peso por comprimento – do nascimento aos 36 meses. 
 Arquivo 4: Circunferência cefálica por idade – do nascimento aos 36 meses. 
 Arquivo 5: Peso por estatura 
 Arquivo 6: Peso por idade – de 2 a 20 anos. 
 Arquivo 7: Estatura por idade – de 2 a 20 anos. 
 Arquivo 8: Índice de Massa Corporal para idade – de 2 a 20 anos. 
TABELA 28 
 
 
136 
 
 
 
 
 
137 
 
TABELA 29 
 
 
 
 
138 
 
TABELA 30 
 
 
 
 
 
139 
 
TABELA 31 
 
 
 CURVAS DE CRESCIMENTO ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE – OMS COM 
PERCENTIS (3, 15, 50, 85, 97) 
 
Comprimento por idade – Meninos do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_lfa_boys_p_0_2.pdf 
 
Comprimento por idade – Meninas do nascimento aos 2anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_lfa_girls_p_0_2.pdf 
 
 
 
140 
 
Altura por idade – Meninos de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_hfa_boys_p_2_5.pdf 
Altura por idade – Meninas de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_hfa_girls_p_2_5.pdf 
 
Comprimento/Altura por idade – Meninos do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_lhfa_boys_p_0_5.pdf 
 
Comprimento/Altura por idade – Meninas do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_lhfa_girls_p_0_5.pdf 
 
Peso por idade – Meninos do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_wfa_boys_p_0_5.pdf 
 
Peso por idade – Meninas do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_wfa_girls_p_0_5.pdf 
 
Peso por comprimento – Meninos do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_wfl_boys_p_0_2.pdf 
 
Peso por comprimento – Meninas do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_wfl_girls_p_0_2.pdf 
 
 
141 
 
Peso por altura – Meninos de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_wfh_boys_p_2_5.pdf 
 
Peso por altura – Meninas de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/cht_wfh_girls_p_2_5.pdf 
 
Circunferência Cefálica por idade – Meninos do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_hcfa_boys_p_0_5.pdf 
 
Circunferência Cefálica por idade – Meninas do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_hcfa_girls_p_0_5.pdf 
 
Circunferência do Braço para a idade – Meninos de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_acfa_boys_p_3_5.pdf 
 
Circunferência do Braço para a idade – Meninas de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_acfa_girls_p_3_5.pdf 
 
Dobra Cutânea Subescapular – Meninos de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_ssfa_boys_p_3_5.pdf 
 
Dobra Cutânea Subescapular – Meninas de 3 meses a 5 anos 
 
 
142 
 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_ssfa_girls_p_3_5.pdf 
 
Dobra Cutânea Tricipital – Meninos de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_tsfa_boys_p_3_5.pdf 
 
Dobra Cutânea Tricipital – Meninas de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/cht_tsfa_girls_p_3_5.pdf 
 
Peso por idade – Meninos de 5 a 10 anos 
http://www.who.int/growthref/cht_wfa_boys_perc_5_10years.pdf 
 
Peso por idade – Meninas de 5 a 10 anos 
http://www.who.int/growthref/cht_wfa_girls_perc_5_10years.pdf 
 
Altura por idade – Meninos de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/cht_hfa_boys_perc_5_19years.pdf 
 
Altura por idade – Meninas de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/cht_hfa_girls_perc_5_19years.pdf 
 
Índice de Massa Corporal – Meninos de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/cht_bmifa_boys_perc_5_19years.pdf 
 
 
143 
 
Índice de Massa Corporal – Meninos de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/cht_bmifa_girls_perc_5_19years.pdf 
 
 TABELAS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE - OMS COM TODOS OS 
PERCENTIS (1, 3, 5, 15, 25, 50, 75, 85, 95, 97, 99) 
 
Comprimento por idade – Meninos do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/LFA_boys_0_2_percentiles.pdf 
 
Comprimento por idade – Meninas do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/LFA_girls_0_2_percentiles.pdf 
 
Altura por idade – Meninos de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/HFA_boys_2_5_percentiles.pdf 
 
Altura por idade – Meninas de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/HFA_girls_2_5_percentiles.pdf 
 
Peso por idade – Meninos do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/WFA_boys_0_5_percentiles.pdf 
 
Peso por idade – Meninas do nascimento aos 5 anos 
 
 
144 
 
http://www.who.int/childgrowth/standards/WFA_girls_0_5_percentiles.pdf 
Peso por comprimento – Meninos do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/entity/childgrowth/standards/WFL_boys_0_2_percentiles.pdf 
 
Peso por comprimento – Meninas do nascimento aos 2 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/WFL_girls_0_2_percentiles.pdf 
 
Peso por altura – Meninos de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/WFH_boys_2_5_percentiles.pdf 
 
Peso por altura – Meninas de 2 a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/WFH_girls_2_5_percentiles.pdf 
 
Circunferência Cefálica por idade – Meninos do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/hcfa_boys_0_5_percentiles.pdf 
 
Circunferência Cefálica por idade – Meninas do nascimento aos 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/hcfa_girls_0_5_percentiles.pdf 
 
Circunferência do Braço para a idade – Meninos de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/acfa_boys_3_5_percentiles.pdf 
 
 
 
145 
 
Circunferência do Braço para a idade – Meninas de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/acfa_girls_3_5_percentiles.pdf 
 
Dobra Cutânea Subescapular – Meninos de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/ssfa_boys_3_5_percentiles.pdfDobra Cutânea Subescapular – Meninas de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/ssfa_girls_3_5_percentiles.pdf 
 
Dobra Cutânea Tricipital – Meninos de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/tsfa_boys_3_5_percentiles.pdf 
 
Dobra Cutânea Tricipital – Meninas de 3 meses a 5 anos 
http://www.who.int/childgrowth/standards/second_set/tsfa_girls_3_5_percentiles.pdf 
 
Peso por idade – Meninos de 5 a 10 anos 
http://www.who.int/growthref/wfa_boys_%205_10years_per.pdf 
 
Peso por idade – Meninas de 5 a 10 anos 
http://www.who.int/growthref/wfa_girls_5_10years_per.pdf 
 
Altura por idade – Meninos de 5 a 19 anos 
 
 
146 
 
http://www.who.int/growthref/hfa_boys_5_19years_per.pdf 
 
Altura por idade – Meninas de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/hfa_girls_5_19years_per.pdf 
 
Índice de Massa Corporal – Meninos de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/bmifa_boys_5_19years_per.pdf 
 
Índice de Massa Corporal – Meninos de 5 a 19 anos 
http://www.who.int/growthref/bmifa_girls_5_19years_per.pdf

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